Tribunais

Primeiro Simulado de Português Tribunais FCC (com gabarito)

 Olá, pessoal! Segue o  Primeiro Simulado de Português Tribunais FCC (com gabarito).

Como muitos alunos informaram que estavam tendo dificuldades de baixar a prova em pdf, segue a prova abaixo na íntegra.

 

Toda a prova apresenta questões inéditas, montadas e organizadas pelo professor Décio Terror, do Estratégia Concursos. Havendo o compartilhamento deste material, pedimos a gentileza de manter a formatação original, inclusive com os créditos do autor e da Instituição Estratégia Concursos.

 

Este é um simulado gratuito!

O comentário deste  Primeiro Simulado de Português Tribunais FCC (com gabarito) está no seguinte link:

https://youtu.be/o4PuR0732k4

 

 

Você também pode baixar este simulado em PDF!

 

 

 

Leia o texto abaixo para responder às questões.

Delator afirma que Odebrecht abasteceu caixa 2 de Eduardo Paes com R$ 30 milhões em dinheiro e no exterior

A delação do diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio, Leandro Andrade Azevedo, explode no peito do prefeito da cidade, Eduardo Paes, conhecido como “Nervosinho” pelos executivos da construtora.

No anexo apresentado aos investigadores, Azevedo detalha como a companhia abasteceu o caixa 2 da campanha de Paes à reeleição, em 2012.

De acordo com o executivo, a Odebrecht desembolsou R$ 11,6 milhões e US$ 5,7 milhões, não declarados. O esquema repetia o roteiro desenhado para as operações que engordaram o caixa paralelo da chapa de Luiz Fernando Pezão.

Parte do dinheiro foi entregue em espécie no endereço da agência Prole, no Rio, e o restante, em contas no exterior indicadas pela mesma empresa de publicidade, que prestava serviços à campanha.

“O propósito para os pagamentos feitos, como detalhado no tópico inicial deste relato, era manter o acesso privilegiado da companhia a agenda de Eduardo Paes, permitindo que pudéssemos tratar diretamente com ele, sem burocracia ou qualquer dificuldade, sobre atrasos de pagamentos ou qualquer problema na execução de nossos contratos”.

Azevedo contou que os valores eram acertados por outro diretor da Odebrecht, Bendicto Junior, diretamente com o prefeito.

Na etapa seguinte, cabia a Azevedo negociar as formas e a periodicidade dos repasses.

Segundo ele, esses detalhes da negociata eram tratados com o homem forte de Paes, o deputado federal Pedro Paulo, candidato derrotado à prefeitura carioca na última eleição.

Conforme as informações prestadas por Azevedo, Pedro Paulo, então coordenador da campanha do prefeito, deixou claro que o dinheiro deveria sair da Odebrecht para as mãos de Renato Pereira, o dono da Prole.

Ao menos uma das reuniões ocorreu no endereço oficial da prefeitura, em Botafogo, Zona Sul do Rio.

“Em reunião realizada no Palácio da Cidade, situado na Rua São Clemente, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ, Pedro Paulo orientou-me a efetuar pagamentos a Renato Pereira da agência de publicidade Prole responsável pela campanha de todo o PMDB no Rio de Janeiro”.

Na ocasião, o delator teve uma surpresa. “Eu questionei a Pedro Paulo como eu combinaria os pagamentos com Renato Pereira, quando então ele me disse que Renato estava do lado de fora da sala e entraria na sequência para tratar deste assunto. Combinei com Renato que os pagamentos seriam feitos via entregas semanais/quinzenais de dinheiro na[…] na Urca”.

A grana enviada para fora do país tinha como endereços uma conta em Bahamas e outra na Suíça.

 

Maurício Lima – Radar on-line http://www. http://veja.abril.com.br/ (Cópia literal! Acesso em 10/12/2016)

 

1. Sobre as informações do texto, marque a alternativa correta:

(A) Entende-se do texto que a Odebrecht só pagava os valores em reais (moeda brasileira), por meio de transferências bancárias, no Brasil e no exterior.

(B) A delação do diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio, Leandro Andrade Azevedo, contra o prefeito do Rio Eduardo Paes, mostrou que o esquema foi inovador, original.

(C) As finalidades da propina eram o abastecimento do caixa 2 da campanha de Paes à reeleição, em 2012, e, em contrapartida, posteriormente, a garantia do acesso direto da companhia ao prefeito.

(D) Todo o esquema era tratado longe dos prédios oficiais do governo carioca, a fim de não levantar qualquer suspeita das negociações.

