Aprovado em 8° lugar no concurso IPEA para o cargo de Técnico de Planejamento e Pesquisa
Concursos Públicos.
“[…] o concurso mudou minha vida e vai mudar a sua. Fui demitido sem qualquer explicação e fiquei literalmente de mãos atadas. O serviço público me mostrou que eu poderia vencer, ser diferente, ajudar as pessoas, fazer amigos, ser feliz e ser um motivo de alegrias para a minha família”
Confira nossa entrevista com Diego Tomazetto, aprovado em 8° lugar no concurso IPEA para o cargo de Técnico de Planejamento e Pesquisa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Diego Tomazetto: Olá pessoal. Primeiramente é um prazer falar com todos que me acompanham e se interessaram por este simples e humilde concurseiro. Meu nome é Diego Tomazetto, tenho 41 anos e sou carioca, nascido na cidade maravilhosa, apesar de não morar mais no Rio de Janeiro há mais de 10 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Diego: Eu cheguei a pensar na carreira pública a partir de 2012 e até fiz concursos, como a SEFAZ RJ 2013, mas sem nenhum tipo de planejamento. A iniciativa privada ainda me chamava muito a atenção e eu consegui empregos com alta remuneração, fato este que inibiu minha ambição pelos órgãos públicos.
Porém, em 2014, fui demitido e não consegui mais retornar ao mercado de trabalho, dado o salário que eu recebia conforme CPTS – os números assustavam aqueles que me entrevistavam. Perdi inúmeros empregos por conta disso, mesmo demonstrando capacidade para assumir novos desafios. Com isso, percebi que era necessário mudar o foco e comecei a pensar de maneira mais especial para o serviço público, o que me fez estudar de maneira profissional de forma a ser possível enfrentar este novo desafio.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Diego: Sou casado e pai de um filho maravilhoso, logo era necessário estudar e conciliar com meu trabalho, tendo em vista a necessidade de proporcionar o conforto necessário para vivermos bem. Meu concurso atual é muito bom, com remuneração padrão “5 dígitos”, mas buscamos sonhos materiais e, para isso, era necessário alcançar outro patamar.
Trabalho 8 horas por dia, além de uma série de atividades complementares, o que comprometia muito a minha rotina de estudos. Porém o cenário exposto jamais me desmotivou, já que sempre é possível arrumar tempo, que era organizado da seguinte forma:
- Vou de metrô para meu trabalho (1 hora de estudo, pelo fato de o trajeto durar cerca de 30 minutos na ida e outros 30 na volta);
- Horário de almoço (15 minutos de alimentação e 45 de estudos);
- Em vez de acordar 7 horas da manhã, conseguia levantar às 6 horas, o que me permitia 1 hora de estudos;
- Horário noturno, que era difícil, mas garantido entre 22 horas e meia-noite, ou seja, mais 2 horas disponíveis.
Dessa forma, era possível estudar cerca de 4,5 a 5 horas diárias. Nos fins de semana, mantinha essa carga horária, afinal era necessário passear com a família (com moderação).
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Diego: Meus principais resultados foram:
– Banpará Técnico Bancário – 1° lugar (2014)
– Defensoria Pública da União Técnico Administrativo – 1° lugar (2016)
– TRF 1 – Técnico Judiciário Taquigrafia 11° lugar (2017)
– TST – Analista Taquigrafia – 8° lugar (2018)
– APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Assistente Administrativo – 20° lugar (2021)
– CFQ – Conselho Federal de Química – Analista Administrativo – 1° lugar (2021)
– TCE AM – Tribunal de Contas do Amazonas – Auditor de Controle Externo – 167° lugar (2021)
– CAU BR – Conselho de Arquitetura e Urbanismo – Analista Técnico – 5° lugar (2024)
– IPEA – Técnico de Planejamento e Pesquisa – 8° lugar (2024).
Não pretendo mais estudar para concursos!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Diego: Eu nunca deixei de sair, de passear, porém esses momentos precisam ser moderados. Não acho saudável perder completamente a vida social, até mesmo porque somos seres humanos e temos necessidades a serem satisfeitas.
Tudo vai depender do seu planejamento, o que pode permitir fazer de tudo um pouco. Sempre acreditei que a regularidade faz toda a diferença no estudo para concursos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Diego: Aqui em casa moramos minha esposa e meu filho. Anapaula sempre me deixou a vontade para estudar, afinal, mesmo sem entender o processo, sabia que os benefícios eram interessantes e valia a pena o esforço dela, por conta de diversas renúncias feitas ao longo da preparação para as provas.
