Aprovado no concurso CGU
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)Concursos Públicos“Eu aconselho, para quem está iniciando os estudos para concurso que não procure inventar a roda, aprenda a estudar ouvindo quem já chegou lá. Evolua com os seus erros e melhore um pouco a cada dia. Só não passa quem não tem método e consistência, você é capaz.”
Confira nossa entrevista com Thiago Lima da Costa Santos, aprovado em 5º lugar no concurso CGU para Auditor Federal de Finanças e Controle, Auditoria e Fiscalização – RR:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Thiago Lima da Costa Santos: Sou bacharel em Administração, com especialização em gerenciamento de projetos, tenho 38 anos e sou natural de Recife.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Thiago: Em 2014, participei de um processo de seleção, no qual fui aprovado, para assumir cargo comissionado em um Órgão Público no meu estado, talvez soe um pouco piegas, mas depois dessa experiência ficou difícil trabalhar no setor privado. Foi muito gratificante me envolver em projetos nos quais era possível perceber o impacto na vida das pessoas mais carentes, a partir dessa fase da minha vida, decidi que gostaria de ser servidor público e trabalhar em prol da sociedade. Apesar disso, só iniciei de fato minha jornada como concurseiro em 2017.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Thiago: Sim, no meu tempo como concurseiro, sempre tive que conciliar o estudo para concurso com o trabalho, a família e a igreja. Bem, houve fases, no início dos estudos em que eu ainda não tinha filho pequeno, acordava bem cedo, por volta das 05:00 da manhã e estudava mais ou menos até umas 07:00, aproveitava qualquer intervalo durante o dia para estudar e à noite quanto chegava em casa estudava, mais ou menos, mais 02 horas. Como não tinha como abrir mão do trabalho, passei a priorizar os estudos em detrimento da minha vida social, não tinha dia de descanso e passava os finais de semana estudando.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Em 2018, fui aprovado, em 1º lugar, no concurso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como Analista Administrativo, lotado em Recife. Em 2019, fui aprovado, em 14º lugar, no concurso da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco, para o cargo de Analista em Gestão Pública, no mesmo ano, obtive aprovação, para o cargo de Gestor Público da prefeitura do Recife, na 74º posição.
Em 2021, fiquei no cadastro de reserva do TCE-AM, na 63º colocação. E em 2022, fui aprovado no concurso da CGU em 5º lugar para AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE – AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO REGIÃO NORTE – RORAIMA (RR), cargo em que pretendo ficar. Não pretendo continuar estudando, estou satisfeito, pelo menos por enquanto.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Thiago: Nos dois primeiros anos eu quase não tinha vida social, apenas trabalho e estudo e encontros muito pontuais com a família e amigos, realmente eu respirava esse universo de concursos. Com o passar do tempo, percebi que radicalizar demais pode ser prejudicial, então busquei um equilíbrio maior entre os estudos e a vida social, continuei estudando, em média de 3 a 4 horas por dia, mas sempre reservava um tempo para ter momentos de qualidade com a família e amigos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Thiago: Sou casado, com Kécia e tenho dois filhos, Alitsa de 20 anos e Henrique de 3 anos. Meus amigos e familiares sempre me apoiaram, minha esposa foi fundamental na minha caminhada, nos momentos difíceis, por diversas vezes, ela me ajudou a manter a cabeça no lugar.
No ano de 2022 eu estava bastante desmotivado e não suportava mais continuar estudando, ao ponto de dizer que não iria fazer a prova da CGU por não estar me dedicando como gostaria e também por não me sentir preparado, mas minha esposa insistiu que eu fizesse, e se não fosse pelo empurrão dela, provavelmente, eu não teria feito a prova da CGU e sido aprovado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Thiago: Eu não estudei de forma direcionada para o concurso da CGU, em algum momento da minha trajetória eu me apaixonei pela área de controle e passei a estudar os materiais do Estratégia com foco nesse tipo de concurso.
A oportunidade de fazer o concurso da CGU surgiu de forma quase concomitante ao concurso do TCE-SC, o qual era o meu foco. Mas parece que Deus tinha outros planos e me fez ser aprovado para aquele no qual eu não estudei especificamente. Mas vale dizer que eu não fui para a prova sem nenhuma base, já tinha um bom conhecimento acumulado estudando pelo material do Estratégia.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Thiago: Para a minha preparação utilizei livros, videoaulas e cursos em PDF, mas nunca pisei em uma aula presencial. Entendo que os livros tem como vantagem oferecer um conteúdo mais detalhado, mas pelo mesmo motivo pode ser muito prolixo, com várias informações desnecessárias para quem vai prestar um determinado concurso.
