“Meu conselho é ter o foco, a constância, a disciplina a cada dia de estudo e acreditar sempre que é possível; estudar mesmo sem ter vontade, porque com o tempo o gosto pelo estudo vem naturalmente; e evitar as distrações […]”

Confira nossa entrevista com Vinicius Oliveira Silva, aprovado em 526° lugar no concurso Polícia Penal de Minas Gerais para o cargo de Policial Penal:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Vinicius Oliveira Silva: Meu nome é Vinícius Oliveira Silva, sou formado em Direito, tenho 24 anos e sou natural do Distrito de Santo Antônio do Alegre, do município de Inhapim – MG.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Vinicius: Quando fui dispensado do meu emprego anterior, resolvi dar seguimento ao projeto de ser servidor público, engavetado há alguns anos. O edital da polícia penal de MG estava aberto e vi nele uma oportunidade de treinar o estudo para concursos. E foi nos estudos que fui identificando-me com a área e refletindo sobre a real possibilidade de assumir o cargo caso aprovado.

Estratégia: Você trabalhava e estudava?

Vinicius: Nesse momento estava desempregado e apenas estudava.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?

Vinicius: Já fui aprovado, embora não tenha concurso público, na OAB. Também fui aprovado no concurso da SEF/MG, na colocação 2071 para auditor, auditoria e fiscalização. Atualmente sou estudante da carreira jurídica, inclusive pelo Estratégia Carreira Jurídica.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?

Vinicius: Já vivi uma vida bem depravada quando mais jovem, com muita festa, mulheres e bebedeira,  mas graças a Jesus Cristo, por meio de sua Santa Igreja Católica, vivi, na época dos estudos para o concurso, e vivo nos dias atuais, uma vida tranquila e casta, sem muitas saídas. Sendo assim,  as saídas eram para os movimentos da igreja, ou mesmo esporadicamente para a casa de familiares.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma? 

Vinicius: Sou solteiro, não tenho filhos. Minha família apoiou-me muito, tanto moralmente quanto financeiramente, em especial a minha mãe que inclusive motivou-me a prestar esse concurso.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?

Vinicius: Referindo-me ao concurso da polícia penal, estudei por cerca de três a quatro meses. Para a OAB, aproveitei os estudos do último e complementei o estudo por cerca de quatro meses para a primeira fase e um mês para a segunda. Para a SEF/MG, aproveitei ambos os estudos e estudei por cerca de seis meses para a primeira fase e mais dois meses para a segunda. Em todos os casos busquei motiva-me  em estar fazendo tudo para Cristo e para cumprir aquilo que pensava que ele queria para mim. Isso ajudava-me a ser disciplinado, estudando mesmo sem vontade. Acordar cedo, em um horário estabelecido, mesmo sem vontade e rezar o rosário logo após foi importantíssimo para a disciplina. Também o afastamento do celular e redes sociais foram essenciais. Além disso, o estabelecimento de horários para alimentação e algumas atividades ajudou-me muito.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

Vinicius: A maioria do meu estudo foi por meio do PDF. No concurso da SEF/MG foi que eu usei o recurso das  videoaulas para a matéria de probabilidade, além do PDF. A pesquisa sobre os melhores sites de estudo para concurso e a promoção de Black Friday foram pontos considerados para a escolha do Estratégia.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?

Vinicius: Comprei há muitos anos atrás o curso da Casa do Concurseiro para Caixa Econômica, mas não o utilizei muito. Da mesma forma comprei um curso do Gran Cursos para o banco do Brasil 2021, mas não estudei de verdade, então nem posso emitir juízo de valor sobre ambos. Além desses, comecei a estudar para a PPMG pela apostila da Nova Concursos, mas foi muito pouco o  estudo por meio dela, já que comprei o curso do Estratégia.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?

Vinicius: Usei o material para a OAB e depois usei o curso específico para a SEF/MG, mas com uma certa base nas matérias já estudadas antes.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?

Vinicius: Sim, com certeza. O material é muito didático e prazeroso de ler, com esquemas e questões relacionadas.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Vinicius: Meu plano de estudo para a PPMG baseou -se em focar primeiramente nas matérias que eu não tinha muita afinidade, como português, raciocínio lógico e informática. Deixei as matérias relacionadas ao direito para o último mês, já que possuía uma noção de direito em virtude da faculdade. 

Meus estudos para a PPMG somavam cerca de 5 a 8 horas líquidas diárias  em média, exceto aos domingos.  

No início da preparação, era menor quantidade, mas fui aumentando. Quando na última semana eram cerca de 10-14 horas brutas.

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Vinicius: Revisões eram feitas pelo próprio PDF.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?

Vinicius: Foi muito importante para as matérias em geral. As questões do próprio PDF ajudaram muito na fixação e compreensão da matéria.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?

Vinicius: Graças a Deus, para a PPMG, não teve muita dificuldade que eu lembre, foi natural. No entanto, em alguns pontos específicos, mais complexos, li e reli mais de uma vez em diferentes vezes e resolvi exercícios.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Vinicius: Foi acentuada a minha rotina. Como dito acima, cerca de 10 a 14 horas brutas, dado que ainda não tinha visto todo o edital e o objetivo era ver o máximo possível.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Vinicius: Deixei para o final, já que pela minha estratégia eu deveria aprender as matérias que eu não tinha muita afinidade. Tive a noção do início, meio e fim, a estruturação em geral e li alguns exemplos de redações do ENEM notas mil e decorei um esquema base, um esqueleto.

Como o tempo era corrido de acordo com a minha estratégia, eu não cheguei a escrever uma redação completa. Escrevia a introdução, e alguns desenvolvimentos de forma esparsa e na busca em decorar. Aconselho a não negligenciar, pois nesse concurso foi um diferencial: pessoas que estavam fora das vagas entraram por ter boas notas na redação e os que estavam dentro saíram ou perderam muitas posições.

Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas? 

Vinicius: Desde que comecei a estudar para a objetiva, comecei a preparação para o TAF, até para ajudar na motivação e já ir preparando-se com antecedência, já que não fazia nem mesmo uma barra.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Vinicius: Acredito que a negligência na redação foi um erro.

Vejo a estratégia usada em focar nas matérias que não tinha muita afinidade como um acerto.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Vinicius: Lembro-me que a prova seria em janeiro e isso estava sendo um certo empecilho já que comecei a estudar na segunda quinzena de novembro e o tempo era bem curto. Porém quando foi adiada a prova para março vi como uma grande oportunidade. A motivação era a vontade de ser servidor público e principalmente a Fé que Jesus tinha uma missão para a minha pessoa nesse setor.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Vinicius: Meu conselho é ter o foco, a constância, a disciplina a cada dia de estudo e acreditar sempre que é possível; estudar mesmo sem ter vontade, porque com o tempo o gosto pelo estudo vem naturalmente; e evitar as distrações. Também aconselho a ter um motivo maior além do dinheiro e estabilidade, um objetivo de carreira que vise a eternidade, de modo a ver o trabalho como uma forma de cumprir o chamado de Deus. Por fim e principalmente, aconselho a buscar a paz verdadeira que encontra -se em Cristo por meio dos sacramentos e de uma vida santa, pois não adianta nada ganhar o mundo inteiro e perder a alma, como diz-nos o Senhor. Meus dias de estudo e de vida foram outros depois que o encontrei.