Aprovada em 3° lugar no concurso TCE TO para o cargo de Auditor de Controle Externo - Direito
Tribunais de Contas (TCU, TCE, TCM).
“[…] a aprovação não é construída em um dia, mas em um somatório de dias. Então ter constância é fundamental, e constância não é ter o mesmo rendimento todos os dias, ter o mesmo percentual de acertos todos os dias, ler o mesmo número de páginas todos os dias. Constância é fazer um pouquinho todos os dias, não parar, e fazendo isso acredito que a aprovação está cada dia mais próxima”
Confira nossa entrevista com Fernanda Guimaraes Reis de Almeida, aprovada em 3° lugar no concurso TCE TO para o cargo de Auditor de Controle Externo – Direito:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Fernanda Guimaraes Reis de Almeida: Sou formada em direito, tenho 27 anos e sou natural de Salvador, Bahia.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Fernanda: Durante a graduação já sabia que queria ser servidora pública, principalmente por conta da estabilidade que o serviço público proporciona, mas não sabia qual cargo eu gostaria de ocupar. Após estagiar por dois anos no TCM/Ba não tive dúvidas de que eu queria ser Auditora de Controle e que estudaria para isso.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Fernanda: Tentei conciliar por pouco mais de um ano, mas como trabalhava na Secretaria de Saúde do Estado, no auge da pandemia da Covid-19, a demanda do trabalho era extremamente alta, o que me fazia chegar em casa desgastada e incapaz de sequer ler um PDF. Então no final de 2021 eu pedi exoneração do cargo em comissão que ocupava para ter mais tempo disponível para os estudos e a partir daí consegui me dedicar integralmente aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Fernanda: Fui aprovada dentro das vagas, em terceiro lugar, no Tribunal de Contas do Tocantins para o cargo de Auditor de Controle Externo. Além disso, fui aprovada no Tribunal de Contas do Espírito Santo, no cadastro de reserva, em oitavo lugar, para o cargo de Auditor de Controle Externo e na Controladoria Geral do Estado de Santa Catarina, no cadastro de reserva, em trigésimo primeiro lugar, para o cargo de Auditor de Controle Interno.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Fernanda: Então, confesso que mantive uma vida social relativamente ativa. Evitava sair durante a semana, me limitando a datas comemorativas ou eventos mais importantes, mas aos finais de semana costumava sair durante a noite com amigos e família.
Gosto muito de futebol e uma das coisas que eu não abria mão era de ir ao estádio assistir o Bahia jogar, e para não prejudicar o cronograma eu aumentava a carga horária nos outros dias da semana.
Em pós-edital eu costumava reduzir um pouco as saídas, e aumentava o estudo aos sábados e domingos, mas nunca limitei muito, acredito que seja importante ter momentos de lazer para descontrair um pouco.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Fernanda: Todos foram bem compreensíveis. Como tenho muitas amigas que também estudam para concurso se torna mais fácil, tanto pela compreensão em não poder estar sempre presente ou até mesmo por organizar programas mais leves. E minha família, claro, me deu um suporte fundamental. Uma das razões que me proporcionou pedir exoneração e estudar integralmente foi o suporte financeiro e a segurança proporcionada por meus pais.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Fernanda: Em setembro de 2022 eu iniciei meus estudos direcionados para a CGE/SC, o que deu em torno de cinco meses até a prova. Para manter a constância eu seguia um planejamento semanal, com metas diárias, e só finaliza os estudos da semana quando tivesse cumprido todas as metas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Fernanda: Utilizava os PDFs para disciplinas novas ou conteúdos que eu considerava não dominar, e o Passo Estratégico para mapear os assuntos mais cobrados pela banca que iria fazer prova. Não costumo assistir videoaula, mas assisti as aulas de jurisprudência do professor Herbert e da professora Nelma, e auxiliou muito na hora de fazer as provas da FGV. Além dessas aulas, assistia também as revisões de véspera online e com isso sempre ganhava alguns pontos na prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Fernanda: Indicação de alguns conhecidos e através do Instagram.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Fernanda: Senti sim uma diferença na preparação. Durante um período utilizei as Trilhas Estratégicas, o que me deu mais tempo para me dedicar ao estudo em si, porque não precisava separar um tempo para montar um cronograma. O Passo Estratégico também foi bastante utilizado para mapear os conteúdos mais cobrados e auxiliar nas revisões.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Fernanda: Estudava algumas disciplinas por dia, em torno de 4. Com relação a quantidade de horas liquidas, no pós-edital em torno de 7/8 horas durante a semana e no final de semana em torno de 4 horas.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Fernanda: Ao longo dos meus estudos construí meus próprios resumos e os utilizava para revisão, principalmente nas semanas que antecediam a prova. Além disso, gostava muito de fazer revisão por questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Fernanda: Na minha opinião é a parte mais importante. Foi através da resolução de questões que consegui mapear meus erros e ver as disciplinas e conteúdos que precisava reforçar a teoria. Além disso, acredito que seja essencial conhecer a forma de cobrança da banca que você vai prestar concurso, e a melhor forma de fazer isso é resolvendo questões.
