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Minha primeira atuação como coach: Como ajudei minha esposa a ser aprovada!

A história de uma pessoa não se resume apenas aos eventos que a levaram ao sucesso ou ao aprendizado. Não se pode descrever apenas os momentos de estudos até o dia de prestar o concurso. A história de nossa aprovação se confunde com nossa própria história e daqueles que estão ao nosso redor. 

Cada um de nós tem seu próprio momento que envolve entre outras coisas oportunidade e maturidade. E, por que não, depende sobretudo de estar nos planos de Deus para nossas vidas.

Muitos podem se perguntar ou me criticar por esta afirmação, mas quando olho para trás e analiso minha vida, em perspectiva, não tenho a menor dúvida em relação a isso. É algo que creio em absoluto! Como creio que os planos do Pai só puderam operar em minha vida porque eu estava pronto naquele exato momento em que a oportunidade se fez presente. Não é um fatalismo por si só, mas uma confluência de alguns fatores: da aplicação proveitosa do livre arbítrio; um pouco de silêncio interior para ouvir a inspiração que vem do alto; e a vontade do Pai operando em minha vida. Se uma das três faltar, é possível que nossos planos não se concretizem.

Penso que esta minha crença deve ter ficado bem clara quando contei minha história em meu primeiro artigo:

https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/minha-vida-de-concurseiro-como-fui-aprovado-no-meu-primeiro-concurso/

Em resumo, é preciso estar preparado para as oportunidades. Há muitas frases de personalidades famosas que vão neste mesmo sentido:

“O impossível só vira realidade se você estiver bem preparado quando a chance aparecer.” OSCAR SCHMIDT

“Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho.” ARNOLD PALMER

“Mão Santa é o cacete! É mão treinada. Os caras não sabem o que eu treinei. Ah, milagre! O brasileiro adora milagre, não é? Tudo é milagre! Se eu fosse jogador de futebol seria um excelente batedor de falta. Meu forte era treinar.” OSCAR SCHMIDT

 Gosto muito de comparar atletas com concurseiros. Acho que, em primeiro lugar, porque sou as duas coisas, adoro esportes; em segundo lugar, porque ambas as atividades requerem uma carga de treinamento que não costuma ser prazerosa; e, por fim, ambos precisam mostrar seu potencial “naquela” oportunidade única, naquele dia, e estão sujeitos, inclusive, a pequenas indisposições físicas.

Nas palavras do irmão de Louis Silvie “Louie” Zamperini, herói de guerra e corredor olímpico, (retirado do filme Invencível): “Um momento de dor vale uma vida inteira de glória”.

Minha primeira atuação como coach começou meio despretensiosamente. Minha esposa (que também é professora aqui no Estratégia – Luciana Barbosa) já vinha estudando para concursos há algum tempo e obtendo resultados positivos e crescentes em suas provas, mas ainda não tinha atingido a tão sonhada aprovação. As matérias base não eram novidade para ela. E o fato de ser formada em Direito na Federal do Rio de Janeiro também ajudou.

Eis que em dezembro de 2007 foi publicado o edital do concurso da Controladoria Geral da União – CGU. Recordo-me de ter lido o edital e ter tido a intuição de que aquela prova era para ela. Estava no quartel, fiz um pequeno resumo, imprimi e levei para casa para que ela visse.

Recordo-me de detalhes de nossa conversa na sala de casa: de onde eu me sentava; onde ela estava sentada; da cor do nosso antigo sofá; e claro, da conversa em si… rs

Ela dizia que não tinha condições de passar, que havia matérias que não sabia nem por onde começar, que não fazia a menor ideia do que era correição e que provavelmente não iria gostar de estudar nada daquilo, muito menos Administração Pública… Depois de umas palavras que disse para ela e não vou contar para que ela também tenha assunto para o seu próprio texto eis que veio o convencimento, ela iria estudar para o concurso da CGU, conquanto ainda estivesse com muitos receios.

Bem, como eu já conhecia o famoso “Manual do Concurseiro” do Alexandre Meireles e, como bom militar, falei: “É só seguir o que está ali, se o cara passou você também pode passar”. Me lembro de ela ler e dizer que não ia conseguir. O que é muito natural em alguns estudantes para concurso nesta fase da preparação.

