Oi pessoal!
Meu nome é Moema Machado e sou professora de arquitetura para concursos do Estratégia Concursos.
Vou dar continuidade ao artigo postado ontem.
31.
Com relação a estruturas de aço, para montagens consideradas mais complexas deve ser elaborado:
(A) Programa Detalhado contendo a relação de requisitos de segurança, de qualidade e a exigência de atestados válidos.
(B) Caderno de Execução no Canteiro de obras indicando a forma de armazenamento, a identificação, as quantidades e as especificações das peças.
(C) Estratégia de Montagem com detalhamento da sequência de montagem e os seus ciclos.
(D) Plano detalhado de “rigging” dos içamentos críticos que leve em conta os equipamentos necessários de acordo com o peso e a quantidade das peças a serem montadas em um mesmo momento.
(E) Memorial Descritivo Completo detalhando a descarga e a forma de estocagem das peças.
Comentários A Montagem de Estruturas de Aço possui diferentes graus de complexidade. Entretanto, por mais simples e rotineira que seja a Montagem de determinada Estrutura, todas as operações de içamento de peças representam algum risco, seja para o pessoal envolvido, seja para os equipamentos. Os riscos devem ser minimizados ao extremo, adotando-se procedimentos técnicos e métodos adequados que garantam a segurança durante as operações de campo. Para as operações de Montagem menos complexas será elaborado um Plano de Montagem simplificado. Para a Montagem de Estruturas mais complexas será elaborado um Plano de Montagem detalhado com Plano de Rigging dos Içamentos Críticos. A classificação das Operações de Montagem segundo sua complexidade será feita conforme as recomendações deste Anexo, seguindo o critério da Contratante e da Montadora. Algumas definições: Içamento Crítico – Um içamento poderá ser classificado como crítico pelo Contratante ou pela Montadora sempre que requeira maior cuidado e planejamento detalhado ou quando ocorrer qualquer uma das seguintes condições: a Carga excede a 10 toneladas; a Carga excede a 85 por cento da capacidade do Equipamento; a operação de içamento exige dois ou mais guindastes; a Carga suspensa passará sobre instalações ocupadas ou nas proximidades de cabos de eletricidade energizados. Plano de “Rigging” – Conjunto de documentos composto pelos Diagramas Vertical e Horizontal e Folha de Dados. “Rigging” – Técnicas de Içamento ou movimentação de Cargas e Peças de Estruturas. (ABCEM; ABECE, 2010) |
Gabarito: alternativa D |
32.
Venturi, Scott Brown e Izenour sustentam que a arquitetura depende, para sua percepção e criação, de experiências passadas e associações emocionais, elementos estes que podem se contradizer em relação à forma, à estrutura, e ao programa do edifício aos quais estão associados. Para demonstrar este raciocínio, descrevem dois tipos de edifícios:
Os autores se referem a estes dois tipos de edifícios como, respectivamente,
(A) pato e idiossincrasia.
(B) falso ornamento e distorção.
(C) pato e galpão decorado.
(D) galpão decorado e falso ornamento.
(E) distorção e idiossincrasia.
