Aprovado em 5° lugar no concurso PMPA para Oficial
Policial (PM/BM - Oficial).
“[…] Não tem fórmula mágica! Ao longo da jornada, você vai identificar a melhor técnica de estudo que funciona com você e, também, aquelas outras que não funcionam, até encontrar a sua técnica ideal […]”
Confira nossa entrevista com Ian de Andrade Picanço, aprovado em 5° lugar no concurso PMPA para Oficial:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Ian de Andrade Picanco: Me chamo Ian de Andrade Picanço, sou advogado e tenho 27 anos de idade. Nasci e cresci em Belém do Pará, onde continuo morando atualmente.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Ian: Eu acredito que o concurso público é o meio mais justo para se alcançar o sucesso profissional. Na hora da prova, a pessoa certamente irá colher o que plantou ao longo da jornada. Essa certeza, de que uma hora a minha hora iria chegar, me fez direcionar o meu esforço para o concurso público.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Ian: Quando decidi estudar para concurso público, eu trabalhava em um escritório de advocacia. Pedi ao meu chefe para fazer home office, assim economizava tempo e dinheiro. Desse modo, tentava resolver tudo do escritório pela manhã e estudar à tarde e à noite.
Quando lançou o edital para Oficial da PMPA, eu decidi que era a maior oportunidade de concurso da minha vida. Assim, resolvi deixar o escritório.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Ian: Eu fui aprovado em 2023 para Soldado da PMSC e agora para Oficial da PMPA. Neste último, eu fui o 1º colocado na prova objetiva e 5º colocado geral.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Ian: A minha vida social sempre foi muito tranquila e, em especial, nessa fase da vida, era condizente com a minha realidade do momento. Eu sabia que era preciso abdicar de muitas coisas. Logo, a maior parte do tempo eu estava estudando, mas aos finais de semana, normalmente à noite, eu estava com a minha família e com a minha namorada.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Ian: Para ser sincero, quando eu comecei a estudar, por meses, nem meus pais souberam. Só quem sabia mesmo era minha namorada, que, inclusive, me apoiou muito, desde o início. Quando eu me desliguei do escritório, meus pais perceberam que eu tava estudando, mas minha família de um modo geral e meus amigos não sabiam nem o que eu estava fazendo da vida. Via de regra, meus pais sempre apoiaram meus estudos e me deram todo o suporte necessário. Eles também passaram por essa fase de concurseiro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Ian: Comecei a estudar para o último concurso por volta de julho de 2023, quando oficializaram o Cebraspe como Banca organizadora. Sem dúvida nenhuma, o que mais contribuiu para manter a disciplina foi acreditar que essa era a minha hora. Além disso, larguei muita coisa que me tirava o foco sem me acrescentar em nada, como as redes sociais, por exemplo. Montar e cumprir horários também foi fundamental.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Ian: Preponderantemente eu lia o texto da lei, a jurisprudência e resolvia questões e, conforme houvesse necessidade, eu assistia videoaula ou lia PDF. Sempre priorizei muito a lei seca e questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Ian: Conheci quando eu ainda estava na faculdade, pois meu irmão estudava para concurso e me apresentou o PDF do Estratégia. Inclusive ele também foi aprovado, para analista do STJ.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Ian: O Estratégia tem o “Passo a Passo Estratégico”, que eu acho um material muito diferenciado para acelerar a preparação.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Ian: Sim, bastante! O material de revisão do Estratégia foi muito importante na minha aprovação. A expertise da equipe de trazer os principais pontos de maneira bem didática foi excelente no período mais próximo da prova, como a Reta Final e a Revisão de Véspera. Aproveito a oportunidade para agradecer ao Estratégia e, em especial, ao professor Mário Godoy, de Direito Civil, que sanou muitas dúvidas e acrescentou bastante informação que estava além da “lei seca”.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Ian: No concurso para Oficial da PMPA caíram 12 matérias. Eu as dividi em 4 Ciclos de Estudo, cada um com 3 matérias. Assim, eu conseguia estudar 6 matérias por dia, o que dava em torno de 6h líquidas diariamente. Esse formato me possibilitou ter contato com as matérias com uma frequência muito alta.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Ian: As minhas revisões eram feitas principalmente por questões. Eu filtrei todas as questões que a Banca já havia cobrado na área policial e as resolvia. Assim, eu conseguia revisar várias vezes os assuntos mais cobrados (ou seja, os mais importantes) a cada dois dias. Caso percebesse que já tinha errado várias vezes um conteúdo, eu fazia um mapa mental ou escrevia em um papel e revisava sempre que minha memória falhasse novamente.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Ian: É a parte mais importante de todas. É na resolução de exercício que você fixa o conteúdo estudado, revisa a matéria e mede o seu conhecimento, bem como percebe seus pontos fracos e fortes.