Com relação ao número de questões resolvidas, de outubro de 2021 para outubro de 2023, em torno de 17.600 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Fernanda: Sem dúvidas, português da FGV. Todo mundo sabe que o português da FGV é bem peculiar, e eu não conseguia ter um bom rendimento na disciplina, então coloquei uma meta diária de estudo de português e aumentei o volume de questões a serem resolvidas.
Outra disciplina que tinha bastante dificuldade era processo civil, não construí uma boa base durante a graduação então precisei pegar a teoria do zero através dos PDFs confrontando com o Código de Processo Civil.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Fernanda: No geral eu sigo um padrão, em torno de dez dias antes da prova eu paro de fazer questões e sigo apenas na leitura dos meus resumos.
No dia que antecede a prova eu costumo ficar no hotel, peço uma comida por delivery e assisto a revisão de véspera do Estratégia. Acredito que sempre ajuda a refrescar a memória e no geral os professores sempre são bem certeiros.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Fernanda: Quando eu fiz a prova do TCE Tocantins eu havia acabado de reprovar no MPC/SC por conta da minha nota na prova discursiva, então isso acendeu um alerta para mim. Para a prova do Tocantins vi todas as aulas do curso de discursiva, analisei os temas apontados pelos professores e no dia da prova tive muita atenção com minha caligrafia e com os erros ortográficos, aspectos que havia sido penalizada na prova anterior. Com essas mudanças consegui tirar 27 de 30 pontos e obtive a maior nota na discursiva para o meu cargo.
Então aconselho a não negligenciar a discursiva e a treinar para ela, a nota na prova discursiva faz toda a diferença para a aprovação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Fernanda: Eu diria que um dos principais erros, logo no início, foi ter tentado fazer resumo manuscrito. Consome um tempo absurdo e hoje temos muitas plataformas que suprem bem esse papel. Além disso, como já falei, ter negligenciado o treinamento para a prova discursiva foi um erro enorme, que, felizmente, consegui corrigir durante a trajetória.
Com relação aos acertos, acredito que o principal deles tenha sido dedicar bastante tempo a resolução de questões. Com o treinamento de questões você começa a entender a banca, como ela elabora as assertivas, os assuntos que são os “queridinhos” e o entendimento que ela tem em questões controversas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Fernanda: Acho que desistir sempre passa pela cabeça do concurseiro, estudar para concurso é exaustivo e desgastante e termina sendo uma batalha solitária, mas se eu desistisse, o que eu faria?! Se eu quisesse realmente ser auditora era uma etapa que eu teria que enfrentar, e foi essa minha motivação
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Fernanda: Um conselho que eu daria, seria ter a compreensão de que a aprovação não é construída em um dia, mas em um somatório de dias. Então ter constância é fundamental, e constância não é ter o mesmo rendimento todos os dias, ter o mesmo percentual de acertos todos os dias, ler o mesmo número de páginas todos os dias. Constância é fazer um pouquinho todos os dias, não parar, e fazendo isso acredito que a aprovação está cada dia mais próxima.