Olá, tudo bem com você? No artigo de hoje vou fazer um resumo dos principais pontos que você precisa saber de matemática financeira para a prova do TCU. Vamos lá?
Hoje vamos fazer um resumo dos principais pontos de Matemática Financeira para o concurso do Tribunal de Contas da União. O objetivo é gabaritar essa prova, ok?
Vamos começar este Resumo com uma introdução, o conceito de porcentagem vai ser usado por você em vários outros assuntos desta disciplina.
Mas, o que é porcentagem?
Porcentagem é utilizada quando queremos demonstrar partes de algo inteiro, sendo pelo símbolo “%”. Ela envolve inúmeras situações com as quais nos deparamos no nosso dia a dia, por exemplo, quando dizemos: “a taxa de analfabetismo de adultos no Brasil é de 7%”, ou seja, a cada 100 adultos no Brasil, 7 são analfabetos.
Em Matemática Financeira, como falamos, a porcentagem é utilizada para vários cálculos, por exemplo, para saber quantos por cento de desconto uma loja oferece em determinado produto ou para saber a quantidade de juros aplicada sobre uma compra parcelada.
A porcentagem trata da divisão onde o denominador é o número 100. Isto é, 6% é o mesmo que 6 dividido por 100, ou seja, 6/100 = 0,06.
p% = p/100
Regra de três é um método utilizado para encontrar valores desconhecidos quando trabalhamos com grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Assim, para realizar o cálculo, é importante identificar quais grandezas se relacionam de forma direta e quais grandezas se relacionam de forma inversa.
A diferença entre elas (para efeito de Cálculo) é que quando as grandezas são INVERSAMENTE proporcionais, antes de realizar a multiplicação cruzada é necessário INVERTER uma das colunas.
O Capital é o primeiro valor investido. Trata do valor inicial da negociação, ou seja, ele é o valor de referência para calcularmos os juros com o passar do tempo. Também pode ser encontrado com outros nomes como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado.
O “Juro” é então o termo utilizado para designar o “preço do dinheiro no tempo”. Em um investimento, trata-se do valor dos rendimentos adquiridos, ou seja, é a remuneração pelo empréstimo do dinheiro.
O Montante é o valor final da transação. O montante é calculado somando o capital com os juros.
M = C + J
A taxa de juros é a porcentagem cobrada em cima do capital a cada momento.
A taxa de juros, normalmente, é expressa na forma percentual, em seguida da especificação do período a que se refere.
7 % a.a. – (a.a. significa ao ano).
9 % a.t. – (a.t. significa ao trimestre).
Juros Simples | Juros Composto | |
Conceito | Os juros são calculados sobre o capital inicial. | Os juros são calculados sobre o capital inicial mais os juros acumulados. |
Acréscimos | Somados ao capital inicial só ao final da aplicação. | Somados ao capital ao fim de cada período de aplicação (juros sobre juros). |
Método de Crescimento | Linear | Exponencial |
Utilização | É normalmente utilizado na cobrança de financiamentos, impostos atrasados, compras a prazo, etc. | É normalmente utilizado pelo sistema financeiro. |
Fórmula | J = C. i. t | M = C (1+i)ᵑ |
Valor do Capital Principal | Constante | Muda durante o período |
Retorno | Baixo | Alto |
Assim, no regime de juros simples o percentual de juros incide apenas sobre o valor principal. Desse modo, não serão cobrados “juros sobre juros”, ou seja, sobre o valor que vai sendo acrescido à dívida todos os meses.
A fórmula para o cálculo de juros simples é dada por:
J = C x i x n
Dos quais:
J = juros
C= Capital
i= taxa de juros
n = número de períodos.
O Montante trata do valor final da transação. É calculado pela soma do capital com os juros. Assim:
M = Capital + Juros
Montante = C + C x i x n = C x ( 1 + i x n )
M = C x (1 + i x n)
Por fim, Juros = Montante final – Capital inicial
J = M – C
No regime de juros compostos o cálculo de juros mensal é feito sobre o total da dívida no mês anterior, e não somente sobre o valor que foi inicialmente emprestado.
Capitalização é quando os juros são incorporados ao principal.
Assim, nos juros compostos, a taxa de juros incide sobre o capital inicial, acrescido dos juros acumulados até o período anterior.
Fórmula de Juros Compostos:
M = C (1 + i)^n
Desconto é a contrapartida por antecipar o pagamento de um título.
O valor de um título é chamado valor nominal (N). Desconto (D) é sempre a diferença entre o valor nominal (N) e o valor atual (A):
Fórmula do Desconto:
D = N – A
Preliminarmente, existem duas categorias de desconto:
Como essas duas categorias de descontos podem estar relacionados a uma taxa de juros simples ou a uma taxa de juros compostos. Logo, na verdade, temos quatro categorias de descontos:
1. Desconto racional simples;
2. Desconto comercial simples;
3. Desconto racional composto e
4. Desconto comercial composto.
A taxa nominal é quando o período de incorporação dos juros ao capital não é igual ao que a taxa se refere.
