Aprovado no concurso Senado Federal para Técnico Legislativo/Policial Legislativo
Legislativo“[…] A constância leva pessoas ordinárias a conquistarem grandes feitos. Eu nunca fui acima da média, com notas altas na escola e recebendo moção de aluno destaque, mas fui muito disciplinado durante minha caminhada nos estudos para concurso e o resultado não poderia ser diferente”
Confira nossa entrevista com Matheus Paixão de Oliveira, aprovado no concurso Senado Federal para Técnico Legislativo/Policial Legislativo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Matheus Paixão de Oliveira: Sou engenheiro civil, tenho 30 anos e sou de Brasília-DF.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Matheus: Quando estava para me formar na faculdade, em 2016, o mercado de construção estava em baixa e isso me deixou desanimado. Com isso, comecei a olhar para o “mundo dos concursos”. Fui muito incentivado por meus pais, ambos concursados, e por minha namorada (hoje, esposa), que me diziam que eu tinha muita capacidade. Isso me animou e estudei com muito afinco e disciplina.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Matheus: No começo da caminhada, tive a oportunidade de só estudar. Havia acabado de me formar e meus pais me deram a possibilidade de focar 100% nos estudos e sou muito grato a Deus por isso. Quando estudei para o Senado, já estava trabalhando, então, quando saiu o edital, abri mão de praticamente todos os compromissos que tinha: eu somente ia para o serviço e estudava todo o tempo em minha folga.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Matheus: Fui aprovado no concurso do CBMDF, em 2017, para o cargo de Aspirante – Engenheiro Civil, em 35º lugar, porém não fui nomeado. Fui aprovado no concurso da PMDF, em 2018, para o cargo de Soldado, em 7º lugar na lista masculina; fui nomeado em 2019. Fui aprovado também no concurso da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 2018, para o cargo de Técnico Legislativo – Agente de Polícia Legislativa, também em 7º lugar; fui nomeado em 2022 e permaneço nesse cargo até hoje. Por último, fui aprovado no concurso do Senado Federal, em 2022, para o cargo de Técnico Legislativo – Policial Legislativo, em 93º lugar; ainda estou aguardando nomeação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Matheus: Durante minhas preparações, eu saía muito pouco com meus amigos e família. Saía basicamente para a igreja aos domingos e, no sábado e feriados, ia para alguma biblioteca para mudar um pouco o ambiente de estudo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Matheus: Minha família me apoiava de forma excepcional, tanto de forma emocional quanto financeira (antes de entrar no primeiro concurso). Meus amigos também me apoiaram e entendiam quando não aceitava os convites para encontrá-los.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Matheus: Logo após me formar na faculdade, tentei uns dois ou três concursos na área da engenharia, mas depois migrei para a área policial, pois havia mais oportunidades e, também, já pensando, lá na frente, no concurso para policial legislativo.
Como coloquei na minha cabeça que queria ser policial legislativo, foi relativamente fácil manter a disciplina nesse tempo. Sempre que me dava um desânimo ou preguiça, pensava no cargo que queria alcançar e na vida que ele poderia me proporcionar.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Matheus: Na minha vida de concurseiro, usei quase todas as ferramentas. Li livros de direito constitucional e direito administrativo, o que me deram uma excelente base para essas matérias, porém o problema dos livros é que são muito grandes e demandam muito tempo para terminá-los. Usei videoaulas também, mas sempre indico principalmente para as matérias de língua portuguesa e raciocínio lógico, pois são disciplinas mais complexas e de difícil compreensão somente por PDFs. Nunca gostei de aulas presenciais, pois percebia que perdia um tempo precioso no deslocamento, além de, às vezes, o professor não conseguir passar toda a matéria; fiz somente de algumas matérias isoladas.
Minha base de estudos sempre foi com cursos em PDF. A grande maioria dos concursos que estudei foi usando esse tipo de material. Sempre gostei porque conseguia estudar a matéria de forma relativamente rápida, objetiva e completa, coisa que não conseguiria estudando somente por videoaulas, livros e cursos presenciais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Matheus: Conheci o Estratégia por meio de amigos que já estudavam para concursos e me indicaram quando souberam que eu estava estudando.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Matheus: Usei material de outros cursos sim. Não gostava dos cursos extremamente grandes. Era necessário muito tempo para terminar apenas uma matéria, o que me prejudicava com toda a organização dos meus estudos.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Matheus: Fiz alguns concursos antes de estudar com o Estratégia, mas não fui aprovado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Matheus: Após estudar com o material do Estratégia, a principal diferença que tive foi conseguir fechar todo o edital dos concursos para os quais estudava. Os PDFs me proporcionaram o aprofundamento necessário para as provas, além disso, conseguia entender mais o conteúdo e reter melhor a matéria fazendo todas as questões ao final das aulas e lendo todos os comentários.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Matheus: Eu montava meu cronograma de acordo com o edital que estudava, mas sempre seguia alguns princípios. Eu estudava língua portuguesa todos os dias, pois entendo ser a matéria mais importante; destinava sempre um tempo para revisar, normalmente na primeira hora de estudo, porque, na minha opinião, a revisão é a parte mais chata do estudo e a mais importante, então devia fazê-la primeiro; resolvia questões sempre ao terminar uma sessão de estudo para um melhor entendimento do conteúdo.