Comentários “Enfatizaremos a imagem – a imagem acima do processo ou da forma – ao sustentar que a arquitetura depende, para sua percepção e criação, de experiências passadas e associações emocionais e que esses elementos simbólicos e representacionais podem, com freqüência, contradizer-se à forma, à estrutura e ao programa com os quais estão associados no mesmo edifício. Examinaremos essa contradição em suas duas manifestações principais: 1. Quando os sistemas arquitetônicos de espaço, estrutura e programa são submersos e distorcidos por uma forma simbólica global, chamamos esse tipo de edifício, que se converte em escultura, de pato, em homenagem ao ‘Patinho de Long Island’, avícola em forma de pato, ilustrado por Peter Blake em seu livro God’s Own Junkyard […]. 2. E damos o nome de galpão decorado ao tipo de edifício cujos sistemas de espaço e estrutura estão diretamente a serviço do programa, e o ornamento se aplica sobre estes com independência […]. O pato é a edificação especial que é um símbolo; o galpão decorado é o abrigo convencional a que se aplicam símbolos […]. Sustentamos que ambos os tipos de arquitetura são válidos – Chartres é um pato (embora seja um galpão decorado também), e o palácio Farnese é um galpão decorado – mas achamos que o pato é raramente relevante hoje, embora permeie toda a arquitetura moderna.” Fonte(s): VENTURI, Robert; SCOTT BROWN, Denise; IZENOUR, Steven. Aprendendo com Las Vegas: o simbolismo (esquecido) da forma arquitetônica. São Paulo: Cosac Naify, 2003, grifos dos autores. http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=118 |
“Aprendendo com Las Vegas”, publicado originalmente em 1972, foi um livro bastante influente e igualmente controverso para a teoria arquitetônica e os estudos urbanos na segunda metade do século XX. É considerado por muitos autores – sejam eles arquitetos ou mesmo de outras áreas, favoráveis ou não aos seus posicionamentos – como uma das obras fundamentais para se entender o pós-modernismo. O livro foi dividido, originalmente, em três partes. Na primeira, “Uma significação para os estacionamentos da A&P, ou Aprendendo com Las Vegas”, são apresentados os resultados do projeto de pesquisa desenvolvido em um ateliê na pós-graduação da Universidade de Yale, em 1968 – onde Denise Scott Brown e Robert Venturi ensinavam na época -, e teve como base o artigo publicado por Scott Brown e Venturi na revista The Architectural Forum em março daquele mesmo ano. Na segunda parte, “Arquitetura feia e banal, ou o galpão decorado”, os autores dão prosseguimento à análise inicial e apontam possibilidades para a arquitetura, tirando partido do simbolismo e da iconografia da cidade contemporânea. Na terceira parte do livro, “Ensaios sobre o feio e o banal: alguns galpões decorados”, foram apresentados projetos do escritório Venturi and Rauch, desenvolvidos entre 1965-71. Esta seção foi removida a partir da segunda edição do livro – mesmo sua menção foi removida no Prefácio revisado para a segunda edição, em 1977. Ao longo da obra, especialmente na segunda parte, fazem uma crítica à produção arquitetônica da época nos Estados Unidos, especialmente a obras influenciadas pelo tema das megaestruturas. Os autores afirmam que seus interesses iam além de trabalhar especificamente com a cidade de Las Vegas. Eles pretendiam, em sentido amplo, compreender o fenômeno de uma nova forma urbana que estava surgindo naquele momento nos Estados Unidos e na Europa (a cidade como um corredor comercial), usando Las Vegas como a sua formação arquetípica. E, sobretudo, ainda segundo os autores, o livro traz como tema principal a questão do simbolismo da forma arquitetônica – daí terem acrescentado um subtítulo a partir da segunda edição, de 1977. http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=118 Gabarito: alternativa C |
33.
Em hipotética obra de adequação às normas e legislação de acessibilidade para o ingresso da população a edifício pertencente ao Ministério Público, verifica-se a necessidade de se vencer um desnível de 1 metro de altura por rampa. Para tanto, são elencadas três possibilidades:
I. Rampa única com 12 m de comprimento horizontal
II. Rampa com dois segmentos de 5 m de comprimento horizontal cada, com patamar intermediário.
III. Rampa com dois segmentos de 6 m de comprimento horizontal cada, com patamar intermediário.
Está de acordo com a Norma Brasileira para Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) II, apenas.
Comentários Vamos analisar cada afirmativa. Em primeiro lugar, apesar de ser uma obra de adequação, a tabela 7 não nos vai ajudar e utilizaremos a tabela 6 da NBR 9050:2015. I. Como o desnível é de 1,00 m, para termos uma rampa única, sem patamares intermediários, nossa inclinação máxima será de 6,25 %. Fazendo regra de 3, temos: Em 1,00 m subimos 0,0625 Em x m subimos 1,00 m Logo, o comprimento da rampa seria de 16,00 m e, não de 12,00 m. II. Para se utilizar a inclinação máxima, permitida pela NBR 9050, de 8,33 %, precisaremos de 1 patamar intermediário, vamos calcular o comprimento da rampa nesse caso: Em 1,00 m subimos 0,0833 Em x m subimos 1,00 m Logo, o comprimento da rampa, sem a inclusão do patamar intermediário, seria de 12,00 m e, não de 10,00 m. Assim, poderíamos ter 2 segmentos de 6 m de comprimento horizontal cada. III. Correta, conforme explicação acima. |
Gabarito: alternativa C |
34.
Considere as afirmações abaixo, relativas a sistemas de certificação de edifícios.
I. O sistema BREEAM foi desenvolvido inicialmente para a realidade do Reino Unido, porém foi criado posteriormente um referencial internacional padrão que pode ser aplicado globalmente.