São exemplos de taxas nominais:
– 100% ao ano com capitalização mensal.
A taxa efetiva é quando o período de incorporação dos juros ao capital é igual ao que a taxa se refere.
São exemplos de taxas efetiva:
– 20% ao mês com capitalização mensal.
Resumindo:
Duas taxas i1 e i2 são equivalentes quando aplicadas ao mesmo capital durante o mesmo período, através de diferentes períodos de capitalização, produzem o mesmo montante final.
Observação n° 1: A juros simples, duas taxas equivalentes são também proporcionais; todavia, isso não ocorre quando se trata de juros compostos.
Duas taxas de juros são ditas proporcionais quando possuem períodos de capitalização diferentes e quando aplicadas sobre um mesmo capital inicial produzem montante final igual.
A taxa real de juros é a apuração de ganho ou perda em relação a uma taxa de inflação, ou de um custo de oportunidade.
A taxa aparente é a taxa obtida em uma operação financeira que não considera os efeitos da inflação.
Observação: Se a taxa de inflação for zero, a taxa aparente e a taxa real serão iguais.
Dois, ou mais, capitais, com datas de vencimento distintas, são capitais equivalentes quando, transportados para uma mesma data, a mesma taxa, produzem, nessa data, os valores iguais.
Esta data para a qual os capitais serão transportados chama-se data focal.
Segundo Parente, no regime de juros simples, a escolha da data focal influencia a resposta do problema. Isto é, quando definida uma taxa de juro, e a forma de cálculo (seja racional ou comercial), dois capitais diferentes, em datas diferentes, podem ser equivalentes, se transportados para outra data, mesmo mantendo-se todas as outras condições.
Na data focal, os títulos devem possuir um mesmo valor, o qual será o valor presente – VP (capital), e então serão chamados capitais equivalentes.
Assim, pode-se dizer que os capitais serão equivalentes quando os seus valores presentes forem iguais.
Para vencimentos anteriores a data focal:
Juros simples: N = C x (1+i x n)
Juros Compostos: N = C x ( 1 + i)^n
Para vencimentos posteriores a data focal
Juros Simples: C = N/(1+i*n)
Juros Compostos: C = N/(1+i)^n
Observação: Quando calculamos quanto vale um valor “X”em uma época diferente, estamos transportando o dinheiro no tempo. Para isso, basta lembrar que quando um valor aumenta de uma taxa, ele fica multiplicado pelo fator (1 + i) e quando diminui de uma taxa i ele fica dividido por (1 + i).
Cada sistema de amortização trata de diferentes possibilidades para o pagamento de financiamentos ou empréstimos.
Os sistemas de amortização mais utilizados são:
Observação n° 1: Em todos os sistemas, cada pagamento é a soma do valor amortizado com os juros do saldo devedor, ou seja, Prestação = amortização + juros.
P = A + J
Observação n° 2: A única parcela que faz de fato com que a dívida reduza é a parcela de amortização (A). Assim, ela é a única que diminui o saldo devedor.
O Sistema Americano de Amortização é uma categoria de quitação de financiamento que favorece quem quer pagar o valor principal através de uma única parcela. Porém, os juros devem ser pagos periodicamente ou são capitalizados e pagos junto ao valor principal, dependendo do contrato.
Assim, o principal da dívida só é amortizado ao final do contrato. Durante o contrato, são pagos somente juros sobre o saldo devedor, que se mantém inalterado até o vencimento da dívida.
No sistema de amortização constante (SAC) é a maneira de amortizar o empréstimo por prestações amortizadas em partes iguais do valor total do empréstimo.
Características deste Sistema:
• Forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem os juros, amortizando em partes iguais do total do empréstimo. O valor das prestações é decrescente, assim, os juros diminuem a cada prestação;
• O SAC é muito utilizados em financiamentos imobiliários;
• Amortiza um percentual fixo do valor principal desde o início do financiamento;
• O percentual de amortização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento;
Tabela Price ou Sistema Francês de Amortização, é um método utilizado para amortizar um empréstimo cuja principal característica é apresentar prestações iguais.
É muito utilizado na compra de eletrodomésticos, artigos de consumo, roupas, etc.
A principal característica deste sistema é manter as prestações iguais e aqui os valores das amortizações obedecem a uma progressão geométrica em função do fator de rendimento.
Características deste Sistema:
SAC | PRICE |
Parcelas decrescentes | Parcelas iguais |
Amortização constante | Amortização crescente |
Primeira prestação alta | Primeira prestação baixa |
Última prestação baixa | Última prestação alta |
O saldo devedor diminui de forma um pouco mais acelerada. | Saldo devedor diminui mais lentamente |
Montante de juros menor ao fim do prazo. | Montante de juros maior no fim do prazo |
financiamento de imóveis. | financiar carros |
Cada prestação é a média aritmética das prestações respectivas no Sistema Price e no Sistema de Amortização Constante.
Espero que tenham gostado do artigo!
Um abraço e bons estudos!
Leonardo Mathias
@profleomathias
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