“Pra mim, a resolução de exercícios em grande quantidade deve ser o maior aliado de um concurseiro, pois é o melhor meio de revisão e a melhor forma de você se habituar com o que é cobrado e o que é mais importante de cada assunto, além de conhecer bem a banca organizadora do seu concurso.”
Confira nossa entrevista com Filipe Mazza, aprovado em 30° lugar no concurso SEFA PA para o cargo de Auditor Fiscal:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Filipe Mazza: Sou de Teresina-PI, tenho 24 anos, e sou formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Filipe: Cheguei a trabalhar como engenheiro, porém foram tempos difíceis, por eu ter me formado justamente na época da pandemia, o que acabou acarretando um foco maior nos estudos do que no trabalho.
Na verdade, sempre quis concurso público, por ter pessoas na família que me incentivavam e que eram servidores, e a questão salarial e a estabilidade sempre foram pontos que me atraíram.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Filipe: Desde o início dos meus estudos, a área fiscal já era o foco, por conhecer a carreira por meio de pessoas próximas e também pelos excelentes salários que os fiscos oferecem.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Filipe: A princípio, cheguei sim a conciliar. Porém a partir do segundo semestre de 2021, optei por me dedicar exclusivamente aos estudos, pois foi uma época com muitas oportunidades, e vejo o ano de 2022 da mesma forma.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Filipe: Fui aprovado no concurso da Sefaz-AL 2021 (34º) e ISS Aracaju 2021 (24º), ambos fora das vagas. Em Alagoas não havia cadastro de reserva, porém em Aracaju fiquei no cadastro. Minha aprovação mais recente veio no concurso da Sefa-PA, no cargo de Auditor Fiscal, dessa vez dentro das vagas, na 30ª colocação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Filipe: O Estratégia sempre foi referência no mundo dos concursos, e eu já o conhecia por pessoas próximas, tanto concurseiros quanto servidores públicos. Então, o Estratégia me acompanhou nessa trajetória desde o início dos meus estudos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Filipe: Com certeza o Estratégia teve um papel relevante na minha preparação, principalmente nas matérias de direito e contabilidade, com as quais nunca havia tido qualquer tipo de contato. O maior diferencial pra mim foi a forma de abordagem dos materiais em PDFs, que são capazes de proporcionar uma boa leitura e aprendizagem tanto aos alunos que nunca tiveram contato com a disciplina, quanto aos alunos avançados que pretendem revisar ou reforçar o entendimento do conteúdo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Filipe: Utilizei mais os PDFs em minha preparação, por me adaptar melhor. Porém, em algumas disciplinas – principalmente em Contabilidade –, recorri às videoaulas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Filipe: Quando ainda não havia formado uma boa base nas principais disciplinas, estudava várias matérias por dia, de 6 a 7, com o intuito de sempre ter contato e criar uma afinidade com elas. Porém, após consolidar bem o conteúdo, e principalmente em pós-editais, estudava em torno de 3 disciplinas ao dia, de forma que revisava via questões em blocos de assuntos, e caso necessário, retornava aos PDFs. Estudava em média de 6 a 7 horas líquidas por dia, porém quando sentia necessidade e quando estava próximo da prova, prolongava mais essa carga horária.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Filipe: Revisões por grifos nos PDFs e questões. Já fiz resumos e costumavam ser de grande valia para revisões a curto prazo, porém a longo prazo acabava deixando de lado, o que me fez focar mais na revisão por questões. Não tinha o hábito de fazer simulados, pois sempre tive preferência de fazer questões da própria banca do concurso, mas creio que seja de suma importância para simular o ambiente e o momento de prova, principalmente para fins de controlar o tempo de resolução.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Filipe: Pra mim, a resolução de exercícios em grande quantidade deve ser o maior aliado de um concurseiro, pois é o melhor meio de revisão e a melhor forma de você se habituar com o que é cobrado e o que é mais importante de cada assunto, além de conhecer bem a banca organizadora do seu concurso.
Quanto ao número de questões, é difícil dizer com certeza, mas estimo com razoabilidade algo em torno de 40 mil, a partir de PDFs e sistemas de questões.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Filipe: Tive muitas dificuldades, pois nunca havia tido contato com grande parte das disciplinas, mas creio que não há nenhum segredo, é ver e rever o conteúdo quantas vezes forem necessárias, e confiar que faz parte do processo de maturação e aprendizado daquele conteúdo ou matéria. Porém, em alguns casos, devemos buscar outras alternativas, contabilidade foi uma disciplina que tive que dedicar uma parte considerável do meu tempo, e as videoaulas foram essenciais para superar as minhas dificuldades.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Filipe: Namoro e moro com meus pais. Tanto minha família quanto minha namorada compreenderam e me apoiaram desde o início da minha trajetória, entendiam o processo e as abdicações necessárias para alcançar o tão sonhado objetivo da aprovação, e foram de grande importância na minha conquista.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Filipe: Não abdiquei totalmente de saídas e do convívio familiar e com amigos, porém é natural a limitação de tempo e disponibilidade em várias situações, e você tem que fazer alguns sacrifícios para alcançar a aprovação, e essa vida social mais restrita é um deles. Encarei com naturalidade e entendi fazer parte do processo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Filipe: Para a área fiscal, foram 02 anos de estudos. Em específico para a Sefa-PA, 02 meses voltados para esse concurso, pois havia decidido não fazer essa prova quando saiu o edital, mas uma série de fatores me fez mudar de ideia. O segredo é a constância, é encarar com seriedade e como uma obrigação inadiável, é adquirir o hábito de estudos ao ponto de fazer parte da sua rotina e da sua vida.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Filipe: Pra mim, a reta final sempre foi com semanas estressantes, de dúvidas, incertezas, de achar que não estava preparado, porém, é importante manter o foco e cumprir com o que foi planejado. A semana que antecedia a prova era sempre o momento que eu mais me doava, tentava revisar o máximo possível. Quanto ao dia pré-prova, buscava ver a legislação específica daquele concurso e algumas fórmulas das disciplinas de exatas.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Filipe: Meu maior erro foi, durante o início da preparação, negligenciar a resolução de questões, por achar que deveria partir para as questões apenas quando estivesse com todo aquele conteúdo consolidado. Todavia, as questões servem não só para testar seus conhecimentos, mas também para aprender, revisar, entender o que é mais cobrado e direcionar seus estudos de forma mais clara.
Como acerto, pegando o gancho da pergunta anterior, foi entender a importância das questões e implementar isso diariamente e de forma exaustiva nos meus estudos. Além disso, construir uma base sólida nas mais diversas matérias, estudando e revisando os PDFs.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Filipe: Não passou pela minha cabeça desistir, mas o desânimo já bateu várias vezes, me deixando dias, semanas ou até meses sem estudar. Minha principal motivação era olhar para trás e ver minha evolução no mundo dos concursos, meu crescimento no percentual de acertos, nos resultados das provas e entender que haverá uma próxima prova, e você estará mais e mais preparado.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Filipe: O maior conselho que eu posso dar é para você confiar no processo, pois é um caminho cheio de incertezas, dúvidas e inseguranças, mas dê o seu melhor a cada dia e confie no que está sendo feito, estudando de forma direcionada e aliando os melhores materiais à resolução de questões, que a sua aprovação irá chegar.