“O importante é ter em mente o porquê começamos a estudar e sempre, sempre se imaginar aprovado, assinando termo de posse, fazendo feliz quem se ama. Imaginar que basta uma prova e sua vida será totalmente transformada para melhor.”

Confira nossa entrevista com Natan Thalles Amado Rodrigues, aprovado em 7° lugar no concurso INSS para Técnico do Seguro Social – Belo Horizonte (MG):

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Natan Thalles Amado Rodrigues: Meu nome é Natan e curso a faculdade de Ciências do Estado, na Universidade Federal de Minas Gerais, na cidade de Belo Horizonte, minha cidade natal. Tenho 23 anos e me formo ano que vem.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Natan: Comecei a estudar para concursos por uma sugestão muito simpática de um primo policial, que viu em mim muito potencial. Além disso, a boa remuneração dos cargos públicos e o desemprego frequentemente à espreita no Brasil se juntaram àquela sugestão e me colocaram nesse rumo de concursos.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

Natan: Não trabalhava, mas fazia faculdade; portanto, tive que conciliar o estudo formal com o estudo para concurso. Nesse ponto, minha estratégia, para não prejudicar o estudo para concurso, era estudar apenas o essencial e pontualmente o assunto que ia cair na prova na faculdade. Aproveitava também a sala de informática para fazer questões e assistir a aulas.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Natan: Antes do concurso do INSS tinha prestado apenas um concurso, para Técnico em Administração, mas o tempo estreito de dedicação me deixou fora das vagas (fiquei em 37°).

Sim, pretendo continuar estudando para concurso. Não descarto a possibilidade de prestar eventual concurso para analista do INSS, por exemplo.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Natan: Durante toda a minha preparação, rejeitei todos ou quase todos os eventos sociais e familiares, inclusive um almoço em comemoração ao aniversário da minha mãe – tendo em vista que a prova ocorreria no mesmo mês. Se eu tivesse feito diferente, talvez o resultado fosse o mesmo: mas eu acredito que o foco e a disciplina nos conduzem naturalmente para um tipo de exílio e, no fim das contas, tudo termina bem. Basta acreditarmos que tudo é um momento.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

Natan: Sim, minha família apoiou: financeiramente (como pagando para mim o curso do Estratégia), emocionalmente (confiando na minha capacidade) e me eximindo de obrigações (como faxinar a casa etc.)

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Natan: De 1 de fevereiro de 2022 até o dia da prova, 27 de novembro de 2022. Antes da autorização, ritmo lento; após autorização e antes do edital, bom ritmo; após edital, ritmo acelerado.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Natan: Comprei o curso regular do Estratégia. Assisti a todas as videoaulas, dando prioridade mais para elas do que para os PDFs – isso em todas as matérias. Fiz muitas, mas muitas questões, inclusive de um site de questões à parte, e questões acompanhadas no Youtube. Mas fundamentalmente foi o curso regular do Estratégia, com seus professores, com os novos conteúdos acrescidos progressivamente nos últimos dias, a ferramenta principal para o meu bom desempenho.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Natan: O Estratégia aparece em toda parte (risos), portanto não sei se foi por meio de publicidade e propaganda ou uma busca no Google.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?

Natan: Não conheci “de perto” outros cursinhos. Mas a estatística de aprovados do Estratégia me seduziu rapidamente.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?

Natan: Um dentre tantos diferenciais que posso apontar é a quantidade de aulas extras para além do básico, como por exemplo: “10 assuntos que vão cair na sua prova”, que a profa. Adriana Figueiredo postou aos poucos na sua disciplina. Esse tipo de curso é capaz de resumir todo o conteúdo de maneira muito inteligente, com foco na banca.

