“[…] é difícil manter o foco, tudo parece mais interessante do que terminar de ler aquele PDF ou de ver aquela videoaula. Entretanto, incentivo para que persista, essa fase passa e os frutos do esforço valem a pena todas as dificuldades.”
Confira nossa entrevista com Wilson Alves Batista Sobrinho, aprovado no concurso PMDF para Soldado:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Wilson Alves Batista Sobrinho: Me chamo Wilson Alves, sou formado em gestão pública. Tenho 21 anos de idade, nasci e sempre residi em Brasília.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Wilson: Os principais incentivos foram dois: o primeiro, a influência de familiares e amigos que são servidores públicos da área de segurança pública, que através das histórias vividas e da realidade econômica me incentivaram a estudar para concurso público. O segundo incentivo foi justamente a realidade do mercado de trabalho; dificuldade em encontrar vagas e remuneração não satisfatória.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Wilson: Não. Durante a pandemia do Covid-19 perdi meu emprego e me dediquei integralmente aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Wilson: Fui aprovado também no concurso da Escola de Sargentos das Armas (ESA) em 2022, mas em posição não satisfatória, fora do número de vagas inicialmente previstas (majorado).
Pretendo e já estou seguindo os estudos para o cargo de Oficial da PMDF.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Wilson: O convívio social durante a preparação para concurso público não é fácil, foi preciso abrir mão da grande maioria das datas comemorativas e momentos festivos para focar nos estudos e garantir a aprovação. Deixei de estar presente em aniversários, formaturas e encontros familiares e de amigos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Wilson: Sim! O apoio da família e dos amigos é muito importante nessa fase de preparação, principalmente com incentivos psicológico, que nos ajudam a não desistir.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Wilson: O tempo total de estudos foi de 14 meses. E o que fez com que a disciplina preponderasse foi a visão do futuro de que, quando aprovado, exercendo a profissão que por tantos anos sonhei e tendo uma gratificação satisfatória, todo o esforço valeria a pena.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Wilson: Utilizei várias ferramentas. Para o estudo teórico, os PDFs, que contam com a vantagem de serem lidos e relidos no ritmo do candidato, e as videoaulas, para dúvidas pontuais ou assuntos excessivamente complicados. Além disso, o banco de questões e os simulados são indispensáveis para a aprovação. Ainda, estratégias de estudo como os flashcards e os resumos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Wilson: Conheci o Estratégia Concursos através do Estratégia Militares, que utilizei para minha preparação no ano de 2021 para as provas das Forças Armadas. E, este último, conheci através do Youtube.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Wilson: Acredito que uma ferramenta que me auxiliou muito na minha preparação foi a existência dos PDFs completos e simplificados, que foram utilizados para o primeiro contato com a matéria e para as revisões ulteriores, respectivamente. Além disso, o banco de questões é de fácil utilização e agiliza no processo de criar cadernos de determinado assunto, sem citar que tem um número enorme de questões.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Wilson: Meu plano de estudos sofreu várias alterações conforme os meses se passaram. Mas o qual eu melhor me adaptei foi: durante os estudos teóricos um plano de 3 matérias por dia, com duração de duas horas e meia cada, totalizando sete horas e meia de estudos por dia. Já com o edital fechado, estudava 5 matérias, durante uma hora e meia cada uma, totalizando, novamente, sete horas e meia de estudos por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Wilson: As minhas revisões consistem em bancos de questões, nos quais eu avaliava o nível de aprendizado que tive naquela determinada matéria através da porcentagem de acertos. Quanto aos pontos fracos ou aqueles os quais eu não me recordava, foi feita uma revisão com o PDF simplificado. Além disso, fiz durante 14 semanas um simulado por domingo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Wilson: A resolução de questões é a parte mais importante da preparação. Eu, particularmente, durante a minha preparação, de janeiro a maio, fiz quase sete mil questões no banco de questões do Estratégia Concursos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Wilson: Inicialmente, a matéria com a qual tive maiores dificuldades foi Direito Administrativo, por ser algo não atrativo e com muitas definições e termos. Para superar esse desafio foi necessária muita persistência, videoaulas dos assuntos mais difíceis e muitas questões de fixação.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Wilson: Durante a semana que antecedeu a prova meu estudo foi totalmente direcionado às questões mais difíceis e às questões que eu errava repetidamente, buscando evitar perder uma questão por algo de difícil fixação da minha parte. E também aos flashcards, focando em datas, prazos e letras de lei que são facilmente confundidas por outras.
Já no dia pré-prova, a estratégia que eu utilizei foi a de descansar o corpo e a mente. Depois de uma árdua preparação, descansei, tirei um tempo com a família e dormi cedo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Wilson: Para o estudo da prova discursiva é necessária uma boa base de Português, com destaque aos temas de concordância, regência, acentuação e sintaxe (conectivos). Tendo essa base bem consolidada, o segredo é a prática. Durante minha preparação fiz o total de 21 redações.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Wilson: Antes da aprovação na PMDF, fui reprovado no concurso da PPDF e da PMGO, ambos no ano de 2022. Acredito que o ano de 2022 foi a minha fase de maior quantidade de erros. Deixei de fazer questões pela dificuldade de encarar os erros, não fiz simulados e eu escrevia muito nos cadernos, o que atrasou muito a minha preparação.
Depois dessa fase, os estudos foram alavancados exponencialmente, deixando os cadernos apenas para assuntos específicos e focando muitas horas nas resoluções de questões e na correção destas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Wilson: Sim! Acredito que todo concurseiro pense em desistir em algum momento, seja ao se deparar com uma disciplina demasiadamente complexa, ao ver a porcentagem baixa de acertos das questões ou ao encarar uma reprovação. A motivação para continuar foi em um dia vestir a farda e exercer a profissão dos sonhos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Wilson: A fase inicial dos estudos é a mais difícil, no ensino médio somos ensinados a passar no bimestre, e não em aprender disciplina alguma, inevitavelmente haverá um choque. Além disso, com a quantidade de distrações que os celulares e os computadores nos proporcionam, é difícil manter o foco, tudo parece mais interessante do que terminar de ler aquele PDF ou de ver aquela videoaula. Entretanto, incentivo para que persista, essa fase passa e os frutos do esforço valem a pena todas as dificuldades.
Nesses momentos iniciais, utilizar o caderno pra fazer resumos depois de terminar as aulas pode te trazer o incentivo e o desafio de provar pra si mesmo que conseguiu reter o conhecimento, mas lembre-se, economize nas páginas, um resumo muito grande não serve de muita coisa!