Aprovado no concurso PCPE para os cargos de Agente e Escrivão de Polícia
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)“Primeiramente, é necessário entender que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, e que temos que alinhar nossos sonhos com essa vontade […]”
Confira nossa entrevista com Carlos Taffarel Félix da Rocha, aprovado no concurso PCPE para os cargos de Agente e Escrivão de Polícia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carlos Taffarel Félix da Rocha: Tenho 33 anos, sou natural de Recife-PE, mas atualmente moro em Barreiros, interior de Pernambuco. Sou graduado e pós-graduado em Matemática, com Mestrado incompleto também em Matemática. Atualmente tenho uma loja e sou soldado da Polícia Militar de Pernambuco.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Carlos: Fui incentivado a estudar para concursos públicos por um professor e amigo, quando ainda estava no Ensino Médio. Aos 17 anos fui aprovado no meu primeiro cargo dentro das vagas. Com 18 anos e 1 mês assumi meu primeiro cargo público na minha cidade. Depois disso, sempre busquei cargos melhores até ser aprovado dentro das vagas no concurso da Polícia Militar de Pernambuco, em 2016. A princípio buscava estabilidade financeira apenas, mas o serviço policial me atraiu e daí, por me identificar com a parte de investigação, comecei a estudar para o cargo de agente.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carlos: Como desde os 18 anos eu comecei a trabalhar e sempre prestei concursos públicos, nunca pude me dedicar apenas aos estudos. Sempre tive que trabalhar e estudar. Pela minha formação em docência, tenho uma trajetória em sala de aula, mas sempre buscava estudar às noites, a despeito do cansaço.
Quando assumi a PMPE, passei a atuar em plantões de 1 dia de serviço por 3 de descanso e nesses 3 dias eu me dedicava aos estudos nos três turnos (manhã, tarde e noite). E até mesmo quando estava de plantão, levava comigo meus cadernos de anotações e sempre que dávamos uma pausa para descansar eu revisava-os, já que não conseguia estudar assuntos em si nem responder questões. Tinha em mente que aquele tempo poderia servir-me de alguma forma e como sempre valorizei as revisões, focava nelas nesses momentos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carlos: Já fui aprovado para Auxiliar de serviços gerais, na posição 32. Professor de Matemática pela prefeitura de Maragogi, na posição 8. Professor de Matemática pela prefeitura de São José da Coroa Grande, na colocação 3. Soldado da Polícia Militar de Pernambuco dentro da vagas. Escrivão (121°) e agente (169°) da Polícia Civil de Pernambuco, dentro das vagas em ambos os cargos.
Pretendo continuar estudando para ser aprovado em um cargo de magistério, o qual possa ser conciliado com o cargo de Agente de Polícia.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carlos: As saídas eram poucas. Não dá para dizer que abdiquei 100% da minha vida social durante a minha preparação, pois como me preparei com antecedência, pude manter o equilíbrio com os demais setores da minha vida. Contudo, com a publicação do edital, erradicou algumas coisas, momentaneamente, da minha rotina, tais como TV, saídas que comprometesse totalmente um dia completo, academia, esportes… Com o edital lançado, passei a desequilibrar as coisas priorizando sempre os estudos em detrimento das outras áreas da minha vida. Claro que foi algo passageiro e depois do concurso público pude retomar as minhas atividades normalmente.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Carlos: Sou casado e tenho um filho de 6 anos. Ambos eram a minha maior torcida. Meu filho sempre dizia que eu iria passar nas provas da polícia. Sempre contei com o apoio deles e a compreensão da minha esposa nos momentos de estresse e abdicação.
Em um certo dia, meu filho me disse: “papai, o senhor só estuda, estuda, estuda e não brinca comigo.” Confesso que para muitos um evento como esse poderia servir como um fator negativo, mas esse episódio não me afetou, pois eu tinha em mente que a minha dedicação era escusável e era por um bom motivo. A minha ausência momentânea não me tornou um pai ruim, pois eu apenas precisava focar na realização do meu sonho e logo após realizá-lo pude retomar minha rotina anterior.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carlos: Estudei direcionado para esses dois concursos por 4 anos. Para mim, um fator favorável foi começar a estudar com bastante antecedência. Isso fez com que eu não precisasse desequilibrar tanto a minha vida, mas o fiz no momento certo, qual seja, após a publicação do edital.
