“Talvez você não consiga nos primeiros, como foi comigo, mas nada do que foi estudado é jogado fora. Tudo o que você estuda será usado nos concursos subsequentes. Acredite, se veja no cargo, já se enxergue com o uniforme, mentalize a sua aprovação. Você pode!”

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Confira nossa entrevista com Mário Morais Oliveira Neto, aprovado no concurso ICMBio em 17° lugar para o cargo de Analista Ambiental (PA):

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Mário Morais Oliveira Neto: A minha formação é em engenharia florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e mestrado em agriculturas amazônicas e desenvolvimento sustentável pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Tenho 28 anos e sou natural de Belém-PA.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Mário: Basicamente são duas motivações. A primeira vem por meio da minha mãe, que embora não seja concursada, sempre motivou os filhos a almejarem um cargo público. A segunda motivação se resume aos “nãos” que eu recebi na vida profissional. Fiz mais de 15 Processos Seletivos Simplificados (PSS), diversos currículos encaminhados às empresas, mas nunca obtive êxito. Por isso, diante dessas dificuldades que a vida me apresentou, eu decidi seguir os conselhos da minha mãe e comecei a estudar para concurso.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

Mário: No início eu conciliava alguns trabalhos de freelancers que estava finalizando. Mas depois, não, só estudava.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Mário: Eu fui aprovado no ICMBio para o cargo de Analista Ambiental. Pretendo fazer outro concurso para professor de universidade pública, pois é a única possibilidade de conciliar com o cargo dos meus sonhos, que é o ICMBio.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Mário: Por estar em plena pandemia e estudando para concurso, era difícil sair com amigos. Mas eu reservava o sábado ou o domingo para ficar em casa mais sossegado ou visitar alguns familiares.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

Mário: Não sou casado e nem tenho filhos. Tenho uma namorada, que sempre me motivou a estudar e por isso nos víamos apenas de 15 em 15 dias e aos domingos. Poucos familiares sabiam que eu estava estudando. Apenas pai, mãe e irmão sabiam. Eles sempre me apoiaram, principalmente financeiramente, com as despesas de correções de redação, cursos intensivos e inscrições. Sou bastante grato pelos meus pais se disponibilizarem a me ajudar com todas as despesas, porque sem eles seria difícil conseguir esse objetivo.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Mário: Eu comecei a estudar para o concurso da Polícia Federal em fevereiro de 2021, parei em julho e voltei em setembro focado para o IBAMA, que pelo pré-edital também dava para conciliar com o ICMBio. Então, somando o tempo de estudo específico para o Instituto Chico Mendes, dá em torno de cinco meses de preparação.

Para manter a disciplina eu tinha um cronograma semanal a seguir, organizava o edital em planilhas do Excel, buscava fazer atividade física todos os dias e descansar pelo menos um dia na semana. Isso me ajudava a voltar com mais foco no dia seguinte.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)

Mário: Eu foquei na resolução de questões da banca. Inicialmente eu lia o resumo do PDF completo e em seguida resolvia questões, mas se não fosse bem na resolução, voltava para o PDF completo, estudava-o todo e resolvia questões novamente, até obter acima de 90% de acertos. Contudo, para disciplinas que eu tinha mais dificuldade, como português e direito administrativo, eu estudava por videoaulas e questões.

A maior desvantagem em estudar por resumos e questões é que se a banca inovar na prova, provavelmente a candidato não irá bem. A maior vantagem é a rapidez com que eu conseguia passar e revisar o assunto, além de focar naquilo que a banca mais costuma cobrar.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Mário: Conheci por meio da minha mãe. Ela já conhecia, estudava e chegou até a comprar uma assinatura vitalícia do Estratégia, que foi a que eu estudei.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?

Mário: Fiz o concurso da Polícia Federal (PF) para escrivão, Polícia Civil (PC-PA) para investigador e escrivão. Também fiz o de analista e técnico ambiental tanto do ICMBio como do IBAMA. Foram sete concursos, seis reprovações e uma aprovação.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?

