Aprovada em 2° lugar no concurso TCM SP para o cargo de Auditor de Controle Externo - Letras (Língua Portuguesa)
Tribunais de Contas (TCU, TCE, TCM)“Sentir-se forte e capaz é o primeiro passo para alcançar o sucesso. Você não precisa ser perfeito; apenas determinado! Você não precisa ter uma inteligência diferenciada; apenas o firme propósito de vencer!”
Confira nossa entrevista com Gláucia Soares Ferreira Calvet, aprovada em 2° lugar no concurso TCM SP para o cargo de Auditor de Controle Externo – Letras – Língua Portuguesa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Gláucia Soares Ferreira Calvet: Meu nome é Gláucia Calvet, faço 45 anos em julho e sou do Rio de Janeiro, capital. Sou formada em Letras e Direito.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gláucia: Decidi estudar para concurso depois de alguns anos de frustração como professora. No Brasil, nem sempre conseguimos ter satisfação plena fazendo o que amamos — seja pela falta de valorização pessoal, seja pela baixa remuneração relativa à ocupação escolhida.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Gláucia: Eu atuava como professora, trabalho que demanda muita dedicação fora dos horários regulares de sala de aula. Além disso, não tinha funcionária fixa para me ajudar com a casa, e minha filha caçula tinha menos de um ano quando comecei (hoje está com dois anos e dez meses). Não foi fácil conciliar tantas diferentes atividades. Considero que três fatores tenham contribuído para meu bom desempenho. Em primeiro lugar, o apoio da família foi imprescindível para que eu pudesse, sempre que possível, me desincumbir de inúmeras tarefas. Além disso, o suporte de um material de qualidade, extremamente completo, e de professores competentes e dedicados fez toda a diferença na preparação. Por fim, acredito que não haja sucesso na área de concursos públicos (em curto ou médio prazo) sem uma boa dose de renúncia, sem sacrifícios de prazeres, amigos, vida social como um todo. É preciso estar disposto a pagar o preço.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando? Como conheceu o Estratégia Concursos? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Gláucia: Nunca tinha sido aprovada. Anos atrás, logo depois da faculdade de Direito, fiz uma prova para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, estado em que morava, e fiquei numa colocação que considerei muito boa, mas no cadastro de reserva, e nunca fui chamada. Logo em seguida, tive meu terceiro bebê e acabei deixando os concursos por anos a fio (12, para ser mais exata). De qualquer forma, antes eu não estudava de modo adequado. Perdia tempo demais sem conseguir avançar. Não fazia revisões recorrentes e sistemáticas.
Em 2021, surgiu a oportunidade de tentar uma vaga na CGU, órgão em que meu irmão trabalha. Ele é apaixonado pelo que faz e me estimulou muito a fazer a prova. Aproveitei uma promoção da Black Friday e me tornei aluna do Estratégia, seguindo a recomendação de um amigo.
Não consegui entrar para a CGU. Fiquei devastada! Passei o ano de 2022 praticamente sem estudar, sentindo pouca confiança em mim mesma e achando que o sacrifício à minha família não estava valendo a pena. Foi difícil retomar o rumo, mas pensei na minha motivação de melhorar a qualidade de vida da minha família. Voltei a estudar com afinco em janeiro de 2023 e fiz uma prova em Florianópolis (CGE/SC). Por uma só questão, não tive minha redação corrigida, mas percebi um progresso considerável. Em seguida, recebi a notícia da segunda colocação para auditora de controle externo do TCM/SP (Letras/Português). A prova havia sido em fevereiro.
Não pretendo continuar estudando porque sempre quis trabalhar com Língua Portuguesa, e concursos com boa remuneração nessa área são escassos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família? Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Gláucia: Tempos antes das provas, eu sacrifico os dias de semana e curto o que posso aos finais de semana (sem excessos). Geralmente, meu marido vai mais cedo aos eventos com a família, e eu chego ao final só para dar uma relaxada.
Faltando um mês para o certame, esqueço a vida! Estudo dez, doze horas por dia; o que conseguir! Na véspera, acompanho cada segundo do aulão de revisão e ainda capricho depois nos pontos que considero mais problemáticos.
Muita gente não gosta dessa estratégia e diz que se desgasta demais física e mentalmente. Para mim, funciona — até porque a adrenalina é tanta na hora da prova, que eu não sinto o cansaço. Nada me dá mais prazer que ver, na hora da prova, um conteúdo que aprendi ouvindo uma videoaula durante o banho, arrumando as malas para a viagem ou até esperando os portões se abrirem!
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Gláucia: Minha família acreditou mais na vitória do que eu mesma!
Meus pais falaram que me dariam suporte financeiro para eu pedir demissão e viver em função dos estudos. Em dezembro de 2022, parei de trabalhar. Em fevereiro de 2023, nos mudamos para uma cidadezinha do interior do Rio de Janeiro (Carmo) para diminuir os gastos. Eu tinha acabado de fazer a prova do TCM.
Quanto ao meu marido, sempre ia visitar amigos e parentes para passar o dia fora com a pequena e deixar a casa em silêncio. Para completar, enquanto nós dois trabalhávamos, os meus pais e os dele se revezavam para cuidar da nossa filha durante o dia, no contraturno da escola. Faziam o que podiam para que eu ganhasse tempo: mandavam comidinha, lavavam nossas roupas. Esses foram meus verdadeiros anjos da guarda! Nada teria conseguido sem sua ajuda! O apoio dos meus filhos mais velhos também foi fundamental.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina? Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Gláucia: Para o concurso do TCM especificamente, estudei durante um mês como se não houvesse amanhã.
