Aprovado em 470° lugar no concurso da Polícia Penal de Minas Gerais para o cargo de Policial Penal
Concursos Públicos“Não pare, faça o que consegue agora e tudo vai se ajeitando. Vai valer a pena.”
Confira nossa entrevista com Felipe Guerra Vital de Lima, aprovado em 470° lugar no concurso da Polícia Penal de Minas Gerais para o cargo de Policial Penal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Felipe Guerra Vital de Lima: Olá, sou Felipe Guerra! Sou formado em Gestão Pública, tenho 35 anos e sou natural de Batatais, SP. Atualmente, moro em Contagem, Minas Gerais, graças aos concursos que passei.
Estratégia: O que o levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe: Eu morava em Cabo Frio, no RJ onde as oportunidades eram limitadas, principalmente no comércio. As vagas interessantes geralmente eram por indicação e com baixa remuneração. Foi então que encontrei nos concursos uma maneira de buscar uma melhor qualidade de vida.
Por que a área policial? Porque meu irmão mais velho já atuava na área desde 2001, então era uma referência pra mim desde a adolescência. Quando decidi estudar, já me identificava com a área, além da grande quantidade de oportunidades e da diversidade de funções que os órgãos oferecem.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Felipe: Sim, eu trabalhava como mensageiro em um hotel em Búzios, RJ. Também fazia faculdade a distância.
Na época, eu saía de casa às 13h e voltava à 1h. De manhã, eu cuidava dos meus filhos. Então, eu acordava às 5h, estudava até às 6h, arrumava e levava eles para a escola, voltava às 7h30 e estudava até às 11h. Minha esposa trabalhava de manhã, então o máximo de aproveitamento era esse. A luta nessa época era contra o sono, mas após a primeira aprovação, comecei a trabalhar em regime de escala, 12×36 e 24×72. Nesse momento, meus estudos foram para outro nível.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Felipe: Eu considero apenas os que eu passei em todas as etapas:
– Sejusp-MG 2018: Agente Penitenciário temporário (144º colocado);
– Investigador Polícia Civil do Rio de Janeiro 2020 (214º colocado);
– Inspetor Polícia Civil do Rio de Janeiro 2020 (879º colocado);
– Sejusp-MG 2021: Policial Penal (470º colocado);
– Susepe-RS (Polícia Penal do Rio Grande do Sul) (1244º colocado);
– Sejusp-MG 2022: Agente Penitenciário temporário (10º colocado).
Por enquanto, estou dando uma pausa nos estudos para organizar minha vida, mas no futuro talvez eu volte sim.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Felipe: Naquele momento, o foco era total nos estudos, mas sempre parava os estudos antes das 22h para ficar com a família, ver TV, ver um filme… Aos domingos, na parte da tarde, sempre fiquei mais tranquilo também. Isso ajuda a manter a saúde mental e diminuir a ansiedade. Mas evitava saídas noturnas, excesso de bebida alcoólica, viagem em feriados.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Felipe: Sou casado e tenho dois filhos. Depois que assumi o primeiro cargo, decidimos que minha esposa não iria trabalhar para se dedicar exclusivamente aos estudos. Ou seja, ela não apenas me apoiou, ela seguiu comigo nessa caminhada. Alguns amigos se foram e outros chegaram e está tudo certo!
