“Acredite, lute, não desista, vá em busca daquilo que você sonha. Dentro do possível adquira materiais de qualidade, focados em concurso público. Cerque-se de outros concurseiros, pois quem não está no mesmo propósito não conhece sua luta e concurseiros juntos geram sinergia.”
Confira a nossa entrevista com Rigoney Saraiva Amorim, aprovado em 01° no concurso DPE AM para Analista Jurídico de Defensoria – Especialidade: Ciências Jurídicas – Careiro da Várzea:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rigoney Saraiva Amorim: Olá, meu nome é Rigoney Saraiva Amorim, sou amazonense, nascido em Manaus, tenho 40 anos, casado, pai de duas meninas e um menino (a caminho). Sou formado em Administração de Empresas e em Direito. Atualmente sou advogado desde o final de 2017, estudando pra concurso desde junho de 2021, ou seja, há pouco mais de 1 ano e 4 meses.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rigoney: Quando eu saí da faculdade de direito em 2017, fui convidado a ser sócio em um escritório de Advocacia de um amigo que já advogava havia 8 anos. Lá pude aprender a prática da advocacia além de consolidar as teorias do direito que estudara na faculdade. Nessa época eu cheguei a fazer prova pra residente jurídico da Defensoria Pública, fui aprovado, e convocado, mas como àquelas alturas eu já estava fazendo algum dinheiro na advocacia, resolvi ficar onde estava.
Até que, em 2020 chegou a pandemia de Coronavírus e tivemos, todos, que fazer isolamento social. Fechamos momentaneamente o escritório e nos mantivemos trabalhando em casa, no melhor estilo home office. E foi assim até meados de 2021 quando eu e meu sócio decidimos destituir a sociedade de advogados e cada um passou a atuar individualmente.
Como eu havia construído uma excelente carteira de clientes e com muitas ações em curso, além de honorários razoáveis, pendentes de recebimento, decidi que era hora de ir em busca do sonho do concurso público, com o qual eu já flertava há algum tempo, mas como o escritório me exigia muito, não era possível conciliar com os estudos. Pelo menos era no que eu acreditava.
E assim, em meados de junho de 2021, comecei a estudar forte para concursos e deixei a advocacia em segundo plano, fazendo algumas audiências de vez em quando, pegando poucos casos novos aqui e ali e cuidando dos processos já em curso.
Aproveitei que havia um edital aberto do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, para mergulhar de cabeça nessa fase de concurseiro. Esse foi o Start.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rigoney: Até junho de 2021 eu só estudava o que era necessário ao meu trabalho como advogado, pesquisando jurisprudência para os casos nos quais eu atuava, sem aprofundamento doutrinário. Quando decidi estudar pra valer, após minha saída da sociedade de advogados, o estudo passou a ser minha ocupação principal e a advocacia a minha ocupação secundária.
A prioridade era estudar, mas toda semana tinha alguma audiência, prazos processuais para cumprir, etc. Penso que no segundo semestre de 2021 fiquei mais ou menos meio período dedicado à advocacia e meio período dedicado aos Estudos. Já em 2022, o trabalho da advocacia diminuiu bastante e fiquei praticamente integralmente dedicado aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rigoney: Depois que decidi estudar pra valer para concursos públicos tive a sorte de ver uma chuva de editais aqui no meu Estado. TCE, PC AM, SEFAZ, SSP/AM, SEMSA-Manaus, dentre outros foram surgindo quase que ao mesmo tempo.
Eu me inscrevi no máximo deles que pude e acabei conseguindo algumas aprovações como: 5º – Assistente Administrativo Detran/AM, 11º Analista Jurídico DPE/AM Manicoré, 13º – Assistente Procuratorial PGE/AM, 19º Administrador Detran/AM; 68º – Advogado Semsa/Manaus, e agora em 1º Lugar como Analista Jurídico de Defensoria DPE/AM – Careiro da Várzea.
Pretendo e vou continuar estudando sim, agora com foco em concursos fora do Estado do Amazonas já tendo provas marcadas nos estados do Pará, Rondônia e Bahia, até o momento.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rigoney: Em relação à vida social não alterei muito minha rotina. Continuei indo à Igreja aos finais de semana, fazendo os passeios em família e até mesmo viagens de férias. Sou cristão, não fumo e nem bebo.
