Gostaria de finalizar a semana falando sobre algo que já foi motivo de muita polêmica: o serviço de elaboração de recurso para discursivas.Sinceramente, eu sempre fui contra esse tipo de recurso. Já ouvi (e li) por aí que tal serviço é uma exploração do candidato que está desesperado para passar, que o preço é abusivo, dentre várias outras coisas. Até que comecei a fazer recursos para alunos. E mudei de ideia.
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“Ah, você se vendeu.” É a primeira coisa que você pensou, certo? Mas deixe eu terminar.
Ao começar a prestar esse tipo de serviço, eu comecei a perceber que o professor realmente pode colaborar com o aluno. Diferentemente do aluno, que possui apenas a sua própria redação para avaliar os recursos, o professor recebe um conjunto (limitado) de redações. Ali, ele é capaz de entrar na cabeça do examinador, medir o seu grau de exigência, saber o que mais e menos o agradou, para aí sim, voltar-se para a sua redação, muito mais preparado para encontrar aspectos que poderiam ter sido melhor pontuados pelo mesmo. Além do que, naturalmente, o professor já é uma pessoa que domina o conteúdo exigido na discursiva.
Outro exemplo, que para mim foi marcante, ocorreu durante a análise de algumas redações para a Área 1 do BACEN (desenvolvimento de sistemas). Para um mesmo tópico de discursiva, para 4 alunos diferentes, eu fiz quatro recursos apoiados em 4 livros diferentes, um autor para cada aluno! E me peguei pensando sozinho: será que estes meus alunos teriam os quatro livros que tenho em minha estante, como munição para elaborar um recurso? E mais, teriam o instinto de ir naquele livro buscar um amparo para a sua discursiva? Não é que eu duvide da capacidade intelectual deles, mas é diferente você ter toda uma bibliografia ao alcance da sua mão, e já abrir o livro sabendo em qual parte você pode buscar um amparo para elaborar um recurso. Sim, o serviço tem valor!
Ainda, permita-me contar a história do concurso de ATI-MPOG, que possuía 300 vagas e tivemos apenas 169 aprovados antes dos recursos das discursivas. Muitos alunos precisavam alcançar o mínimo de 12 pontos, em 30 possíveis. E eu topei o desafio de ajudar esse pessoal. Sabe o que aconteceu? Confira:
Enfim, depois dessas experiências recentes, eu, que achava o serviço de elaboração de recurso para discursivas uma exploração, passei a enxergá-lo como uma ferramenta muito útil para o candidato. E, como é um serviço limitado, devido ao tempo disponível para sua realização, ele pode fazer a diferença para o candidato em seu resultado final.
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“Acredito que, como um advogado jamais deve representar a si mesmo num tribunal, um aluno jamais deveria recorrer de sua prova sem a ajuda de uma outra pessoa, porque corremos o risco de repetir o mesmo vício (erro) cometido.
Bom, como aluno e concurseiro, sei que nem sempre a banca é justa e nem sempre ela acata os recursos. Porém, receber um recurso tão bem feito e fundamentado me deixa bem feliz.” – Ricardo Pitta, aluno de recursos
Tenham um ótimo fim de semana!