Aprovado em 1° lugar (cotas) no concurso do TJSE para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa / Judiciária
Tribunais“Queridos, li em Cortella que a sorte segue a coragem. E que a sorte acontece apenas quando a oportunidade nos encontra devidamente preparados. Em regra, nós não temos controle sobre as oportunidades. Nem mesmo sabemos quando elas aparecerão. Tampouco somos capazes de saber se estamos preparados o suficiente para elas. A única coisa que podemos controlar é o quanto nos esforçamos para estarmos preparados”
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Confira nossa entrevista com Claudemar Monteiro de Vasconcelos, aprovado em 1° lugar (cotas) no concurso do TJSE para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa / Judiciária:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Claudemar Monteiro de Vasconcelos Neto: Olá a todos! Tenho 21 anos de idade e sou lá do interior de Pernambuco, criado numa pequena cidade chamada Correntes, com pouco menos de 20 mil habitantes. Hoje, porém, moro na companhia de uma tia no município de Arapiraca, no agreste alagoano, onde estou para iniciar o 8º período do curso de Direito na Universidade Estadual de Alagoas.
Sou aluno do Estratégia Concursos. Tenho a assinatura ‘Corujinha Social’, produto cujo objetivo é dar oportunidade aos concurseiros de baixa renda, como eu.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Claudemar: Dois fatores. Primeiro a necessidade de conseguir uma melhor condição de vida para mim e minha família. E segundo, a estabilidade financeira oferecida por um cargo público.”
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Claudemar: Sim, meu dia sempre foi bastante cheio. Eu faço estágio no período da manhã e faculdade à tarde. Era bastante cansativo.
Minha solução foi a seguinte: acordava todos os dias da semana por volta das 04h00 e estudava até às 06h00, momento em que começava a me arrumar para o estágio. Voltava a estudar para concursos somente à noite, por volta das 18h30, e seguia estudando geralmente até às 21h00.
Isso, claro, mudava aos fins de semana. Nesses dias eu não possuía um horário certo para estudar, dedicava-me quase que integralmente aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Claudemar: Até então, apenas no concurso para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa/Judiciária do TJSE, no ano de 2023. Fui aprovado em 7º lugar na ampla concorrência e em 1º lugar nas cotas para candidatos negros.
Sim, sim! Pretendo continuar estudando. Na verdade, mais que um hábito, estudar acabou se tornando uma atividade necessária ao meu bem-estar psicológico. Estar sempre aprendendo me deixa motivado, feliz; em movimento.
Pretendo a partir de agora direcionar o foco para a área fiscal, cujas disciplinas de atuação em muito me interessam, sobretudo Tributário.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Claudemar: Nunca tive uma vida social muito agitada, preferindo estar em casa. Porém, diminuíram bastante os momentos de lazer com algumas pessoas importantes em minha vida, especialmente na fase de pós-edital. Acredito que isso seja normal. Todavia, não devemos abrir mão de tudo, para que não esqueçamos do porquê (e por quem) estamos estudando.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Claudemar: Sempre! Minha família sempre me deu muito apoio emocional e, na medida do que podiam, também apoio financeiro. Fora isso, até mesmo quando imaginávamos que a distância pudesse nos separar, sempre pude contar com o incentivo da minha namorada. Cercar-se de pessoas assim foi um privilégio para mim. Sou bastante agradecido!
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Claudemar: Bom, gostaria primeiro de alertá-los de que a jornada é única, própria de cada um. Cientes disso, posso continuar.
Pois bem, minha preparação pré-edital foi bastante deficitária. Arrisco que a razão disso foi a falta de organização, de planejamento e, muitas vezes, de paciência minha. Essa fase do meu estudo foi bastante “picotada”, de forma que adquiri conhecimento apenas em algumas disciplinas pontuais, assuntos específicos. Não ter seguido uma Trilha Estratégica foi um de meus arrependimentos.
Quando o edital do TJSE foi lançado, eu percebi que estava desnivelado. Lembro de ter dividido o conteúdo programático conforme minha dificuldade. Assim, eu pude dar mais atenção (e tempo) àquilo que não havia estudado ou tinha estudado muito pouco até então.
Respondendo à pergunta inicial, posso dizer que meu estudo direcionado ao TJSE compreendeu somente o período do pós-edital. Para manter a disciplina, centrei-me na urgência: a prova estava próxima e não havia tempo a ser desperdiçado!
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Claudemar: Usei os materiais em PDF do Estratégia Concursos e a plataforma de questões. Cito como vantagem a completude dos materiais e a confiança que transmitem no conteúdo. Cheguei a ouvir algumas vezes de colegas que a principal desvantagem dos materiais do Estratégia seria o tamanho. Isso nunca foi problema para mim, uma vez que é disponibilizado também o PDF resumido ao lado do completo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Claudemar: Hoje é quase impossível não conhecer o Estratégia Concursos (rsrs). Pesquisando na internet, eu pude encontrar o site. Li várias amostras de PDFs e, gostando do que tinha visto, comecei a procurar alguma assinatura que coubesse no meu humilde bolsinho. Foi aí que a assinatura Corujinha Social caiu como uma luva! Através dela, pude ter acesso aos ótimos materiais por um preço baixíssimo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Claudemar: É até engraçado de explicar. Foi tudo muito pessoal, improvisado e feito às pressas. Primeiro, imprimi o edital. Com ele em mãos eu o dividi em três grupos:
- No grupo A, as disciplinas que eu tinha confiança no meu conhecimento (Constitucional e Administrativo, basicamente).
