Aprovado em 11° lugar no concurso IPEA para o cargo de Técnico de Planejamento e Pesquisa - Infraestrutura de Tecnologia da Informação
Concursos Públicos![](https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2024/06/27100028/image-639-300x225.png)
“Penso que a aprovação em um concurso público de ponta é um investimento que se paga. Você abre mão de algumas coisas por um tempo, mas se tiver apoio dos seus, todos serão beneficiados […]”
Confira nossa entrevista com Bernardo Borges do Nascimento, aprovado em 11° lugar no concurso IPEA para o cargo de Técnico de Planejamento e Pesquisa – Infraestrutura de Tecnologia da Informação:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Bernardo Borges do Nascimento: Sou formado em Tecnologia da Informação, tenho 44 anos e sou da cidade do Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Bernardo: Na verdade, eu já sou servidor público federal há cerca de 11 anos. Fui do INPI por 9 meses, na sequência passei para a ANP e para a Ancine, mas a Ancine me convocou primeiro e, por isso, estou nela desde então.
Eu nem pensava mais em voltar a estudar para concursos, até que um órgão muito interessante e que não abria seleção desde 2010 anunciou o certame. Trata-se de um instituto que sempre admirei, por ser muito ligado à formação de insumos para formulação de políticas públicas.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Bernardo: Sim, já sou de uma agência reguladora, mas tive sorte que a seleção do Ipea seria no início do ano, normalmente um período mais tranquilo de trabalho. Também tirei férias em Janeiro, felizmente tinha um período para tirar e este período foi fundamental para o relativo sucesso do projeto. Mas abri mão da minha vida pessoal, em alguma medida, porque por vezes sequer via minha esposa e filhos à noite ou finais de semana. O tempo era muito curto e o volume de material a relembrar era gigantesco; mas eles entenderam e compraram a minha ideia e o apoio deles foi muito importante. A família precisa abraçar a causa, entender que é um projeto pontual e muito gratificante.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Bernardo: Já tive bons resultados, no geral, na ANP (12ª posição); Ancine (1ª posição); INPI (9ª posição); TRE-RJ (8ª posição); Finep (8ª posição, em 2013, e 19ª posição, em 2024); e agora, no Ipea (11ª posição). Todos em cargos de nível superior. Ainda tive um pouco de azar na ANP e no próprio Ipea, nestes dois casos as bancas me zeraram nos títulos, porque eu deveria ter sido o 5º colocado em ambos, caso a minha experiência profissional de nível superior tivesse sido aceita. Então, a importância de um material de estudo de qualidade se mostra até mais importante, porque se eu dependesse apenas do Estratégia (e não da boa vontade das bancas) eu teria posições ainda melhores. Mas vida que segue.
Pretendo continuar estudando sim, porque existem várias oportunidades interessantes por vir, mas ficaria bastante feliz se tivesse oportunidade de ser nomeado para um instituto tão importante para o destino do país.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Bernardo: Quando passei nos primeiros concursos, há cerca de 10 anos, o ritmo era mais tranquilo, estudava cerca de 3 a 4 horas por dia. Neste ritmo – e também por ainda não saber fazer provas de concurso, nesta época – levei entre 1 ano e 10 meses e dois anos para começarem a surgir as aprovações. Eu não sabia estudar, não usava técnicas de memorização e tinha materiais com qualidade mais duvidosa.
Já no final de 2023, como eu já sabia, em certa medida, como estudar, fiz um esforço bem maior (cheguei a estudar 9 horas em um único dia), mas muito porque o intervalo entre o primeiro dia de estudo e o dia da prova foi de menos de 3 meses. Saía muito pouco – principalmente porque sequer tinha cabeça, estava psicologicamente esgotado.
Agora já diminuí o ritmo, porque também tenho outras demandas, mas pretendo seguir até, pelo menos, a prova do CNU – mas com menos intensidade, já que a saúde psicológica é o mais importante.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Bernardo: Sim, certamente. O mais importante é ter o apoio deles no sentido de entender a minha ausência durante algum tempo – e que, de fato, já começou a trazer resultados.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Bernardo: Fiz um enorme esforço para me preparar, assinei o Estratégia no final de novembro de 2023, se não me engano, comecei a estudar no início de dezembro e a prova seria final de Fevereiro de 2024. Como o tempo era muito pouco, aproveitei cada segundo do meu tempo livre para tentar me atualizar – tirei férias no início do ano, me “internei” por semanas e até que funcionou relativamente bem.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Bernardo: Basicamente, 90% da minha base foi o material do Estratégia. Os 10% restantes foram necessários porque alguns temas muito específicos ainda não existem nesta plataforma, por motivos óbvios, afinal são assuntos novos e que exigem um detalhamento mais profundo. Tudo 100% remoto, cerca de 60% vídeos e 40% PDF’s, em média.
Os vídeos eu uso, normalmente, para dar um primeiro “mergulho” nos assuntos, eu acabo usando os PDF’s para pegar mais os detalhes, em uma segunda rodada. Pessoalmente, gosto de, primeiro, passar de uma forma mais superficial nos temas, em uma segunda passada eu leio os PDF’s onde eu julgo ser mais produtivo. Alguns temas que já conheço mais, normalmente eu não parto para os PDF’s, fico só nos vídeos mesmo.
