Aprovado em 3° lugar no concurso SEFAZ-AC para o cargo de Auditor da Receita Estadual
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“[…] Cuidado com a sede de ser aprovado no seu cargo dos sonhos o mais rápido possível. Lembre-se que é uma missão de longo prazo, não negligencie a formação da sua base.”
Confira nossa entrevista com Arthur Medeiros Brandão Florêncio, aprovado em 3° lugar no concurso SEFAZ-AC para o cargo de Auditor da Receita Estadual:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Arthur Medeiros Brandão Florêncio: Sou formado em Engenharia Civil pela UFRN, tenho 28 anos e sou natural de Natal-RN.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Arthur: Foi uma junção de dois fatores. O primeiro foi que no penúltimo semestre da graduação eu já havia me desiludido com a Engenharia Civil e não me via fazendo carreira na área. Eu até cogitei trocar de curso, mas meu pai, sabiamente, me orientou a buscar outras áreas só após concluir o que eu já havia começado.
O segundo fator foi o choque de realidade ao concluir a graduação, no início de 2019, naquele momento que você é jogado no mercado de trabalho e se depara com a dificuldade de correr atrás de uma oportunidade para conseguir iniciar sua vida profissional.
Então foi essa junção que me fez buscar quais seriam minhas possibilidades profissionais, dentro e fora da Engenharia Civil, para traçar um plano de longo prazo. E foi nessa busca que me deparei com o Estratégia Concursos e, por sempre ter afinidade com números, acabei escolhendo estudar para a área fiscal. Então posso dizer que desde o início minha jornada de concurseiro foi através do Estratégia.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Arthur: Sim, hoje trabalho e estudo. É importante ressaltar que durante os 3 primeiros anos eu apenas estudava e fui fazendo provas para adquirir experiência, esse período foi essencial para aprender a estudar para concursos e para formar toda a base necessária de direito e de contabilidade. Mas desde agosto de 2022 eu passei a conciliar o estudo pela manhã com o trabalho à tarde até as 19h. A depender da intensidade da carga horária acordo e durmo mais cedo ou mais tarde. Em pré-edital deixo os horários mais flexíveis, já em pós-edital prefiro dormir de 20h e acordar às 4h para estudar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Arthur: Fui aprovado agora para Auditor Fiscal da Receita Estadual da SEFAZ/AC, em 3º. Além disso, no cadastro reserva para Auditor Fiscal: na SEF/MG (2023) em 408º; na SEFAZ/AM (2022) em 236º. Também para Agente Comercial no Banco do Brasil (2021), em 8º; e para Analista da Receita Estadual na SEF/SC (2021), em 159º, cargo que exerço atualmente. Pretendo ainda continuar estudando, num ritmo um pouco mais leve, e fazer mais algumas provas antes de aposentar a caneta.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Arthur: Eventualmente sim, mas muitas vezes não. O tempo do concurseiro é o seu recurso mais precioso, então tudo que demanda meu tempo acaba sendo pesado na balança contra o estudo. Em decorrência disso a vida social é reduzida drasticamente, mas ainda há esses momentos de descontração com família e amigos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Arthur: Minha família e amigos sempre me apoiaram. Meus pais me deram a possibilidade de focar integralmente nos estudos por muito tempo e todos os demais entendem que é um sacrifício presente para um benefício maior no futuro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Arthur: Cerca de 5 meses no total. Iniciei os estudos em janeiro e durante o pós-edital precisei dar duas pausas. Após o adiamento da prova eu quase desisti da viagem. Esses fatores atrapalharam minha consistência, o que resultou em uma média de carga horária líquida semanal de aproximadamente 18 horas.
Nas últimas semanas foquei na minha principal lacuna, AFO, e em revisar tudo que eu já havia estudado para concursos anteriores, em especial para o da SEF/MG, que foi o pós-edital que fiz maior carga horária até hoje.
