“Foco, perseverança, disciplina e disposição para fazer sacrifícios são componentes indispensáveis.”
Confira nossa entrevista com Diego Bruno Silva de Souza, aprovado em 1° lugar no concurso INSS para Técnico do Seguro Social – Rio de Janeiro (RJ):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Diego Bruno Silva de Souza: Sou formado em Geografia pela UERJ, tenho 31 anos e nasci na cidade do Rio de Janeiro, onde continuo morando.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Diego: A possibilidade de ter um trabalho com boa remuneração e principalmente com estabilidade, conjunção de “vantagens” que considero ser quase impossível de ser alcançada atualmente na iniciativa privada.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Diego: Fui aprovado no concurso do IBGE, em 2016, para o cargo temporário de Agente de Pesquisa e Mapeamento, por volta da posição 160. Cumpri lá os 3 anos de contrato, período máximo permitido pela Constituição. Minha aprovação seguinte foi no concurso da Guarda Municipal de Niterói de 2019, por volta da posição 100. Passei também para o Cadastro de Reserva do concurso do TJ-RJ de 2021, cargo de Técnico Judiário, e para o Cadastro de Reserva do concurso do Colégio Pedro II de 2022, cargo de Auxiliar Administrativo.
Não só pretendo continuar, como já retomei os estudos visando ao próximo concurso do TSE.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Diego: Nos primeiros dois meses, reservava o domingo para descansar e, normalmente, aproveitava para fazer passeios leves, preferencialmente diurnos e sem o consumo de bebidas alcoólicas. Já no mês e meio final de preparação, abri mão de qualquer atividade que pudesse ser adiada para depois da prova, incluindo os eventos sociais.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Diego: Em relação a família, com certeza. Quanto aos amigos, na sua maioria também houve compreensão e apoio, mas alguns outros chegaram a dizer que o meu “sumiço” era uma medida exagerada.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Diego: Foram 3 meses e meio focado especificamente para esse concurso.
Dei um tempo em redes sociais, desinstalei e guardei o vídeo game, passei a dormir e acordar mais cedo e cancelei ou adiei a grande maioria dos compromissos que pudessem me prender por mais de duas horas seguidas fora de casa.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Diego: Utilizei majoritariamente o material em PDF para otimizar o tempo de estudo. Já as videoaulas eu assistia para tirar dúvidas específicas que eu não conseguia esclarecer somente por meio da leitura.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Diego: Conheci por indicação de colegas concurseiros.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Diego: Com certeza. A didática dos professores, tanto no material em PDF quanto nas videoaulas, foi, sem dúvidas, um ponto chave na minha preparação. Gostei muito também das rodadas avançadas de simulado que, para mim, estavam, em termos de dificuldade, em um nível acima da própria prova.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Diego: Direito Previdenciário era a única matéria a qual eu estudava, bem dizer, todo dia. As outras matérias eu estudava pelo menos duas vezes na semana, a exceção de informática, a qual só comecei a estudar, de fato, nas últimas semanas anteriores à prova.
Não consegui, por diversos motivos, manter uma quantidade fixa de horas líquidas de estudo por dia. Apesar disso, creio que alcancei uma média em torno de 6 a 8 horas líquidas diárias de estudo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Diego: Baseei minha revisão nas minhas anotações, que eram basicamente conceitos em formato de tópicos e esquemas, utilizando o mínimo de palavras, além dos simulados e das questões comentadas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Diego: Foi essencial, especialmente como revisão e fixação daquilo que eu havia visto ao longo do dia no conteúdo teórico.
Resolvi algo em torno de 30 mil questões durante a preparação, sendo que ao menos metade deste quantitativo foi apenas da banca Cebraspe.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Diego: No início da preparação, tive certa dificuldade com Direito Previdenciário por ser uma matéria inédita pra mim e pela quantidade de regrinhas específicas em cada tópico, mas quando entendi os conceitos mais gerais, lendo bastante, tanto os PDFs quanto a lei seca, começou a fluir de forma bem tranquila. Já em relação a Informática, optei por abrir mão da parte teórica e estudei, basicamente, através de questões cobradas pela banca Cebraspe nos últimos anos em seus concursos.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Diego: Na última semana de preparação, intensifiquei o ritmo de resolução de questões, simulados e provas pretéritas da banca. Enquanto que no último dia antes da prova, priorizei relaxar a mente e o corpo, assim apenas revisei meus esquemas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Diego: Acho que errei, durante um bom tempo, por ter priorizado a quantidade de tempo em detrimento da qualidade do material e da metodologia de estudo. Creio ter pecado um pouco na gestão do meu tempo livre também.
Meu principal acerto, acho que foi, justamente, ter aprendido com meus erros, além, é claro, de nunca ter desistido do meu grande objetivo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Diego: Sim. Depois de alguns resultados abaixo do que imaginava, fiquei bem desanimado. Tirei um tempo para refletir durante uma breve viagem e percebi que não era o momento para desistir de algo pelo qual eu estava lutando a tanto tempo e fazendo inúmeros sacrifícios. Lembrei também das palavras de incentivo e de orientação que sempre ouvi dos meus familiares, especialmente do meu falecido tio Lúcio, que fazia questão de acompanhar de muito perto toda a minha trajetória como estudante, do Jardim de Infância até o final da faculdade. Além disso, me inspirei também em alguns amigos que haviam trabalhado comigo no IBGE e já haviam sido aprovados em outros concursos para cargos efetivos. Pouco mais de um mês depois desta citada viagem, foi anunciado que o edital do INSS estava pra sair e o resto é história.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Diego: Quem traçou esse objetivo deve entender que terá que se preparar para uma jornada, via de regra, longa e cheia de obstáculos. Foco, perseverança, disciplina e disposição para fazer sacrifícios são componentes indispensáveis. Procurem controlar a ansiedade e o nervosismo. Quanto mais pressão colocarem em si mesmos, menores serão suas chances de aprovação. Se organizem bem, administrem corretamente seu tempo livre, conheçam as bancas e, principalmente, não desanimem ou se desesperem se os resultados que vocês esperam não aparecerem logo nas primeiras tentativas, pois cada uma delas será mais um degrau a te levar a realização do teu grande sonho. Persistam, sempre!