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Felipe: O último concurso foi o da SUSEPE-RS. Estudei 15 dias direcionado, pois eu já tinha uma “bagagem”. Na reta final, foquei apenas nas matérias que eram específicas desse certame, fiz simulados e assisti as revisões de véspera.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Felipe: Eu nunca fiz nenhuma aula presencial durante a minha preparação. No início, assistia muitas videoaulas e fazia cadernos, isso me ajudou a manter o foco e aprender a estudar. Fui amadurecendo, aprendendo a usar os PDFs, melhorando a leitura dinâmica e a memorização. Mas o fato é que nunca abandonei nenhuma das ferramentas. De acordo com minha necessidade e dificuldade em aprender, eu usava métodos diferentes. Acho um grande erro se limitar apenas à lei seca ou apenas em videoaulas. Acredito que as ferramentas estão aí para serem usadas de acordo com seu desenvolvimento em cada matéria.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Quando comecei a estudar, fui direto ao YouTube. O Estratégia é muito presente nesta plataforma.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Felipe: Já usei materiais de diversos cursos. O que mais me incomodava, é que os cursos usavam uma única matriz de determinada matéria para concursos de níveis muito diferentes.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Felipe: Sim, fui aprovado. Mas nunca me limitei apenas a um material, buscava complementos para as deficiências que eu encontrava.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Felipe: Eu sempre complementei meus estudos com os materiais que o Estratégia disponibilizava gratuitamente, são muitos, resumos em PDF, revisões nas vésperas de prova, aulões, simulados ranqueados gratuitos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Felipe: Para mim, o plano de estudo perfeito é o seguinte: eu faço uma lista com as matérias de determinado concurso. Se alguma delas vale mais pontos, eu a repito nesta lista. Defino o ciclo de estudos, uma hora e meia no meu caso. Defino o horário que terei disponível naquele dia. Começo com uma hora de lei seca. Após a primeira hora, vou seguindo a lista e completando cada ciclo. Por exemplo: se naquele dia eu tiver 4h30 disponíveis, eu estudarei 3 matérias. Se em algum momento do dia me sobrarem mais 1h30, eu puxo mais uma matéria, sempre seguindo a lista. É viciante e te faz querer aproveitar cada tempo livre.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Felipe: Fazia resumos bem pequenos. O resumo não pode ser uma cópia da aula, tem que ser um gatilho para sua memória. Se um pequeno resumo não for suficiente, é porque precisa aprender novamente. Mas, eu fazia muitas questões e notei que questões de certo e errado eram melhores para revisão, pois elas me faziam ter certeza absoluta das afirmações, enquanto as de múltipla escolha me atrapalhavam na memorização, no caso específico das revisões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Felipe: Importantíssimo, mas no final, eu já separava questões de revisão de questões da banca. Para revisões, eu usava certo e errado e, na reta final, muitas questões da banca.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Felipe: Português, especificamente Sintaxe e Raciocínio Lógico. Eu assistia aulas de diferentes professores e isso me ajudava muito, pois maneiras diferentes de explicar o mesmo assunto retomavam minha atenção.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Felipe: Sempre pegava todas as minhas folgas possíveis no trabalho, estudava o dia inteiro, fazia a Revisão de Véspera online, muitas questões das matérias que eu tinha mais dificuldade e levava minha pasta com pequenos resumos e anotações até o local de prova para dar aquela última lida. Mas buscava ter uma boa noite de sono. Nunca consegui o cenário ideal.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Felipe: Na Polícia Penal de MG, teve prova discursiva. Durante aproximadamente 3 meses, eu fiz pelo menos um rascunho por dia. Claro que fiz as videoaulas antes. Após adquirir o conhecimento, eu foquei nos rascunhos. Imagina que uma redação com rascunho demora em média 40 minutos. Para quem tem tanta coisa para estudar, é um tempo valioso. Então, eu disponibilizava 20 minutos por dia para fazer um rascunho. Parece pouco, mas é o tempo que você terá que se virar no dia da prova. No sábado, eu dedicava 40 minutos e fazia o rascunho e a redação final.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Felipe: Quando comecei a estudar, me dediquei a treinar apenas os índices dos TAF’s. Eu não esperei a aprovação, apenas alinhava os índices de acordo com o certame quando o TAF se aproximava.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Felipe: O principal erro foi me aprofundar demais em alguns temas. Muitas vezes, pela falta de experiência, nos aprofundamos demais e esquecemos da amplitude de conhecimento em determinado certame. Quando eu consegui encontrar a medida certa, meus resultados começaram a aparecer.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Felipe: Não pensei em desistir. O preço já estava alto demais para voltar atrás. O medo de voltar à iniciativa privada como funcionário, o exemplo que meus filhos já acompanhavam e a minha esposa, que já estava caminhando comigo, tudo isso me motivou. Além do mais, como eu diria para os meus filhos que o pai deles não conseguiu, porque desistiu?
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Tenha calma. No trajeto, você irá descobrir os melhores caminhos. É necessário tempo para assimilar tudo. Acredite, todos têm a mesma dificuldade que você, só estão em momentos diferentes. Não pare, faça o que consegue agora e tudo vai se ajeitando. Vai valer a pena.