Aprovado em 1° lugar no concurso do ALEMA para o cargo de Técnico de Gestão Administrativa - Economista
Concursos Públicos“[…] Não desista! Cada um tem sua história. Alguns demorarão mais, outros menos. Mas, se não desistirmos e focarmos, um dia nós colheremos os frutos. Isso é certo.”
Confira nossa entrevista com Augusto Oliveira Malheiros, aprovado em 1° lugar no concurso do ALEMA para o cargo de Técnico de Gestão Administrativa – Economista:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Augusto Oliveira Malheiros: Sou Economista, formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tenho 28 anos e sou natural de Recife-PE.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Augusto: Com apenas 10 anos de idade, iniciei minha jornada nos concursos públicos, ocasião em que prestei exame para a Escola de Aplicação do Recife (UPE) e para o Colégio de Aplicação – UFPE, que são instituições públicas de ensino localizadas em Recife, referências nacionais, cujos ingressos só ocorriam por meio de concurso. Fui aprovado em ambas e decidi por ingressar no Colégio da Aplicação – UFPE, onde estudei por 7 anos, do 6º ano do Ensino Fundamental até o fim do Ensino Médio. Por isso, as instituições públicas e os servidores públicos fazem parte da minha rotina há muito tempo. No colégio, tive excelentes professores. Assim, vi de perto a importância de termos servidores qualificados para o desenvolvimento do nosso país. Além disso, tenho muitos familiares que são concursados e serviram de inspiração para mim. Por fim, também gosto da ideia de “só depender de você” para alcançar o cargo dos sonhos. Pois, no dia da prova, é só você e a prova, sem necessidade de qualquer tipo de “networking” ou indicação para se alcançar o que se deseja.
Por tudo isso, pensava em estudar para concursos desde que entrei na faculdade. Concursos mais famosos para o “mundo” dos economistas, como Banco Central e Tesouro Nacional, sempre chamaram minha atenção. Após algumas experiências de estágio em instituições privadas, tive a certeza de que as carreiras públicas eram o melhor caminho para mim e decidi começar a estudar para concursos após me formar.
Além disso, sempre me interessei por Gestão Pública e pelo papel que o Estado pode desempenhar na construção de uma sociedade menos desigual, mais desenvolvida e justa socialmente. Por isso, considero que tenho vocação para carreiras públicas. Ademais, considero que os concursos ainda são uma escolha racional. Os principais pontos positivos, para mim, são: boas remunerações, estabilidade e carga horária reduzida (em alguns cargos). Em termos financeiros, até existem algumas carreiras privadas, como o Mercado Financeiro, que podem proporcionar mais dinheiro e atraem muitos economistas. No entanto, considero que apesar de proporcionarem muito dinheiro, não me proporcionam a mesma realização pessoal e a mesma qualidade de vida que podemos ter ao alcançar uma carreira “de elite” no setor público.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Augusto: Comecei a estudar para concursos em 2019, logo após colar grau. Nessa época, minha família estava passando por um momento financeiro delicado. Nesse contexto, tomei a decisão de tentar ser aprovado em menos de 1 ano.
Por isso, comecei a estudar para concursos “escada” na área de Economia, para poder atingir uma certa autonomia financeira o mais rapidamente possível. Com tal autonomia, poderia continuar estudando para os concursos melhores. Nesse primeiro momento, fiquei dedicado “apenas” aos estudos por cerca de 6 meses e ainda morava com meus pais. O plano deu certo, e, em poucos meses, obtive minhas duas primeiras aprovações dentro das vagas: cargos de Analista de Planejamento, Orçamento e Finanças (Prefeitura de Petrolina – PE) e Economista (UFMA). Em outubro/2019, fui nomeado para UFMA e me mudei para a cidade de São Luís – MA. A partir desse momento, precisei conciliar os estudos com o trabalho, com as tarefas domésticas, e também me adaptar a uma nova vida em uma nova cidade. Por conta das mudanças, passei alguns meses sem estudar, e depois retomei. A partir dessa retomada e até hoje, sempre tive que conciliar trabalho, tarefas domésticas e estudo.
Apesar de ser muito difícil conciliar o trabalho, os estudos e os afazeres domésticos, considero que eu precisava dessa autonomia financeira e foi o caminho que eu precisei trilhar. No entanto, tenho consciência que essa escolha atrasou o meu objetivo maior, que é me tornar Auditor de Controle Externo. Por isso, caso a família possa prover o sustento e o concurseiro lide bem com essa condição, ainda considero que a melhor opção seja se dedicar exclusivamente aos estudos. Mas, caso não seja viável, é perfeitamente possível estudar e trabalhar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Augusto: Dentro das vagas imediatas, fui aprovado até hoje em 3 concursos, sempre na área de Economia. São eles: Analista de Planejamento, Orçamento e Finanças (Prefeitura de Petrolina – PE) – 3º lugar; Economista (UFMA) – 1º lugar; e, mais recentemente, no cargo de Técnico de Gestão Administrativa – Economista (ALEMA) – 1º lugar. Além desses, também fui aprovado em 2º lugar para Analista Judiciário – Economista (TJ-RO), cargo que ocupo atualmente.