Mário: Os diferenciais foram os resumos, a quantidade de questões dos PDF’s, bem como as aulas das matérias mais básicas.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)

Mário: Montei meu plano de estudos por meio da escala de importância da disciplina (mais questões na prova e dificuldade). Estudava no máximo três disciplinas por dia. Eram duas horas de disciplinas menos importante e quatro horas da mais importante.

Exemplo: Português 2h no início do dia, informática 2h, ética 2h e, por fim, mais 2h de português, que era a minha maior dificuldade. Estudava oito horas líquidas por dia. Pela manhã acordava às 9h, começava a estudar às 10h e ia até às 14h, almoça e descansava entre 1-2h, estudava mais 2h à tarde, em seguida ia à academia, treinava, e à noite mais 2h líquidas.

Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)

Mário: Optei por estudar todas as disciplinas o mais rápido possível e, faltando 1 mês para a prova, eu revisava os assuntos por meio de resumos já prontos pelo Estratégia, questões e simulados aos domingos. Contudo, como algumas disciplinas não eram comuns em outros concursos, foi difícil encontrar materiais de resumo do Estratégia, então eu só revisava por questões. Fazer resumos não era uma opção, porque tinha pouco tempo até a prova. Essa opção é válida somente para quem ainda está longe da data da prova, mas se estiver com edital aberto, não é bom focar em fazer um material para depois revisá-lo.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Mário: O meu estudo se resumiu em resolver questões. No pré-edital eu resolvia mais de 100 questões por dia, no pós resolvia entre 200 – 300 questões por dia. Foram mais de 10 mil questões resolvidas desde quando comecei a estudar.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Mário: A minha maior dificuldade era com português e direito administrativo. Eu superei essa dificuldade focando mais tempo de estudo nessas disciplinas. Com o passar do tempo essas disciplinas se tornaram um ponto forte. Fechei administrativo e só errei uma de português na prova de Analista do ICMBio.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Mário: Acredito que a semana da prova foi decisiva para essa aprovação, porque diferente das outras provas em que eu tentava revisar tudo o que faltava, dessa vez eu só assistia as revisões do Estratégia do Youtube do dia anterior, para poder assistir em 2x.

No dia pré-prova eu só estudei 1 ou 2h. Foi um dia de ficar mais tranquilo, ir à Igreja e agradecer a Deus pela trajetória até o dia da prova.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Mário: A minha preparação para a redação foi inicialmente assistir aulas e entender os critérios de correção da banca. Em seguida eu contratei correções avulsas de professoras de redação. No início eu zerei diversas redações, mas com o passar do tempo me tornei competitivo e sempre fazia mais de 90% da nota máxima.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Mário: Os principais erros se resumem em não fazer muitas questões, protelar as disciplinas que eu tinha maior dificuldade e burlar alguns dias de estudo. Os maiores acertos, sem dúvidas, foram resolver bastante questões, focar nos resumos e mapas mentais prontos do Estratégia. Além disso, pouco se fala disso, mas o maior diferencial nessa trajetória foi estar bem comigo mesmo e entender que para ser aprovado há um tempo de maturação de estudo. Para isso, eu fazia acompanhamento espiritual, tinha uma relação bastante relevante com Deus e tinha gratidão por todas as falhas e acertos que eu tive nesse período.  

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Mário: No início, com as primeiras reprovações, eu pensei em parar de estudar e me dedicar a entrar na iniciativa privada. Mas quando percebi que já estava me tornando competitivo na resolução de questões, pensei que só era questão de tempo. Além disso, esse foi o único concurso que eu me via como funcionário público, nos outros era mais um sonho do que realidade, já nesse eu percebia que era possível ser aprovado, bastava me abdicar do que não me levava estudar e me dedicar somente na preparação.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Mário: Não tenha medo! Você é capaz de ser aprovado! Talvez você não consiga nos primeiros, como foi comigo, mas nada do que foi estudado é jogado fora. Tudo o que você estuda será usado nos concursos subsequentes. Acredite, se veja no cargo, já se enxergue com o uniforme, mentalize a sua aprovação. Você pode!