II. O selo AQUA foi desenvolvido para ser aplicado em edificações brasileiras e possui 6 categorias para avaliar o desempenho ambiental dos empreendimentos, sendo estes Qualidade Urbana, Projeto e Conforto, Eficiência Energética, Conservação de Recursos Materiais, Gestão da Água, e Práticas Sociais.
III. No sistema LEED, o processo de certificação se dá por meio de check list de todas as fases do projeto do edifício, desde o projeto básico, executivo, execução do projeto e pós-ocupação.
Está correto o que se afirma em
(A) I e III, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I, II e III.
(D) II e III, apenas.
(E) II, apenas.
Comentários Vamos analisar cada afirmativa. I. Correta. Sendo o sistema de certificação de edifícios sustentáveis mais antigo existente (CICLOVIVO, 2011), o BREEAM foi lançado em 1990 na Inglaterra pelo BRE, grupo britânico de pesquisa, consultoria e testes para os setores da construção civil e do meio ambiente no Reino Unido (PROSPECT, s.d.). É um dos sistemas mais utilizados no mundo, contando com 425 mil edificações certificadas e outras 2 milhões registradas para certificação desde o ano de seu lançamento, e pode ser aplicado em qualquer parte do mundo para qualquer tipo de edifício, esteja ele apenas em fase de elaboração de projeto ou já tendo sido construído (BREEAM, 2015). O UKAS é o único organismo de acreditação britânico reconhecido pelo governo do Reino Unido para avaliar, de acordo com parâmetros reconhecidos internacionalmente, organizações que realizam serviços de certificação, testes e inspeção (UKAS, s.d.). É de acordo com o esquema de credenciamento deste organismo que os assessores do BREEAM são treinados para fazer o acompanhamento e avaliação certificada do programa em várias fases do ciclo de vida de uma edificação, como seu projeto, construção e uso (INOVATECH, s.d.). (Nascimento & Piazer, 2015) https://www.breeam.com/discover/how-breeam-certification-works/ O melhor lugar para se pesquisar sobre o selo é no site, pois os selos estão sempre sendo revisados e aprimorados. II. Incorreta. Outra certificação nacional originária de um sistema internacional é o selo Aqua, adaptado em 2007 pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini (FCAV), vinculada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com base na certificação HQE, desenvolvida pelo Comitê Científico da Tecnologia da Construção (CSTB), da França. O selo Aqua se baseia na avaliação do desempenho de um edifício. (…) A certificação Aqua tem uma peculiaridade dentro das certificações verdes existentes no mercado brasileiro: possui uma aplicação mais exigente, comparativamente, porque requer o atendimento a todas as 14 categorias ( Fig. 21.1 ) e a verificação por meio de auditorias presenciais ao longo de três etapas do programa: concepção (projeto), realização (construção) e uso dos empreendimentos (obra concluída). Fig. 21.1 As 14 categorias da certificação Aqua Fonte: Aqua (2013). Por exigir desempenho mínimo em todos os critérios, permite maior flexibilidade às soluções de projeto, que podem ser adotadas de acordo com o contexto, considerando fatores como clima, vegetação, cultura e aspectos particulares do ambiente construído e das comunidades locais. Os níveis de desempenho variam de excelente, para as melhores práticas (três pontos com classificação excelente, no mínimo), superior, para as boas práticas (quatro pontos com classificação superior), e bom, para as práticas correntes e legislação (sete pontos no máximo), totalizando 14 itens. (Organizadores: Gonçalves & Bode, 2015) Site oficial: A avaliação da Qualidade Ambiental do Edifício é feita para cada uma das 14 categorias de preocupação ambiental e as classifica nos níveis BASE, BOAS PRATICAS ou MELHORES PRATICAS, conforme perfil ambiental definido pelo empreendedor na fase pré-projeto. Para um empreendimento ser certificado AQUA-HQE, o empreendedor deve alcançar no mínimo um perfil de desempenho com 3 categorias no nível MELHORES PRATICAS, 4 categorias no nível BOAS PRATICAS e 7 categorias no nível BASE. As evidências de gestão e desempenho são submetidas à auditoria da Fundação Vanzolini ao final de cada uma destas fases. As auditorias da Fundação Vanzolini são presenciais e independentes. Elas asseguram e atestam a conformidade do empreendimento às exigências de gestão e desempenho definidas nos referenciais técnicos. Para obter a certificação da construção nova o empreendedor deve planejar e garantir