Aprovado no concurso CGU em 7º lugar para Auditor Federal de Finanças e Controle (DF)
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)“Primeiro aconselho ter clareza do que realmente quer, porque essa decisão vai ter que ser confirmada todos os dias até você conseguir a sua aprovação”.
Confira nossa entrevista com Hugo Graça Pinheiro, aprovado no concurso CGU em 7º lugar para Auditor Federal de Finanças e Controle (DF):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Hugo Pinheiro: Tenho formação em Direito e Contabilidade, nasci e sempre morei em São Luís do Maranhão. Sou um cara simples que gosta de futebol, cerveja e de conversar com os amigos. Fui sempre um aluno mediano e encontrei no concurso o caminho para evoluir profissionalmente.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Hugo Pinheiro: Queria ter meu dinheiro para fazer as coisas simples da juventude, como sair e lanchar, e sabia que teria dificuldade de conseguir estágio por indicação.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Hugo Pinheiro: Na primeira nomeação, apenas estudava na faculdade. Na segunda, estava de licença para assuntos particulares do Banco do Brasil. Já a partir da terceira, estudava e trabalhava. Conseguia conciliar utilizando a flexibilidade, não tinha horários fixos para o estudo, estudava quando podia, mantinha a constância e não tinha culpa quando não era possível.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Hugo Pinheiro: Fui aprovado em 2007 para o Banco do Brasil, cargo de Escriturário, na região onde moro em 11º primeiro lugar; em 2010 para o Conselho Regional de Contabilidade do Maranhão em 2º lugar, cargo de Contador-Fiscal; em 2011 para o Tribunal de Justiça do Maranhão em 1 lugar, cargo de Analista Judiciário – Contador, assumindo todos esses. Também fui nomeado em 2013 para o Incra, cargo de Contador em 6º lugar e em 2019 na Segep, órgão de previdência do estado, do Maranhão em 3º lugar para analista previdenciário, esses não tomei posse.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Hugo Pinheiro: No pré-edital, tinha uma vida social sem restrições. Tentei não “suspender a vida” enquanto estudava, pois acreditava que essa era a maneira mais sustentável de conseguir o objetivo. Já no último pós-edital, do TCU, resolvi tirar todas as licenças e férias para dedicar todo tempo disponível para a paternidade, filha acabara de nascer, e ao estudo. Esse estudo do TCU me deu a base sólida para a CGU, do qual fiz um estudo dos pontos fracos nos poucos dias de intervalo de uma prova para a outra.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Hugo Pinheiro: Sou casado e tenho uma filha. O apoio da minha esposa foi fundamental, porque eu parei o estudo para cuidar da minha filha que tinha acabado de nascer e não conseguiria pedir para ela cuidar mais da minha filha enquanto eu estudasse, mesmo sabendo que eu seria competitivo. Daí, ela teve a iniciativa de se dispor a cuidar mais, inclusive acordando sozinha nas madrugadas. Também agradeço ao meu pai, minha mãe, minha chefe e minha sogra, que nos deram muito suporte.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Hugo Pinheiro: Na verdade, o último estudo forte foi para o TCU, o qual fui aprovado para a segunda etapa. Porém a prova da CGU era uma semana depois e escolhi o cargo baseado nas matérias comuns com o TCU. Dessa forma, considero que foi um estudo para o conjunto para ambas as provas. Então, focado para o TCU, que serviu para a CGU, foram quase 5 anos. Nesse período a disciplina veio pelo hábito e pela flexibilidade do estudo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Hugo Pinheiro: Utilizei basicamente os PDFs (resumos, trilha estratégica, passo estratégico…) e vídeo aulas. Os PDFs são fundamentais para a base e as videoaulas para os assuntos mais difíceis e para descansar. Utilizados para o objetivo certo, acredito que não possuem desvantagens. Não li livros direcionados para concurso, por achar pouco eficiente para esse fim comparado com as outras opções.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Hugo Pinheiro: Indicações de amigos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Hugo Pinheiro: Sim, mas nenhum material é tão completo quanto o Estratégia.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Hugo Pinheiro: Passei com as antigas apostilas no Banco do Brasil, em 2007, e por questões e pesquisas na internet no TJMA, em 2011.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Hugo Pinheiro: Sim, senti um material completo e no qual eu podia confiar. Acho que usei todas as ferramentas do Estratégia. Lembro de ter usado: a trilha estratégica, quando já não sabia o que fazer; Passo estratégico várias vezes, para revisões pontuais; videoaulas, para descansar de ler os PDFs e para os assuntos mais complicados; também marcações dos aprovados e ir direto nos resumos, para revisões; e, lógico, os PDFs completos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Hugo Pinheiro: No pré-edital, controlava meu desempenho por planilhas do excel e a cada 4 meses, aproximadamente, alterava a estratégia. Assim, focava em tarefas que tinha que fazer para aprender e não em um cronograma fixo diário, podendo passar vários dias em uma única matéria ou assunto. Porém, estimo que estudava próximo de 2 horas líquidas por dia em média.
