Aprovado em 13º lugar no concurso ALESP para Técnico Legislativo
Legislativo“É importante saber que tropeços fazem parte da jornada. Uma reprovação pode indicar possibilidades de melhoras.”
Confira nossa entrevista com Nathan Fernandes de Aguiar, aprovado em 13º lugar no concurso ALESP para Técnico Legislativo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo(a). Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Nathan Fernandes de Aguiar: Meu nome é Nathan Fernandes de Aguiar. Sou formado em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tenho 29 anos e nasci em Volta Redonda (RJ).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Nathan: De uma forma geral, o serviço público oferece uma estabilidade profissional e financeira que me pareceu muito interessante. Ademais, há diversos cargos com atribuições variadas, permitindo que eu encontrasse uma atividade que tivesse mais inclinação e, assim, pudesse contribuir para sociedade.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Nathan: Durante toda a preparação, eu trabalhei e estudei. Por conta do tempo escasso, era necessário encontrar alternativas para aproveitar o tempo. Assim, eu ouvia o Estratégia Cast na ida ao trabalho e na volta, o que me permitia revisar os principais pontos de cada disciplina.
Também preferi pulverizar o estudo durante dia a estudar tudo de uma vez. Desse modo, estudava um pouco antes de ir ao trabalho e um pouco após o trabalho. Durante os fins de semana, aumentava as horas de estudo e procurava intercalar os momentos de estudo com as tarefas domésticas.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado(a)? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Nathan: Para auditor fiscal, minhas colocações foram: ISS – Mauá (23º), ISS – Miguel Pereira (12º), ISS – Suzano (1º). Também fui aprovado para Auxiliar Administrativo na prefeitura de Volta Redonda e na ALESP – técnico legislativo (13º).
Entretanto, houve algumas reprovações, como Sefaz CE e Sefaz ES. Também fiz, no início do estudo, MPE – RJ (103º) e DPE (14º na região 4). As reprovações, regra geral, fazem parte do processo de amadurecimento do concurseiro. Há bons concursos nos próximos meses, mas ainda não tenho certeza se continuo estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Nathan: Como eu tinha de conciliar trabalho e estudo, o tempo ficava apertado. Mas sempre que possível, tentava praticar atividade física ou assistir a alguma coisa com meu filho, para poder voltar com a cabeça descansada aos estudos. No pós-edital, procurava conseguir mais horas semanais, portanto, havia mais restrições e abdicações.
Estratégia: Você é casado(a)? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro(a)? De que forma?
Nathan: Não sou casado. Tenho um filho que me ajudou muito nessa trajetória, direta ou indiretamente. Todos entenderam as ausências que eventualmente existiram e me apoiaram bastante.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Nathan: Foram cerca de 3 anos direcionados para a área fiscal. Como o pós-edital do ISS – Suzano foi muito próximo ao da ALESP, eu foquei meus esforços para o fisco municipal, que seria primeiro. Restou cerca de 1 mês de pós – edital para ALESP, mas a maioria das disciplinas eu já tinha visto anteriormente, conseguindo atingir uma memória de longo prazo para elas.
Nesse mês, em que eu já estava bem cansado, mantive um ritmo menor, mas que foi suficiente. Para manter a disciplina, eu tentava colocar metas diárias e semanais, tanto de quantidade de estudo como de rendimento nas questões.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Nathan: O meu estudo foi basicamente via pdf e questões. Nunca assisti às aulas presenciais. As videoaulas foram para assuntos pontuais em que tinha mais dificuldade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Nathan: Não me lembro do momento especificamente, mas acho que foi através das entrevistas de aprovados no youtube.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? (Pode citar uma ou mais ferramentas que mais te ajudaram na preparação).
Nathan: Acredito que o Estratégia conta com excelentes professores que fazem pdfs muito completos e aprofundados. Ademais, as ferramentas disponibilizadas, como o Estratégia cast, são muito úteis para alavancar a preparação. As questões inéditas do sistema de questões são interessantes também. Em suma, há uma diversidade de ferramentas que podem ser decisivas na preparação em alto nível.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Nathan: A organização das matérias era, basicamente, feita por ciclo de estudos. Assim, era possível passar por todo conteúdo, alternando entre assuntos diferentes. Essa configuração conferia dinamicidade ao estudo, o que facilitava a retenção.