O que me mantinha disciplinado era pensar onde eu queria estar pelo resto da minha vida. Esse sonho me consumia e eu sentia que eu precisava realizá-lo para sentir-me completo. Aquilo que me faltava por não estar onde eu queria estar também me mantinha disciplinado. A dor de receber um não é maior do que a dor de nunca ter tentado.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carlos: Eu sempre oriento a quem me procura em busca de dicas a utilizar o que eu chamo de “tripé” da aprovação, ou seja, PDF, resolução de questões e revisões.
Não sou muito adepto de videoaulas, pois acho os PDFs mais completos e mais bem direcionados, porém sempre recorria a elas quando se tratava de um assunto que, para mim, era de difícil compreensão.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Em busca de um PDF que me ajudasse a estudar direito penal, achei na internet um muito útil proveniente do Estratégia Concursos. Ali vi que se tratava de um curso preparatório completo, eficiente e que poderia me levar a aprovação.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Carlos: Quando comecei a utilizar os materiais do Estratégia, senti que tive uma grande potencialização nos meus conhecimentos. Para mim, os PDFs eram muito completos e bem direcionados e me ajudaram bastante naquilo que eu sentia que deveria anotar para revisar posteriormente.
Uma ferramenta essencial foram os cadernos de questões, que pude montar na plataforma online. Ali eu conseguia selecionar e separar questões por assuntos e montar simulados, fator bastante relevante na minha aprovação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carlos: Antes da publicação do edital eu estudava solitariamente, de modo que sempre abarcasse 4 disciplinas: Direito Penal, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Processual Penal. Português, por tantos concursos prestados ao longo da vida, cheguei ao ponto de apenas revisar 1 mês antes das provas. Legislação extravagante sempre dava para revisar nas questões de múltipla escolha que geralmente fazem uma misturada nas alternativas, mas em algum momento eu iria pegá-las para valer.
Com a publicação do edital, recorri à ajuda externa. Paguei mentoria de edital e de correções de redação. Minha mentora me passava o que estudar diariamente e sempre com muito foco na parte de conhecimentos gerais e nas disciplinas que eu confessei ter mais dificuldade.
Fiz muitos simulados, os quais foram muito valiosos, pois eles, de fato, simulam o que vai ser cobrado no dia da prova, daí eu sempre estava me deparando com algum assunto que era importante e que precisava ser estudado do zero ou apenas revisado. Simulados são um segredo na aprovação.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carlos: Os meus resumos eram provenientes dos PDFs e das muitas questões que respondi. Os cadernos de questões do Estratégia sempre me direcionaram para pontos convergentes e eu os anotava sempre em cadernos separados por matéria. Quando eu ia para os plantões, levava comigo um ou dois cadernos e os revisava em momentos de pausa para o descanso. As matérias nas quais eu era mais forte já não precisavam ser estudadas, tão somente eu as revisava com os cadernos e respondia muitas questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carlos: A resolução de questões faz parte do tripé da aprovação, o qual eu já mencionei anteriormente. Sem responder muitas questões não é possível obter aprovação em nenhum concurso público, pois há um núcleo do qual as bancas jamais se afastam e os candidatos só poderão focar nessa convergência e percebê-la se resolver um número expressivo de questões.
