“[…] Seja constante, disciplinado(a) e invista em planejamento e bons materiais de estudo. Não existe fórmula mágica, apenas estude de maneira organizada e você verá que, inevitavelmente, os resultados virão […]”

Confira nossa entrevista com Leonardo de Melo Brito Junior, aprovado em 2° lugar no concurso TCDF para o cargo de Auditor de Controle Externo – Auditoria:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Leonardo de Melo Brito Junior: Sou formado em Matemática, tenho 42 anos e minha cidade natal é Brasília.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Leonardo: A vontade de ter estabilidade financeira e poder proporcionar uma melhor qualidade de vida para a minha família.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava? 

Leonardo: Sim, eu era servidor público do Distrito Federal. Trabalhava no Conselho Tutelar como chefe administrativo. Minha realidade sempre foi conciliar trabalho e estudos. Atualmente, trabalho na PCDF.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Leonardo: Em 2010 fui aprovado na SEJUS/DF. Voltei a estudar em 2019 e fui aprovado na PCDF, no ATUB/DF, no Senado Federal e, agora, no TCDF. 

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Leonardo: Eu abri mão da minha vida social, pois eu tinha o sonho de me tornar auditor. Eu sabia que estava estudando para um cargo de alto nível de preparação e que exigiria um sacrifício maior. Então, tive que sacrificar a vida social e investir o pouquíssimo tempo que eu tinha, quando não estava estudando, na minha família.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

Leonardo: Sim. Minha família sempre me apoiou, mesmo perdendo minha presença para os estudos. Eles sabiam que essa caminhada era por um propósito maior e nunca me cobraram nada. Sempre procurei dar atenção a eles, mesmo cansado. Eles acreditavam em mim, porque eu estudava de verdade, colocava o coração nisso. Eles tinham mais convicção sobre eu conseguir a aprovação para o cargo de auditor. Sou casado e tenho quatro filhos, então eu precisava me esforçar para melhorar ainda mais as nossas vidas. Nesse período, fiz muitas promessas a eles, dizendo: “quando eu for auditor, isso vai acontecer” (kkkk). E vocês não sabem o alívio que dá saber que vou poder cumprir essas promessas, pois a vida de um concurseiro não é fácil, física e mentalmente. Nessa jornada, você precisa vencer a incerteza todos os dias e se revestir de perseverança, acreditar em si mesmo.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Leonardo: Eu sempre estudei para um cargo só, Auditor de Controle Externo de Tribunais de Contas. Foram 4 anos de estudos e aprendendo com os fracassos, entre eles, as reprovações no TCDF 2021, no TCE/RJ em 2021, no TCU em 2022.

Para manter minha disciplina, eu contratei uma sala de estudos, tinha um ciclo de estudos bem organizado, tinha os meus horários bem estabelecidos, mesmo sabendo que a vida é dinâmica. 

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? 

Leonardo: Eu utilizei os materiais em PDF em 80% da minha preparação. Os outros 20% foram videoaulas. As principais vantagens do PDF são a rapidez para concluir um determinado assunto e a abrangência (completude) que muitas vezes a videoaula não tem. A desvantagem do material em PDF só ocorre quando o assunto é complexo e aí você demora muito para entender. A viídeoaula tem como vantagem proporcionar um melhor entendimento em assuntos mais complexos de disciplinas de exatas, por exemplo. Eu também acho que a videoaula é muito boa nas revisões com resolução de questões. As desvantagens da videoaula para o curso regular é que você demora mais para avançar nos assuntos e elas não são tão completas como o PDF.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Leonardo: Não me recordo como conheci o Estratégia, mas o conheço há muitos anos. Se você falar sobre preparação para concursos, alguém vai te sugerir assinar o Estratégia. Acho que foi por indicação.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente? 

Leonardo: Sim. Escolhi o Estratégia pelos PDF que são mais completos e organizados.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado? 

Leonardo: Sim. Fiz e acho que no somatório todos foram positivos para as minhas aprovações.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? 

Leonardo: Sim. O diferencial, para mim, foram os materiais em PDF, tanto o curso regular como o Passo Estratégico. O Passo Estratégico me ajudava a revisar os assuntos. Eu também gostava das videoaulas do Reta Final e da Preparação Turbo que continham resolução de questões e revisões rápidas.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? 

Leonardo: Eu montei meu plano de estudos por meio de ciclo de estudos, ou seja, várias disciplinas dentro da minha carga horária semanal. Para o TCDF, eram 21 disciplinas. Eu tirei férias na reta final do concurso e, nesse período, estudava de 6 a 7 horas líquidas por dia. No período em que estava trabalhando, estudava de 3 a 4 horas líquidas por dia.

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Leonardo: As revisões são um desafio para qualquer concurseiro. No meu caso, eu nunca gostei de fazer resumos porque isso toma muito tempo. Eu sempre optei por utilizar resumos prontos do material em PDF, esquemas dentro do PDF, o PDF Passo Estratégico. Posso dizer que minhas revisões eram 80% com questões e 20% com resumos.

