Técnicas de Estudo #2: alternativa aos Resumos Escritos!

Fala, galera! Bom dia!

Aqui é o Luis Eduardo. Sou Auditor Fiscal do Estado de São Paulo e faço parte da equipe de Coaches aqui do Estratégia Concursos.

Antes de apresentar mais uma técnica de estudo, quero convidar você a assistirem o último vídeo que publiquei no meu canal do YouTube. Apesar do vídeo falar sobre Planejamento Pós-Edital, ele é importante para você saber o que fazer já agora para facilitar o planejamento perto da prova. Confere lá depois de ler o artigo e não se esqueça de fazer a sua inscrição no Canal clicando aqui!

 

Vamos agora então às Técnicas de Estudo!

Hoje vamos falar sobre como fazer um resumo. Mas, antes da gente conversar sobre o “como fazer”, é importante que você saiba “o quê” deve constar no seu resumo.

Quero dizer que, antes de decidir como montar o seu resumo (por exemplo: resumo escrito à mão, resumo digitado no computador, resumo gravado em áudio etc), é necessário que você identifique as informações que devem ser o conteúdo do seu resumo. Para isso, leia antes o artigo sobre as “Marcações Preliminares” (clique aqui).

 

Priorizando o tempo

Quando comecei a estudar para concursos, eu queria ser aprovado o mais rápido possível. Então, para estudar todas aquelas disciplinas, eu teria que começar a otimizar cada um dos processos envolvidos na minha preparação. Um desses processos era fazer resumos. E, até então, o único jeito de fazer resumos que eu tinha tentado na vida foi fazer resumos escritos.

 

Os resumos escritos: prós

Os resumos escritos/digitados são os mais utilizados. Vamos então falar dos seus benefícios primeiro:

1) É possível personalizar da forma que você preferir (com canetas coloridas, no caderno, em folha A4 dobrada ao meio, digitado no computador em Word etc);

2) É possível estruturar o conteúdo do curso do jeito que funcionar melhor para você e para sua memória (fazendo referências, desenhos para ajudarem como ganchos de memória, esquemas etc);

3) Ao construir o resumo escrito/digitado, vamos lendo as informações no material de estudo e fazendo a transferência delas para o resumo através da escrita/digitação, o que é um estímulo a mais para a memória.

 

Os resumos escritos: contras

Apesar do resumo escrito/digitado atingir o objetivo de conseguir fazer você revisar algo de maneira rápida e fácil, o processo de construí-lo é muito demorado e cansativo, o que faz com que o esse tipo de resumo seja eficaz mas não seja eficiente. Ou seja, você consegue fazer um resumo bom mas acaba tendo que investir muito tempo escrevendo-o.

Quem já fez esse tipo de resumo sabe bem o que estou falando, ainda mais se você não tiver desenvolvido um bom poder de síntese*¹ de informações.

Então, como eu queria passar o mais rápido possível, eu já tinha percebido que fazer resumos escritos iria me atrasar. Aí comecei a testar algumas coisas e vou falar agora sobre uma delas. É um dos métodos que funcionou muito bem comigo, principalmente para as disciplinas de direito.

Vamos lá…

 

A técnica!

Após fazer as marcações preliminares com o lápis/lapiseira no seu material e saber então o que é importante para ir para o seu resumo, passe a caneta marca-texto no que estiver marcado como se estivesse construindo um resumo escrito. O que estiver sendo marcado deve construir uma linha de raciocínio coerente como se fosse um outro texto mesmo.

Vamos aos exemplos para ficar mais fácil!

Dê uma lida nos parágrafos abaixo. Foram retirados da aula inicial do excelente curso de Direito Tributário do professor Fábio Dutra, aqui do Estratégia.

“Outro ponto importante do conceito de tributos é o que os distingue do conceito de multa. Os tributos são cobrados em decorrência de um fato gerador, que pode ser, por exemplo, a manifestação de riqueza por parte do contribuinte ou mesmo a prestação de um serviço específico e divisível pelo Estado (vamos detalhar isso no decorrer desta aula). Com isso, percebemos que os tributos não possuem o objetivo de punir, mas sim de arrecadar.

Vale destacar que há tributos cuja finalidade principal não é a arrecadação, mas sim a intervenção em um setor econômico. São os denominados tributos extrafiscais. De qualquer modo, também não têm como finalidade a sanção por um ato ilícito.

