Aprovado em 6º lugar no concurso CGE-MS para Auditor do Estado
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)“Vai parecer bajulação, mas não é, kkkk… conheci o Estratégia literalmente pesquisando ‘qual é o curso que mais aprova em concursos públicos’. Comparando os índices de aprovação, o Estratégia estava muito a frente.”
Confira a nossa entrevista com Miguel de Moura Resende, aprovado em 6º lugar no concurso CGE-MS para Auditor do Estado:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Miguel de Moura Resende: Meu nome é Miguel de Moura Resende, tenho 25 anos, sou de Uberaba-MG e formado em Engenharia Civil.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Miguel: Atualmente eu atuo no mercado financeiro, então meu objetivo inicial era entrar no Banco Central para ter a experiência profissional e organizacional dentro da maior instituição financeira do país. Me atraía a ideia de que este seria um sonho que dependeria exclusivamente de mim mesmo, do meu esforço. Além disso, o fato de ter uma boa remuneração e estabilidade logo no começo da carreira é muito sedutor. No entanto, diante da falta de perspectiva de um concurso para o Bacen, eu comecei a estudar para a área de controle e, posteriormente, para a área fiscal, entrando de vez no “mundo dos concursos”.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Miguel: Sim, eu trabalhava como assessor de investimentos. A conciliação foi tranquila, pois o assessor é um trabalhador autônomo e eu já tinha construído uma carteira de clientes, o que me gerava receitas recorrentes para que eu pudesse me manter e focar mais nos estudos. Como eu não tinha horário fixo no escritório, trabalhava em “home office”, normalmente a cada 30 minutos de estudo eu parava para ver as demandas do trabalho.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Miguel: Eu tive um bom resultado na SEFAZ-AM, cargo de Auditor de Controle e Finanças do Tesouro Estadual, mas fiquei no cadastro reserva em 39º lugar. Agora, graças a Deus, veio a aprovação em 6º lugar na CGE-MS para o cargo de Auditor do Estado. Pretendo continuar estudando, mas em uma intensidade menor para que eu possa também aproveitar a experiência de ser auditor do MS.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Miguel: É inevitável renunciar de alguns momentos com amigos e família. Eu tinha um objetivo muito claro, que era ser aprovado para auditor em 2022, e para alcançá-lo eu montei um planejamento detalhado com todos os conteúdos e carga horária que eu precisaria cumprir. A partir daí, eu já sabia claramente quais eram os dias em que eu poderia descansar e quais eram os dias em que seria necessário sacrificar esse convívio social para que eu não me desviasse do planejamento. Ainda assim, nos primeiros 5 meses de 2022, eu adotei um ritmo mais intenso de estudo e aí não tive mais dias de descanso.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Miguel: Eu estou noivo de uma mulher maravilhosa, preparando agora para o casamento. Ela me apoiou desde o primeiro dia que eu falei que queria estudar, entendeu que eu precisaria abdicar de boa parte do tempo com ela e sonhou junto comigo. Em casa, a minha família é um grande pilar, eles cuidam de praticamente todas as tarefas “de casa” para que eu tenha mais tempo para estudar, o que é um apoio imensurável. Penso que é muito mais corrido para quem tem que trabalhar, estudar e ainda cuidar dos afazeres domésticos. Ver o orgulho dos meus pais também é um grande incentivo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Miguel: Estudei durante 5 meses as matérias da área de controle, mas direcionado mesmo para a CGE-MS, consegui estudar somente 12 dias. Eu estava me dedicando desde Novembro de 2021 para o concurso da CGU, fiz a prova no dia 20 de Março de 2022 e acabou sendo a minha primeira reprovação. Para a minha sorte, a prova da CGE-MS, que estava marcada para o dia 3 de Abril, trouxe um edital muito semelhante ao da CGU, assim eu usei esses 12 dias somente para acertar as legislações estaduais que seriam cobradas.
Sobre disciplina, eu nunca tive problema. No começo estava animado com a ideia, então usava essa motivação para dar o impulso inicial, mas depois o estudo virou um hábito. O meu propósito era claro, então eu não ficava pensando muito se estava ou não motivado, apenas estudava e ponto, sem me martirizar por isso. Com o tempo, deixa de ser sobre “o que eu quero fazer” e passa a ser sobre “o que eu preciso fazer”.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Miguel: Quando estudava sem o edital “na praça”, assistia primeiro as videoaulas em 2x para absorver o conteúdo e depois ia para o PDF e exercícios. Ao meu ver, o estudo mais eficiente é combinando as duas ferramentas. No entanto, no período pós-edital o tempo é muito apertado, então eu ficava só com os PDFs e os exercícios.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Miguel: Vai parecer bajulação, mas não é, kkkk… conheci o Estratégia literalmente pesquisando “qual é o curso que mais aprova em concursos públicos”. Comparando os índices de aprovação, o Estratégia estava muito a frente.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Miguel: Eu me tornei aluno do Estratégia no meu primeiro dia de estudos e acredito que foi uma escolha acertada. O diferencial que encontrei no Estratégia, sem a menor dúvida, são os professores. De nada adiantaria ter a melhor plataforma do mundo, se os professores não estivessem a altura, tanto os que gravam as aulas, quanto os que escrevem os PDFs, os que atuam no fórum de dúvidas, nos simulados, etc.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Miguel: Desde o início montei uma planilha com um calendário, em que eu definia quais as matérias que eu iria estudar em cada dia. Além disso, através dessa planilha eu também fazia o controle da carga horária estudada e do desempenho nas questões.
