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A posse do Trump e as consequências para a economia global

A posse do Trump e a economia global

Oi pessoal,

Em breve haverá um acontecimento histórico. No próximo dia 20 de Janeiro de 2017, o 45 º  presidente dos Estados Unidos tomará posse (Inauguration Day). Como já era de se esperar, esse é o assunto das manchetes dos jornais, revistas e tv americana, com ampla repercussão internacional. O tema é abordado em vários aspectos. Dentre eles, escolhi a abordagem sobre a economia, pois esse é um tópico importante para os concursos, e principalmente para as áreas fiscal e legislativa.

 

Não se preocupem, que estou aqui super “antenada” com as notícias dos principais jornais e mais populares dos Estados Unidos. O meu favorito é o CBS News com o Scott Pelley. É com base no que assisto que escolho os textos que traduzo para vocês nos artigos e nas minhas aulas. Sei que são justamente esses tipos de assuntos que as bancas escolhem para elaborar as provas, não apenas de Inglês, mas também Atualidades, e outras.

 

Mas, quais serão as possíveis consequências da presidência de Trump para a economia global? O artigo de hoje vem explicando. Pesquisei esse texto em uma publicação britânica, o Economist, pois ela é a publicação mais usada pela ESAF para elaborar as provas de Inglês. Ao passo que você treina tradução, fica atualizado. Como sempre faço, coloco apenas o texto em inglês para que você tente traduzi-lo sozinho e mais abaixo com a tradução.

 

 

Our election, your problem

 

IT IS not clear precisely how Donald Trump will govern, the extent to which he will carry out some of his scarier promises on trade and immigration, and who will be his economics top brass at the Treasury and in the White House. But a decent first guess is that President Trump will be bad for the world economy in aggregate; and a second is that his actions are likely to do more harm, in the short term at least, to economies outside America.

 

When America has in the past stepped aside from its role at the centre of the global economic system, the damage has spread well beyond its borders. In 1971, when Richard Nixon ended the post-war system of fixed exchange-rates that had America at its centre, his Treasury secretary, John Connally, told European leaders, “The dollar is our currency, but your problem.” This election result, to paraphrase Connally, belongs to America but is potentially a bigger economic problem for everyone else.

 

The scale and nature of that problem depend on the interplay of the two main elements of Mr Trump’s economic populism. The first is action to boost aggregate demand. Mr Trump favours tax cuts and extra public spending on infrastructure. The second element is trade protectionism. He has pledged to slap tariffs on Chinese imports and to renegotiate the North American Free-Trade Agreement (NAFTA) with Mexico and Canada. To the extent that he leans more on the first element and less on the second, the immediate damage to America’s economy will be limited. But even in that event, the net effect of a Trump presidency on economies outside America is still likely to be harmful.

 

China is safe from the biggest indirect effect of Mr Trump’s victory: the boost it gives other populist politicians. Europe is far more vulnerable. Britain’s vote in June to leave the European Union was one early ballot-box reflection of anti-establishment sentiment. Since then, insurgent political parties in France, Germany, Italy and elsewhere have called for referendums on membership. Such parties typically favour trade barriers and limits on immigration, and are gaining in popularity.

 

The euro area’s economy has been faring better in recent years, but the single currency remains fragile. The kind of cross-border risk-sharing needed to put the euro on a sound footing is at odds with the rising tides of nationalism and populism. An immediate hurdle is Italy’s referendum on constitutional reform on December 4th. A defeat would weaken Matteo Renzi, the reformist prime minister, and embolden the populist Five Star Movement, which favours ditching the euro. Around 14% of the euro area’s goods exports go to America, quite a bit less than China’s 18%. But America accounts for about 40% of the currency zone’s recent export growth, according to economists at HSBC, a bank. So American protectionism is arguably a bigger threat to Europe than to China.