Sentamos juntos e fiz a planilha de estudos para ela, separava os materiais, imprimia e encadernava na gráfica da faculdade que tinha na cidade. Eu provi os meios, dei suporte, e ela estudou. As vezes até cobrava um pouquinho: “Estudou hoje? Está seguindo a planilha? Está pesada ou podemos aumentar?” (Por vezes o coach precisa ser um pouquinho sádico, digo exigente… rs)

Muitas vezes quem está inserido no processo, ou por excesso de cobrança ou por medo de não conseguir, acaba se perdendo durante a jornada. Não se preocupam em organizar as planilhas, separar o material de estudo, organizar-se, fazer as revisões ente outros importantes passos.

Todo grande atleta precisa de um treinador, alguém que esteja ao seu lado para orientá-lo e conduzi-lo. Da mesma forma, um candidato a um cargo público pode fazer uso de um profissional que o ajude a planejar seus “treinos”, isto é, seus estudos, ajudar-lhe a aferir os desempenhos, evitar o estresse por fadiga, dar umas palavras de encorajamento e dizer o momento certo para “tirar a cabeça da água e conferir em que direção está nadando”.

Alguns órgãos públicos podem ter um intervalo muito longo entre um concurso e outro (como de Oficial de Inteligência da ABIN, por exemplo 2008 e 2018) fato que tende a se agravar pela realidade econômica do país. Assim como há um intervalo de 4 anos entre uma olimpíada e outra (olhe aí mais uma semelhança). Muitas coisas podem acontecer neste intervalo e é preciso estar preparado para este momento único. Imagine se Maurren Maggi decidisse não ir para Pequim por receio de não ter treinado o suficiente ou qualquer outro atleta olímpico ou equipe. Passados alguns anos, olhariam para trás e sem dúvida sentiriam o pior tipo de fracasso que existe, aquele dos que não ousaram, não desceram para arena e não lutaram.

“Ah! mas tem muitas competições entre uma olimpíada e outra.” É verdade, tem sim, mas ninguém se lembra quem foi o primeiro lugar na copa do mundo de vôlei que antecedeu uma olímpiada. Já o choro das nossas atletas em Pequim 2008 e Londres 2012 é inesquecível…

Em suma, não se trata de talento, inteligência ou ausência dela, de levar ou não jeito para coisa. Trata-se de preparar-se adequadamente, de construir seu próprio caminho, sua própria história inspiradora de superação. Nas palavras de Theodore Roosevelt:

“Não é o crítico que importa; não é aquele homem que aponta como o homem forte fraqueja, ou onde aqueles que realizaram algo poderiam tê-lo feito melhor. O crédito pertence ao homem que se encontra na arena, cuja face está manchada de poeira, suor e sangue; aquele que se esforça bravamente; que erra, que se depara com um revés após o outro, pois não há esforço sem erros e falhas; aquele que se esforça para lograr suas ações, que conhece grande entusiasmo, grandes devoções, que se entrega a uma causa nobre; que, no melhor dos casos, conhece no fim o triunfo da realização grandiosa, e, que no pior dos casos, se falhar, ao menos falha ousando grandemente, para que seu lugar jamais seja com aquelas frias e tímidas almas que não conhecem vitória ou fracasso.”

 Trecho do discurso “Cidadania em uma República” (ou “O Homem na Arena”), proferido na Sorbonne por Theodore Roosevelt, em 23 de abril de 1910.

Nenhuma história será tão inspiradora quanto a sua própria. Siga em frente!

Adriano Costa

Ver comentários

  • Que texto certeiro.
    Tinha acabado de fazer minha meditação bíblica e minha oração e li seu artigo. Resposta de Deus!

  • Que texto inspirador...Tenho incentivado muito minha digníssima aos estudo...Ela formou pela Escola Federal do Espírito do Santo, Hoje Estuda Nutrição...Falta agora passar em um bom concurso...rsrs

    • Obrigado! Continue incentivando ela, logo virão os filhos e precisão de incentivo também e assim todos seguirão firmes em frente.

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