Um dos assuntos na Língua Portuguesa que mais causa dúvidas entre os concurseiros e estudantes é o uso dos porquês.
Porque é junto ou separado, com acento ou sem? A resposta é: depende do contexto.
Afinal, é no início de pergunta direta? É uma resposta? Quer dizer “motivo”? Para cada contexto há um porquê diferente. Observe a tirinha abaixo e tente perceber as diferenças:
Viu que há quatro porquês diferentes? Quer entender cada um deles? Veja abaixo a explicação e como usar corretamente porque, porquê, por que e por quê:
Porque (junto e sem acento) é usado nos seguintes casos:
Traga agasalho, porque vai fazer frio.(conjunção coordenativa explicativa = pois).
A reunião foi adiada porque faltou energia.(conjunção subordinativa causal = pois).
Porque ainda é cedo, proponho esperarmos um pouco mais. (conjunção subordinativa causal = como).
Ele não votou o projeto porque estava de licença?
Essa medida provisória está na pauta de votação porque é urgente?
Rezo porque tudo corra bem.
Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas.
Contemporaneamente, para exprimir finalidade, objetivo, prefere-se usar para que em lugar de porque: Rezo para que tudo corra bem.
Os considerandos são os porquês de um decreto.
O Relator explicou o porquê de cada emenda.
Qual é o porquê desta vez?
Por que (separado e sem acento) é usado nos seguintes casos:
Por que você demorou tanto? (interrogativa direta)
Quero saber por que meu dinheiro está valendo menos. (interrogativa indireta)
Não sei por que ele se ofendeu. (Não sei por que motivo ele se ofendeu.)
O funcionário explicou por que havia faltado. (O funcionário explicou por que motivo havia faltado.)
A estrada por que passamos está em péssimo estado de conservação. (A estrada pela qual passamos está em péssimo estado de conservação.)
Esse é o motivo por que a reunião foi adiada. (Esse é o motivo pelo qual a reunião foi adiada.)
Torcemos por que tudo se resolva logo. (= torcemos por isso)
O Relator estava ansioso por que começasse a votação. (= ansioso por isso)
Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas.
Note que o nome opinião, anterior à conjunção, não exigiu a preposição por. Além disso, percebe-se a intenção, a finalidade de não expressar sua opinião: para que não desanimasse os colegas.
O Relator estava ansioso por que começasse a votação.
Aqui, o nome ansioso exige a preposição por, razão pela qual deve ser separada do que.
Brigou de novo, por quê?
Brigou de novo? Por quê?
Ria, ria sem saber por quê.
E aí, gostou da nossa dica?
Não se esqueça de deixar mais sugestões nos comentários.
Até a próxima, pessoal!
Abraço.
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Você é topppp
Muito obrigado pelo carinho!!!