Foi com esse planejamento, mais focado nas minhas necessidades, que consegui acelerar o passo do estudo, revisitar tudo aquilo que já havia estudado, ver a legislação específica do estado e sanar a lacuna em AFO.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Arthur: Usei principalmente PDFs do Estratégia para o primeiro contato com o conteúdo, já que o assunto é apresentado de forma organizada e em uma sequência didática.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Arthur: Conheci o Estratégia Concursos durante uma pesquisa sobre possibilidades e oportunidades profissionais após me formar.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Arthur: Sempre me organizei utilizando ciclo de estudos, alternando entre várias matérias. No início eram apenas as 6 do ciclo básico, em seguida fui incorporando as matérias avançadas. Nos últimos concursos, em fase de pré-edital eu excluía do ciclo as matérias com chance relevante de não aparecerem no edital. A carga horária variou imensamente ao longo da minha preparação. Nos períodos mais intensos fazia em torno de 7-8h líquidas por dia. Após passar a conciliar trabalho e estudo, a carga horária ficou em torno de 4h líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Arthur: Para a revisão, fiz um misto de resolução de questões, flashcards e resumos pontuais. As questões serviram para refrescar o assunto na memória e ver como aquilo é cobrado na prática. Eu sempre lia os principais comentários dos alunos nas questões, porque frequentemente tinham esquemas certeiros para resolver outras questões similares. Os flashcards utilizei principalmente para entendimentos jurisprudenciais, que tratam de assuntos muito específicos e pontuais. Já os resumos foram poucos, somente para a decoreba mais pesada, como alíquotas, percentuais de multa, prazos. Na hora de fazer esses resumos eu sempre tento buscar uma lógica nos números e tento reconstruir o esquema da memória para testar se vou conseguir lembrar e replicar aquele esquema do resumo na hora da prova.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Arthur: A resolução de questões é essencial. É a melhor forma para fixar o conteúdo e aprofundar o entendimento da matéria. Sem ver como aquilo é aplicado, quais são as pegadinhas, quais são os esquemas que mais aparecem nos comentários, o conteúdo é lembrado de forma muito superficial. No site de questões resolvi 12.039 questões, e nos PDFs possivelmente mais de 10.000 questões também.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Arthur: Minha principal dificuldade sempre foram as disciplinas de direito (que para a minha sorte são somente 6 kkkk). Consegui avançar nesse sentido quando tirei 2 meses, em que não estava focando em nenhum edital aberto, e estudei apenas as matérias de direito. Ao final desse período eu conseguia perceber que estava finalmente fixando de verdade vários assuntos que já tinha estudado, mas não havia absorvido.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Arthur: Na semana que antecedeu a prova eu peguei toda a parte de decoreba da legislação específica e montei os resumos em papel que eu levo para revisar no dia da prova. Fiz um checklist de todas as decorebas e testei uma por uma se conseguia replicar o esquema no resumo. No dia pré-prova, revisitei todos os flashcards que havia preparado ao longo do estudo para este concurso e para os anteriores.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Arthur: No concurso anterior, de MG, eu fiz um curso específico para discursivas entre a 1ª e a 2ª fase. Nesse período eu cheguei a fazer 2 questões discursivas por dia, por vários dias seguidos. Isso ajudou a tirar de mim o medo que a prova discursiva costuma causar. Para essa prova do Acre eu fiz algumas questões discursivas nas últimas semanas para relembrar aquela prática da escrita que eu já havia treinado.
Eu aconselharia, para discursivas, o treino intensivo. Se ainda existe o receio, faça uma discursiva por dia, até virar costume. Quando passar aquela trava inicial, pode reduzir a quantidade e foque em aumentar o domínio da matéria.
O mais importante para garantir a pontuação é ter um domínio vasto, tendo passado por todos os assuntos. O que não pode acontecer é cair um assunto que você nunca viu nada a respeito. O ideal é já ler a discursiva imediatamente, se aplicada junto à prova objetiva, e, se você já viu aquilo alguma vez, é só ter calma que o conhecimento vai vindo à tona.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Arthur: Diria que meu principal erro foi criar muita expectativa em cima dos resultados das provas. Houve provas, no início, que durante a aplicação eu já ficava com a impressão de que estava indo bem e isso gerava um nervosismo, um sentimento de “não posso deixar essa chance escapar agora”, mas isso era totalmente ilusório. Quando saía o resultado via que o desempenho, apesar de ser bom, estava muito longe do necessário para entrar nas vagas. E essa frustração atrapalhava muito a motivação de continuar focado e manter a rotina de estudo rigoroso.
Já o meu principal acerto foi começar a utilizar flashcards para conseguir fixar jurisprudências em assuntos mais contra intuitivos. O nível de cobrança de jurisprudência está cada vez mais alto, não basta mais decorar lei seca, tem que saber como aquele artigo se aplica no mundo real. Muitas vezes a aplicação da lei não é tão fácil de entender quanto a própria lei.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Arthur: Com certeza! Há muita renúncia no caminho em busca de uma aprovação. Às vezes o sonho parece inalcançável e você se pergunta por que está se esforçando tanto por aquilo.
O que sempre me deu forças quando a motivação faltava era a lembrança de que isso era um projeto de vida, foi um desafio que eu mesmo me coloquei, e eu não poderia me permitir chegar na minha velhice e pensar “Estudei tanto e desisti. Nunca fui aprovado nas vagas”. Eu precisava ter a satisfação de ser aprovado nas vagas para o cargo de Auditor Fiscal Estadual, que foi o que me fez começar a estudar, uma vez na vida, essa era a missão.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Arthur: Vá em frente! Acredite em si mesmo e tenha paciência. Cuidado com a sede de ser aprovado no seu cargo dos sonhos o mais rápido possível. Lembre-se que é uma missão de longo prazo, não negligencie a formação da sua base.