Como trabalhava e estudava, fazia cerca de 25h/semana. Durante o meio da semana, fazia cerca de 3 horas. No final de semana, fazia um pouco mais, de modo que totalizava, na semana, cerca de 25h. Não é uma carga horária alta, mas a constância permite que se crie memória de longo prazo, que faz toda diferença na hora da prova.
Por fim, durante toda a trajetória, procurei fazer um controle estatístico de acerto nas questões para poder direcionar meu tempo aos tópicos mais sensíveis e que eu tinha mais dificuldade.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Nathan: As revisões eram um mix entre questões, lei seca e resumos. Mas a maior parte do tempo era fazendo questões e voltando aos resumos nos pontos que tinha dificuldade.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Nathan: Os exercícios são fundamentais, pois são um modo de estudo ativo e indicam a forma que a banca aborda o assunto estudado. Apenas no sistema de questões, foram mais de 40 mil questões resolvidas ao longo de todo o meu tempo de estudo para concursos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Nathan: Para a ALESP, a matéria que senti maior dificuldade foi a discursiva. Para superar essa dificuldade, treinei bastante. Fiz e refiz diversas redações para aprimorar a escrita e concatenação de ideias.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré – prova?
Nathan: Em todas as provas anteriores, procurava estudar ao máximo. Entretanto, no concurso da ALESP, procurei estudar de forma moderada, pois já estava cansado do pós-edital anterior. Tentei observar um padrão estatístico de incidência em cada matéria, algo que nunca tinha feito para outros concursos. Direcionei meu tempo, através da resolução massiva de questões, aos assuntos com um histórico de maior incidência. Eventualmente, voltava aos resumos se houvesse alguma lacuna de conhecimento.
Estratégia: (Se não houve prova discursiva, pularemos esta pergunta) No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Nathan: A discursiva tinha um peso relevante na nota final, portanto, ela seria decisiva. Procurei fazer muitas redações para que, no dia da prova, conseguisse utilizar os elementos coesivos adequadamente, escrever com coerência e lógica e seguir uma estrutura adequada. Certamente, a repetição oferece a oportunidade de corrigir eventuais falhas na escrita, de modo que se consiga, cada vez mais, melhorar cada parte da redação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Nathan: Houve muitos erros. Acho que não fazer muitas questões no início da preparação foi um deles. Diminuir o tempo de sono, para estudar mais, também foi um outro erro, pois é durante o sono que ocorrem os processos de consolidação de memória. Privar-se do sono ou limitá-lo reduz a capacidade cognitiva e a concentração no dia seguinte. Percebi que não adiantava conseguir muitas horas semanais se estudava desconcentrado.
Acho que o acerto foi identificar, em cada reprovação, e até mesmo nas aprovações, o que foi feito de certo ou de errado. O diagnóstico antes da prova, através do controle estatístico de acerto nas questões, e o diagnóstico pós-prova, tentando identificar possíveis vulnerabilidades na preparação, são fundamentais para uma melhora constante. Atualmente, os concursos mais concorridos são decididos nos detalhes, portanto, observar cada variável da preparação é importante.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Nathan: Estudo para concursos envolve um ambiente de incertezas. Não é possível saber quando o edital vai sair, se haverá alguém que se preparou melhor que você ou se o que se estudou foi suficiente. Essas incertezas, ao longo do tempo, com as reprovações que surgiram, fizeram com que a motivação fosse diminuindo.
Apesar disso, eu assisti a muitas entrevistas de aprovados e parecia que essas dificuldades faziam parte do processo. Ainda que não houvesse certezas, eu procurava pensar no que me motivou a estudar inicialmente. Além disso, meu filho sempre me motivou muito nos momentos que pensava em desistir. Isso foi fundamental para que eu me mantivesse constante nos estudos ao longo do tempo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Nathan: É importante saber que tropeços fazem parte da jornada. Uma reprovação pode indicar possibilidades de melhoras. Também é importante estudar de forma eficiente e eficaz. Apesar de a quantidade de estudo ser importante, a qualidade tem um papel fundamental.
Evitar o ciclo de aprende/esquece passa por bons métodos de estudo, com revisões sistemáticas, estudo ativo e análises estatísticas de desempenho. Então, é muito importante investir um tempo, inicialmente, para descobrir como ser mais eficiente nos estudos.
Por fim, é interessante pensar no concurso como um projeto de longo prazo, pois demanda tempo para aprender, consolidar e memorizar tanto conteúdo. Parece contraditório, mas pensar em longo prazo encurta o caminho.