Faltando cerca de um ano para a prova que fiz, respondi cerca de 15 mil questões, mas já não consigo falar com precisão o número total durante toda a minha jornada.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carlos: As matérias que me preocupavam eram Informática e Contabilidade. A estratégia que utilizei foi responder muitas questões e identificar o ponto de convergência delas, ou seja, aquilo que, apesar de ser básico, nunca deixa de ser cobrado. Como eram matérias que para mim eram difíceis, recorri às videoaulas e fiz muitas questões para perceber o que mais era cobrado, para assim me isolar e mentalizar, pois sabia que iria cair nas provas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carlos: Na semana que antecedeu a prova eu fiz muitos simulados e o grande diferencial foi a minha participação no aulão de revisão de véspera, ofertado pelo Estratégia Concursos, no Recife. Foi como uma grande revisão do que é mais cobrado. Isso ativou a minha memória de curto prazo.
Até mesmo no dia da prova eu estudei. Antes de entrar na sala, tanto de manhã para a prova de escrivão como de tarde para a prova de agente, eu revisei os panfletos distribuídos pelo Estratégia e isso me deu pelo menos umas 4 questões.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carlos: Para a prova discursiva eu contratei uma mentoria e isso me levou a aprovação certamente. Fiz diversas redações e sempre as encaminhava para o professor, o qual as corrigia e me passava um feedback.
Um conselho que eu daria para quem vai prestar concurso público e vai se submeter a uma redação é que pague uma mentoria. Para ser bem sincero, não é suficiente que esse mentor tenha formação em Língua Portuguesa, é imprescindível que a pessoa contratada seja especialista em redação para concurso público e que conheça a banca que irá aplicar a prova.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Carlos: Deixei para treinar para o teste de capacidade física depois da prova. Os testes que são mais fáceis para mim, treino para eles por conta própria, mas para aqueles que são mais difíceis, ou eu estou pagando um profissional para me preparar ou estou na companhia de pessoas que os fazem com facilidade. Como terá corrida, sempre me inscrevo para competições e mesmo que eu não seja premiado, certamente aprimoro minhas habilidades para ser aprovado nos testes.
Ninguém chega no seu objetivo sozinho, sempre vamos ter que recorrer a alguém e nessa hora vale tudo. Pode ser um amigo que nos motive ou um profissional em troca de remuneração, não se trata de gasto, mas de investimento. Comecei adquirindo o Estratégia Concursos e depois que vi o quanto é importante esse suporte profissional, sempre recorro às ajudas externas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carlos: Meu erro foi ter estudado por muito tempo de forma solitária, sem ajuda externa de um profissional. Quando aderi ao Estratégia Concursos e vi a potencialização dos meus conhecimentos, passei a corrigir meus erros contratando sempre os serviços de pessoas especializadas em concurso público, mentor, professor, curso preparatório, treinador físico…
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carlos: Quando o edital foi lançado e eu vi o tanto de matérias novas em relação ao edital passado, pensei em desistir. Minha mente me disse que eram matérias difíceis e que o tempo para aprendê-las era curto. Mas me lembrei que eu poderia fazer aquilo acontecer. Confiei em Deus, acima de tudo, e percebi que não era difícil apenas para mim. Daí desequilibrei um pouco as coisas e foquei em aprimorar meu conhecimento prévio e tentar aprender o máximo possível das novas matérias.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: Primeiramente, é necessário entender que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, e que temos que alinhar nossos sonhos com essa vontade. Confiar em Deus é o início para a realização de todos os nossos sonhos, pois é ele quem nos dá força e o conhecimento. Mas existem coisas que não dependem apenas de Deus, precisamos sentar e fazer acontecer sem desistir.
Em 2021 eu prestei o concurso para agente da Polícia Civil de Alagoas e sequer tive a minha redação corrigida, mas eu entendi que eu ainda não estava pronto e que aquele fracasso fazia parte da minha trajetória até a vitória. Não desistir jamais.
Outra coisa, prega-se que tudo na vida é equilíbrio, mas se for preciso desequilibre um pouco as coisas. Abra mão do shape se isso for preciso. Diga não às festas e as saídas. Não perca tempo em redes sociais. Ame sua família, mas suspenda algumas atividades com ela se isso for necessário, aqueles que te amam e torcem verdadeiramente por você irão compreender. Desequilibre equilibradamente a sua vida e a recompensa virá e você poderá comemorar com aqueles que você ama.