“[…] para aquele que persiste, a aprovação vem, mesmo diante de barreiras importantes na vida. E vem no momento e no lugar certo.”
Confira nossa entrevista com Maicon Natan Volpi, aprovado no concurso TRF 3 para Juiz Substituto:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Há quanto tempo se formou em Direito? Qual sua idade e cidade natal?
Maicon Natan Volpi: Formei-me em 2014, com graduação na Universidade Paulista-UNIP, em São José do Rio Preto. Minha cidade natal é José Bonifácio-SP, próximo a São José do Rio Preto, mas atualmente também resido em São Paulo, tendo em vista que 2016 tomei posse cargo de Analista Jurídico do MPSP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Escolheu seu curso superior já pensando em fazer concurso ou chegou a advogar?
Maicon: Desde a graduação sempre busquei concurso para magistratura federal. Escolhi meu curso superior já almejando este cargo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Maicon: Quando saí da graduação sempre almejava concurso para a magistratura. Para obter o período de 3 anos de experiência jurídica para a magistratura, exerci advocacia privada, em escritório próprio, no município de José Bonifácio-SP, e atuei em convênio com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Ao mesmo tempo prestava concursos de analista e oficial de justiça, para conseguir uma estabilidade durante os estudos.
Obtive a aprovação em dois concursos de oficial de justiça avaliador federal, na Justiça do Trabalho (TRT da 15º e 2º região), bem como aprovação em dois concursos de analista jurídico do MPSP, tendo tomado posse em 2016, nas Promotorias de Falência e Recuperação Judicial de Empresas do Foro Central. Atualmente estou lotado nas Procuradorias Cíveis do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Assim, trabalhei e estudei ao mesmo tempo, durante toda a preparação. No início (primeiros 4 anos) que tomei posse no concurso de analista do MPSP era complicado conciliar trabalho e estudos, até pelo déficit de servidores na instituição, que não possuía ainda um analista para cada Promotoria. Porém, com o tempo, deu para conciliar melhor o trabalho com os estudos, sendo finalmente aprovado no TRF3, estando ainda no oral do TJMS e nas sentenças do TRF1.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Maicon: Já fui aprovado em analista do MPSP, duas vezes, e oficial de justiça avaliador federal da Justiça do Trabalho, também duas vezes, sendo uma perante o TRT da 15º Região (interior de São Paulo, sede em Campinas), e no TRT da 2º Região (capital paulista e região metropolitana). Atualmente encontro-me no oral do TJMS, e nas sentenças do TRF1.
Não pretendo continuar prestando concurso, tendo em vista que meu objetivo final sempre foi magistratura federal, da 3º Região, que abrange o Estado de São Paulo, meu estado de origem e residência de família.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Maicon: Durante minha preparação, conforme destacado, de início foquei em cargo de analista, com o fim de obter a estabilidade. Após, com maior estabilidade financeira, busquei conciliar trabalhado (carga horária fixa) com os estudos. Desta forma, minha preparação iniciou em 2017, sendo que o início do atual concurso do TRF3 deu-se em 2021, em meio a pandemia, o que gerou suspensões, etc.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Maicon: Foram utilizados materiais próprios nas primeiras e segunda fase, que elaborei ao longo dos estudos, escritos a mão, conforme fosse lendo livros de referência ou assistia aulas. Estes resumos ajudaram bastante na consolidação do conhecimento, e para posterior revisão.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Maicon: Conheci os estudos para a segunda fase do TRF 3 e 4. Quando da preparação para aludidas fases senti a necessidade de procurar por aulas práticas e obter experiências de pessoas já aprovadas em concursos de magistratura federal. Efetuada a pesquisa, encontrei preciosas aulas gratuitas no Youtube do curso Estratégia, dos professores Rodrigo Vaslin e Michael Procópio. Especificamente sobre o professor Rodrigo Vaslin, este apresentou em suas aulas a própria prova elaborada pelo professor quando da aprovação, sendo que as lições ali apresentadas foram utilizadas durante as provas dissertativas e de sentenças, obtendo êxito na dissertativa do TRF4, nas dissertativas e sentenças do TRF3, nas dissertativas e sentenças do TJMS, e nas dissertativas, até o momento, do TRF1. Desta forma, foi uma experiência ímpar que o professor apresentou nas aulas, e que fez toda diferença na preparação.
Com a referida experiência que obtive com o curso Estratégia, busquei fazer o curso, só que agora voltado para as prova orais, com simulados presenciais na cidade de São Paulo. E foi uma experiência bastante enriquecedora na preparação, com a constituição de uma banca de examinadores, composta pelo professores do curso Estratégia, bastante similar à real, com questões muito bem elaboradas, etc.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Maicon: Meu estudo sempre foi voltado à preparação de material próprio, geralmente pela leitura de livros, para posterior revisões, sendo que apenas em alguns momentos utilizei alguns outros cursos, como videoaulas, para elaborar material sobre temas sensíveis e que não possui domínio técnico necessário para as provas da magistratura.
Próximo das provas objetivas (15 a 20 dias antes) fazia um estudo mais voltado para esta fase, como a solução de questões.