Meu filho é uma inspiração incrível, afinal eu entendia ser o exemplo para ele. Em outras palavras, se o pai se esforçava para fazer as provas, era possível cobrar os estudos na escola. Nem sempre o entendimento era pleno, por conta da necessidade de brincar e passear, mas, apesar da pouca idade, posso dizer a vocês que esse menino é uma motivação incrível para eu buscar a superação diária.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Diego: Eu devo dizer a vocês que a estratégia era fundamental nesse momento. Eram muitas provas boas saindo e tive um estudo muito semelhante para vários concursos. A reta final começou com o TCDF 2023, no qual, mesmo sem focar, fiz uma prova muito interessante e não passei por cerca de 1,5 ponto. Isso me motivou ainda mais para encarar os dois grandes desafios: Câmara dos Deputados e IPEA. Acabei tendo minha discursiva corrigida no concurso do Poder Legislativo Federal (fiquei em 97° entre mais de 40 mil inscritos), o que me fez acreditar que era possível disputar uma vaga com os demais candidatos. Quando o concurso do IPEA saiu, estava estudando na semana decisiva antes da Câmara, mas não desviei as atenções, já que os editais tinham diversas semelhanças. Neste momento pensei: com o que estudo para a Câmara, consigo ir bem no IPEA? Quando respondi de maneira positiva, entendi que eu poderia fazer o concurso de dezembro de 2023 para, na sequência, seguir forte para a prova que mudou a minha vida!!!
Ainda devo acrescentar que fiz o concurso do CAU BR em janeiro de 2024 e, mesmo sem estudar para o certame, estava em um ritmo e nível tão fortes que acabei passando dentro das vagas para Analista Técnico.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Diego: Sempre utilizei os PDF’s tradicionais, até porque entendo que era necessário aprofundar os conteúdos. Os PDF’s simplificados eram extremamente úteis para revisar conteúdos e era uma ferramenta bastante poderosa.
Eu me recordo que o Estratégia fez um simulado direcionado para o IPEA e fiquei em 1° lugar, com 98% de aproveitamento. Quando vi meu resultado, percebi que a aprovação nas vagas era perfeitamente possível.
Ainda ressalto que as retas finais oferecidas gratuitamente no Youtube são de altíssimo nível e me ajudaram demais na preparação pós-edital (não perdi nenhum evento).
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Diego: O Estratégia é pioneiro nos cursos online e já sabia de sua existência desde 2014, quando busquei concursos como o TCU 2015. A organização e a disponibilização de conteúdos que aliam teoria e exercícios chama muito a atenção.
Sinto-me à vontade para estudar os livros eletrônicos, que são de fácil leitura e vão diretamente no ponto que as provas normalmente cobram.
Os resultados dos alunos matriculados corroboram a qualidade no ensino e o esforço dos professores é nítido e em prol de todos que acreditam na metodologia do curso.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Diego: Fazia cursos presenciais que, além de serem caros, demandavam deslocamento até a sala de aula. Também comprava apostilas impressas para estudar, apesar da qualidade ser bastante questionável.
O material disponibilizado por meio de sítio eletrônico facilita bastante e permite acelerar os conteúdos mais fáceis, assim como dá a chance de estudar as matérias mais complexas com tempo estendido.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Diego: Tive algumas experiências em concursos e cheguei a ter êxito no concurso do Banpará 2014, porém é notório se tratar de um certame menos complexo e que era regionalizado, o que dividia a concorrência. Além deste, não me recordo de nenhum outro resultado relevante e isso demandava a procura por materiais com qualidade condizente com a dificuldade apresentada nas provas.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Diego: O material estava adequado ao que era cobrado nos concursos e, por vezes, os professores apresentavam cenários mais difíceis em simulados na comparação com as provas, o que me deixava em situação mais confortável para encarar os concursos para os quais eu estava inscrito.
Ressalto também o alto nível dos materiais de reta final, que englobavam praticamente todo o edital. Isso acabava sendo bom para mim, já que eu obtinha o entendimento das matérias via livros eletrônicos e complementava com os vídeos disponibilizados e focados em uma produção bem objetiva, de forma a atender os alunos avançados.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Diego: Eu estudava entre 4 a 5 horas líquidas diárias com 3 divisões: a) Matéria 1; b) Matéria 2; e c) Revisão diária.
