Aprovada em 7° lugar no concurso Polícia Penal do Espírito Santo para o cargo de Inspetor Penitenciário
Policial (Agente Penitenciário)“Aproveite cada conquista, comemore cada acerto, fique feliz com a evolução dos simulados… Tudo isso ajuda a tornar o processo mais leve […]”
Confira nossa entrevista com Flávia Mota, aprovada em 7° lugar no concurso Polícia Penal do Espírito Santo para o cargo de Inspetor Penitenciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Flávia Mota: Obrigada pela oportunidade Estratégia e mais uma vez, obrigada por terem me ajudado a alcançar meu objetivo. Meu nome é Flávia e, atualmente, curso o 7º período de Direito na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) com muito orgulho, pois essa faculdade foi/é extremamente especial para mim. Tenho 21 anos e nasci em Vitória – ES.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Flávia: Eu comecei a estudar para concursos e, estritamente, para a área policial, em razão do meu irmão Felipe ser investigador da DHPP (Delegacia de Homicídios). Então, desde criança, tive contato com a área criminal e fui me apaixonando cada vez mais por ela, já que meu irmão sempre me contava das investigações e o quanto elas eram, de certo modo, legais. Além dele, a minha amiga Priscila – policial penal no Espírito Santo – me motivou muito contando sobre o cargo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Flávia: Eu cursava duas faculdades simultaneamente e fazia estágio na Justiça Federal. Para conciliar essas atividades, foi necessário fazer bastante planejamento na agenda para nada ficar desfalcado. Então, pela manhã, eu ia às aulas da faculdade. Pela tarde, estagiava e aproveitava a noite para estudar, tanto para os cursos, quanto para o concurso.
Mas, no período pós-edital, eu intensifiquei os estudos para o concurso e passei a separar mais horas, deixando o restante de escanteio.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Flávia: Esse é o meu primeiro concurso! Pretendo continuar estudando para alcançar o cargo de Delegada Civil, mesmo que seja necessário passar décadas de cara nos livros.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Flávia: No período pré-edital, eu saía durante os finais de semana e feriados. Já no período pós-edital, as saídas ficaram mais escassas e a vida social murchou bastante! Mas os amigos e família entendem isso mais do que ninguém nesse mundo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Flávia: Não sou casada e não tenho filhos. Minha família e meus amigos sempre apoiaram a minha caminhada nos estudos, principalmente com apoio psicológico e emocional, por acreditarem que os estudos podem mudar a vida de uma pessoa.
Meu pai me levou em todas as etapas do concurso – desde no local da prova objetiva até o dia do exame de saúde. Sempre torceram muito junto comigo, ficaram aflitos, sorriram, se emocionaram, comemoraram, brigaram por não estar estudando… Tudo!
Com o apoio deles, o processo de estudar para concursos foi extremamente mais tranquilo, porque eu sabia que se eu não passasse, teria, pelo menos, muitos “ombros” para chorar!!!
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Flávia: Eu comecei a estudar para o concurso em janeiro de 2023 – sendo que o edital foi publicado em julho e a prova foi em outubro do mesmo ano. Durante esses dez meses de estudos, não foi tão difícil ter disciplina, pois eu gostava bastante de estudar as matérias do concurso, principalmente as relacionadas ao Direito. Então, eu tive uma paixão pelo processo do aprendizado e isso foi essencial para conseguir manter a disciplina durante um bocado de tempo.
Por isso, é importante estudar ou treinar para aquilo que você ama. Acho que assim, não virará um fardo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Flávia: Eu utilizei os cursos em PDF do Estratégia que são muito completos, ultra detalhados, fazia muitas questões (muitas, mesmo!) e simulados do Estratégia. Acredito que as vantagens de utilizar os PDF’s do Estratégia é que por serem muito completos, não tem como ser cobrado um conteúdo que não foi dado por eles.
Enquanto que fazer muitas questões é imprescindível para praticar, sair da teoria e enfrentar face-a-face o que precisa melhorar e quais matérias precisam de maior atenção, conforme a porcentagem de erros e acertos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Flávia: Conheci em razão da fama mesmo, por ser considerado o melhor cursinho para concursos em nível nacional.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Flávia: Sim, já utilizei os PDF’s de outra empresa, mas não achava tão completo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Flávia: Com certeza. Como dito anteriormente, os PDF’s do Estratégia são únicos, de extrema valia. Me senti muito mais confiante para fazer provas de concursos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Flávia: Eu separei as matérias de maior peso e as matérias que eu tinha mais dificuldade. Assim, eu dava maior atenção a elas. Colocava uma matéria por dia (caso cumprisse um dos critérios citados) para ter maior linearidade no estudo, sem ter que intercalar com outra e atrapalhar o foco. Mas, as matérias de menor peso e mais fáceis para mim, eu colocava duas ou três juntas no mesmo dia (informática, atualidades e direitos humanos).