As multas, embora também sejam receitas derivadas, compulsórias e instituídas em lei, não podem ser comparadas aos tributos, pois possuem natureza claramente sancionatória. Na verdade, o ideal é que os atos ilícitos não sejam praticados, para que as multas não venham a ser cobradas.“

 

Após ler esse trecho da aula, eu aprendi de importante que:

– tributo é diferente de multa

– multa serve para punir

– tributo serve para outras coisas: arrecadar (função principal dos tributos) mas também intervir em algum setor econômico (neste segundo caso, são chamados tributos extrafiscais).

 

Então agora vamos ver esses parágrafos após o controle de qualidade (etapa 3) das marcações preliminares:

“Outro ponto importante do conceito de tributos é o que os distingue do conceito de multa. Os tributos são cobrados em decorrência de um fato gerador, que pode ser, por exemplo, a manifestação de riqueza por parte do contribuinte ou mesmo a prestação de um serviço específico e divisível pelo Estado (vamos detalhar isso logo adiante). Com isso, percebemos que os (tributos não possuem o objetivo de punir, mas sim de arrecadar).

Vale destacar que (há tributos cuja finalidade principal não é a arrecadação, mas sim a intervenção em um setor econômico. São os denominados tributos extrafiscais). De qualquer modo, também não têm como finalidade a sanção por um ato ilícito.

(As multas, embora também sejam receitas derivadas, compulsórias e instituídas em lei, não podem ser comparadas aos tributos, pois possuem natureza claramente sancionatória). Na verdade, o ideal é que os atos ilícitos não sejam praticados, para que as multas não venham a ser cobradas.“

 

Após as marcações preliminares feitas e feitos os exercícios do final da aula (conforme eu expliquei no artigo das marcações preliminares), eu voltaria para passar o marca-texto e ficaria assim, neste caso:

 

Aí, quando eu fosse fazer a revisão dessa aula, eu iria ler esses 3 parágrafos assim:

“Tributos não punir, mas arrecadar. Há tributos cuja finalidade não é a arrecadação, mas sim intervenção setor econômico. Extrafiscais. Multas possuem natureza sancionatória“.

 

Viu? Dá para ler as marcações feitas com a caneta marca-texto como se fossem um resumo escrito. Não é preciso fazer nada muito perfeito que encaixe certinho como se fosse um outro texto. A ideia principal é só ter lógica para fazer sentido na hora de revisar, beleza?

 

Sei que pode parecer estranho ou talvez até difícil de ser feito, mas não é… Essa forma de revisão é muito boa e toma bem menos tempo quando comparada ao resumo escrito.

Quando puder, faça um teste usando essa técnica em alguma capítulo de livro ou aula do Estratégia que vc estiver estudando. Espero que ajude de alguma forma!

 

Aaah…. Para finalizar! Eu disse lá em cima que este tipo de resumo funciona mais com os direitos, lembra? Isso se deve ao fato de que, nessas disciplinas, temos livros e pdfs com bastante texto. É uma abordagem bem diferente dos livros e pdfs de Raciocínio Lógico, Economia, Contabilidade, por exemplo. No direito, muitas vezes temos que aprender algum conceito e simplesmente decorar! Não é importante saber o porquê daquela definição. Em Economia ou Raciocínio Lógico, por exemplo, o que é mais importante de ser levado para a prova é geralmente a forma de raciocínio em cada assuntos. Claro que temos que raciocinar nos direitos e algumas vezes temos que simplesmente decorar também em Economia (nas fórmulas, por exemplo); mas estou falando aqui da característica principal de cada matéria.

 

Em virtude disso, em Economia, os meus resumos eram feitos em áudio e, além de me economizarem um tempo ENORME, eles me fizeram decorar todos os raciocínios daqueles gráficos estranhos com muito mais facilidade. Se não fosse isso, imagina ter que grifar com caneta marca-texto todo o raciocínio de um gráfico que o professor de economia está falando no pdf/livro? A página do pdf ficaria quase pintada com o marca-texto pois cada passo do raciocínio é muito importante. Fazer resumo escrito então de Economia? Nem se fala… Você perderia muuuito tempo! O meu próximo artigo será sobre os Resumos em Áudio!

 

Espero ter ajudado!

Bons estudos!

[Atualização] Confira o terceiro artigo da série “Técnicas de Estudo”:

https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/tecnicas-de-estudo-3-audios/

Luis Eduardo

Coach

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Obs *¹: futuramente vou trazer um artigo sobre esse tipo de habilidade de sintetização e sobre como é possível aperfeiçoá-la, ok?