Sobre a metodologia em si, eu sempre estava com 5 matérias rodando no ciclo e estudava 2 matérias por dia. Me organizava para estudar a parte teórica do conteúdo à noite e no dia seguinte, ao longo da manhã e da tarde, fazia os exercícios dessa mesma disciplina. À noite já passava para o estudo teórico de outra matéria e assim ia seguindo ciclo. Antes do edital, eu tinha uma meta de 6 horas líquidas por dia, porém, com o edital lançado, eu deixei de colocar meta e fazia o máximo que conseguisse, normalmente ficava entre 8 e 9 horas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Miguel: Eu separava dois dias da semana para fazer revisões. Revisava aulas anteriores de matérias que estavam no ciclo e também matérias que eu já tinha finalizado. A revisão se dava inicialmente pela leitura de grifos no PDF, posteriormente uma bateria de questões e, por fim, utilizava flashcards para memorizar as questões que eu tinha errado.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Miguel: Ao meu ver, exercícios são importantes em dois momentos: 1- após terminar a parte teórica de uma aula, para analisar se você de fato aprendeu o conteúdo; 2- no momento das revisões para avaliar o seu nível de retenção e atacar os pontos fracos. Todas as vezes que eu resolvia exercícios, anotava o desempenho na minha planilha de planejamento e controle, no total foram mais de 21mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Miguel: Como eu vim da engenharia, não tinha noção nenhuma das matérias do direito. Ao meu ver, não tem fórmula mágica para superar essas dificuldades, então eu fazia o básico: ler, reler, revisar e resolver questões. Se fosse para dar uma dica de memorização, acho que a confecção de flashcards é uma ferramenta muito efetiva.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Miguel: Quanto mais a data da prova se aproximava, mais eu aumentava as minhas horas líquidas de estudo. Na semana de prova eu resolvia questões, lia os meus flashcards e acompanhava as aulas da “Hora da Verdade”. No dia pré-prova, eu gosto de assistir a Revisão de Véspera do Estratégia e pegar algumas dicas e apostas dos professores.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Miguel: Eu me preparei de forma dedicada para a fase discursiva da CGE-MS durante duas semanas. Focava muito em memorizar os tópicos principais de cada matéria e buscar dicas/apostas com alguns professores, é uma forma de aproveitar o conhecimento de quem tem mais experiência. Vale muito a pena se aprofundar nas funções do órgão e do cargo que você está disputando, pois na maioria das vezes a prova discursiva estará relacionada com essas funções. Isso não é uma regra, mas sem dúvidas é uma boa maneira de orientar o foco principal na preparação para a discursiva.
No começo eu tinha muito medo da prova discursiva, de vir um tema que eu não tinha a menor noção e acabar deixando a prova em branco, mas com o tempo vi que isso era besteira. O candidato que está em um nível competitivo para a prova objetiva, com toda certeza terá uma boa noção do tema da discursiva e conseguirá escrever algo. O meu conselho então é manter a tranquilidade, pois sei que muita gente também tem esse medo e o emocional pode atrapalhar na hora da prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Miguel: Meu principal erro foi ter passado mais de um ano estudando para o concurso do Banco Central sem previsão nenhuma de edital. Eu comecei a estudar para o Bacen em Outubro de 2020 e permaneci até Novembro de 2021. Quando saiu a autorização do concurso da CGU, eu percebi que era melhor focar em áreas que tinham mais oportunidades e comecei a focar na área de controle. Acho que para quem já está em um ritmo intenso de estudos, dá para transitar tranquilamente entre a área de controle e a área fiscal, o que aumenta ainda mais as oportunidades.
O principal acerto foi ter me planejado desde o primeiro dia, elaborado a minha planilha de controle e fechado a assinatura no Estratégia. Isso fez com que eu evoluísse rapidamente e essa percepção de estar fazendo algo da forma correta é uma grande motivação no início.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Miguel: Em nenhum momento pensei em desistir. É claro que o cansaço bate às vezes, por isso é importante que o estudo seja um hábito, assim você não se torna refém da motivação. Tem várias coisas que fazemos no dia a dia, mesmo estando cansados, pelo simples fato de ser uma obrigação, por que com os estudos seria diferente?!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Miguel: É preciso compreender que estudar para concurso público é um projeto e, como qualquer projeto, é necessário um planejamento inicial e tempo de execução. Nenhum projeto se realiza da noite para o dia. Não fique se martirizando por estudar, como se fosse a pior coisa do mundo, porque definitivamente não é. E a parte mais legal é que a realização desse projeto só depende de você, da sua vontade. Escolha um bom material, leia um pouco sobre métodos de estudo e defina um que faça mais sentido para você. Sem malabarismos, o básico é o que funciona. Feito isso, não tem mais segredo, é “arregaçar as mangas” e ir à luta. Dedicação real, dar o seu máximo dentro das suas condições.