(E) Segundo o delator da Odebrecht, o prefeito recebeu diretamente vários pagamentos, em sua residência particular, a fim de não levantar suspeitas.

 

2. Sobre os dados do texto e sua estrutura, é incorreto afirmar o seguinte:

(A) No primeiro parágrafo, o vocábulo “explode” encontra-se com valor conotativo.

(B) No primeiro parágrafo, o vocábulo “Nervosinho” traduz um tom pejorativo.

(C) O título do texto transmite a ideia principal da qual o texto trata.

(D) No último parágrafo, a palavra “grana” é típica da linguagem informal, livre, coloquial.

(E) Na expressão “o delator teve uma surpresa”, o vocábulo “surpresa”  retoma informação anteriormente inserida no texto.

 

3. Considerando-se o contexto, está clara e corretamente traduzido o sentido deste segmento:

(A) No anexo apresentado aos investigadores, Azevedo detalha (1º parágrafo)= No apenso exposto pelos investigadores, Azevedo especifica.

(B) O esquema repetia o roteiro desenhado. (3º parágrafo) = O resumo repercutia a descrição alinhavada.

(C) as operações que engordaram o caixa paralelo da chapa de Luiz Fernando Pezão. (3º parágrafo) = as estratégias que subnutriram o caixa 2 da chapa de Luiz Fernando Pezão.

(D) A grana enviada para fora do país tinha como endereços uma conta em Bahamas e outra na Suíça (13º parágrafo) = O pagamento remetido ao exterior tinha como endereços uma conta em Bahamas e outra na Suíça.

(E) Eu questionei a Pedro Paulo como eu combinaria os pagamentos com Renato Pereira (12º parágrafo) = Eu indaguei Pedro Paulo sobre como eu anuiria os estipêndios com Renato Pereira

 

4. Marque a alternativa em que o vocábulo “que” seja elemento coesivo que retoma termo anterior.

(A) … quando então ele me disse que Renato estava do lado de fora da sala (12º parágrafo)

(B) O esquema repetia o roteiro desenhado para as operações que engordaram o caixa paralelo… (3º parágrafo)

(C) …agenda de Eduardo Paes, permitindo que pudéssemos tratar diretamente com ele… (5º parágrafo)

(D) Azevedo contou que os valores eram acertados por outro diretor da Odebrecht… (6º parágrafo)

(E) Pedro Paulo, então coordenador da campanha do prefeito, deixou claro que o dinheiro deveria sair da Odebrecht. (9º parágrafo)

 

5. As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na frase:

(A) Acaba por se constituir numa grande hipocrisia as atitudes de políticos que se dizem reger por determinada moral e pratica outra, inteiramente diversa.

(B) É comum ouvir de alguns políticos estarem havendo abusos dos agentes do judiciário quando, na realidade, muitos querem se proteger com o “escudo parlamentar”.

(C) Couberam aos agentes da Polícia Federal, no âmbito das atividades que lhes são conferidos constitucionalmente, colher provas na dura luta desse processo investigativo.

(D) A maioria dos cidadãos apoia a Operação Lava-Jato e querem os políticos corruptos respondendo pelos crimes cometidos, com prisão e devolução do dinheiro roubado aos cofres públicos.

(E) Advêm de nossa passividade na vida política brasileira as propinas, chantagens, caixas 2, “favores” entre políticos, pois uma sociedade ativa não permite uma política suja.

 

6. Na etapa seguinte, cabia a Azevedo negociar as formas e a periodicidade dos repasses.

O verbo sublinhado abaixo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase acima está em

(A) …entraria na sequência para tratar deste assunto…

(B) Azevedo detalha como a companhia abasteceu o caixa 2…

(C) …empresa de publicidade, que prestava serviços à campanha…

(D) …abasteceu o caixa 2 da campanha de Paes à reeleição, em 2012.

(E) Eu questionei a Pedro Paulo como eu combinaria os pagamentos…

 

7. De acordo com o executivo, a Odebrecht desembolsou R$ 11,6 milhões e US$ 5,7 milhões, não declarados.

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

(A) são desembolsados.

(B) é desembolsado.

(C) serão desembolsados.

(D) foram desembolsados.

(E) foi desembolsado.

 

8. Com base no trecho abaixo, leia cada afirmativa e marque a alternativa correta:

No anexo apresentado aos investigadores, Azevedo detalha como a companhia abasteceu o caixa 2 da campanha de Paes à reeleição, em 2012.”

I –      As duas vírgulas podem ser excluídas, permanecendo a correção gramatical e o sentido.