As videoaulas obrigam que o aluno se adapte ao ritmo do professor, o que eu não gosto muito, reservei esse tipo de estudo para matérias que eu tinha mais dificuldade, como estatística. Os cursos em PDF eram a minha opção preferida, poderia estudar no meu tempo, com material focado nas informações necessárias, nem mais nem menos, não consigo identificar uma desvantagem do PDF. Além disso, fazia muitas questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Thiago: Uma colega de trabalho, muito antes de eu começar a estudar para concursos, tentando me incentivar, apresentou-me o material do Estratégia, lembro-me de ficar bem impressionado com a qualidade do conteúdo. Algum tempo depois, quando decidi começar a me dedicar aos estudos eu já sabia qual material procurar.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Thiago: Sim, no início da minha jornada eu não tinha pouco ou quase nada de recurso para investir em um bom material e apesar de já saber da existência do Estratégia, optei por um curso em videoaulas, que era de baixo custo. Apesar de alguns professores serem bons, eu sentia muita falta de ter um material mais focado e direcionado para um concurso específico ou pelo menos uma área.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Thiago: Sim, fiz o concurso para o TCE-PE, não fui aprovado, nem mesmo bati na trave.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Thiago: Sim, quando passei a estudar pelo material do Estratégia sentia que realmente estava aprendendo. Para mim o diferencial deste material é ser escrito de forma simples sem ser simplista, cobrir todos os pontos do edital e ser completo, no sentido de que o material não depende de nenhum outro material acessório. Ele traz em um único documento a lei, a doutrina, a jurisprudência, a visão da banca e questões comentadas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Thiago: Montava os planos de estudos com base nas disciplinas do edital anterior, estudava de 3 a 4 matérias por dias, em um ciclo de estudos diário de cerca de 4 horas. No plano, para dividir o tempo de estudos por matérias, levava em consideração: peso de cada assunto; complexidade das matérias e meu nível naquela disciplina.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Thiago: Revisava por meio das marcações no próprio material de estudos, não fazia resumos escritos, e gostava de revisar por questões com comentários.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Thiago: Concurseiro que não faz questão está se sabotando, fazer questões é uma parte fundamental da preparação. Não sei ao certo quantas questões fiz, mas acredito que uma média de 3.500 a 4.000 por mês.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Thiago: Eu tive dificuldade incialmente com contabilidade, para superar procurei excelentes materiais introdutórios, para poder formar uma boa base e poder avançar nas matérias. Também patinei durante um tempo nas disciplinas de economia e estatística. Ter paciência e não pular etapas é fundamental.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Thiago: Como eu disse, o concurso da CGU não era o meu foco, eu tinha saído de um pós-prova e estava bastante cansado, então resolvi descansar, apenas fiz poucas questões por dia até a data da prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Thiago: Contratei um serviço de correção e buscava fazer pelo menos uma discursiva por semana. A prova discursiva, para quem quer passar em um concurso de alto nível, pela minha própria experiência, é decisiva. Só para dar dois exemplos, quando fiz o TCE-AM estava na 114º posição na prova objetiva, após a discursiva ganhei 50 posições, na própria CGU estava em décimo lugar, fora das vagas, e após a discursiva fui para a quinta posição, dentro das vagas.
Dessa forma, aconselho que o estudo da discursiva não seja negligenciado, após o candidato atingir um certo nível de conhecimento, recomendo que o estudo para a discursiva seja incluído no ciclo de estudos normal do candidato.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Thiago: Acredito que o meu principal erro foi ter aprendido a estudar pelo método da tentativa e erro, quando poderia ter procurado, desde o início, orientação de pessoas que já haviam trilhado o caminho da aprovação, o que certamente teria me poupado algum tempo batendo cabeça. Como acerto posso pontuar ter delimitado uma área de estudo e ter criado um planejamento baseado na melhoria contínua.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Thiago: Muitas vezes, a caminhada é dolorosa, cheia de altos e baixos, mas durante os momentos de fraqueza eu respirava fundo e seguia em frente. A minha principal motivação com certeza foi a minha família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Thiago: Eu aconselho, para quem está iniciando os estudos para concurso que não procure inventar a roda, aprenda a estudar ouvindo quem já chegou lá. Evolua com os seus erros e melhore um pouco a cada dia. Só não passa quem não tem método e consistência, você é capaz.