Carreiras transversais: o que são e quais são as principais?
Concurseira(o) imparável, saiba o que significam as carreiras transversais e a importância de sua atuação para a gestão de políticas públicas em órgãos e entidades da Administração Pública Federal.
O que são carreiras transversais?
Conforme informações do Ministério da Economia, as carreiras transversais envolvem “profissionais com alta qualificação e atribuições estratégicas na administração pública federal em áreas de gestão governamental, formulação, implementação e avaliação de políticas públicas”.
Ainda segundo aquele órgão, é o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos que fica responsável por gerir as seguintes carreiras transversais:
- Analista de Comércio Exterior (ACE);
- Analista de Infraestrutura (AIE);
- Especialista em Infraestrutura Sênior (EIS);
- Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG).
Portanto, vejamos um pouco sobre as atribuições, os requisitos e as remunerações relativos a cada uma delas, além das etapas dos últimos certames.
Analista de Comércio Exterior (ACE)
Com vagas confirmadas para o Concurso Nacional Unificado, para se tornar uma(um) Analista de Comércio Exterior é necessário possuir o nível superior completo, em qualquer área de formação.
Além disso, sua lei instituidora nos diz que suas atribuições estão “voltadas para as atividades de gestão governamental, relativas à formulação, implementação, controle e avaliação de políticas de comércio exterior”.
Em 2012, o concurso aconteceu em duas etapas, sendo a primeira com as provas objetiva e discursiva, além da prova de títulos. Já a segunda etapa foi o Curso de Formação.
A remuneração em classe inicial de carreira é de R$ 20.924,80, podendo chegar a quase R$ 30.000 no final da progressão.
Analista de Infraestrutura (AIE)
Depois, criada pela Lei 11.539/2007, a carreira de AIE é distribuída em três classes, e você precisa ter concluído o nível superior completo para atuar. O edital do concurso do ano de 2012 exigiu uma dessas áreas de conhecimento: Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia ou Geografia.
Na época, as etapas foram, basicamente, provas objetiva e discursiva e avaliação de títulos.
Ademais, suas atribuições específicas se relacionam a projetos e obras de infraestrutura de grande porte envolvendo:
- o planejamento, a implementação e a execução;
- o apoio técnico à execução e avaliação;
- o subsídio à formulação de políticas, planos, programas e projetos relativos à execução.
A imagem a seguir mostra a tabela mais recente de subsídios para o cargo de Analista de Infraestrutura:

Especialista em Infraestrutura Sênior (EIS)
Por conseguinte, o cargo isolado de EIS também vem da Lei 11.539/2007. Porém, ao contrário da carreira de Analista de Infraestrutura, possui apenas uma classe. Assim, por ter uma única classe, não há uma tabela de subsídios correspondentes a cada progressão, tendo então como vencimento básico o valor de R$ 10.575,54.
Além disso, o requisito básico para atuar é o nível superior completo, mas o edital de 2008 trouxe vagas divididas em especialidades. Por isso, foi exigido que a graduação fosse em uma dessas áreas: Engenharia ou Arquitetura e Urbanismo ou Geologia.
No total, foram três etapas desse último concurso:
- 1ª etapa: provas objetiva e discursiva;
- 2ª etapa: defesa de memorial (apresentação oral de até 15 minutos sobre as atividades de pesquisa científica e tecnológica mais relevantes realizadas pela(o) candidata(o));
- 3ª etapa: prova de títulos.
Suas atribuições são de alta complexidade e “voltadas às atividades especializadas de planejamento, coordenação, fiscalização, assistência técnica e execução de projetos e obras de grande porte na área de infraestrutura”, de maneira geral. No entanto, conforme estabelecido em decreto, as atividades específicas são:
- planejamento, coordenação, fiscalização, assistência técnica e execução de projetos;
- elaboração de normas;
- planejamento e coordenação de ações de fiscalização.
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Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG)
Por fim, o último edital (no ano de 2013) trouxe as seguintes atribuições do cargo:
“Exercício de atividades de gestão governamental nos aspectos técnicos relativos à formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, bem assim de direção e assessoramento em escalões superiores da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, em graus variados de complexidade, responsabilidade e autonomia”.
Ademais, as etapas foram as mesmas do concurso para ACE, que vimos anteriormente.
Posteriormente, além de outros requisitos básicos, é preciso possuir o nível superior completo em qualquer área do conhecimento.
Em relação à remuneração, com um reajuste na tabela de subsídios realizado nesse ano de 2023, em início de carreira (Classe A, Padrão I), é possível contar com o mesmo valor que uma(um) ACE recebe mensalmente: R$ 20.924,80.
Como ingressar em carreiras transversais?
Por fim, saiba que essas carreiras mencionadas estiveram presentes no Concurso Nacional Unificado (CNU) 2024. Foram ofertadas 300 vagas para Analista de Infraestrutura, 50 para Analista de Comércio Exterior e outras 150 para Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental.
Novas carreiras transversais no CNU 2025
Enquanto o CNU 2024 trouxe oportunidades importantes para carreiras como Analista de Infraestrutura, Analista de Comércio Exterior e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, o CNU 2025 chegará com ainda mais novidades. A nova edição contará com a inclusão de duas novas carreiras transversais: Desenvolvimento Socioeconômico e Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa. Juntas, essas áreas devem ofertar cerca de 1.500 vagas, sendo pelo menos 750 destinadas ao cargo inédito de Analista Técnico de Justiça e Defesa (ATJD), com atuação em diversos órgãos federais e salário inicial em torno de R$ 9 mil. As novas carreiras foram criadas por meio da Medida Provisória nº 1.286/2024 e terão lotação inicial no Ministério da Gestão e Inovação, com possibilidade de redistribuição conforme as necessidades do governo.
Carreiras transversais, e agora?
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