Aprovado em 8° lugar no concurso SEJUSP-MG para o cargo de Policial Penal - Masculino
Policial (Agente Penitenciário)“[…] sair de um trabalho comum na iniciativa privada e entrar para a estabilidade e melhores salários que o funcionalismo público proporciona, com certeza são os verdadeiros dias de glória.”
Confira nossa entrevista com Naim Leandro Alves Neto, aprovado em 8° lugar no concurso SEJUSP-MG para o cargo de Policial Penal – Masculino:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Naim Leandro Alves Neto: Meu nome é Naim Leandro Alves Neto, tenho 34 anos, sou de Catalão-Go e formado em marketing.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Naim: Na época (outubro de 2020), eu estava trabalhando como vendedor em uma loja e as vendas não estavam indo bem e, devido a instabilidade no trabalho e o baixo salário, eu estava procurando outro trabalho. Nessa mesma época, a minha esposa me sugeriu que tentássemos um concurso que estava para sair, que era o Depen Federal. Não conhecíamos a fundo a área policial, mas compramos a assinatura ilimitada do Estratégia e começamos a estudar.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Naim: Na época, eu trabalhava das 8h às 18h e estudava à noite. Eu acordava às 5h da manhã e estudava das 5h30 às 6h30, antes de sair para o trabalho eu estudava mais 3h à noite, tentando sempre manter 4h líquidas diárias e nos finais de semana 6h.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Naim: Eu e a minha esposa estudamos por 7 meses e fizemos o nosso primeiro concurso: a prova do concurso do Depen Federal em 27 de junho de 2021. Ela, infelizmente, não passou. Eram 220 vagas e os 2.000 primeiros colocados foram classificados para seguir para as próximas etapas. Eu fiquei classificado em 1438º colocado e depois do TAF, eu acabei subindo posições e fiquei em 1009º colocado. Como eram apenas 220 vagas eu acabei desistindo de continuar nas próximas etapas, por acreditar na época, que não teria como subir posições suficientes para entrar nas vagas. Mas, de qualquer forma, eu já estava muito satisfeito com o resultado. O Concurso parecia uma realidade distante. Parecia ser algo reservado aos gênios ou extremamente “inteligentes”. Isso me motivou a estudar muito para o próximo concurso. Como eu já estava estudando para o Depen, então, resolvi aproveitar as matérias já estudadas e decidi estudar para a polícia penal de MG.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Naim: Eu saía todos os finais de semana para passear com meus filhos e minha esposa antes de começar a estudar para concursos e, mesmo depois de começar a estudar para concursos, não precisei abrir mão dos meus passeios aos finais de semana.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro(a)? De que forma?
Naim: Sou casado há 13 anos e tenho 2 filhos. Um de 7 anos e outro de 5 anos. A minha esposa e os meus familiares sempre me apoiaram a estudar para concurso, pois sempre me viram trabalhar em 2 empregos para conseguir pagar as contas da casa.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Naim: Eu comecei a estudar para o concurso da Polícia Penal de MG logo após a prova do Depen Federal. Comecei em junho de 2021, o edital da Polícia Penal de MG saiu dia 18 de agosto de 2021 e a prova estava prevista para janeiro de 2022, porém, foi adiada para o dia 13 de março de 2022. Então eu estudei por 8 meses até a data da prova.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Naim: Desde criança eu nunca tive muita paciência de assistir TV. Até hoje não consigo ficar muito tempo sentado assistindo algo, mas eu sempre gostei muito de ler, então, usei prioritariamente o material em PDF, fiz resumos escritos à mão e respondi mais de 20 mil questões direcionadas à esse concurso. Eu sinto que o material em PDF me faz aprender mais do que videoaula, mas o resumo escrito tomou muito o meu tempo. Resolver muitas questões, principalmente da banca, foi o diferencial, porque me ensinou a entender o padrão de cobrança, o que realmente se confirmou no dia da prova. Apenas a matéria de informática, eu não conseguia absorver muito nos PDFs, então, estudei apenas essa matéria em videoaulas e consegui gabaritar essa matéria na prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Naim: Dois amigos meus de infância passaram na PRF em 2019, (Luís Eduardo Pinto de Melo e Neander Rodovalho) e, quando eu pedi um direcionamento para eles de como começar a estudar para o concurso do Depen, eles me recomendaram o curso que eles tinham usado para conseguir a aprovação: Estratégia Concursos. Até então, eu não conhecia nenhum curso para concurso.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Naim: Eu gostei muito do material aprofundado do Estratégia. Muitas pessoas vieram me falar que achavam muito extensos os PDFs e, por isso, preferiam videoaulas, mas como eu nunca tive problemas para ler bastante, eu gostei e até prefiro estudar por um conteúdo aprofundado e não ser surpreendido pela banca a estudar por um material resumido demais. Uma das coisas que mais me ajudaram na preparação e aprovação nesse concurso, foram os simulados. Eu fiz todos os 10 simulados disponíveis pelo Estratégia para o concurso da Polícia Penal. Além desses, fiz outros 22 simulados que comprei separadamente de outros cursos. Esses outros simulados eu sentia que a cobrança era muito rasa e eu acabava “fechando” os simulados. Já os simulados do Estratégia, eu conseguia obter um resultado entre 70% e 90%, pois as questões eram mais elaboradas e bem mais ao estilo da banca organizadora. Coincidentemente, na prova do concurso, consegui obter 85% de aproveitamento, o que se aproximou muito dos simulados do Estratégia e não dos outros.