No artigo de hoje, PM SP: Português resumido, será apresentado um resumo dos principais pontos que você precisa saber para a prova, conforme análise da Vunesp.
Serão abordados os principais pontos cobrados sobre português para o concurso da Polícia Militar do Estado de São Paulo. O objetivo é gabaritar a prova.
Dentro de um mesmo gênero pode haver mais de um tipo textual, de modo que falaremos em predominância de um tipo (e não exclusividade).
Dessa forma, os textos podem ser qualificados como:
Narração: passagem de tempo, narrador, personagens, tempo, espaço e presença de muitos verbos.
Descrição: texto estático, predomínio de adjetivos. Chama-se também de texto de caracterização de adjetivação ou de detalhamento.
Dissertação-argumentativa: consiste na exposição de ideias a respeito de um tema, com base em raciocínios e argumentações. Pautado pela estrutura: introdução-desenvolvimento-conclusão com o objetivo de tentar convencer o leitor.
Texto injuntivo (instrucional ou preditivo): é aquele que aconselha o leitor, indica como realizar uma ação, prediz acontecimentos e comportamentos. Utiliza uma linguagem objetiva e simples. Há predomínio da função conativa ou apelativa, bem como do uso de tu, você ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativos.
Dissertação-exposição: objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor de maneira clara, imparcial e objetiva.
A coerência estabelece um sentido para o texto e faz com que este tenha uma adequada relação com seu receptor. De outro lado, a coerência é a responsável pela continuidade dos sentidos no texto.
Assim, a coesão é a responsável pela conexão e ligação, entre as partes do texto, por meio dos chamados mecanismos de coesão textual.
Dessa forma, os mecanismos coesivos nem sempre são suficientes ou necessários para que a coerência se estabeleça de forma completa.
Os elementos podem ser endofóricos ou exofóricos.
O elemento endofórico é aquele que referente encontra-se dentro do texto. Assim, pode-se subdividir em:
De outro lado, o elemento exofórico é aquele que faz referência a um elemento fora do texto.
É um elemento linguístico que designa algo mostrando, e não conceituando. Ou seja, o elemento dêitico aponta por meio da linguagem. Assim, ele mostra, verbalmente, as condições ou informações contextuais em que determinado enunciado ou texto é produzido.
Dêitico espacial: indica o lugar onde o redator está, ou seja, marca a localização espacial.
Dêitico temporal: marca a localização temporal, o momento em que o redator se encontra.
Dêitico subjetivo: mostra traços de quem redige ou fala. Ele marca o papel dos participantes na situação relatada – o relator é o marco de referência.
Dessa forma, registra-se que não é necessária a presença do pronome eu para que exista uma marca dêitica na oração acima. Portanto, bastaria estar escrito: “Defendo o voto facultativo”, pois, pela conjugação verbal, já se percebe tratar-se da 1ª pessoa do singular.
Assim, alerta-se para termos cuidado com o uso do dêitico subjetivo (pessoal): a depender de como, quando e quanto ele é utilizado, o elemento pode trazer alto grau de subjetividade ao texto.
A coesão sequência é a construção de elementos e referência com operadores argumentativos.
Dessa forma, esses operadores são, em grande parte, as conjunções coordenativas, subordinativas adverbiais, locuções conjuntivas, preposições, locuções prepositivas.
Oposição, contraste, adversidade, compensação, concessão:
Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, pelo contrário, em contraste com, exceto por, por outro lado, ainda que, mesmo (que), apesar de, em detrimento de, a despeito de, conquanto, se bem que.
Tempo:
Quando, logo que, depois que, antes que, sempre que, desde que, até que, assim que, enquanto, mal, apenas, finalmente, enfim, por fim, atualmente, logo após, ao mesmo tempo, enquanto isso, frequentemente, eventualmente, se.
Objetivo, finalidade, propósito, intenção:
Para, para que (porque), a fim de que, com o objetivo (intuito, escopo), com o fim de, com a finalidade de, a fim de.
Prioridade, relevância, ordem:
Primeiramente, precipuamente, em primeiro lugar, primeiro, antes de mais nada, acima de tudo, sobretudo, por último, antes de tudo.
Contraposição:
De um lado, de (ou por) outro lado.
Inclusão:
Inclusive, ainda, mesmo, até, também.
Proporcionalidade, simultaneidade, concomitância de fatos:
À proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais (menos, menor, maior, melhor, pior).
Acordo, conformidade:
Conforme (ou como), consoante, segundo, que.
Dúvida, condição, hipótese:
Se, caso, contanto que, exceto se, desde que (verbo no subjuntivo), a menos que, a não ser que, exceto se, provavelmente, é provável que, possivelmente, não é certo que, se é que.
Explicação, motivo, razão, causa:
Porque, que, porquanto, senão, pois (antes do verbo), visto que (ou como), uma vez que, já que, dado que, na medida em que, em virtude de, devido a.
Conclusão, consequência:
Como resultado, por consequência, logo, portanto, por isso, por conseguinte, então, assim, em vista disso, sendo assim.
Alternância, exclusão:
Ou…ou, ora…ora, quer…quer, já…já, umas vezes…outras vezes, talvez…talvez, seja…seja…, ou.
Regra Geral
A regra geral forma o plural ao se acrescentar a desinência “s” ao singular, caso os substantivos terminem por vogal ou ditongo.
Exemplos: menino(s), casa(s), cidade(s), areia(s).