Ao longo de toda a minha preparação, acredito que resolvi mais de 8 mil questões, tranquilamente.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Ian: As disciplinas mais difíceis para mim foram as não jurídicas (português e informática), porque não tive contato com elas na faculdade, então era um aluno zerado. Em português, eu assisti um curso completo, pois existe uma sequência fundamental nessa disciplina. Já em informática, eu procurei estudar o que mais caía, porque percebi que as questões se repetiam com frequência.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Ian: Nas últimas duas semanas, priorizei ao máximo resolver questões e revisar os conteúdos mais importantes, em especial aqueles com maior índice de incidência nos concursos de carreiras policiais e aqueles que eu tinha mais dificuldade.
No dia pré-prova assisti a Revisão de Véspera do Estratégia Concursos no YouTube. Acrescento que até na manhã do domingo da prova eu estava revisando. Minutos antes de entrar na sala da prova, encontrei um amigo que disse que não adiantaria mais nada, porém revisei o complemento nominal – pois estava inseguro neste assunto – e caíram duas questões relacionadas.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Ian: Para fazer uma boa prova discursiva é necessário obviamente dominar o conteúdo que pode ser cobrado, mas também é essencial que se desenvolva uma técnica de escrita. Portanto, sugiro aprender técnicas de escritas com professores experientes. Assim, será muito mais fácil fundamentar, sintetizar e escrever o conteúdo absorvido ao longo da preparação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Ian: O meu maior erro foi ter desistido de estudar para concurso algumas vezes, porque o caminho até a aprovação depende de constância. Toda vez que eu parava de estudar, quando eu retomava, eu tinha a impressão que voltava da estaca zero.
O meu maior acerto foi montar uma estratégia de estudos eficiente, priorizando os assuntos mais relevantes para o meu cargo e para a minha área de atuação. Isso fez com que eu sequer precisasse esgotar o edital para ser o 1º colocado na prova objetiva.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Ian: Cheguei a largar os estudos por alguns meses, mas depois voltava. Certa vez escutei que o concurso público é como uma fila, na qual algumas pessoas vão entrando e outras vão desistindo. Logo, se eu estudasse, uma hora chegaria a minha vez. Isso me fez persistir até passar. Além disso, eu sempre sonhei em ser policial, de modo que eu não tinha outra opção, a não ser estudar para o concurso público.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Ian: Para quem quer começar a estudar para concurso público, a principal dica que eu dou é simplesmente “comece”. Não tem fórmula mágica! Ao longo da jornada, você vai identificar a melhor técnica de estudo que funciona com você e, também, aquelas outras que não funcionam, até encontrar a sua técnica ideal. Além disso, defina uma área específica (eu, por exemplo, escolhi a área policial) e não espere resultados imediatos, tenha paciência e persistência, que, se você sentar e estudar, a sua hora vai chegar, mais cedo ou mais tarde. Por oportuno, deixo uma frase para o concurseiro se lembrar todos os dias: “O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.”