Aprovado em 20° lugar no concurso PP-DF para Agente de Segurança Penitenciário
Policial (Agente Penitenciário)“A decisão pelas carreiras policiais vem do fato de que desde muito jovem, sempre fui aficionado pelo exército, forças policiais, investigações, armas, etc. e percebi que era hora de lutar por algo que sempre esteve nos meus pensamentos, nas minhas conversas, mas que nunca havia lutado para realizar.”
Confira a nossa entrevista com André Campos Marques, aprovado em 20° lugar no concurso PP-DF para Agente de Segurança Penitenciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
André Campos Marques: Direito, 40 anos, Brasília – DF.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
André: Advoguei por quase 8 anos, muitos desses anos foram na área criminal. Apesar de ter colhido muitos frutos com a advocacia, não me sentia feliz nem realizado, muito menos com estabilidade financeira.
No ano de 2018, depois de pensar muito e conversar com minha família, decidi fechar o ciclo da advocacia e iniciar um novo desafio que seria reaprender a estudar, deixar amizades e saídas de lado e conquistar uma vaga no serviço público.
A decisão pelas carreiras policiais vem do fato de que desde muito jovem, sempre fui aficionado pelo exército, forças policiais, investigações, armas, etc. e percebi que era hora de lutar por algo que sempre esteve nos meus pensamentos, nas minhas conversas, mas que nunca havia lutado para realizar.
Por muitas vezes me vi contando as realizações e feitos de amigos policiais/militares e percebi que precisava ter as minhas histórias e os meus feitos para contar. Foi aí que decidi que área policial era o meu foco.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
André: Só estudava, entreguei minha parte da sociedade do escritório de advocacia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
André: 2019 – PPGO (regionalizado Formosa) 132º (Excedente)
2021 – DEPEN Federal 745º (Cadastro de Reserva)
2022 – PPMG (aprovado na objetiva com 81 pontos)
2022 – TJDFT técnico (aprovado, mas não classificado com 41 pontos)
2022 – PPDF 20º (Dentro das vagas)
Com a aprovação na PPDF, uma coisa é certa: não faço mais concursos para fora de Brasília. O único concurso que hoje me atrairia é o de Delegado da PCDF.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
André: Em março de 2018, quando assumi o compromisso com meus pais de parar de trabalhar e voltar a estudar, me comprometi a dar o máximo de mim. Nesse momento, “perdi” meus amigos e minha vida social. Meu ciclo social ficou extremamente restrito e pequeno.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
André: Sou solteiro, não tenho filhos.
Recebi todo apoio dos meus pais; minha mãe é servidora pública, meus tios são servidores públicos, tenho 3 irmãos servidores públicos e meu pai foi servidor público. Quando decidi trilhar esse caminho, meus pais me deram todo o apoio emocional e financeiro.
Meus amigos entenderam e apoiaram, mas o tempo e a falta de contato acabou por distanciar muitos deles.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
André: Durante o caminho, nunca parei de estudar, quando saiu o edital da PPDF peguei as matérias inerentes a ele e foquei com tudo por 3 meses.
A disciplina vem com o tempo. É montar um bom cronograma de estudos e todo dia fazer o que tem que ser feito, sem reclamar, sem pestanejar, sem deixar para amanhã. O melhor remédio para isso é abrir sua conta bancária e olhar seu saldo zero, rs. Fora isso, a meditação diária antes de iniciar os estudos ajudava demais a controlar a ansiedade.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
André: Os materiais que usei foram os PDF’s do Estratégia; prefiro leitura a vídeos, contudo, somente para Raciocínio lógico, usei as aulas em vídeo com o professor Brunno Lima (um mestre do ensino). Além disso, muita lei seca.
As ferramentas que utilizo são:
Excel – onde faço todo o meu controle e ciclo de estudos
ANKI – ferramenta de flashcards, revolucionou minhas revisões, tudo que estudo nos pdfs ao invés de fazer resumos ou anotações, que nunca mais irei ler, transcrevo tudo em forma de perguntas e respostas ou palavras omitidas para ele.