Nas segundas fases e oral fiz a utilização dos cursos práticos do curso Estratégia Concursos, conforme destacado acima, e o aspecto prático pareceu-me demasiadamente importante nestas fases, em especial valendo-se das experiências daqueles que já passaram pela mesma situação com êxito.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Maicon: Sempre fiz a utilização de materiais próprios. Apesar dos cursos disponibilizarem materiais, sempre busquei estudo mais ativo, até como forma de melhor gravar o conteúdo, tendo em vista que achava demasiadamente cansativo e desmotivante manter-se revisando o mesmo material inúmeras vezes. Isto porque gravar o conteúdo é apenas um elemento deste processo, que faz parte da obtenção do conhecimento, que não abrange apenas entender o que está sendo dito, mas também sedimentar o conhecimento para agregar mais e mais informações sobre este conhecimento base, e assim sucessivamente. Isto pode ser efetuado pelo estudo ativo (elaboração de materiais) ou revisões constantes. Voltando para a minha experiência, em particular, as primeiras fases e os concursos de analistas, obtive a aprovação com estes materiais.
Porém, para segunda fase senti a necessidade destas aulas práticas, até para aplicar as experiências de outras pessoas que na mesma situação obtiveram êxito no mesmo concurso que almejava, e encontrei aquilo que procurava de forma gratuita no canal do Youtube curso Estratégia, conforme destacado acima. Diante da experiência bastante exitosa, para o oral contratei os serviços do curso Estratégia Concursos, com simulados presenciais, com excelentes professores, o que contribuiu demasiadamente para o êxito na aprovação.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Maicon: Sim. Conforme destacado, como já possuía materiais próprios, elaborados à mão, via que a minha necessidade era conhecer aspectos práticos utilizados por pessoas que já obtiveram êxito nestes concursos, em especial para segundas fases e orais. Pois, considero que para obter a aprovação em concurso não basta apenas ler qualquer material, entender o que nele tem de conteúdo e informação. É necessário observar métodos e buscar estratégias, o que já possuía para uma primeira fase e para concursos de analista. Desta forma, foi extrema importância os cursos para as fases discursivas e de oral no curso Estratégia.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Maicon: O plano de estudo foi bastante variado, pois de início estudava para cargos de analista, com o fim de obter estabilidade financeira. O conteúdo mais enxuto possibilita a elaboração de materiais escritos, em especial para posterior revisão. Diante do êxito, busquei levar esta prática para concursos da magistratura. Desta forma, aproveitei o período da pandemia justamente para elaborar materiais, em especial de matérias nas quais possuía maior déficit de conhecimento técnico.
Quanto à forma de estudar, nunca estudei várias matérias ao mesmo tempo. Sempre buscava estudar e consolidar o estudo de uma matéria, ou parte de uma matéria (Ex: elaborar material ou estudar e revisar material de direitos reais), para depois passar para a próxima. Porém, muitos apontam que estudar mais de uma matéria por dia seria melhor. Acredito que seja algo bastante pessoal.
Quanto às horas líquidas, estudava cerca de 4, 5hs líquidas, em razão do trabalho. Mas nem sempre é algo linear. Algumas vezes estudava mais, outras vezes não conseguia estudar por algum motivo específico. E acredito ser importante, para quem se prepara, entender que é assim mesmo, pois na preparação de concursos, por conta de ansiedade e outros sentimentos que afloram neste momento, não estudar um ou alguns dias para alguns pode soar como uma certeza de reprovação, quando na verdade é um aspecto natural da vida de todos aqueles que prestam concursos.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Maicon: Revisões por materiais próprios, elaborados a mão, e questões, duas semanas antes da prova objetiva.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Maicon: O aspecto prático em todas as fases do concurso acaba por revelar demasiadamente importante. Não só para oral e para dissertativas, mas também para a prova objetiva. Assim, resolver questões, em especial próximo da prova, é importante.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Maicon: Provas objetivas buscava fazer questões, e revisar meus materiais e jurisprudência. Dissertativas buscava temas de predileção da banca, mas sem deixar de revisar materiais, em especial dos temas em alta. E no oral, treinos, em especial bancas simuladas, como fiz com o curso Estratégia.
Estratégia: Concursos para carreira jurídica são compostos por várias fases. Como foi sua preparação para a prova discursiva? E para a prova oral?
Maicon: Para a discursiva busquei revisar meu material, também estudar e aprofundar o que já possuía, em temas de maior preferência da banca, considerando o currículo destes. Ademais, busquei conhecer experiências de aprovados no mesmo concurso, o que encontrei no Estratégia. Para o oral fiz alguns cursos, dentre eles o Estratégia, o qual simulou uma banca, muito semelhante àquela que encontrei na arguição. A contribuição do curso Estratégia nestas duas fases foi de grande importância para aprovação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Maicon: O principal erro é fazer o concurso com uma carga de ansiedade alta, e estudar sem método. Haverá uma ansiedade natural, mas ela não pode ir além de determinado ponto, pois isto prejudica os estudos. E próximo do concurso público deve haver uma preparação estratégica, que já conhecia para a prova objetiva, e que obtive em cursos do Estratégia para demais fases.
Por outro lado, os acertos são: criar uma metodologia de estudo, que permita você consolidar seus estudos, de acordo com a sua preferência (revisões ou estudo ativo), e fazer exercícios físicos intensos diariamente, o que gera uma crucial diferença nos estudos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Maicon: Sempre irá surgir, em algum momento, a dúvida sobre se aquilo que você almeja poderá algum dia concretizar. E esta dúvida vem algumas vezes, e pode ser pelas mais diversas razões: não consigo estudar determinada quantidade de horas todos os dias, não houve a obtenção de pontuação expressiva em determinada prova, ou qualquer outra condição especial, e que parece ser única, a qual retiraria qualquer chance de aprovação, etc. Mas, para aquele que persiste, a aprovação vem, mesmo diante de barreiras importantes na vida. E vem no momento e no lugar certo.