O que fiz para manter a disciplina foi pensar que, quanto mais eu me dedicasse, menos anos de sacrifício eu imporia a mim e à minha família. Também fazia uso de energético ou café diariamente.
Estudava por PDF quando estava com a mente descansada (porque traz conteúdos completos e diretos) e, sempre que sentia que estava perdendo o foco, partia para as aulas em vídeo, que considero menos cansativas. Se a aula era on-line, eu ficava estudando outras coisas durante a primeira hora e depois ouvia em uma velocidade mais alta. Era a minha forma de sentir que estava ganhando tempo. Isso só não funcionava para as disciplinas que eu considerava mais pesadas. Aí evitava aumentar a velocidade.
Outra vantagem da videoaula (além da agilidade e da leveza) é que minha memória auditiva é melhor que a visual. Frequentemente, “ouço” as vozes dos professores na minha mente nos momentos de prova. Fixo a matéria com mais facilidade quando a escuto. Acho importante o candidato se conhecer e descobrir um caminho mais eficaz para atingir seus objetivos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente? Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Gláucia: Conheci um curso antes do Estratégia. Até tinha bons professores, mas o material não era tão completo e havia uma demora maior para as atualizações em relação às novas provas. Passei pouco tempo por lá.
Um diferencial do Estratégia é que ele atende a todo tipo de demanda: por materiais para longo, médio ou curto prazo; em áudio, vídeo, PDF ou questões; para estudos individuais, em grupos de Telegram ou mediante monitoria; e agora ainda conta com o Livro Digital Interativo.
Devo mencionar outro ponto que torna o curso ainda mais especial. Não gostaria de ser injusta com os inúmeros profissionais altamente preparados da empresa, como Adriana Figueiredo ou Nelma Fontana, mas o amor com que Herbert e Aline Almeida se entregam ao Estratégia e aos nossos sonhos é algo lindo de se ver; de fato, inspirador!
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Gláucia: Quando me preparei para o concurso da CGU, eu seguia a Trilha Estratégica. Depois, com algumas matérias já solidificadas, procurei estudar, às vésperas de cada prova, aquilo que ela tinha de diferente em relação à(s) anterior(es). É lógico que fazia isso, mas dentro de uma mesma área geral (controle — externo e interno).
Acho importante estudar várias matérias ao mesmo tempo — pelo menos, quatro — para estimular a memória.
Nos momentos de faxina ou outras atividades automatizadas, escutava videoaulas de conteúdos estudados anteriormente.
Enquanto ainda trabalhava fora, estudava umas quatro horas líquidas diárias durante a semana. Às vezes, nem isso. Quando parei de trabalhar, aumentei para um mínimo de dez horas diárias, mas faltava pouquíssimo tempo para a prova do TCM.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Gláucia: Cheguei a fazer muitos resumos no Anki, mas, como eu vivia premida pelo tempo, comecei a me angustiar, achando que precisava cobrir uma parte maior dos editais. Terminei perdendo a disciplina no uso da ferramenta. Em compensação, participava de todos os simulados e aulas de véspera que conseguia.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Gláucia: Não faço ideia de quantas questões fiz ao longo da preparação, mas certamente foi fundamental para o resultado obtido. Adorava os desafios postados pelo Herbert Almeida no Telegram!
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Gláucia: Uma matéria que, por muito tempo, considerei difícil foi auditoria governamental. Achava isso um absurdo, afinal, estava me preparando para ser auditora. Resolvi, então, “maratonar” as aulas do professor Guilherme Sant’Anna. Tive uma dedicação diferenciada a essa disciplina até “cair a ficha” e eu começar a enxergar os conteúdos com maior clareza.
Estratégia: Seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Gláucia: Só me preparei para as provas discursivas com uma aula do Rodolfo Gracioli (excelente, por sinal!). Não consegui fazer mais nada. Não deu tempo. Logicamente, não é isso que eu aconselho, mas cada um luta com as armas de que dispõe. Acho importante fazer redações, não deixar de escrever.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Gláucia: Meu principal acerto foi monitorar as disciplinas que me fariam perder mais rendimento e focar nos estudos para que elas deixassem de representar um ponto fraco na minha preparação. Nesse aspecto, é indispensável treinar: fazer questões (em geral) e simulados.
Exceção foi a decisão (acertada, a meu ver) de ter reduzido meu tempo de estudo acerca de Contabilidade Geral e Pública. Assisti a quatro aulas de Contabilidade Geral. Peguei os princípios básicos e algumas diretrizes. Quando vi que a matéria estava ficando difícil demais e exigiria de mim um tempo de dedicação que eu não tinha, resolvi deixar essas duas matérias de lado e aproveitar meu mês para ficar melhor em matérias que eu já conhecia. Valeu a pena, pois minha prova era voltada para a Língua Portuguesa, e acabei perdendo poucas questões. Foi um bom custo-benefício.
Meu principal erro foi ter dividido meus esforços entre a prova da CGE/SC e do TCM/SP. Havia muitas matérias distintas para serem recuperadas em um mês. É preciso saber recuar para alçar voos mais altos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gláucia: Parece clichê dizer que quem estuda da maneira correta e não desiste, um dia, consegue passar. No entanto, chega um momento em que a gente começa a sentir como se muito do que estudasse fosse uma revisão. Os conteúdos vão se tornando familiares, e a compreensão parece mais fácil. Sentir-se forte e capaz é o primeiro passo para alcançar o sucesso. Você não precisa ser perfeito; apenas determinado! Você não precisa ter uma inteligência diferenciada; apenas o firme propósito de vencer!