Olá pessoal,
fiquei extremamente feliz ao ver a prova de Realidade Brasileira, porque só o estudo de nossas aulas aqui no Estratégia era suficiente para a realização satisfatória desse prova. Não caiu nada que não tenhamos abordado durante as aulas! Realmente é muito gratificante olhar a prova e poder ver que tudo o que foi cobrado foi dado durante o curso. Claro que isso nem sempre é possível, principalmente quando a banca pega alguma bibliografia desconhecida ou que até então não utilizara, como aconteceu na prova de TI, segundo me disseram muito mal elaborada. Mas demos essa “sorte” de acertarmos os temas que cairiam, como nova classe média, desigualdades de raça e gênero, questão dos biomas, entre outros. Fiquei muito feliz com os e-mails de agradecimento de alunos creditando a mim a boa prova, mas, na verdade, eles estão enganados: o mérito é todo de vocês que passaram horas, dias e noites, estudando para esse concurso! No máximo eu ajudei a pegar alguns atalhos. Foram vocês que fizeram a prova, não eu. O mérito é de vocês, amigos e amigas! Agora estou na torcida de vocês para a próxima fase.
Em relação à prova, só acredito em uma possibilidade de anulação, que é a seguinte:
35) Recente estudo sobre empreendedores negros revela uma melhora nas taxas de emprego e renda. A conclusão do trabalho é reveladora de um traço da realidade social brasileira: o mercado de trabalho está menos desigual; embora ainda persistam mazelas de gênero, de cor, de idade, elas estão mais amenizadas. A partir dessas informações e considerando os aspectos mais marcantes da sociedade brasileira, assinale a opção correta.
a) Mais de um século de vigência da Lei Áurea parece ter sido sufi ciente para reduzir ao máximo, quando não eliminar, o peso de séculos de escravidão no Brasil.
b) Fruto do orgulho da raça e do aumento da renda, a esmagadora maioria dos integrantes da nova classe média brasileira são afrodescendentes.
c) Estudos mostram que a rejeição do sistema de cotas pelo Supremo Tribunal Federal contribuiu para a redução do número de negros e pardos matriculados na educação superior.
d) Na atualidade, negros e pardos deixaram de ocupar postos de trabalho onde eram maioria até recentemente, os de baixo rendimento.
e) A ascensão profissional de larga parcela da população negra e parda não se vincula a anos de escolaridade, o que desmistifica tese bastante difundida.
Comentário: A banca deu como gabarito a letra “b”, o que a meu ver se mostra incoerente. Primeiramente, porque a maioria dos integrantes da nova classe média ser negra não está relacionada (não é fruto) ao orgulho da raça. A banca quis fazer um paralelo com o aumento de brasileiros que se autodeclararam negros no último Censo, mas fê-lo do modo equivocado. Isso, porque, na realidade, esse aumento não se relaciona diretamente com “orgulho”, mas sim com o aumento da renda, com o aumento da escolarização e com a formalização do emprego. Portanto, a banca, nessa assertiva, inverteu a relação de causa e consequência. Em segundo lugar, não se pode dizer que a “esmagadora maioria” dos integrantes da nova classe média seja afrodescendente, pois esse é um termo absolutamente genérico. O que é esmagadora maioria? 75,34%? 98,36%? 80,2%? Com esse termo o candidato fica sem parâmetro de mensuração. Ainda que seja fato que os negros sejam maioria na nova classe média, cerca de 80%, esse termo é vago e impreciso. Como as demais assertivas também estão equivocadas, peçam a anulação dessa questão.
Caso vocês tenham notado mais alguma possibilidade, podem enviar para
[email protected] que eu comento. A princípio só vi essa possibilidade de recurso, mas pode ser que algo tenha passado sem que eu notasse.
Abraços,
Rodrigo