Acredito que manter a vida social, claro, de forma regrada, é fundamental para você manter o ritmo e a constância nos estudos. Pois o estudo para concursos nos exige muito em todos os aspectos e a vida social, para mim, faz parte do equilíbrio necessário que se deve ter.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rigoney: Sem dúvida, minha esposa e minhas filhas foram fundamentais nessa caminhada até aqui. Sempre respeitando minhas horas fechado no escritório e distante delas. Elas compraram o projeto junto comigo e essa vitória também é delas.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rigoney: Como eu falei anteriormente, vários editais abriram quase que ao mesmo tempo aqui no meu estado e com datas de provas muito próximas umas das outras. Isso dificultou muito a preparação, haja vista que existiam algumas matérias distintas entre esses concursos.
Mas, tentando mensurar um tempo médio de preparação específica e direcionada para essa prova eu diria que foi de 2 ou 3 meses. Para manter a disciplina é importante você ter em mente o porquê de você estar estudando. Assim, diariamente eu fazia minhas orações e meditava um pouco sobre as razões do projeto de estudos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Rigoney: Antes de conhecer o Estratégia Concursos e, especialmente na preparação para a prova da OAB, eu gostava muito de assistir videoaulas. Mas depois de conhecê-los passei a me dedicar mais à leitura dos PDFs e à resolução de questões do próprio PDF, seguidas das resoluções de questões em vídeo quarentena de questões.
Na leitura dos PDFs consigo avançar com mais velocidade nos conteúdos e deixo as videoaulas somente para disciplinas mais complicadas como RLM e Língua Português.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rigoney: Conheci o Estratégia concursos através de um amigo que já estuda pra concursos há algum tempo. Ele me mostrou o PDF e algumas aulas em vídeo da Aba “Cursos Exclusivos”. Gostei tanto que fiz logo a assinatura vitalícia, rsrs.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Rigoney: Estudei com outros materiais quando fiz a prova da OAB em 2016. Estudava basicamente por videoaulas. Confesso que gosto e tenho facilidade, como todo mundo, de aprender por vídeo, mas o problema é que se avança muito devagar pelos conteúdos.
Também há o fato de que em videoaula é praticamente impossível colocar todo o conteúdo que é possível encontrar em PDFs como os do Estratégia. Ou seja, estudar apenas por videoaulas leva muito tempo e deixa muitos buracos na preparação.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Rigoney: Em 2016/2017 quando me preparava pra prova da OAB, ainda na faculdade de direito cheguei a fazer o concurso do TRT da 11ª Região AM/RR. Naquela oportunidade cheguei a fazer um curso presencial, que fora bem curto e superficial. Os resultados não ocorreram.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rigoney: A grande diferença é que o material do Estratégia é muito focado e preparado no nível do concurso que você vai enfrentar. Os PDFs são completos, com doutrina, jurisprudência, trechos da lei seca e muitas questões comentadas. Não tem como não aprender.
Tem também os cursos exclusivos em vídeo, com quarentena de questões de todas as disciplinas e separadas por banca. Sensacional. O site possui outras ferramentas brilhantes, mas não consegui nem dar conta só dessas duas (PDFs e Cursos Exclusivos “Quarentena de Questões”);
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Rigoney: Sobre o plano de estudos, assim como a maioria dos concurseiros nós vamos nos descobrindo durante o processo. Depois de alguns testes passei a utilizar o ciclo de estudos. Estudava em média 3 matérias por dia.
Colocava todas as matérias do concurso dentro do ciclo de estudos, mas fazia a distribuição de tempo de acordo com meu nível de conhecimento na matéria e da importância desta na prova. Meu tempo de estudo diário variava de 3 a 5 horas.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Rigoney: Durante meu estudo regular da matéria eu ia produzindo fichamentos (ficha 4×6), que eu também chamava de flash cards. De tempos em tempos eu ficava revisando esses flashs cards, principalmente na semana que antecede a prova. Não fazia resumos, exceto anotações (esquemas de aula) decorrentes de aulas em vídeo, quando as assistia.
