Aprovada em 3° lugar no concurso TJRS para o cargo de Oficial de Justiça Estadual
Tribunais“O Estratégia foi indispensável para minha preparação. Eu, que nunca havia estudado para concursos, encontrei tudo que precisava nos materiais, que traziam a matéria de forma clara e na medida certa para conseguir ser aprovada”
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Confira nossa entrevista com Júlia Ruschel Träsel, aprovada em 3° lugar no concurso TJRS para o cargo de Oficial de Justiça Estadual:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Há quanto tempo se formou em Direito? Qual sua idade e cidade natal?
Júlia Ruschel Träsel: Sou formada em Direito pela UFRGS desde o início de 2020, que foi quando iniciei meus estudos para concurso. Completei 27 anos nessa semana e sou natural de Lajeado/RS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Escolheu seu curso superior já pensando em fazer concurso ou chegou a advogar?
Júlia: Desde a época do colégio, meu objetivo é ingressar em uma carreira jurídica no setor público. Não sei o motivo exato, mas desde muito pequena coloquei na cabeça que queria ser juíza. Assim, entrei na faculdade com essa meta e, embora atualmente seja advogada, seguir na carreira nunca foi minha intenção.
Estratégia: Sempre fez concursos na sua área de formação?
Júlia: Na verdade, o concurso de Oficial de Justiça do TJRS foi meu primeiro concurso da vida.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Júlia: Quando saí da faculdade, comecei a advogar de forma pontual e estudar para concursos ao mesmo tempo. Posteriormente, fui nomeada para um cargo em comissão como assessora no TJRS. Em dezembro de 2021, saí do meu emprego para voltar a focar nos estudos em tempo praticamente integral, porque meu objetivo sempre foi ser concursada e eu não estava dando conta do trabalho e do estudo para concurso, então eu tinha o privilégio de ter o dia inteiro para estudar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Júlia: Conforme já mencionado, esse foi meu primeiro concurso, mas com certeza continuarei estudando! No momento, estou estudando para o concurso de analista processual da DPE-RS, que deve sair a qualquer momento.
Quanto aos planos futuros, sempre tive o desejo de ser juíza, mas refleti muito, nos últimos tempos, sobre a minha vida e sobre o que quero para ela e, apesar de ainda não ter “batido o martelo”, estou bastante inclinada para a carreira de delegada.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Júlia: Comecei a estudar para concursos logo após a minha formatura, no início de 2020, e logo escolhi o concurso de Oficial de Justiça Estadual do TJRS porque havia boatos de que o edital sairia em breve – no fim, acabou demorando bastante. Nesse período, tive um momento relativamente longo de pausa, em que parei de estudar completamente. Considerando essa parada, meu estudo para o concurso durou cerca de um ano e meio. Eu sempre fui estudiosa e acredito que o segredo da minha disciplina era – e ainda é – encarar o estudo como um trabalho qualquer. Eu tinha horário e metas a cumprir, então não pensava muito sobre o que estava fazendo – sentava, abria meu material e estudava, porque era a minha tarefa naquele momento.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Júlia: Na minha preparação pré-edital, eu utilizava bastante as videoaulas e os PDFs completos, mas, como o cargo de Oficial de Justiça era de nível médio e foi alterado para nível superior, o novo edital veio com extensas modificações em comparação ao anterior. Desse modo, no pós-edital, tive que optar exclusivamente pelos PDFs, caso contrário não venceria a matéria. Nesse período, eu utilizei os simplificados, que traziam o conteúdo de forma mais concisa, sem perder a qualidade dos PDFs completos, e foram essenciais para que eu vencesse o edital. Também sempre fiz muitas questões e li a lei seca.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Júlia: No início da minha preparação, eu pesquisei muito sobre possíveis cursinhos e tive boas recomendações do Estratégia, pois amigos próximos haviam utilizado o curso e atingido excelentes resultados em seus respectivos certames. Além disso, a questão da assinatura me agradou muito, pois eu não tinha absoluta certeza de qual concurso faria e a ideia de poder trocar de curso, sem custo adicional, foi essencial.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Júlia: O Estratégia foi indispensável para minha preparação. Eu, que nunca havia estudado para concursos, encontrei tudo que precisava nos materiais, que traziam a matéria de forma clara e na medida certa para conseguir ser aprovada. Os PDFs são completos e trazem exatamente aquilo de que precisamos para as provas atuais, que cada vez mais exigem um nível de aprofundamento maior.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Júlia: Eu nunca consegui me organizar direito com essa questão de estudar diversas matérias diferentes em um dia, sem finalizar os tópicos. Assim, eu criei uma ordem de estudo das matérias (exemplo: Direito Civil – Direito Administrativo – Português) e, sempre que terminava um PDF, passava para a próxima matéria. Foi o jeito que melhor funcionou para mim.
Eu sempre utilizei a Técnica Pomodoro: estudar 50 minutos, descansar 10 minutos. Nesse período, depois de sair do meu emprego com quase o dia inteiro disponível, que durou cerca de meio ano, eu fazia 6 a 10 ciclos desses diariamente, dependendo das demais tarefas que eu tivesse.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Júlia: Eu sempre fiz muitas questões, tanto as trazidas pelos PDFs como as realizadas em sites de questões. É impossível se preparar e revisar a matéria sem isso. Também fiz simulados, mas com uma frequência menor do que acredito que seria ideal. Além disso, utilizava mapas mentais para revisar. Minha revisão, nos últimos 45 dias antes da prova, foi basicamente ler os mapas mentais e, depois, fazer questões sobre. Nunca fiz um resumo na vida e sou um desastre nisso, porque acho que tudo é importante. Para mim, pessoalmente, não funciona.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Júlia: A importância é gigante! Para testar nossos conhecimentos e entender como o examinador cobra aquela matéria que, às vezes, parece tão abstrata, é fundamental fazer muitos exercícios. Eu não fiquei um dia sem fazer questões. De acordo com o site de questões, fiz mais de 5 mil. Contudo, considerando que sempre fiz todas as questões dos PDFs, acredito que, na verdade, tenham sido mais de 10 mil.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Júlia: Eu continuei realizando minhas revisões, mas em um ritmo menos acelerado porque não estava aguentando mais o ritmo intenso de pós-edital. Também assisti às aulas de véspera que foram disponibilizadas para o concurso e acredito que elas me ajudaram muito, pois refrescaram pontos importantes na minha memória de uma forma bem mais leve.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Júlia: Acho que meu principal acerto foi escolher um concurso específico e focar totalmente nele. Eu observo que, atualmente, é preciso ter excelentes resultados para ter real chance de nomeação nos certames, porque elas estão cada vez mais escassas. Estudar para várias provas, muitas vezes com conteúdos diferentes, embora possa resultar em diversas aprovações, dificilmente garantirá nomeação.
Meu principal erro foi ter demorado muito para encontrar um método de revisão que funcionava para mim e ter, durante bastante tempo, ignorado as revisões.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Júlia: Eu ainda me considero muito novata no mundo dos concursos para dar conselhos, mas acho que o principal seria não ficar pulando de galho em galho. Escolha uma área e foque nela. Além disso, não tente se encaixar em um modelo “perfeito” de concurseiro, porque isso não existe. O que funcionou para mim talvez não funcione para outra pessoa. Precisamos reconhecer nossos méritos e falhas e adequar o método de estudo a eles, aprendendo o que dá certo para nós.