Olá, pessoal!
Excelente a prova de Português da FGV para Oficial de Chancelaria. É interessante notar a reafirmação da tendência desta banca nas provas desde o final do ano passado e neste ano. Então, pessoal do IBGE, é bom ficar de olho!
Olha, não vi possibilidade de recurso na prova, mas escrevo este artigo em resposta aos nossos alunos que tiveram dúvidas em algumas questões. Lembro que, nos nossos cursos voltados a esta banca, como o IBGE, esta prova estará comentada na íntegra, além de outras bem atuais da banca FGV.
Nesta prova, a banca não surpreendeu quem já vinha treinando com as últimas provas.
Novamente, a cobrança de emprego da voz passiva ocorreu. Pense sempre nisso: instintivamente, passamos da voz ativa para a voz passiva normalmente por dois motivos: valorizar o sujeito paciente e/ou omitir a indeterminação do agente. Isso foi cobrado na questão 6.
Na questão 8, alguns candidatos se enrolaram quanto ao pedido da questão:
Catequizar/catequese mostra grafias diferentes para o verbo e o substantivo cognato, o que só NÃO ocorre em:
(A) obcecar/obsessão;
(B) estender/extensão;
(C) caçar/cassação;
(D) viajar/viagem;
(E) batizar/batismo.
A banca apenas queria que o candidato percebesse que o verbo “caçar” não é cognato, isto é, não tem a mesma raiz do substantivo “cassação”. Lembre-se de que “caçar” significa “capturar”; já “cassação” tem relação com o rompimento do tempo de um mandato. Assim, seus radicais têm sentidos diferentes e mostram que a origem dessas palavras é diferente.
Alguns alunos me perguntaram também a respeito da questão 13. Esta questão é recorrente nas últimas provas da FGV. Veja só: ela pediu o valor incorreto. Note que a preposição em “de panos” tem sentido de instrumento utilizado para enrolar os pés (“pés barrentos, nus, ou enrolados de panos dos caminheiros”). Ela não tem o valor de modo, como afirma a alternativa (C), por isso ela é a errada.
Recebi várias mensagens a respeito da questão 16. Ela pedia a frase em que houvesse valor de intensidade. Veja bem, moçada! A gente não pode se prender somente ao adjunto adverbial de intensidade. E foi por isso que a banca tentou “jogar para o buraco” os candidatos desatentos. Muita gente acabou marcando a alternativa (C), só porque viu o vocábulo “mais”. Tal palavra até pode, em outro contexto, ser um advérbio de intensidade, mas neste contexto ela se liga ao substantivo “passos”. Assim, é apenas um pronome indefinido e seu papel é generalizar e não intensificar.
Na realidade, a banca quis cobrar do candidato o valor do prefixo “sobre-”, em “sobre-humano”, isto é, além do humano. Assim, conseguimos enxergar aí um valor de intensidade. Por isso, a alternativa correta é a (D). O mesmo não acontece com a alternativa (E) – muita gente me mandou mensagem com essa dúvida. Nela há o adjetivo “grandes”. Ele apenas caracteriza o substantivo “naus”. Ele marca a sua extensão, tamanho, e não intensidade.
Se houver mais alguma questão desta prova que suscite dúvida, mande para meu WhatsApp: 32 98447 5981.
Outro detalhe, meus amigos, esta ferramenta de comunicação está disponível para tirar dúvidas de nossos alunos quanto a procedimento de estudo. Dúvidas de questões de minhas aulas são tiradas no fórum, ok?!
Logicamente, disponibilizo para vocês indicarem uma dúvida de algum concurso para que eu possa comentar aqui!
Grande abraço a todos!
Professor Terror
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Professor Décio, teria como comentar a prova de Português da CESGRANRIO que aconteceu no dia 31/01/2016, para o concurso da ANP (Agência Nacional de Petróleo)?
obcecar também não é cognato de obsessão, e sim de obcecação. Apenas o uso aproximou as duas palavras. É lógico que cabe recurso.
Obcecação... eu ainda não havia "ouvisto" isso.
É muito bom que voce para encina a gente meu muito o