Quanto aos simulados, eu os fazia apenas para treinar estratégia de provas, uma vez que você não pode ficar tomando os simulados como métrica para estabelecer seu real potencial. Falo isso porque os simulados muitas vezes são elaborados com foco em determinados assuntos e talvez, por estratégia, você pode estar ignorando aquele assunto e acaba não tirando uma boa nota e fica pensando que não está preparado. No entanto, para treinar estratégia de prova os simulados são ótimos.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Leonardo: A resolução de questões é a principal atividade em uma preparação para concursos.  Nesses 4 anos, fiz quase 53 mil questões em plataforma de questões, fora as questões em material PDF.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Leonardo: Eu tive dificuldades com Macroeconomia em dois assuntos específicos muito cobrados pelo Cebraspe. Peguei o PDF naquele ponto específico e separei 30 questões de cada assunto e, 3 vezes por semana, eu os resolvia. Só errei uma questão de economia na prova.

Se você tem um problema com um assunto relevante para a sua prova, resolva!  É claro que na imensidão de um edital você terá que estabelecer prioridades, pois, na minha opinião, não é possível “zerar” um edital. 

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Leonardo: Na semana que antecedeu a prova eu revisei todas as disciplinas, focando nos assuntos mais relevantes que o Cebraspe vinha cobrando em outras provas. Fiz apenas algumas questões estratégicas para revisar e utilizei os resumos prontos que falei anteriormente.

No dia pré-prova, eu não estudei nada, só descansei. Por experiência pessoal, passei a perceber que estudar no sábado, véspera de prova, aumentava a minha ansiedade e no domingo de prova eu estava cansado fisicamente. Além do mais, acredito que se toda a preparação anterior não foi suficiente, não será um sábado que irá te colocar entre os aprovados. Portanto, eu não estudo no dia pré-prova.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Leonardo: Sim, houve prova discursiva. Uma peça de natureza técnica e duas questões discursivas. Durante o período de estudos, eu treinava, semanalmente, fazendo duas discursivas: uma questão de 20 linhas e uma questão de 50 linhas. Na questão de 50 linhas, eu treinava não só o tema, mas também a estrutura dos modelos do Manual de Redação do Tribunal que, segundo o edital, seria cobrado na peça de natureza técnica. Quanto aos temas, eu selecionava aqueles que, na minha visão, tinham potencial de serem cobrados em provas. Além dos temas dos PDF, eu também pegava alguns assuntos relevantes das disciplinas de controle externo, direito constitucional, direito administrativo, auditoria, contabilidade pública e afora para treinar.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Leonardo: Os principais erros, no início da minha trajetória, foram relacionados ao planejamento dos estudos (o que estudar e como estudar). Isso me causava uma ansiedade imensa porque, na ora de estudar, eu ficava pensando no que eu deveria estudar. Além disso, eu não sabia como estudar porque ficava pensando ora em decorar as coisas, ora em tentar fazer resumos, ora tentando estudar apenas uma disciplina até concluí-la. Esses foram os meus principais erros.

Os meus principais acertos começaram quando eu aprendi a planejar e organizar a minha rotina de estudos. Eu aprendi a montar ciclos de estudos e a distribuir o tempo de estudo, levando em consideração a relevância das disciplinas e a minha carga horária semanal disponível. Além disso, enxerguei que precisava entender a estrutura básica (“espinha dorsal”) de cada disciplina, direcionando meus esforços para os assuntos mais relevantes e gastar pouca energia com os temas irrelevantes ou muito complexos que eram pouco explorados nas provas. A partir disso, evolui bastante e passei a colher bons frutos.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Leonardo: Sim, em alguns momentos eu pensei em desistir. Pensei nisso quando fui eliminado no concurso do TCU de 2022. Antes, eu já tinha sido eliminado nos concursos do TCDF 2021 e do TCE/RJ 2021. Eu me questionava se seria possível passar em um concurso de alto nível com poucas vagas. No entanto, decidi aprender com esses fracassos e seguir em frente, procurando entender minhas limitações e corrigir cada uma delas.

Minha principal motivação era mostrar para mim mesmo e para minha família que eu era capaz de realizar o sonho de ser auditor. Eu sempre quis ser auditor, não era uma questão só financeira, mas sobretudo uma realização pessoal. 

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Leonardo: Primeiramente, quero dizer que é uma honra para mim ser exemplo para uma geração de concurseiros e para os meus filhos.

Eu aconselho que, você que está lendo essa entrevista, seja perseverante durante toda a sua jornada. Procure aprender com os fracassos, a entender as suas limitações, a trabalhar sua inteligência emocional. Acredite que você é capaz e aceite o tempo de Deus, pois ele honra aqueles que se dedicam genuinamente. Seja constante, disciplinado(a) e invista em planejamento e bons materiais de estudo. Não existe fórmula mágica, apenas estude de maneira organizada e você verá que, inevitavelmente, os resultados virão. Bons estudos!