II –     O acento grave ocorreu, tendo em vista a fusão da preposição “a”, exigida por “abasteceu”, com o artigo feminino “a”, que precede o substantivo feminino “reeleição”.

III –   O vocábulo “como” inicia oração subordinada substantiva, a qual completa o sentido do verbo “detalha”.

(A) Somente a afirmativa II está correta.

(B) Somente a afirmativa III está correta.

(C) Somente as afirmativas II e III estão corretas.

(D) Nenhuma afirmativa está correta.

(E) Somente as afirmativas I e II estão corretas.

 

9. O texto das alternativas é de autoria de Antonio Jiménez Barca, foi extraído do site www.brasil.elpais.com e foi adaptado. Marque a alternativa correta quanto à pontuação.

(A) O explosivo depoimento de Cláudio Melo Filho, um ex-alto executivo da Odebrecht ao Ministério Público Federal, divulgada nesta sexta-feira, coloca o presidente Michel Temer e dezenas de membros de destaque de seu partido, o PMDB, no meio das investigações anticorrupção em andamento no Brasil.

(B) Todos eles são citados, por receber subornos e doações não declaradas para campanhas eleitorais. Se antes foi a vez do PT de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff (nunca envolvida pessoalmente em nenhuma denúncia), agora a delação atinge, em cheio, o partido que está no poder.

(C) Um poder que ele alcançou em agosto, depois de um longo processo de impeachment no qual quase todos os que agora são denunciados por embolsar milhões, apelaram à legalidade mais estrita − e à decência pessoal − para derrubar a presidenta, acusada não de se apropriar de dinheiro, mas de maquiar contas públicas para equilibrar o Orçamento.

(D) Melo Filho − ex-diretor de Relações Internacionais da Odebrecht, encarregava-se, entre outras coisas − segundo seu próprio depoimento −, de manter azeitado, em Brasília o contato entre deputados e senadores (principalmente do PMDB, mas também de outros partidos, incluindo o PT) a fim de que eles intercedessem para que fossem aprovadas leis ou emendas favoráveis aos interesses de sua empresa.

(E) Em troca, a Odebrecht pagava, a esses deputados influentes, somas astronômicas depois de alcançado seu objetivo. Ou seja, a declaração revela, com detalhes, com quantias e com nomes uma sistemática e prolongada rede de tráfico de influência simples e nociva que durou pelo menos uma década, envolvendo dezenas de deputados do PMDB, alguns dos quais se tornaram ministros relevantes e muito próximos de Temer, como Romero Jucá, ex-ministro da Casa Civil.

 

10. Marque a alternativa em que o termo grifado tem função sintática divergente das demais:

(A) Azevedo contou que os valores eram acertados por outro diretor da Odebrecht, Bendicto Junior, diretamente com o prefeito.

(B) Segundo ele, esses detalhes da negociata eram tratados com o homem forte de Paes, o deputado federal Pedro Paulo, candidato derrotado à prefeitura carioca na última eleição.

(C) Conforme as informações prestadas por Azevedo, Pedro Paulo, então coordenador da campanha do prefeito, deixou claro que o dinheiro deveria sair da Odebrecht para as mãos de Renato Pereira, o dono da Prole.

(D) Conforme as informações prestadas por Azevedo, Pedro Paulo, então coordenador da campanha do prefeito, deixou claro que o dinheiro deveria sair da Odebrecht para as mãos de Renato Pereira, o dono da Prole.

(E) Conforme as informações prestadas por Azevedo, Pedro Paulo, então coordenador da campanha do prefeito, deixou claro que o dinheiro deveria sair da Odebrecht para as mãos de Renato Pereira, o dono da Prole.

 

11. Marque a alternativa com redação clara, correta e coerente.

(A) Novamente o Brasil se encontra em meio a um turbilhão de escândalos públicos, o que tem sido uma situação constante desde a época colonial.

(B) A questão da corrupção no Brasil é muito mais profunda e possivelmente apenas uma pequena parte dos casos seja descoberto e venha a público.

(C) Há a tão badalada corrupção política, mas também há a corrupção de cidadãos comuns, na vida quotidiana. Têm sempre dois lados a corrupção, um corrompendo e outro sendo corrompido.

(D) É fato que a máquina pública está comprometida.  Na esfera política houve e há muito apadrinhamento para se obter a dita governabilidade. Não importa os interesses da sociedade, desde que os interesses pessoais e partidários sejam atendidos.