No pós-edital do TCU, que foram 3 meses, foquei 2 meses nas matérias que não sabia, estatística e análise de dados. Já na semana da CGU, foquei apenas em auditoria e organização da CGU. Ressaltando que o material do professor Guilherme Santana para a CGU ficou maravilhoso e com certeza contribuiu demais para eu suprir o “Gap” dessas matérias e passar. Nesse período foi dedicado todas as horas disponíveis. Assim, estimo que próximo de 10 horas líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Hugo Pinheiro: Na maior parte do tempo por questões e, dependo do desempenho, revisava no passo estratégico ou nos resumos dos PDFs.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Hugo Pinheiro: É fundamental! Fiz muitas questões mesmo! Resetei o contador das questões várias vezes. Se pudesse chutar, chutaria mais de 30 mil questões em 5 anos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Hugo Pinheiro: Na CGU foi estatística e, pela situação do tempo, as normas específicas do Órgão. Para superar em estatística vi muitas videoaulas do professor Jhony Zini e para as normas específicas do órgão foi a base da leitura dinâmica do PDF e vídeos do professor Guilherme Santana.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Hugo Pinheiro: Estava visitando os parentes e amigos da minha esposa em Valparaíso do Goiás para apresentar minha filha. Foi bem cansativo! Porém combinamos de eu dormir em um hotel no dia anterior ao da prova. Com certeza isso fez toda a diferença para aguentar os dois turnos de prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Hugo Pinheiro: Fiz cursos específicos no pré-edital do TCU quando já tinha fechado o conteúdo e fiz, por conta própria, umas 30 discursivas anteriores. Aconselho a todos a não negligenciar e deixar a prática da discursiva para o final. Atualmente, a prova discursiva é a que decide quem vai efetivamente ser chamado e quem vai apenas ficar próximo. No meu caso, hoje, antes do recurso da discursiva, fez eu pular da posição 17 para a posição 7 do ranking.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Hugo Pinheiro: Entre os acertos acho que constância, foco, planejamento e sempre medir o meu desempenho para não enviesar no meu estudo. Como erro, estudar apenas as matérias que já caíram, não me adiantar nas que potencialmente poderiam cair.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Hugo Pinheiro: No pré-edital estudava por hábito e não havia muito impacto na minha vida pessoal, então não cogitava desistir. Contudo, no pós-edital, estava extremamente cansado e com minha esposa se esforçando muito com nossa filha para eu estudar mais. Então pensava em desistir quase todo dia. O que me fez continuar foi ter a certeza de que seria com o estudo que eu poderia melhorar estruturalmente a vida da minha esposa e da minha filha por décadas.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Hugo Pinheiro: Primeiro aconselho ter clareza do que realmente quer, porque essa decisão vai ter que ser confirmada todos os dias até você conseguir a sua aprovação. Segundo é começar imediatamente, não importa se foi um bom ou mal aluno, vale a máxima do “melhor feito do que perfeito”. Terceiro é planejar e medir o seu desempenho, porque nossa mente tende a nos convencer a estudar o que nos sentimos mais confortáveis. No mais continue, não se prenda a métodos, vá ajustando a sua realidade. Você vai conseguir!