Para mim, além do material de qualidade inquestionável, considero ferramentas de memorização, como Anki, extremamente importantes. Considero a repetição extremamente importante e o Anki ajuda muito. Mas é preciso disciplina, registrar e revisar os cartões regularmente – sempre há algum tempo disponível, como no ônibus, no intervalo da consulta médica, em qualquer lugar. E faz muita diferença.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bernardo: Naturalmente, você vê os resultados dos outros e direciona para os locais que já são testados. Material de qualidade duvidosa é pior do que não estudar, porque você aprende errado, então acredito que esse tipo de economia é totalmente contraproducente.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Bernardo: Alguns concorrentes que eu seguia com mais frequência, em 2013, tenho a sensação de que tem menos material disponível. A frequência de atualização me parece menor.
Gosto do estilo do Estratégia, que cria um catálogo personalizado quando sai o concurso, faz os Passos Estratégicos, customiza o conteúdo ao que o concurso pede, etc.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Bernardo: Eu não uso todo o potencial do Estratégia, sei que existem ferramentas adicionais no portal, mas eu não tive tempo de conhecer, ainda. Eu sou muito focado nos vídeos e nos PDF’s, jogo tudo para o Anki e tento manter a regularidade nas revisões. Assim funciona bem pra mim.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Bernardo: Normalmente, estudo de uma a duas matérias por dia. Tento registrar tudo no Anki e, ao menos uma vez por semana, revisar tudo. No dia a dia, sempre que surge um tempo, reviso o anki, priorizando as matérias em que tenho mais dificuldade.
Entre dezembro de 2023 e final de fevereiro de 2024, eu estudava entre 6 e 8 horas por dia, normalmente bem cedo (entre 7h e 9h) e depois das 18h até meia-noite. O ritmo era insano. Depois da prova do Ipea, reduzi para cerca de 3 a 4 horas por dia, normalmente à noite.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Bernardo: Principalmente, reviso o Anki. Em alguns dias específicos, eu passo várias horas só revisando Anki. Vez ou outra faço um simulado – mas confesso que fiz simulado apenas para o CNU, nos demais eu não pensei em fazer.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Bernardo: Eu costumo fazer muitos exercícios, sempre que dá, principalmente em matérias que tenho mais dificuldades. As matérias mais técnicas e da minha área profissional, faço bem pouco. Mas fiz poucas questões para o Ipea.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Bernardo: Tenho mais dificuldades em Banco de Dados, nesta matéria eu me esforço mais, sei que é uma limitação e tento minimizar os prejuízos – e torcer para não cair na discursiva :D
Tento dominar os temas mais conceituais neste assunto, mas o assunto mais prático, como formação de consultas SQL, por exemplo, já desisti (hehe).
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Bernardo: Normalmente, na semana que antecede as provas, eu priorizo revisar os cartões do anki e, nas matérias mais complicadas pra mim, fazer questões. Tento chegar na semana da prova sem ver conteúdos novos, apenas revisar.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Bernardo: Aconselho tranquilidade e treino prévio. Discursiva não é o fim do mundo, ao contrário, é uma excelente oportunidade de se diferenciar. Com calma, é super possível ter uma nota boa.
Curiosamente, a minha discursiva no Ipea foi relativamente fraca – na objetiva fiquei em 4º, a discursiva me fez cair para 6º e a não aceitação dos meus títulos profissionais me fizeram despencar para o 11º. Mas só tive um desempenho fraco nesta discursiva porque, obviamente, com 3 meses de preparação eu só tinha conseguido ficar na superfície dos assuntos. Quando você se esforça, constrói seu conhecimento passo a passo e tem tranquilidade, expressa o seu conhecimento no texto e as coisas fluem naturalmente.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Bernardo: O meu maior erro nos concursos, desde o início da minha trajetória, foi o de abraçar as matérias todas linearmente. Isso eu já corrigi, eu priorizo aprofundar no que é o meu calo. Por exemplo, eu não estudo muito redes e segurança da informação, só reviso. Pontualmente, dependendo da banca, vale a pena, na semana da prova, dar uma aprofundada em como funciona alguma tecnologia em específico, mas no geral, dê atenção ao que vai te reprovar. Estudar a matéria que você sabe que consegue acertar 80% me parece uma estratégia arriscada. Dê atenção ao que tem potencial de te fazer errar a maioria das questões.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Bernardo: Sim, várias vezes, mas não é opção. Concurso, de fato, é maratona, é uma fila, você só chega na frente se não sair dela. Quando você se preparou suficientemente, basta a “sorte” de cair um tema bom na sua discursiva e você está “dentro”. Comigo foi assim na Ancine, inclusive, como eu já tinha me esforçado por um bom tempo, caíram temas na discursiva que eu dominava completamente e me fizeram passar em 1º.
A sorte chega pra quem não desiste, acreditem.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bernardo: Penso que a aprovação em um concurso público de ponta é um investimento que se paga. Você abre mão de algumas coisas por um tempo, mas se tiver apoio dos seus, todos serão beneficiados.
Dedique-se, faça um plano no papel, crie a sua agenda e não abra mão das suas metas diárias de estudo. Estabeleça um compromisso consigo mesmo! Priorize as matérias que lhe causam desconforto e revisem sempre. E boa sorte a todos!