Continuo estudando. A partir do final de 2022, decidi focar na área de Controle. Obtive duas aprovações nessa nova fase, fora das vagas imediatas, mas que ainda sonho em ser nomeado: Auditor de Controle Externo – Economia (TCE-TO) – 5º lugar e Auditor de Controle Externo – Auditoria Governamental (TCM-PA) – 17º lugar. Só pretendo parar de estudar quando alcançar o cargo de Auditor de Controle Externo numa cidade que me proporcione qualidade de vida, onde eu possa visualizar minha permanência no longo prazo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Augusto: Minha grande dificuldade sempre foi passar muitas horas estudando. Via os depoimentos de outros concurseiros e sempre me pareceu impossível bater 30, 35, 40, 45 horas semanais de estudo. Além disso, sempre gostei muito de sair com os amigos e de viajar. Ao tomar a decisão de estudar para concursos, precisei, sem dúvidas, me adaptar a uma nova rotina.
No começo, estudava apenas de segunda a sexta e deixava os finais de semana livre para descanso e vida social. Depois, aos poucos, fui me acostumando a também estudar dia de sábado e sair com os amigos apenas no sábado à noite. Hoje em dia, considero que já lido melhor com as abdicações que são necessárias. Como nosso tempo é escasso, é inevitável que haja priorização. Por isso, hoje em dia costumo sair bem menos do que gostaria. No entanto, creio que qualquer radicalismo não é sustentável a longo prazo. Como trabalho, costumo usar minhas férias para estudar, mas sempre tento usar ao menos 1 semaninha para descansar. Da mesma forma, algumas vezes me sinto muito cansado e improdutivo diante da rotina diária de trabalho e estudo. Nesses momentos, procuro respeitar o alerta do meu corpo pedindo descanso, e tento tirar 1 ou 2 dias livres.
Apesar das abdicações necessárias, considero que a família e os amigos são essenciais nesse processo. O estudo para concursos é um projeto de médio/longo prazo. Logo, precisamos estar bem (tanto no aspecto físico, como mental) para viver esse projeto. Nesse contexto, considero essencial passarmos um tempo de qualidade com amigos e família. São eles que tornam esse processo mais leve e nos ajudam, inclusive, a sermos mais produtivos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Augusto: Minha família sempre me apoiou, inclusive financeiramente, quando precisei. Precisei me mudar de cidade duas vezes durante essa trajetória e acabei me afastando fisicamente dos amigos e da família. Mas diria que nunca perdi o vínculo com ninguém e todos compreendem muito bem. Na pandemia, por exemplo, estava morando sozinho em São Luís – MA, mas acabei retornando por alguns meses para Recife-PE, para ficar junto da família. Com relação aos amigos, tenho vários que também estão focados em outros tipos de projetos profissionais no exterior. Logo, a compreensão entre nós é tranquila. Além disso, sempre que posso, vou a Recife para rever meus amigos que ainda moram lá, minha namorada e minha família. Atualmente, moro em Porto Velho – RO e namoro à distância. Considero que esse é um desafio à parte, mas a compreensão e apoio dela são essenciais para mim.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Augusto: Na verdade, eu não estava focado neste concurso. Estava fazendo um ciclo de estudos focado na área de controle. Mas, vi esse concurso como uma oportunidade, pois é em uma cidade que já morei anteriormente, que é mais próxima de Recife e o salário é parecido com o meu atual. Como estou sofrendo com a distância e o preço das passagens aéreas para a cidade em que resido atualmente, entendi que valeria a pena fazer essa prova, mesmo não sendo para auditor. Assim, cerca de 20 dias antes da prova, tirei férias e dei uma revisada especificamente para essa prova, deixando meu ciclo da área de controle pausado. Acabou que deu certo e fiquei muito feliz. O que me faz manter a disciplina é o desejo pela mudança de vida e pelo objetivo final: me tornar Auditor.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Augusto: Aulas presenciais eu nunca fiz. Na maior parte do tempo uso cursos em PDF. Uso videoaulas apenas para assuntos que tenho mais dificuldade, quando sinto que o pdf não está funcionando. Além disso, para alguns assuntos de Economia, que ainda não têm tanta oferta no mercado de cursos voltados para concursos, acabo por utilizar livros. Mas diria que 80 ou 90% do meu estudo sempre foi por pdf.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Augusto: Conheci o Estratégia quando estava pesquisando cursos para concursos e por indicação de amigos. Vi que era o mais famoso, testei alguns materiais demonstrativos e gostei. Em 2019, comprei minha primeira assinatura e uso desde então.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Augusto: Desde o começo, uso os materiais do Estratégia. Mas, uso também alguns materiais de professores que gosto e não fazem parte do Estratégia. O diferencial que percebo é no funcionamento da plataforma do Estratégia, quando comparado com outras opções do mercado. Além disso, como também uso pontualmente alguns livros mais acadêmicos, é nítido que um pdf direcionado é muito mais eficiente no estudo para concursos. Inclusive, sinto falta de ter um material direcionado como o PDF do Estratégia que cubra todos os assuntos de concursos para Economista.