Outro diferencial é a insistência dos professores em pontos fundamentais e a paciência com assuntos complicados. Por exemplo, professor Brunno, de Raciocínio Lógico, fez sua matéria parecer mais fácil e leve.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Natan: No começo, eu estudei uma matéria de cada vez. Comecei por Direito Previdenciário e só após conhecer todo o seu conteúdo é que passei adiante. Em termos de tempo/horas, acordava em média às 8, 9 e ia até 22, 23 quando não tinha aula na faculdade. Quando tinha faculdade, eu aproveita o tempo no ônibus, o que me permitia recuperar muito tempo de estudo.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

Natan: Eu anotava pontos essenciais de cada disciplina no papel. Colocava no papel porque, pra mim, é mais fácil procrastinar revisões quando estão salvas no computador. No papel, fica mais à mão. E o ato de escrever, pra mim, permite uma fixação maior do que a digitalização.

Eu não criei um intervalo muito metódico para revisar; voltava aos pontos básicos quando sentia que algo podia ter fugido da memória. E quando o custo-benefício de decorar era alto, como os princípios da seguridade social, por exemplo, decorava até conseguir citá-los de cor.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Natan: A resolução de exercícios divide importância crucial com a apreensão do conteúdo, seja por leitura ou videoaula. Apenas fazer resolução corta a visão do todo; apenas ler e guardar na cabeça, não permite fixação, durabilidade e praticidade na hora de enfrentar um simulado, por exemplo.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Natan: O Raciocínio lógico era meu vilão, mas as aulas do professor Brunno atenuaram meu medo e me mostraram que, pelo menos para essa prova, o conteúdo não é difícil, denso. Mas o segredo, nesse caso, é fazer questões e não deixar para estudar depois; é bom dar algum tipo de prioridade, para acostumar, para azeitar.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Natan: Quando saiu o edital, meu ritmo foi intenso. Na última semana, só houve um agravamento dessa intensidade, focando mais em questões e em pontos menos comentados. Queria ter tudo fresco na cabeça. Dei uma passeada no YouTube também, porque é bom ter ouvir a perspectiva de pessoas variadas sobre o que pode cair na prova.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Natan: Meu principal erro foi não ter feito mais questões de Raciocínio lógico e Informática. Não fui mal nessas disciplinas, mas o examinador poderia ter sido mais esperto e ter me deixado contra a parede. Assim como Direito Previdenciário deve ser priorizado por ser o mais importante aqui, as disciplinas que temos dificuldade (no meu caso, matemática) devem ter uma atenção diária, antecipada, prolongada, ainda que ocupe pouco espaço no quadro geral de questões.

Outro erro foi o “medo bobo” de não fazer simulado com mais frequência. Deixei pra fazer nas últimas semanas; e como o tempo era curto, acabei fazendo no máximo 3.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Natan: A partir do momento que tomei a decisão por esse concurso, não me lembro de ter pensado em desistir. Quando organizamos nossa rotina para nos dedicarmos só a isso, não passa muito pela cabeça jogar a toalha. Mas há dias mais difíceis, de desânimo. Mas o importante é ter em mente o porquê começamos a estudar e sempre, sempre se imaginar aprovado, assinando termo de posse, fazendo feliz quem se ama. Imaginar que basta uma prova e sua vida será totalmente transformada para melhor. É insistir nesse sonho, ouvir músicas e pensar em pessoas que te façam levantar da cama.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Natan: Organize sua rotina. Por exemplo, acordar cedo (se possível, fazer uma caminhada que te desperte) e começar a estudar, não interessa se antes ou depois do café – talvez um médico tenha uma opinião especializada.

Outra coisa interessante é você fazer terapia (claro, se possível). Porque isso pode te deixar emocionalmente preparado, te dar tranquilidade, autoconfiança. Suponhamos que você se sinta culpado por algo (como “nossa, eu não trabalho, sou sustentado pelos meus pais”), uma orientação profissional pode te fazer enxergar as nuances da sua situação, te dar outra perspectiva.

Sugiro também que você se informe acerca do órgão, do cargo para o qual você prestará o concurso. Ouça feedbacks de servidores que trabalham lá. Leia editais anteriores, se aproprie de pontos fundamentais que envolve trabalhar em tal ou qual órgão e cargo. Isso é bom pra que você não estude aleatoriamente e para que você se motive. Trate cada concurso que prestará como um “sonho” e não de qualquer jeito.