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Naim: Nesse concurso da Polícia Penal de MG, existia o mínimo de 40% de acerto em cada matéria para não ser eliminado. No concurso anterior (Depen) eu não estudei raciocínio lógico, porque era uma matéria que eu sempre tive muita dificuldade. No entanto, nesse concurso eu não poderia negligenciar essa matéria, caso eu quisesse conseguir a aprovação. Então, eu estudei duas matérias por dia e 2h por cada disciplina. Além disso, eu respondia de 100 a 200 questões por dia, tanto em relação às duas matérias que eu havia estudado, como também das duas matérias que tinha estudado no dia anterior.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Naim: Eu revisava todos os dias por meio de questões e uma vez por semana por meio de simulados.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Naim: Eu comecei a responder, no mínimo, 50 questões por dia, mesmo se não tivesse tempo, não tivesse disposto. A meta era responder no mínimo 50 questões por dia. No primeiro mês, foi bem sofrido. Eu demorava a entender a questão e demorava a responder também. Com a prática consistente, eu fui começando a gostar de verdade de responder as questões e isso passou a se parecer um desafio divertido. Quanto mais questões eu respondia, mais rápido eu ficava para responder, a quantidade de acertos também aumentava consideravelmente e eu ia cada vez mais notando um certo padrão de cobrança e possíveis pegadinhas. Eu me lembro que respondi mais de 20 mil questões para esse concurso nesses 8 meses de estudo.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Naim: Meu “tendão de aquiles” sempre foram matérias de exatas, mas nesse concurso, a parte de informática também foi um desafio pra mim. Com a matéria de informática, eu só consegui aprender por meio de videoaulas e a matéria de raciocínio lógico foi por PDF e questões mesmo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Naim: Na semana da prova eu só fiz simulados e questões. E no dia que antecedeu a prova, eu não estudei e nem revisei nada, apenas saí com minha esposa e meus filhos e fui passear o dia inteiro.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Naim: Eu fiz exatas 52 redações nos 8 meses de estudo, com os mais variados e possíveis temas a serem cobrados. Eu decorei quase que uma centena de dados estatísticos das áreas de segurança pública, saúde, educação, meio ambiente, dentre outras. Igualmente eu decorei quase uma centena de citações e os respectivos autores para poder usar na redação. Ironicamente, a banca cobrou um tema que eu não sabia nenhum dado estatístico e nenhuma citação que encaixasse nele. O tema foi sobre arte. No entanto, eu consegui escrever uma redação muito assertiva em relação à estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão) e também consegui escrever gramaticalmente bem e sem rebuscar muito com conectivos clichês. Acabou que eu consegui desenvolver bem também o assunto. Meu conselho é estudar com afinco a matéria de português, pois é a matéria mais importante em um concurso que tem prova discursiva. E no caso desse concurso, a prova discursiva tinha o mesmo valor de toda prova objetiva.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Naim: Eu nunca tive problemas com os testes de aptidão física, porque sempre fui muito ativo quanto a exercícios físicos. Mas, quando tive que me preparar para o TAF, mesmo acostumado a correr provas de 5 mil metros, eu parei e comecei a correr apenas o suficiente para conseguir nota máxima nos testes.
Então, se a distância era 2400 metros, eu não corria mais que isso, mas focava em aumentar a velocidade média e diminuir o tempo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Naim: Meu principal erro, foi ter esperado tempo demais para começar a estudar para concursos. Um outro erro, foi ter perdido um tempo precioso fazendo resumos escritos à mão. Meus acertos, na minha opinião, foram ter focado o meu estudo em leitura e resolução de questões/simulados, além de ter mantido a disciplina de estudar as matérias que eu não gostava.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Naim: No começo dos estudos, eu pensava em desistir todos os dias, pelo menos umas 3x por dia… rsrs. Um dia eu cheguei cansado do trabalho, tinha sido um dia estressante e tudo o que eu queria era deitar e apagar. Então, deitei no chão da sala e fechei os olhos para dormir. Nesse instante, meu filho mais velho, que é fã de polícia, colocou o PDF impresso na minha frente e disse: “Papai acorda, você não estudou hoje, você tem que passar.” Naquele momento levantei, lavei o rosto, comecei a ler e decici que não iria apenas passar nesse concurso, mas que passaria entre os 10 primeiros colocados e assim eu iria honrar o pedido do meu filho. Aquele dia era 01 de junho de 2021. Nesse dia, eu escrevi uma carta para mim mesmo e, nessa carta, eu descrevia o meu objetivo de passar entre os 10 primeiros colocados no concurso da polícia penal de MG e todas as metas de estudos que eu iria cumprir diariamente. Eu colei aquela carta na parede e eu a li e a cumpri a risca todos os dias até a data da prova.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Naim: Eu digo sempre para aqueles que querem mudar de vida por meio do concurso público, não apenas “nunca desistirem”, mas se dedicarem de verdade, com afinco e comprometimento. Os dias de luta não são fáceis e nunca serão. Mas, sair de um trabalho comum na iniciativa privada e entrar para a estabilidade e melhores salários que o funcionalismo público proporciona, com certeza, são os verdadeiros dias de glória.