Dito isso, minhas horas líquidas variam bastante, a depender da matéria/assunto, mas giravam em torno de 4-5h por dia no pós-edital e 1-2h por dia no pré-edital.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Flávia: As minhas revisões foram feitas utilizando o ANKI – um aplicativo de flashcards. Esse método ajuda a manter a matéria na cabeça, mesmo após um longo período, tendo em vista que ele atua utilizando a curva do esquecimento como parâmetro para fazer as revisões.
Basicamente, são cartões de pergunta e resposta que você revisa durante 1 dia, 1 semana, 15 dias, 1 mês e por aí vai… Fazendo com que a matéria esteja sempre fresca na memória. O Anki é o meu maior aliado, sem dúvidas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Flávia: Toda importância! Fazer questões é tudo. Durante a minha trajetória nos estudos (desde junho de 2021), eu fiz 18.641 questões em um site de questões. Apenas fazendo a questão e dando a cara a tapa é que será possível ver se o método de estudos está realmente sendo efetivo ou não. Então, o momento de errar é fazendo questão. Friso: momento de errar e momento de aprender.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Flávia: Direitos Humanos. Justamente por ser uma matéria muito extensa e com muitos tratados internacionais, permeada de detalhes e datas.
Para conseguir aumentar o número de acertos, foi essencial fazer bastantes questões da matéria e utilizar o Anki… até parar de confundir um tratado com outro.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Flávia: Uma loucura! Enfiei a cara nos estudos, faltei todas as aulas da faculdade na semana pré-prova e fiz revisão todos os dias. Durante essa semana, as horas de estudo beiravam 7-8h por dia.
No dia pré-prova, foi pior ainda… Acordei 6 horas da manhã no sábado e fiquei estudando até 20h. Só parei quando realmente a mente entrou em exaustão completa!!
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Flávia: No período pós-edital, eu escrevia duas redações por semana (uma no sábado e uma no domingo) utilizando os temas disponibilizados pelo Estratégia nos PDF’s e o meu amigo, Luís Filipe Mazzinghy corrigia as minhas redações com feedbacks bem criteriosos (era difícil de agradar! rs).
O meu conselho para provas com redação é treinar bastante e se ater as arestas que precisam ser reparadas. Só com o treino é possível identificar os erros mais recorrentes e lapidá-los. Além disso, a leitura é de suma importância, principalmente a leitura paradidática que muitos estudantes deixam de lado; a literatura dará um acervo que os livros didáticos não possuem.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Flávia: Foi bem doloroso! Negligenciei a corrida por falta de tempo. Mas, continuei fazendo a academia durante a preparação. Por esse motivo, a corrida foi bem difícil.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Flávia: Meu principal erro foi em relação à etapa física e ter estudado pouco. O mal de todo estudante é querer sempre ter estudado mais. Por isso, acredito que tenho muito a aprender com o processo.
Quanto aos acertos, acredito que acertei em ter começado a estudar para concursos em 2021, embora não tivesse uma prova como alvo, então tive bastante tempo de preparação.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Flávia: Não! Em nenhum momento! Minha principal motivação é trabalhar na área criminal, isso não tem preço. A área penal é extremamente cativante e essa sempre foi minha principal motivação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Flávia: Bom, diria para começar devagar. Sei que o início parece impossível, o tanto de conteúdo é assustador e a caminhada é longa. Mas eu diria para começar devagar e aproveitar o processo, encontrar um sentido nos estudos; ter a aprendizagem como fim. Aproveite cada conquista, comemore cada acerto, fique feliz com a evolução dos simulados… Tudo isso ajuda a tornar o processo mais leve. E, muitas vezes, passar num concurso pode demorar anos, então, ter o estudo como fim é uma saída para conseguir ter disciplina por tanto tempo.
Por isso, minha segunda e última dica, é planejar a longo prazo. O planejamento é a chave para uma aprovação e, se for realizada tendo em vista o longo prazo, será mais proveitoso e cortará um bocado da ansiedade.
Acredite no poder dos estudos e da leitura, porque são os únicos que nos acompanham por toda a vida. No fim das contas, a literatura (ora didática, ora paradidática) fica para sempre. Cada livro lido é um degrau de quem somos.