Normalmente estudava em torno de 4 matérias por dia e não mais que 2 horas de cada matéria, para não ficar muito cansativo e também para dar outro estímulo para meu cérebro. Eu tentava estudar o máximo que podia. Quando estava de folga, tentava chegar a 8 horas líquidas e, em dias de trabalho, estudava 1 ou 2 horas, se não fosse possível estudar mais.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Matheus: Eu fazia minhas revisões conforme a curva do esquecimento, porém não era tão fácil programá-las. O objetivo era revisar o assunto de forma espaçada e, assim, em cada revisão, eu conseguia lembrar quase todo o conteúdo estudado.
Eu costumava produzir mapas mentais em cada sessão de estudo e revisava esses mapas nas minhas revisões. Os mapas são um pouco trabalhosos de serem feitos, mas ajudaram muito nas revisões e na memorização por terem poucas palavras, muitas cores e imagens.
Eu gostava muito de fazer simulados pois sabia em qual patamar eu estava, porém eu fazia somente quando já havia estudado, pelo menos, 60% do edital.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Matheus: A resolução de exercícios é de extrema importância, porque essa é a forma que será cobrado o conteúdo na prova, então é a parte que você tem que fazer com mais atenção e rapidez, para não perder muito tempo.
Nunca fiz muitas questões nas minhas preparações. Eu preferia fazer questões com mais qualidade a fazer mais questões. Como exemplo, fazia todas as questões que vinham no PDF do Estratégia, que já são muito bem selecionadas pelo professor.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Matheus: Mesmo sendo formado em engenharia, uma das matérias que tinha mais dificuldade era raciocínio-lógico. Para tentar superar, eu fazia cursos com diferentes professores para tentar entender a matéria por outra perspectiva. Também tentava melhorar a taxa de acertos nas outras matérias para compensar um possível baixo desempenho na matéria de raciocínio-lógico.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Matheus: Na semana que antecedeu a prova, eu foquei em revisar aquilo que já tinha estudado e fazer muitas questões.
No dia anterior, assisti à Revisão de Véspera online.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Matheus: Eu treinei bastante para a prova discursiva. Olhava possíveis temas que poderiam ser cobrados e elaborava uma redação por semana, pelo menos. Aconselho a produzir, pelo menos, uma redação por mês no pré-edital e uma por semana no pós.
É aconselhável mostrar essa redação para um professor ou alguém experiente para que dê um feedback e ajude o candidato a melhorar.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Matheus: Acredito que meu principal acerto foi aprender a estudar antes de estudar de fato! Procurei cursos de técnicas de estudos e observava a trajetória de muitas pessoas que passaram em ótimos cargos. Tudo que aprendi com eles adaptei ao meu jeito de estudar.
Meu principal erro foi não ter começado a estudar mais cedo, porém acredito que tudo acontece no tempo em que Deus determina. Isso me tranquiliza e me ajuda a aceitar melhor as coisas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Matheus: Desistir nunca foi uma opção para mim. Eu sabia que minha aprovação era uma questão de tempo. Eu tinha as ferramentas certas e confiava no meu potencial. Isso me ajudava a ter disciplina e constância para fazer todo dia aquilo que deveria ser feito.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Matheus: Aconselharia essa pessoa a se espelhar em pessoas que já chegaram ou no lugar que você almeja chegar. Se inspire nelas, aprenda com elas e, se possível, conviva com elas. Hoje, com a internet, temos a possibilidade de acompanhar diversas pessoas e aprender com elas. Aproveite e use isso ao seu favor!
Além disso, diria para a pessoa estudar um pouco sobre neuroaprendizagem e como o cérebro funciona, isso vai ajudá-la a estudar de forma mais eficiente.
Por fim, diria a essa pessoa persistir mesmo quando tudo parece que não está dando certo. O estudo para concursos requer paciência e muita disciplina, ele se parece mais com uma maratona do que uma prova de 100 metros. É melhor que você estude 2 horas todos os dias por um ano do que 14 horas por dia em uma semana.
A constância leva pessoas ordinárias a conquistarem grandes feitos. Eu nunca fui acima da média, com notas altas na escola e recebendo moção de aluno destaque, mas fui muito disciplinado durante minha caminhada nos estudos para concurso e o resultado não poderia ser diferente.