o controle total do desenvolvimento do empreendimento nas fases Pré-projeto, projeto e Execução. Para obter a certificação do empreendimento em uso e operação, as rotinas de gestão predial devem ser planejadas e monitoradas periodicamente. O empreendimento será certificado, com emissões dos certificados após as auditorias, uma vez constatado atendimento aos critérios dos Referenciais Técnicos de Certificação e comprovado o alcance do perfil mínimo. Com o Processo AQUA-HQE o empreendedor passará a receber 02 certificados: um da Fundação Vanzolini Processo AQUATM e outro do Cerway HQETM, com todos os elementos padronizados internacionalmente, fundamentado na certificação Processo AQUATM da Fundação Vanzolini. As evidências de gestão e desempenho são submetidas à auditoria da Fundação Vanzolini ao final de cada uma destas fases. III. Correta. Uma das características principais da certificação LEED é o preenchimento de um Check-list. É possível baixar o Check-list no site. https://1drv.ms/x/s!AjQt5CCeULAdjZpTeBesXRY92oZkwg Esta certificação funciona para todos os edifícios e pode ser aplicado a qualquer momento no empreendimento. Os Projetos que buscam a certificação LEED serão analisados por 8 dimensões. Todas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações) que a medida que atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 pontos a 110 pontos. Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum. O LEED para Projeto e Construção de Edifícios (LEED BD+C) fornece parâmetros para construir um edifício que considere a sustentabilidade de maneira holística, dando a chance de acertar em cheio cada aspecto sustentável, maximizando seus benefícios. Etapas para a certificação: |
Gabarito: alternativa A |
35.
O fenômeno acústico que compreende a mudança de direção que uma onda sonora sofre quando passa de um meio de propagação para outro é denominado
(A) reverberação.
(B) difração.
(C) ressonância.
(D) reflexão.
(E) refração.
Comentários O fenômeno acústico em questão é o da refração que acontece devido à natureza ondulatória do som. A refração em uma onda ocorre quando ela passa de um meio para outro com índice de refração diferente, ocorrendo, dessa forma, a variação da velocidade de propagação e a variação do comprimento de onda, mas nunca a variação da frequência, pois se trata de uma característica da fonte que está emitindo a onda. |
Gabarito: alternativa E |
36.
Com relação à eficiência energética em edificações, são indicadores de consumo energético e de intensidade energética, respectivamente,
(A) potência instalada em W por m2 e consumo final de energia por habitante.
(B) consumo total de energia por habitante e demanda retirada em kW por ano.
(C) consumo final de energia por habitante e potência instalada em W por m2.
(D) energia economizada em MWh por ano e demanda retirada em kW por ano.
(E) demanda retirada em kW por ano e energia economizada em MWh por ano.
Comentários Pode-se entender eficiência energética como a característica de um equipamento ou processo produtivo de entregar a mesma quantidade de produto final ou serviço a partir de uma menor quantidade de energia. De forma simples, vamos a alguns conceitos: Eficiência energética = reduzir o consumo de energia provendo o mesmo nível de serviço energético ou manter o consumo e aumentar o oferecimento do serviço energético. Uso racional de energia = Utilização da menor quantidade técnica e economicamente possível para a obtenção dos diversos produtos e serviços através da eliminação dos desperdícios, do uso de equipamentos eficientes e do aprimoramento de processos produtivos. Intensidade energética = quantidade de energia necessária para produzir uma unidade de produto final ou serviço, dada em unidades de [energia]/[unidade de produto ou serviço] Exemplos: kWh/(tonelada de produto), litro de combustível/km rodado, MWh/ton de alumínio. Intensidade Energética da Economia = Razão entre consumo de energia (E) / PIB ou PNB. Exemplos: Indústria no Brasil: 5,41 Btu / US$, Indústria na Austrália: 1,35 Btu / US$, Edificação residencial no Brasil: 49 KJ / m2, Edificação comercial no Brasil: 193 KJ / m2. Indicadores de consumo de energia = Consumo mensal: kWh/mês, kWh/m2, kW/m2, kWh/hab, automóveis: km /l, Caminhões: km/l/ton, Lâmpadas: lúmen/W, Refrigeradores: kWh/ano/l. Os indicadores energéticos são ferramentas uteis de avaliação do progresso da eficiência energética como um todo ou em setores específicos. A