Sobre os simulados é algo que eu utilizo talvez um pouco diferente da maioria dos concurseiros. Ao invés de simular 60/80 questões envolvendo todas as matérias da prova eu utilizo o que eu chamo de mini simulados, composto de 15 ou 20 questões envolvendo 2 ou 3 matérias de uma só vez, utilizando para isso, um site de sistema de questões. Meu objetivo nesses mini simulados é identificar pontos da matéria que preciso cobrir ou revisar.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rigoney: Eu utilizo a resolução de exercícios tanto na etapa de fixação da matéria, ou seja, após o estudo ou no dia seguinte, quanto na etapa de revisão/recordação. Fazer questões é fundamental, pois nela você pode identificar os pontos mais cobrados da matéria e de que forma as bancas cobram aquele conteúdo.
Sobre a quantidade de questões resolvidas, não tenho o número exato, mas considerando que ao final de cada PDF tem pelo menos 50 questões comentadas, já devo ter respondido mais de 5mil questões.
Estratégia: Em quais disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rigoney: Pra esse concurso da defensoria pública me assustei um pouco com a disciplina de Direitos Humanos, que além de possuir um conteúdo programático enorme era uma disciplina com a qual eu tivera pouquíssimo contato.
Como não havia muito tempo para uma preparação aprofundada fui buscar na internet videoaulas de revisão de véspera e também me socorri dos vídeos de quarentena de questões na Aba “Cursos Exclusivos” do Estratégia.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rigoney: A semana da prova é sempre muito tensa. Vem aquela sensação de que ainda há muito a aprender, muito a revisar e pouco conhecimento consolidado. Na semana da prova eu procuro estudar mais horas que o normal, intercalando, revisão, resolução de questões e aprendizado de assuntos importantes.
No dia da prova também procuro acordar cedo, quando a prova é na parte da tarde, tentando estudar e revisar o máximo possível até o momento de entrar na sala de provas.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rigoney: Sim, houve prova discursiva e é sempre um pavor, pois existe uma quantidade enorme de assuntos que podem ser cobrados na prova discursiva. Em especial numa prova de defensoria pública, cujo ramo de atuação é enorme.
A preparação pra prova discursiva correu em paralelo com a preparação regular. O que houve da minha parte foi tentar identificar eventuais temas ou áreas do direito em que essa cobrança poderia vir e a partir disso, intensificar os estudos desses temas/áreas.
Por exemplo, com enfoque em direito de família, alimentos, divórcio, guarda, direitos humanos, etc. Um conselho, é pesquisar e responder provas discursivas anteriores da mesma banca e de preferência mesmo cargo em concursos anteriores.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rigoney: Meus principais erros foram não ter começado antes, ter tido medo, não ter acreditado que era possível. Os principais erros vêm das crenças limitantes. Depois que você se livra delas o céu é o limite.
Sobre os acertos, acredito que a decisão de estudar foi correta, havia um cenário pessoal que precisava ser mudado, acertei em acreditar que era possível e buscar a disciplina necessária para alcançar esse objetivo.
Acertei em investir em materiais de estudo de qualidade e também em aprender como extrair o máximo desses materiais e do tempo disponível para o estudo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rigoney: A vontade de desistir e o cansaço batem à porta a todo instante. Mas todos os dias precisamos lembrar das razões desse projeto de estudo. Precisamos refletir sempre sobre: onde estamos e aonde queremos chegar, quais sonhos, quais desejos e quais metas queremos conquistar.
Isso é intrínseco, é uma tarefa individual que nos mesmos precisamos fazer diariamente. É fundamental também você acreditar que é possível e que você pode e vai chegar lá. Ter fé e confiança em si e no projeto.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rigoney: Acredite, lute, não desista, vá em busca daquilo que você sonha. Dentro do possível adquira materiais de qualidade, focados em concurso público. Cerque-se de outros concurseiros, pois quem não está no mesmo propósito não conhece sua luta e concurseiros juntos geram sinergia. Procure formar uma boa base de estudos, o resto vem mais fácil depois que a base está formada.
Por fim, gostaria de deixar uma frase que eu gosto muito e sei que também pode ajudar você concurseiro: “Se Deus te mostrou algo, é porque ele que te dar”.