Regras Especiais
Substantivos terminados em “R” ou “Z”: acrescenta-se “ES” ao singular.
Exemplos: corEs, florEs, amorEs, nozEs.
Substantivos terminados em “AL”, “EL”, “OL”: troca-se o “L” final por “IS”.
Exemplos: portal(is), papel(is), anzol(is).
Exceções: mal/males, consul/cônsules
Substantivos terminados em “IL”: caso sejam oxítonos, troca-se o “L” final por “S” e paroxítonos, troca-se o “IL” final por “EIS”.
Exemplos: fóssEIS.
Substantivos terminados em “S”: caso sejam oxítonos ou monossílabos, acrescenta-se “ES” e paroxítonos ou proparoxítonos, permanecem invariáveis (flexiona-se o artigo que os acompanha). No segundo caso, são denominados substantivos comuns de dois números.
Exemplos: meses, gases, países, o(s) pires, o(s) ônibus, o(s) bônus, o(s) vírus.
Substantivos terminados em “M”: troca-se “M” por “NS”.
Exemplos: bomboNS, álbuNS, iteNS.
Substantivos terminados em “ÃO”: alguns substantivos apresentam a forma pluralizada em “ÃOS”, “ÕES” ou “ÃES”. Não há uma regra fixa, há que se memorizar. Por isso, preste atenção nessas palavras ao fazer suas leituras e estudos, isso ajuda na memorização.
Exemplos: órgãos, órfãos, bênçãos, cidadãos, caixões, limões, foliões, melões, pães, guardiães, tabeliães, alemães.
O substantivo composto se forma pela justaposição ou aglutinação de dois ou mais radicais. Usamos as regras a seguir.
Os dois elementos variam:
Se o substantivo for formado por: substantivo + substantivo.
Exemplos: couves-flores, mestres-salas, porcos-espinhos.
Se o substantivo for formado por: substantivo + adjetivo.
Exemplos: obras-primas, guardas-noturnos, amores-perfeitos, cachorros-quentes.
Se o substantivo for formado por: adjetivo + substantivo.
Exemplos: boas-vindas, longas-metragens, más-línguas, gentis-homens.
Se o substantivo for formado por: numeral + substantivo.
Exemplos: quartas-feiras.
Apenas o primeiro elemento varia:
Se o substantivo for formado por: substantivo + preposição + substantivo.
Exemplos: pães de ló, escolas de samba, pés de moleque.
Se o substantivo for formado por: substantivo + substantivo, e o segundo funcionar como determinante (ex: adjetivo) do primeiro.
Exemplos: navio(s)-escola, salários(s)-família, peixe(s)-espada, banana(s)-ouro, homem(s)-rã, notícias-bomba, palavras-chave.
Apenas o segundo elemento varia:
Se o substantivo for formado por: palavras repetidas.
Exemplos: tico-ticos, reco-recos.
Se o substantivo for formado por: verbo + substantivo.
Exemplos: beija-flores, guarda-roupas.
Se o substantivo for formado por: palavra invariável + palavra variável.
Exemplos: ave-marias, abaixo-assinados.
Se o substantivo for formado por: elementos não ligados por hífen e que formam uma só palavra.
Exemplos: aguardentes, planaltos, girassóis.
Se o substantivo for formado por: redução + substantivo.
Exemplos: grão-mestres, bel-prazeres.
Nenhum elemento varia:
Se o substantivo for formado por: verbo + advérbio.
Exemplo: o(s) bota-fora.
Se o substantivo for formado por: verbo + substantivo plural.
Exemplos: o(s) salva-vidas, o(s) saca-rolhas.
Trata, em resumo, da posição adequada dos pronomes oblíquos átonos junto aos verbos.
Assim, não há dúvidas quanto à posição do pronome oblíquo tônico. Isso porque ele sempre virá após a preposição.
Dessa forma, a regra é o uso da ênclise, mas o pronome oblíquo átono com relação ao verbo pode-se destacar das seguintes formas:
Assim, a regra é o uso da ÊNCLISE.
Regras proibitivas
Uso obrigatório da próclise
Palavras de valor negativo (nunca, jamais, ninguém, nenhum, nada, nem, tampouco, sequer)
Pronomes indefinidos (alguém, algum, ninguém, tudo, todos, qualquer, outro, outrem, nada, algo, cada, vários, tanto)
Pronomes demonstrativos (esse, essa, isso, este, esta, isto, aquele, aquela, aquilo)
Pronomes relativos (que, o qual, a qual, os quais, as quais, quem, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, como)
Pronomes interrogativos
Numeral “AMBOS”
Advérbios (aqui, já, apenas, somente, só, talvez, ainda, sempre, também, até, inclusive, mesmo, hoje, provavelmente, onde, como, quando)
Conjunções subordinativas (que, à medida que, já que, assim que, quando, se, consoante, porque, embora, enquanto, como)
Conjunções coordenativas alternativas (Ou… ou, ora… ora, quer… quer…)
Uso da mesóclise
Observação:
Sem palavra atrativa que force a próclise, será facultativo o uso da próclise ou de mesóclise (nunca da ênclise).
Concluindo este artigo, pode-se afirmar que foram trazidos temas recorrentes em prova e certos na sua prova de Português.
Assim, foque em saber não só o conceito e as especificidades dos temas acima, mas também na resolução massiva do máximo de questões possíveis da banca Vunesp.
Um abraço e bons estudos!
Felipe Rocha
@ffazro
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