seleção de indicadores a serem utilizados para avaliar o progresso da eficiência energética nas projeções decenais é uma atividade importante, devendo a seleção ser convergente com este objetivo. A partir disso, procedeu-se à avaliação do conjunto de indicadores que poderiam ser utilizados com este objetivo como, por exemplo, a lista de indicadores propostos pela International Atomic Energy Agency (IAEA, 2005), apresentada na Tabela 3. A seleção do conjunto de indicadores globais aplicado à avaliação dos ganhos de eficiência energética no horizonte decenal é apresentada na Tabela 4. Tais indicadores são aderentes ao banco de indicadores de eficiência energética, desenvolvido pela EPE, criado como uma ferramenta com fins de monitoramento do desempenho de eficiência energética no Brasil. |
http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-251/topico-311/DEA%2026%20Efici%C3%AAncia%20Energ%C3%A9tica%20e%20Gera%C3%A7%C3%A3o%20Distribu%C3%ADda%20para%20os%20pr%C3%B3ximos%2010%20anos[1].pdf A eficiência no uso da energia entrou na agenda mundial a partir dos choques no preço do petróleo dos anos 1970, quando ficou claro que o uso das reservas de recursos fósseis teria custos crescentes, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista ambiental. Logo se reconheceu que um mesmo serviço poderia ser obtido com menor gasto de energia e, consequentemente com menores impactos econômicos, ambientais, sociais e culturais. Equipamentos e hábitos de consumo passaram a ser analisados em termos da conservação da energia tendo sido demonstrado que, de fato, muitas iniciativas que resultam em maior eficiência energética são economicamente viáveis, ou seja, o custo de sua implantação é menor do que o custo de produzir ou adquirir a energia cujo consumo é evitado. (…) No Brasil, diversas iniciativas sistematizadas vêm sendo empreendidas há mais de 20 anos. Destacam-se o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), cuja coordenação executiva está a cargo da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (ELETROBRAS), e o Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (CONPET), cuja coordenação executiva é de responsabilidade da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), o Programa de apoio a Projetos de Eficiência Energética (PROESCO), cuja coordenação executiva pertence ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O PBE é vinculado ao ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC). O PROCEL e o CONPET são vinculados o Ministério de Minas e Energia (MME). Além destes, a Lei nº 10.295/2001 determina a instituição de “níveis máximos de consumo específico de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados e comercializados no país” e o Decreto n° 4.059/2001 regulamenta a mesma. Neste âmbito insere-se, por exemplo, a política de banimento gradativo das lâmpadas incandescentes por faixa de potência através da Portaria Interministerial MME/MCTI e MDIC, nº 1.007/2010. (EPE; MME, 2014) Gabarito: alternativa A |
37.
Considere a figura abaixo.
Com relação à determinação gráfica dos dispositivos de proteção solar em edificações, a figura ilustra uma máscara produzida por um dispositivo de proteção solar
(A) semicircular.
(B) vertical e infinito.
(C) horizontal e finito.
(D) horizontal e infinito.
(E) vertical e finito.
Comentários (Frota & Schiffer, 2007) (Olgyay, 2015) |
Gabarito: alternativa D |
38.
A ilustração abaixo demonstra possibilidades para o posicionamento de elementos como quadros e aberturas nas paredes de uma edificação.
Para Bruno Zevi, a respeito de simetria, assimetria e dissonâncias na linguagem moderna da arquitetura,
(A) simetria é um conceito subjetivo e refém das preferências históricas de cada sociedade, devendo ser adotado quando aspectos culturais assim demandem.
(B) simetria é desperdício econômico, mais cinismo intelectual. Portanto, deve-se situar tais elementos em quaisquer pontos que não sejam simétricos ou centralizados.
(C) assimetria é desperdício econômico, mais cinismo intelectual. Portanto, deve-se situar tais elementos em quaisquer pontos que não sejam simétricos ou centralizados.
(D) simetria é desperdício econômico, mais cinismo intelectual. Portanto, deve-se situar tais elementos sempre que possível centralizados e simetricamente dispostos.
(E) assimetria é desperdício econômico, mais cinismo intelectual. Portanto, deve-se situar tais elementos sempre que possível centralizados e simetricamente dispostos.