- No grupo B, aquelas que eu tinha algum conhecimento, mas que havia muito ainda para estudar.
- No grupo C, todas as que eu tinha uma dificuldade imensa ou não havia sequer estudado ainda.
O próximo passo foi montar uma tabela bem simples. Ela continha o nome da disciplina e cinco quadradinhos ao lado (aos quais eu dei o nome de “bloquinhos”). Escolhi quatro disciplinas para começar: duas do grupo B e duas do grupo C.
Cada sessão de estudos completa eu pintava um bloquinho e isso era muito prazeroso (rsrs). O último bloquinho de cada disciplina era sempre 20 questões de todo o conteúdo previsto no edital para ela. Claro que havia certas adaptações, como na disciplina de português, em que meu estudo foi somente por questões + comentários.
Ah, não havia ordem predefinida. Eu sentava no início do dia e escolhia alguma disciplina que possuía bloquinhos em branco. À medida em que os bloquinhos eram pintados por mim, ia sobrando menos possibilidades de escolha.
Respondendo à pergunta inicial, eu não contava quantas disciplinas por dia nem a quantidade de horas líquidas. Mensurava tudo em bloquinhos.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Claudemar: Revisava por questões. Fora isso, à medida que a prova estava chegando, fiz todos os simulados disponibilizados pelo Estratégia, para o meu concurso. Ajudaram muito! Eu os realizava na biblioteca da faculdade, sozinho, numa sala de estudo. Somente simulado e caneta na mesa. Mais além, fazia a leitura da legislação correlata logo após a resolução de questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Claudemar: A importância foi imensa! Eu não sei ao certo quantas questões resolvi. Explico o porquê: criei um filtro específico e nele havia apenas questões da FGV dos assuntos previstos no conteúdo do edital e para os cargos de Analista e Técnico Judiciário. Montei um para cada disciplina e resolvia as questões até acabar. Após isso, zerava o filtro e refazia as questões. Repeti esse processo várias e várias vezes (rsrs). Estimo que cerca de quatro mil questões resolvidas em cerca de 3 meses.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Claudemar: Em ordem: Noções de Administração, Direito Penal e Direito Civil. A minha solução foi dar mais atenção e, consequentemente, mais tempo a elas. E claro, há as disciplinas específicas. Não teve jeito, foi dedicar mais tempo a elas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Claudemar: Cessei os estudos da teoria e basicamente fazia o combo muitas questões + lei seca. No dia que antecedeu a prova eu já estava em Aracaju-SE. Do momento em que saí de casa para viajar à capital não estudei mais nada.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Claudemar: Acredito que meu principal erro tenha sido a falta de um estudo correto e regular no pré-edital. Arrependo-me de não ter seguido a Trilha Estratégica disponível na minha assinatura. Caso contrário, caso tivesse me preparado antes, não teria sofrido tanto e estudado tão apressadamente tudo. Foi sufocante.
Quanto aos acertos, tenho a destacar somente um. Tive discernimento desde o começo para entender que uma prova é feita de questões e, portanto, meu foco seria acertá-las. Dei a devida atenção a esse ponto, que, possivelmente, foi o meu diferencial.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Claudemar: Pensei em desistir todo santo dia. Todo santo dia!
Sou inscrito no cadastro único do governo federal e, por isso, fui isento da inscrição. ‘Poxa, eu não gastei dinheiro com a inscrição mesmo, por que eu não desisto dessa prova? Talvez seja melhor não fazer e tentar somente quando eu estiver mais preparado…’
Todos os dias eu tinha essa ideia. O que me fez continuar foi uma conversa que tive com um amigo Analista do MP em que faço estágio. Ele me dizia: ‘cara, você não precisa ficar em primeiro, você só precisa ficar entre os 150 ou 200 primeiros’.
Eu passei a repetir isso para mim toda vez que pensava em desistir. Era uma ideia bem autolimitante, mas me ajudou muito.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Claudemar: Aconselharia a se atentar a estes dois pontos.
Primeiro, defina-se bem! Tenha definida uma área de concursos. Tenha definidos os Estados que sejam economicamente viáveis para você realizar uma futura prova de concurso. Mas, sobretudo, tenha padrões saudáveis e bem definidos de pensamento. Se puder, tenha acompanhamento de um psicólogo, pois acabamos tornando a caminhada bastante dura e cruel para si mesmos.
Para mim, ter um pensamento padrão ajudou a continuar. Sempre que eu pensava em desistir, lembrava que eu não precisava ficar em primeiro, apenas entre os 150 a 200 primeiros. Isso é bem autolimitante e nada saudável, razão pela qual gostaria de sugerir a vocês um outro pensamento.
Queridos, li em Cortella que a sorte segue a coragem. E que a sorte acontece apenas quando a oportunidade nos encontra devidamente preparados. Em regra, nós não temos controle sobre as oportunidades. Nem mesmo sabemos quando elas aparecerão. Tampouco somos capazes de saber se estamos preparados o suficiente para elas. A única coisa que podemos controlar é o quanto nos esforçamos para estarmos preparados. O resto não está sob nosso poder.
Aliás, é na fase de preparação que entra em cena o Estratégia. Em se tratando de estudar para concursos, devemos ter um material completo e confiável. Isso o Estratégia Concursos oferece muito bem!
Ah, segunda coisa! Não negligenciem a resolução de questões. É fundamental que resolvam, desde o início, várias questões. Eu sei que errar é ruim. Sei também que não é nada legal tentar resolver questões de um assunto que você sequer estudou. Mas, acreditem, isso nos deixará mais conectados ao que estudamos. Vão por mim! Abraço!