 

The whole world has much to fear from Mr Trump’s threats to tear up trade agreements and impose punitive tariffs on imports. And even if he refrains from starting a trade war, the loose-tongued, fact-lite style he cultivated during the campaign could wreak serious damage when he is president. His hyperbolic threats now carry the weight of the American presidency. His victory was enough to chill some financial markets; what he might do with it could spark full-scale panic. Even short of that, like the Brexit vote, it marks an alarming step away from a liberal, open economic order towards more isolationism and less prosperity.

http://www.economist.com/news/finance-and-economics/21709980-trump-presidency-will-be-bad-world-economy-and-worse-places-outside

Translation

 

Our election, your problem

Nossa eleição, seu problema

 

IT IS not clear precisely how Donald Trump will govern, the extent to which he will carry out some of his scarier promises on trade and immigration, and who will be his economics top brass at the Treasury and in the White House. But a decent first guess is that President Trump will be bad for the world economy in aggregate; and a second is that his actions are likely to do more harm, in the short term at least, to economies outside America.

 

Não está claro exatamente como Donald Trump governará, até que ponto ele realizará algumas de suas mais assustadoras promessas sobre comércio e imigração, e quem será escolhido para importantes postos na condução da economia no Tesouro e na Casa Branca. Mas uma primeira suposição aceitável é que a presidência do Trump será ruim para a economia mundial coletivamente. E uma segunda é que as ações dele são susceptíveis de prejudicar mais, pelo menos a curto prazo, às economias de outros países.

 

When America has in the past stepped aside from its role at the centre of the global economic system, the damage has spread well beyond its borders. In 1971, when Richard Nixon ended the post-war system of fixed exchange-rates that had America at its centre, his Treasury secretary, John Connally, told European leaders, “The dollar is our currency, but your problem.” This election result, to paraphrase Connally, belongs to America but is potentially a bigger economic problem for everyone else.

 

Quando os Estados Unidos, no passado, se afastou de seu papel no centro do sistema econômico global, os danos se espalharam muito além de suas fronteiras. Em 1971, quando Richard Nixon terminou o sistema pós-guerra de taxas de câmbio fixas que tinha os Estados Unidos no centro, seu secretário da Fazenda, John Connally, disse aos líderes europeus: “O dólar é a nossa moeda, mas é seu problema”.  Parafraseando Connally, o resultado da eleição pertence aos Estados Unidos, mas é potencialmente um problema econômico maior para todos os outros países.

 

The scale and nature of that problem depend on the interplay of the two main elements of Mr Trump’s economic populism. The first is action to boost aggregate demand. Mr Trump favours tax cuts and extra public spending on infrastructure. The second element is trade protectionism. He has pledged to slap tariffs on Chinese imports and to renegotiate the North American Free-Trade Agreement (NAFTA) with Mexico and Canada. To the extent that he leans more on the first element and less on the second, the immediate damage to America’s economy will be limited. But even in that event, the net effect of a Trump presidency on economies outside America is still likely to be harmful.

 

A dimensão e a natureza desse problema dependem da interação dos dois elementos principais do populismo econômico do Trump. A primeira é a ação para impulsionar a demanda no total. Trump defende cortes de impostos e gastos públicos extras em infra-estrutura. O segundo elemento é o protecionismo comercial. Ele prometeu impor tarifas sobre as importações chinesas e renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) com o México e o Canadá. Na medida em que ele se inclina mais no primeiro elemento e menos no segundo, o dano imediato à economia dos Estados Unidos será limitado. Mas mesmo nesse evento, o efeito líquido da presidência do Trump em economias de outros países ainda é provável que seja prejudicial.

 

China is safe from the biggest indirect effect of Mr Trump’s victory: the boost it gives other populist politicians. Europe is far more vulnerable. Britain’s vote in June to leave the European Union was one early ballot-box reflection of anti-establishment sentiment. Since then, insurgent political parties in France, Germany, Italy and elsewhere have called for referendums on membership. Such parties typically favour trade barriers and limits on immigration, and are gaining in popularity.

