Categorias: Concursos Públicos

Motivação, foco e empenho: o tripé da aprovação!

 Olá, futuros servidores públicos!
 Sou o Rafael Rocha, Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo (Fiscal do ICMS/SP), aprovado no concurso de 2006.
 Estou escrevendo o meu primeiro artigo no site do Estratégia Concursos, onde estarei atuando como coach e, também, como analista do Passo Estratégico (que estará sendo lançado muito em breve), na disciplina de Direito Tributário.
 Não pretendo, neste primeiro artigo, falar sobre técnicas de estudo. Quero, apenas, falar sobre esses três elementos (motivação, foco e empenho) que são fundamentais na aprovação em qualquer concurso público. Não adianta o candidato ter lido sobre técnicas de estudo, de memorização, mapas mentais, se ele não estiver realmente motivado, focado e empenhado na conquista do objetivo maior dele.
 A motivação, na verdade, se relaciona diretamente com o foco e o empenho. Na verdade a motivação consiste em direcionar (focar) o seu esforço (empenho), com o intuito de atingir um objetivo que irá satisfazer alguma necessidade sua (quanto maior ela for, maior será a sua motivação). O que procuro é destrinchar um pouco esses conceitos e falar de uma motivação stricto sensu, se assim podemos chamar. Essa motivação estaria relacionada, portanto, com o seu desejo (ou necessidade) em conseguir a aprovação num dado concurso. Seja esse desejo intrínseco (p.ex.: sonha em exercer o cargo “X”) ou extrínseco (p.ex.:se interessa pela remuneração do cargo “Y”), ele é o maior responsável por mantê-lo mobilizado, a fim de conquistar a tão sonhada aprovação. E, como exposto, quanto maior a necessidade, maior será a sua motivação. É impossível imaginar algum empresário milionário conseguir motivação para estudar para um concurso público. Porém, uma pessoa qualificada academicamente que possui família (esposa e dois ou três filhos) e tem encontrado dificuldade para se inserir no mercado de trabalho ou recebe um salário bem aquém daquilo que ela acredita merecer, terá motivação muito maior para estudar (tanto por saber de sua capacidade, quanto pela necessidade de prover financeiramente os seus familiares). Se você quer prestar um concurso “por prestar”, ou se não está certo se isso é o que realmente quer para a sua vida, provavelmente a sua motivação o abandonará em breve. Reflita sobre o que está levando você a estudar para um concurso público, pois, acredite, dias difíceis virão pela frente.
 O foco está diretamente relacionado com a definição do seu objetivo. Sempre aconselho os concurseiros a não tentarem concursos em diversas áreas (fiscal, tribunais, jurídico), pois o volume de disciplinas é imenso e o nível de concorrência é cada vez maior, seja pela quantidade de pessoas interessadas em concursos públicos, seja pelas diversas opções de materiais de estudo (de altíssima qualidade) disponíveis no mercado. Então, antes de tudo, se pergunte: “qual o meu objetivo?”.
 É tentador, quando você está estudando para a Receita Federal do Brasil (RFB) e aparece aquele edital para o TCU. Aí, você resolve abandonar seus estudos voltados à RFB (que você sequer “fechou” todo o edital) e tenta estudar desesperadamente uma meia dúzia de disciplinas que você nunca viu na vida (AFO, Contabilidade Pública, Direito Civil, Controle Externo e outras mais)  em dois ou três meses (tempo entre o edital e a realização das provas). Costumo perguntar aos que fazem isso o seguinte: “quantas pessoas você conhece que fizeram isso e se deram bem?”. Em 99% das respostas, ouço um “ninguém”. Eu até conheço uns 3 ou 4 que tiveram sucesso (mas já possuíam bastante conhecimento e haviam sido aprovados em, ao menos, um concurso anteriormente), mas conheço uns 30 ou 40 que fracassaram. Infelizmente, a maioria dos que vejo fazendo isso nunca conseguiu ser aprovada em nenhum concurso. E, seguindo com essa prática, talvez nunca consigam. É algo meio óbvio, pois se você sequer conseguiu estudar, em 8, 9 meses, todo o conteúdo do concurso que é o seu principal objetivo, como vai estudar 5 ou 6 disciplinas diferentes em 2 ou 3 meses e estar apto a concorrer com pessoas que estão estudando essas disciplinas há meses (ou anos)? Então, primeiramente, defina o seu objetivo e foque nele.
 O empenho representa o quanto você realmente se dedica a conquistar o seu objetivo. Ele, normalmente, reflete a sua motivação (quanto mais motivado, mais empenhado você estará). Mas pode ser que você tenha uma boa motivação (sonha em ocupar o cargo “X”), foco (definiu que concentrará seus esforços para ser aprovado no concurso para AFRFB), mas não se dedique o necessário a atingir o seu objetivo. Acredito que muitos também deixam a desejar nesse quesito. Ainda mais quando começa o ano…rsrs. O concurseiro pensa: “ano novo, vida nova… vou com tudo pro concurso da Receita”. Aí o edital demora a sair (a motivação! dá uma balançada e se torna motivação?), o concurseiro começa a achar que está “adiantado” nos estudos e vai relaxando e se enganando. Reduz a carga de estudos, não abre mão das festinhas de finais de semana/feriados, estuda enquanto acompanha os grupos de whatsapp ou posta no facebook. Aí vai caindo o empenho…Se passam uns 8 meses, o concurso sai (com provas a serem realizadas em 2 meses), ele começa a estudar 12h por dia, tendo que revisar tudo, finalizar o que faltou, e toma guaraná em pó, remédio tarja preta, faz polichinelos pra acordar, e não consegue a aprovação. Pronto… Aí some de vez a motivação (“será mesmo que é esse concurso específico que quero para mim?”) e o foco vai junto (começa a fazer concurso para fiscal do ICMS, ISS, tribunais de conta, de justiça, eleitorais, do trabalho, polícia federal, civil, bombeiro e etc). Assim jaz um concurseiro…
Então, prezados, se façam as seguintes perguntas:
  • O que é importante para mim?
  • O que isso me proporcionará?
  • Como posso conseguir isso?
  • Estou disposto a me doar incondicionalmente para atingir esse objetivo?
Se você chegar nessa última pergunta e a sua resposta for SIM, então faça o seu melhor. Você será uma pessoa bem-sucedida e feliz! Se você começar pela segunda pergunta, pode ser que você seja uma pessoa bem-sucedida, mas haverá uma considerável possibilidade de não ser feliz. Isso vale para tudo na vida. Acredite, você sempre terá novos objetivos na vida, então vá com calma… um passo (e uma conquista) de cada vez.
Espero poder ajudá-los da melhor forma possível. Esse agora é o meu goal, o meu objetivo!

 

 

Rafael Rocha (Caverna)

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