Site de questões – importantíssimo para aprender onde focar, o que focar e como focar em cada uma das matérias de acordo com cada banca.
Simulados – importante ferramenta para quando já terminou todo edital e entrou nos 3 meses de reta final. Perceber os pontos fortes que não precisam mais de tanta atenção e, principalmente, perceber os pontos fracos e os erros recorrentes para afiar a faca.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
André: Antes de iniciar os estudos conversei com um grande amigo de infância que hoje é consultor legislativo do Senado e ele me disse: “O material que você escolher confia e vai, não fica mudando ou escutando concurseiros falando de professores mirabolantes. Se você der ouvidos a eles, estará sempre iniciando materiais e nunca finalizando” e me indicou o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
André: Sempre estudei pelo Estratégia e sempre achei o material extremamente completo. Uma ferramenta que me auxiliou muito foi “passos estratégicos”.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
André: Meu plano de estudos no início dos estudos (tudo novo) eram ciclos de 6 matérias de direito, sendo 3 por dia. 2 horas para cada uma. Com o tempo, conforme ia matando matérias e, consequentemente, aumentando a carga de revisão, ficou ciclo de 4 matérias, 2 por dia, mais 2 horas de revisão.
Depois que terminei o estudo de todas as matérias, todas elas entraram para o ciclo de revisão que faço pelo anki. O que dura mais ou menos entre 2h30 a 3 horas por dia. As 3 horas restantes se dividem em leitura de lei seca e questões.
Nesse plano, sem edital, sem reta final, estudo entre 5 a 7 horas por dia.
Em reta final, vira guerra, daí é estudar até a falha. É chegar 7h40 na biblioteca, olhar pros seus colegas/concorrentes e pensar: serei o último a sair daqui. rs.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
André: Minhas revisões são todas pelo ANKI. Eu leio a matéria nos PDFs e, ao mesmo tempo, já vou preparando todos os flashs cards. Terminado um PDF nunca mais abro ele. Se colocar todas as matérias do meu anki ativas, tenho hoje mais ou menos uns 14 mil cards feitos por mim.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
André: Importantíssimo. quem não faz questão, não passa. Com as questões se aprende os assuntos cobrados, como eles são cobrados, como são os pegas das bancas, por meio delas fixa-se conteúdo, palavras chaves.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
André: Raciocínio lógico matemático – estudei essa matéria por 9 meses, todos os dias, de segunda a sexta 2 horas por dia e aos sábados 3 horas. Via as aulas do prof. Brunno Lima, depois lia o PDF e fazia questões até cansar.
Português – faço uma prova de português todos os dias.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
André: Semana que antecedeu a prova: Anki, lei seca, “caderno das erradas” e re-li todas as questões que tinha dificuldade dos simulados. No dia pré-prova li a Lei de Execuções penais e fui descansar.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
André: Apesar da rotina pesada de estudos, nunca deixei de me exercitar e correr no parque, então nesses meses que antecedem estou somente intensificando os treinos.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
André: Acredito que meu principal erro foi não acreditar que o mais importante não é estudar e sim revisar.
Meu principal acerto foi confiar no meu material e ir até o fim com ele. Vi muitos amigos sempre trocando de material ou professor, mas nunca terminando o estudo da matéria.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
André: Tive muitos momentos de tristeza e de pancadas duras, por exemplo: na Polícia Federal, passei no gabarito preliminar e reprovei no definitivo. Balancei muitas vezes, mas pensar em desistir nunca passou pela minha cabeça. A derrota não é não passar; Não passar é a regra. A derrota é desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
André: O processo é longo, massacrante, impiedoso, mas no fim, só não passa quem desiste. Acredite no método, se afaste dos amigos da biblioteca que “sempre estão lanchando”, seja rígido com seus horários e pau na máquina. Um dia a mágica acontece.