Meu plano apresentava todas as matérias do concurso, com privilégio para aquelas mais difíceis, afinal eu precisava estar em alto nível em todas as disciplinas. Aos sábados, fazia discursivas com os mais diversos temas possíveis de serem cobrados.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Diego: Revisões são FUNDAMENTAIS. Meu planejamento incluiu as modalidades: diária, semanal e mensal. Na primeira, eu reservava 20 a 30 minutos de segunda a sexta-feira; na segunda, deixava 2 horas aos domingos para lembrar de tudo o que ocorreu durante a semana; e na terceira, reservava um final de semana para recordar as maiores dificuldades naqueles 30 dias de estudos.
Simulados são importantes e incluem todos que o Estratégia disponibilizou. Sempre fiz questão de realizar nos horários sugeridos pelo curso, de forma a obter as correções, receber minha nota e, em seguida, acompanhar os comentários no Youtube do curso.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Diego: Eu nunca fui de ficar fazendo contas de quantas questões eu resolvia, já que isso me deixava ansioso. O mais importante é resolver exercícios anteriores da banca e entender qual era a minha dificuldade.
Os erros eram anotados em um caderno a ser utilizado nas revisões. Sempre trabalhei forte no estudo ativo por questões, buscando o aprendizado e aprofundamento necessários para a prova.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Diego: As matérias com maior dificuldade eram: Estado e políticas públicas, além de Licitações e Contratos. As soluções eram relacionadas ao aumento de carga horária nas disciplinas e buscar conhecimentos avançados até mesmo em outras bancas que fazem grandes concursos, tais como FGV e Cebraspe.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Diego: Busquei me organizar a partir de algumas estratégias: a) Revisão COMPLETA de tudo o que anotei ao longo da preparação; b) Resolução de duas questões discursivas; c) Simulado final do concurso; e d) Assistir a revisão de véspera do Estratégia.
Acredito que essas táticas me ajudaram a trabalhar a memória de curto prazo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Diego: Pratiquem, pratiquem e pratiquem, mesmo que vocês não tenham recursos financeiros. Eu fiz TODOS os temas propostos pelo curso do Estratégia, mesmo que não tivesse direito à correção, o que incluía os simulados propostos. O próprio livro eletrônico te apresenta o tema e a proposta de solução. É bem possível comparar o texto produzido com os comentários do professor, o que possibilitava a atenção às oportunidades de melhoria.
Deixo aqui um singelo comentário: se hoje eu digo que passei no IPEA, muito se deve à discursiva. Sai da posição 56 para a 10° colocação – tive a maior nota do concurso no meu cargo (197,6 de 200 pontos possíveis).
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Diego: Meu maior erro foi não acessar o sítio eletrônico do IPEA, o que me fez errar uma questão ligada à natureza do órgão (que vergonha!!!). Também acho que eu poderia ter uma maior atenção a certas questões da prova (tive dois erros inacreditáveis por pura falta de atenção).
Meus acertos: regularidade nos estudos, aproveitamento das horas livres no final do ano, assim como no carnaval (eu viajei para o Rio de Janeiro e fiquei estudando incansavelmente, enquanto meu filho saía para passear). Também posso citar o foco na semana de prova e isso incluiu a renúncia ao primeiro jogo do meu filho na escolinha de futebol. Foi duro ficar em casa e a mãe levar o menino para jogar a partida, mas a vida é feita de escolhas, sendo que cada escolha gera uma renúncia.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Diego: As reprovações em um concurso são duras e foram vários momentos neste padrão. Dá vontade de desistir, principalmente porque eu não entendia o porquê de não conseguir meus objetivos, mas a vontade de vencer, de ser um exemplo, de realizar sonhos materiais me fizeram estudar TODOS OS DIAS, sem inventar desculpas. Sabia que tinha algo especial guardado para mim e a vitória demorou a chegar, mas ela veio no momento certo!!!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Diego: Sei que você deve estar se perguntando todos os dias se vale a pena estudar e eu te digo o seguinte: o concurso mudou minha vida e vai mudar a sua. Fui demitido sem qualquer explicação e fiquei literalmente de mãos atadas. O serviço público me mostrou que eu poderia vencer, ser diferente, ajudar as pessoas, fazer amigos, ser feliz e ser um motivo de alegrias para a minha família.
Você deseja também ter estes sentimentos que eu tive? Pois então pague o preço, lute com todas as forças, não se entregue, seja diferenciado, não desanime e saiba que sua vitória está guardada no tempo e órgão certos. Obrigado por ter lido esta história que eu pude contar e desenvolver ao longo de 10 anos de estudos para concursos públicos.