Neste artigo você terá uma análise dos editais do TSE e do STJ para decidir se é possível conciliar o estudo para ambos os certames.
O mundo dos concursos está bastante movimentado, sobretudo na área dos tribunais. Com a divulgação do edital do Superior Tribunal de Justiça no dia 19 de agosto de 2024, pela banca Cebraspe, muitos concurseiros se perguntam se é possível conciliar o estudo para as duas provas.
Diante disso, é importante fazer uma análise dos pontos favoráveis e desfavoráveis para que você decida se é ou não possível conciliar o estudo para os dois concursos.
O principal ponto comum entre os dois concursos é a banca que fará a condução dos concursos. O Cebraspe foi a banca organizadora escolhida para a elaboração das provas de ambos os certames. Esse é um dos pontos mais importantes para quem deseja conciliar o estudo e realizar ambas as provas.
Outro aspecto extremamente relevante é o fato de se tratar de dois tribunais. Nesse contexto, é bastante provável que a banca utilize basicamente o mesmo nível de dificuldade das questões para ambas as provas. Desse modo, ao estudar para um, você estará estudando para o outro e isso facilita conciliar o estudo para o TSE e STJ.
Além disso, ambos os certames adotarão o temido estilo “certo e errado” e terão a mesma quantidade de itens para avaliação do candidato (120). Dessa forma, o candidato que deseja conciliar o estudo entre o TSE e o STJ poderá priorizar, em seu treinamento por meio de questões, o, amado por uns e odiado por outros, modelo certo/errado.
Outro ponto comum é que haverá prova discursiva para o cargo de Analista nos dois concursos, então, ao treinar discursiva, você estará automaticamente se preparando para as duas provas. Você poderá também treinar com as discursivas anteriores da banca Cebraspe e, assim, otimizar seu estudo para ambos os certames.
Seguindo um pouco mais adiante em nossa análise, é possível verificar que haverá, no TSE, prova para o cargo de Agente de Polícia Judicial e, no STJ, prova para o cargo de Inspetor da Polícia Judicial. Em ambos os concursos, o candidato deverá se submeter a teste de aptidão física. Logo, a preparação e treinamento físico será útil no caso dos dois testes.
Ademais, na parte de conhecimentos específicos dos cargos comuns aos dois concursos, a banca cobrará praticamente o mesmo conteúdo programático nas duas provas. Uma exceção importante se faz no cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária, que cobra conhecimentos de Direito Eleitoral no concurso do TSE, tal disciplina não é cobrada no concurso do STJ.
O STJ, por sua vez, cobrará conteúdos de Direito previdenciário, que não serão cobrados no TSE. Mas, de uma maneira geral, os conhecimentos específicos são basicamente os mesmos para os demais cargos.
Diferentemente do concurso do TSE, que será aplicado em todas as capitais, o concurso do STJ terá provas apenas em Brasília-DF. Dessa forma, muitos concurseiros não residentes em Brasília não conseguirão, por questões diversas, deslocar-se de suas cidades para realizar a prova na capital federal.
Eis o grande gargalo entre os dois certames: a parte de conhecimentos básicos contempla a maior divergência que, possivelmente, dificultará que muitos candidatos consigam conciliar os dois certames.
Vamos à análise:
O edital do TSE é um edital bastante enxuto e sucinto no que diz respeito aos conhecimentos básicos. Nele não temos disciplinas clássicas em concursos de tribunais, como, informática e raciocínio lógico.
Também não temos a parte de legislação institucional, que abrange leis, resoluções e normativas do órgão público para o qual se prestará o concurso.
Ainda no que diz respeito ao concurso do TSE, para o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária, temos apenas português como disciplina básica a ser cobrada. Serão 50 questões de língua portuguesa..
No cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa e Técnico Judiciário – Área Administrativa, teremos, na parte de conhecimentos básicos, as disciplinas de português, direito eleitoral, direito administrativo e direito constitucional.
Os cargos de Analista Judiciário das especialidades terão apenas português e direito administrativo nos conteúdos básicos.
Podemos notar que o TSE possui um conteúdo bem enxuto, o qual difere significativamente do cobrado pelo STJ, que cobra, além de português, direito administrativo e constitucional, a Lei n° 12.618/2012, que institui o regime de previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo.
O edital do STJ também cobra noções de direitos humanos, normativos internos do STJ, como Código de Conduta, Regimento Interno, Resoluções, entre outras normativas.
Outrossim, o concurso do Superior Tribunal de Justiça também possui entre os seus conteúdos a disciplina de informática. Tal disciplina, em concursos da banca Cebraspe, costuma ser cobrada em um grau de dificuldade relativamente alto, o que exigirá do candidato empenho na preparação.
Embora os concursos aconteçam em dias distintos (STJ acontecerá dia 01 de dezembro e TSE no dia 08 do mesmo mês), a proximidade das datas das provas acaba por não favorecer o concurseiro que pretende estudar para os dois certames, pois é possível que lhe falte tempo hábil para o ajuste nos estudos e a inserção de disciplinas ainda não contempladas na preparação.
Após a análise dos pontos que favorecem ou desfavorecem conciliar o estudo para o TSE e o STJ, caberá a você, concurseiro, decidir se, de acordo com a sua realidade e tempo disponível, valerá a pena estudar para os dois certames.
O certo é que o Estratégia Concursos se compromete a ajudar você em sua preparação, seja para um deles, seja para os dois.
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