Comentários Questão embasada no livro de Bruno Zevi “A Linguagem Moderna da arquitetura”. Em seu livro “Linguagem Moderna da Arquitetura”, o arquiteto e teórico Bruno Zevi procurou preencher a lacuna deixada pelo seu predecessor “Linguagem Clássica da Arquitetura” do inglês John Summerson. Segundo Zevi, durante séculos, a única língua arquitetônica foi a do classicismo. Todas as outras eram, então, consideradas exceções à regra e, por isso, não possuíam vida autônoma. Deste modo, tendo a arquitetura moderna nascida como uma antítese à polêmica do neoclassicismo, se ela não se estruturar em língua, corre o risco de se tornar instransmissível. A assimetria apresenta-se como invariável da linguagem moderna por se contrapor a uma invariável do classicismo: a simetria. De acordo com Zevi, a simetria está relacionada a um desperdício econômico, a uma necessidade de segurança, ao medo da flexibilidade, ao tempo vivido e à passividade, é sinônimo de poder e dominação. O autor relaciona ainda a simetria à fachada de um poder fictício. Afirma que nem todos edifícios simétricos são retóricos, mas todos os edifícios retóricos são simétricos. Nesse sentido, na hora de projetar, sempre que pensarmos em que posição colocar algo, devemos colocar “em outro lugar”. Desta maneira, estaríamos fugindo do óbvio, das noções pré-concebidas. |
Gabarito: alternativa B |
39.
A respeito da significativa produção arquitetônica das últimas duas décadas, o arquiteto e crítico Josep Maria Montaner identifica que a importância outorgada aos sentidos, à percepção e à experiência humana associa-se a uma visível aproximação da arquitetura à corrente filosófica da fenomenologia, e que se reflete sobretudo nas obras de
(A) Álvaro Siza e MRDV.
(B) Steven Holl e Peter Zumthor.
(C) Rafael Moneo e Lacaton & Vassal.
(D) BIG e Giancarlo Mazzanti.
(E) Zaha Hadid e Frank Gehry.
Comentários Questão embasada no livro de Josep Maria Montaner “Do diagrama às experiências, rumo a uma arquitetura de ação”. Arquiteturas da experiência, da percepção e dos sentidos Nesta seção será analisada a obra de arquitetos contemporâneos para quem a experiência, os processos de percepção e a satisfação dos sentidos são fundamentais. Tudo isso está em sintonia com os argumentos do crítico Juhani Pallasmaa em sua defesa de uma arquitetura dos sentidos. Em Os olhos da pele,1 Pallasmaa sustenta que os arquitetos fenomenólogos são Steven Holl, Glenn Murcutt e Peter Zumthor, que será discutido neste capítulo. Com suas aquarelas e maquetes, Steven Holl (1947) prevê os efeitos da luz natural, de maneira que os espaços interiores possam ser percebidos, sentidos, apalpados, cheirados e tenham temperatura e cor. Usando esses instrumentos, ele demonstra possuir uma concepção sensorial do diagrama. E Glenn Murcut (1936) constrói sozinho uma obra minuciosa e lenta, casas que se elevam acima do terreno – para se proteger do calor e dos animais – com coberturas inclinadas para favorecer a ventilação natural e o aproveitamento da luz solar. Nessa linha, há arquitetos que conferem uma importância especial à felicidade das pessoas por meio dos processos de percepção, como Billie Tsien e Tod Williams, Laura Spinadel ou Mauricio Rocha, que serão analisados mais adiante. Começaremos pela obra de Carlo Scarpa, compreendida sob essa óptica e não a partir da visão convencional da intensidade no detalhe. (Montaner Montaner, Josep Maria. Do diagrama às experiências, rumo a uma arquitetura de ação (Locais do Kindle 2206-2219). GG. Edição do Kindle. |
Gabarito: alternativa B |
30.
Considere a figura abaixo.
A figura ilustra uma instalação predial de esgoto. Os itens I, II, III e IV correspondem, respectivamente, a
(A) coletor residencial, esgoto secundário, tubo de queda e coletor privado.
(B) esgoto secundário, esgoto primário, tubo de ventilação e coletor predial.
(C) esgoto primário, esgoto secundário, tubo de ventilação e esgoto terciário.
(D) esgoto terciário, esgoto secundário, tubo de queda e esgoto primário.
(E) esgoto secundário, esgoto primário, tubo de ventilação e tubo de queda.
Comentários Questão embasada no livro de Roberto de Carvalho Júnior “Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura”. |
(Júnior, 2017) Gabarito: alternativa B |
Abraços, Moema
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