 

A China está a salvo do maior efeito indireto da vitória do Trump: o impulso que isso dá a outros políticos populistas. A Europa é muito mais vulnerável. O voto da Grã-Bretanha em junho para deixar a União Européia foi uma das primeiras votações do sentimento anti-conformista. Desde então, partidos políticos insurgentes na França, Alemanha, Itália e em outros lugares pediram referendos sobre a adesão. Tais partidos tipicamente favorecem barreiras comerciais e limites à imigração, e estão ganhando popularidade.

 

The euro area’s economy has been faring better in recent years, but the single currency remains fragile. The kind of cross-border risk-sharing needed to put the euro on a sound footing is at odds with the rising tides of nationalism and populism. An immediate hurdle is Italy’s referendum on constitutional reform on December 4th. A defeat would weaken Matteo Renzi, the reformist prime minister, and embolden the populist Five Star Movement, which favours ditching the euro. Around 14% of the euro area’s goods exports go to America, quite a bit less than China’s 18%. But America accounts for about 40% of the currency zone’s recent export growth, according to economists at HSBC, a bank. So American protectionism is arguably a bigger threat to Europe than to China.

 

A economia da área do euro tem melhorado nos últimos anos, mas a moeda única continua a ser frágil. O tipo de partilha de riscos internacionais necessária para colocar o euro numa base sólida está em contradição com as marés crescentes do nacionalismo e do populismo. Um obstáculo imediato é o referendo da Itália sobre a reforma constitucional em 4 de dezembro. Uma derrota enfraqueceria Matteo Renzi, o primeiro-ministro reformista, e encorajaria o movimento populista de Cinco Estrelas, que favorece o afundamento do euro. Cerca de 14% das exportações de mercadorias da área do euro vão para os Estados Unidos, um pouco menos do que os 18% da China. Mas os Estados Unidos representam cerca de 40% do crescimento recente das exportações da zona monetária, de acordo com economistas do HSBC, um banco. Portanto, o protecionismo americano é, sem dúvida, uma ameaça maior à Europa do que à China.

 

The whole world has much to fear from Mr Trump’s threats to tear up trade agreements and impose punitive tariffs on imports. And even if he refrains from starting a trade war, the loose-tongued, fact-lite style he cultivated during the campaign could wreak serious damage when he is president. His hyperbolic threats now carry the weight of the American presidency. His victory was enough to chill some financial markets; what he might do with it could spark full-scale panic. Even short of that, like the Brexit vote, it marks an alarming step away from a liberal, open economic order towards more isolationism and less prosperity.

http://www.economist.com/news/finance-and-economics/21709980-trump-presidency-will-be-bad-world-economy-and-worse-places-outside

 

O mundo inteiro tem muito a temer das ameaças do Trump de romper acordos comerciais e impor tarifas punitivas sobre as importações. E mesmo que ele se abstenha de iniciar uma guerra comercial, o estilo de linguagem frouxa que ele cultivou durante a campanha poderia causar graves danos quando ele for o presidente. Suas ameaças hiperbólicas carregam agora o peso da presidência americana. Sua vitória foi suficiente para esfriar alguns mercados financeiros; o que ele poderia fazer com isso poderia causar pânico em grande escala. Mesmo aquém disso, como o voto Brexit, isso marca um afastamento alarmante de uma ordem econômica liberal e aberta, em rumo a mais isolacionismo e menos prosperidade.

 

Para ter acesso a mais textos traduzidos e às aulas que ministro aqui no Estratégia nas áreas fiscal, legislativa e outras, clique no link abaixo.

 

 Inglês – Ena Smith

 

Abraços e bons estudos,

 

Profa. Ena Smith

Ena Smith

Ver comentários

  • Se as previsões desse artigo tiverem a mesma acurácia da cobertura que a CBS, o Scott Pelley e 90% da 'mainstream midia' fizeram das eleições americanas, os Estados Unidos e o mundo podem ficar sossegados: Donald Trump será um dos melhores presidentes americanos que o mundo já viu.

  • Levando em conta tudo o que já disseram sobre ele e toda a "precisão" em suas previsões, que dizem que será mal seu governo, com certeza será melhor como nunca !

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