Por fim, a qualidade dos professores é muito boa. Destaco a professora Adriana Figueiredo, que ensina Português como ninguém.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Augusto: No começo, em 2019, eu estudava sem nenhum planejamento. Apenas ia estudando os PDFs na ordem do site e fazia as questões comentadas. Após alguns meses, senti que estava sendo muito ineficiente e procurei orientação para organizar melhor meus estudos. Conversei com um colega, Diogo Times, que hoje é AFRE de Goiás, e comecei a usar uma planilha que ele me indicou para controlar o tempo e as páginas estudadas e passei também a intercalar mais as matérias. Eu ainda não trabalhava e estudava cerca de 18h a 23h líquidas semanais (nunca consegui estudar mais que isso, como falei anteriormente).
Ainda assim, sentia falta de uma ferramenta mais aprimorada que aumentasse minha eficiência. Cheguei a pensar em contratar Consultoria, mas para a área de Economia não conheço nada muito personalizado. Por isso, acabava organizando por conta própria. Também contava com o apoio do meu grande amigo Rafael Scherb, também economista, que hoje é Auditor do TCE-SC.
Conversávamos muito sobre formas de aprimorar os estudos.
Independentemente de contratar consultoria ou algo do tipo, algumas dicas acho que são quase unanimidade e me ajudaram bastante. Posso destacar a necessidade que tenho de intercalar matérias, evitando de passar mais de 2h consecutivas na mesma matéria. E, por outro lado, a necessidade de evitar estudar mais de 6 ou, no máximo, 8 matérias ao mesmo tempo (no mesmo ciclo). Para começar no mundo dos concursos, diria que o ideal é começar com apenas 4 matérias para ir pegando o ritmo. Caso contrário, bate o desespero. Parece que é uma infinidade de matérias e que você não sabe nada.
Hoje, estudo para área de Controle por uma ferramenta que me fornece Metas de Estudos diárias. Existe um tempo médio estipulado para as metas, mas não controlo o tempo diretamente. Fica em torno de 18h semanais de metas, mas posso usar mais ou menos tempo para cumpri-las. Independentemente do método, acho que a organização é muito importante para aumentar a eficiência dos estudos.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Augusto: Esse ponto das revisões é algo que sempre me preocupou muito, porque parecia que estava esquecendo tudo. Testei por um tempo revisões com 24h, 7 dias e 30 dias. Revisava pelos grifos do pdf. Mas não gostei, demorava muito para avançar no assunto. Depois, tentei fazer resumos, mas desisti com 3 dias, pois perdia um tempo absurdo. Definitivamente não funcionou para mim.
Hoje, recebo metas de revisão nessa ferramenta que utilizo e reviso apenas por questões. Só se em algum assunto eu tiver um desempenho muito ruim nas questões, eu volto para teoria.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Augusto: Os exercícios são importantíssimos. Eles são importantes desde o primeiro dia de estudo e são, para mim, a melhor forma de memorizar o assunto. Claro que a teoria também é importante, mas, principalmente se você já tem uma base teórica boa, considero os exercícios a parte principal do estudo. Hoje em dia, passo mais tempo resolvendo exercícios do que com teoria e acho que é a melhor opção. Utilizo uma plataforma de questões e também faço a maioria dos exercícios do PDF, mas não tenho noção da quantidade que já resolvi.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Augusto: Em geral, tenho mais dificuldade com matérias que são mais decoreba, sem nenhuma lógica por trás. Tive muita dificuldade com Informática, AFO, Auditoria e também com algumas partes de Direito Administrativo e Constitucional. Sempre que tenho dificuldade tento estudar por vídeo para ver se melhora. Se ainda assim não ficar muito claro, hoje sei que a compreensão vem com o tempo. Por vezes, precisamos estudar o mesmo assunto mais de uma vez para entender. Isso é algo que me incomoda bastante, mas foi algo que precisei aprender a lidar. No primeiro contato com uma matéria, teremos apenas uma noção geral, nunca um entendimento completo.