(E) Com isso vem a briga pela distribuição de cargos públicos comissionamentos e outras benesses. Isto ocorre em todos os níveis de governo (municipal, estadual e federal), afinal é preciso acomodar todos “camaradas”.

 

 

12. Marque a alternativa com a correta combinação de modo e tempo verbal.

(A) Se a corrupção existe, é porque nós, brasileiros, permitimo-la ao longo de nossa história. Caso haja a efetiva cobrança do cidadão, a conduta ética dos políticos surgiria.

(B) Nem todos os políticos podem ser chamados de corruptos, pois, assim como em qualquer outra atividade, existem condutas corretas e condutas erradas.

(C) O bom político é aquele que sabe aliar a sabedoria com a humildade. O poder corromperá todo aquele que não perceberia isso.

(D) Da mesma forma como acontece com a corrupção ativa, o crime de corrupção passiva já é configurado pelo simples ato de solicitar ou receber vantagem indevida, sem que fosse necessário que a pessoa solicitada atenda ao pedido.

(E)  Se a corrupção ativa tivesse a ver com o ato de oferecer a compensação ilícita, então a modalidade passiva está relacionada com o ato de receber essa compensação.

 

13. Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na seguinte frase:

(A) A ética cujos os brasileiros esperam advém do respeito pelo outro, pela sociedade, de quem dependem os políticos nas urnas.

(B) Coragem e vontade política, atributos dos quais muitos se agarram para se elegerem, mas não são atitudes com cujos os candidatos se afinam.

(C) A política com que o brasileiro jamais se entusiasmou hoje é palco de mais vexames, conquanto ver que políticos estavam se tratando com codinomes é simplesmente uma afronta à democracia.

(D) Alguns políticos em quem os brasileiros depositaram sua confiança tomaram atitudes pelas quais se revelaram a falta de ética e o desrespeito com a coisa pública.

(E) Os vícios nos quais muitos se deixam levar merecem mais atenção e controle por parte da sociedade, pois do gestor público só importa a retidão de que se espera no tratamento ao bem público.

 

14. Nesta semana foi realizada a delação da Odebrecht. Um dos administradores da empresa realizou a delação; o que constitui essa delação e o que capta os contornos dessa delação são ferramentas importantíssimas para desmascarar as falcatruas na política brasileira.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por

(A) lhe realizou − lhe constitui − capta-lhes os contornos

(B) a realizou − constitui-lhe − a capta seus contornos

(C) a realizou − a constitui − lhe capta os contornos

(D) realizou-lhe − a constitui − capta a seus contornos

(E) realizou-a − constitui-a − os capta contornos

 

15. Está clara e correta a redação da seguinte frase:

(A) Delação premiada é uma expressão utilizada no âmbito jurídico, o qual significa uma espécie de “troca de favores” entre o juíz e o réu. Caso o acusado forneça informações importantes sobre outros criminosos de uma quadrilha ou dados que ajudem a solucionar um crime o juíz poderá reduzir a pena do réu quando aquele for julgado.

(B) A delação premiada pode ser requerida pelo próprio réu, através de um pedido formal feito por seu advogado, ou sugerida pelo promotor de justiça que está investigando o processo criminal.  Caso a delação premiada seja aprovada o delator deverá dar, ao juiz, informações pertinentes sobre o caso a que está envolvido.

(C) Foro privilegiado é um direito adquirido por algumas autoridades públicas, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, garantindo que possa ter um julgamento especial e particular quando é alvo de processos penais.

(D) Conforme consta na Constituição Brasileira de 1988, a investigação e o julgamento das infrações penais das autoridades com foro privilegiado passa a ser competência do Supremo Tribunal Federal – STF. Normalmente, entre os indivíduos sem foro privilegiado, as ações penais costumam tramitar nos Juízos de primeira instância.

(E) Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o intuito do foro privilegiado é proteger a atividade do cargo público (a chamada “coisa pública”) ocupado pela pessoa sob acusação penal, e não a pessoa em si. O fim do foro privilegiado é garantido quando a pessoa sob determinada acusação penal deixa de assumir o cargo público que lhe garantia esse privilégio. Nesse caso, o seu julgamento não compete mais ao STF.

 

 

Gabarito do Primeiro Simulado de Português Tribunais FCC:

  1 C  2 E  3 D  4 B  5 E 

  6 A  7 D  8 B  9 B  10 C

  11 A  12 B  13 D  14 C  15 E

 

O comentário deste  Primeiro Simulado de Português Tribunais FCC (com gabarito) está no seguinte link:

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Abraço a todos!

Décio Terror

Décio Terror Filho

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