Por exemplo, em AFO eu tinha bastante dificuldade e hoje eu até gosto, simplesmente porque deixou de ser algo novo para mim. Além disso, também acho legal fazer um ciclo básico de estudo que contemple as matérias principais, pois muitas vezes a compreensão de uma matéria ajuda no entendimento da outra. Por exemplo, eu comecei a estudar AFO antes de estudar Direito Administrativo e Direito Constitucional, pois valiam mais pontos nos concursos de Economia. No entanto, acho que isso prejudicou minha compreensão de AFO.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Augusto: A semana de estudos pré-prova foi de revisão. Como já falei, fiz uns 20 dias de revisão para esse concurso, e na última semana apenas dei continuidade nessa revisão. Na véspera, em geral, não gosto de estudar muito. Prefiro descansar. No máximo, costumo revisar alguns pontos apenas para refrescar a memória de itens mais decoreba que costumo esquecer. No caso específico da ALEMA, na véspera eu só assisti um vídeo de cerca de 30 minutos sobre a redação. Diria que foi minha salvação, pois a redação era de 20 linhas e eu não lembrava (pensava que eram 30). Desenhei mentalmente essa estrutura de 20 linhas e fui dormir.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Augusto: Para discursivas, a melhor forma é treinar bastante. A prática leva à perfeição. Serve tanto para redação quanto para questões temáticas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Augusto: Acho que uma coisa extremamente importante é definir seu objetivo. Qual o cargo que você almeja? Eu acho que demorei muito para virar a chave para a área de Controle. Ainda que tenha sido o caminho que eu encontrei para conseguir uma aprovação mais rápida, sinto que demorei muito a focar no que eu realmente queria. Eu sempre fui um “caçador de editais” e isso definitivamente não é uma boa estratégia. O ideal é focar numa área e ter a serenidade de entender que toda escolha tem um custo de oportunidade. Essa escolha é necessária, pois, ao querer tudo ao mesmo tempo, não conseguimos nada. Atualmente, por exemplo, tive a capacidade de aceitar que não estou pronto para competir na Área Financeira (em concursos como Banco Central e CVM) apesar de serem excelentes cargos para economistas. Aprendi com o tempo a fazer melhor essas escolhas.
Outro erro clássico que eu cometi foi o de achar que uma prova específica era a minha única chance do ano. Foquei demais em uma prova com apenas 1 vaga para Economista. O resultado foi que não passei e acabei por atrasar meus estudos para outras provas interessantes. O ideal é focar em uma área, não em uma prova específica.
Por fim, gostaria de destacar que não devemos fazer provas apenas por fazer. Já cheguei a fazer provas (em outras cidades) que não estava preparado para fazer. Isso acabou gerando apenas problemas para mim. Custo financeiro, desgaste emocional pelo fracasso e desmotivação. Precisamos, claro, fazer provas. Mas, ainda mais importante, é não perder o foco e ser realista sobre suas limitações.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Augusto: Nunca pensei em desistir, mas acho que o período mais difícil para mim foi durante a pandemia. Eu penso que o estudo para concursos funciona quase como um esporte de alto rendimento. Precisamos cuidar do nosso corpo e da nossa mente para performar bem. Na pandemia, fiquei emocionalmente muito abalado e sem praticar exercícios físicos, por conta da quarentena. Ademais, era um momento em que só se falava em reduzir salários, parar os concursos, conter os gastos públicos com pessoal. Foi uma época estressante, que acabou me desmotivando. Cheguei a ficar alguns meses sem conseguir estudar, mas nunca desisti. Me forçava a estudar pela disciplina (ainda que com baixa produtividade) e por saber que em algum momento as coisas iriam voltar ao normal e que eu iria colher os frutos. Depois de um tempo, fui retomando o ritmo de estudos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Augusto: Primeiramente, é necessário ter consciência que é um projeto de médio/longo prazo. Por isso, exige muita disciplina, perseverança e calma.
Além disso, devemos cuidar da nossa saúde física e mental. Pois, são pilares essenciais para um bom aprendizado. Radicalismos serão insustentáveis. Precisamos tentar construir um processo de aprendizado saudável e prazeroso, dentro do possível.
Levo sempre comigo duas histórias: do meu primo, Rodrigo, e do meu pai, Otávio.
Rodrigo estudou durante 7 anos. Começou num cargo de nível médio numa Universidade e hoje é Auditor Fiscal. Passou para Auditor Fiscal quando já era pai e precisando conciliar trabalho e estudo.
Meu pai passou no concurso de Gestor Governamental, na sua cidade natal, tendo 2 filhos e trabalhando em uma empresa privada (só conseguia estudar à noite).
Por fim, a última dica é: Não desista! Cada um tem sua história. Alguns demorarão mais, outros menos. Mas, se desistirmos e não focarmos, um dia nós colheremos os frutos. Isso é certo.