Concursos Públicos

Migrar da área Fiscal para o TCM-SP

Migrar da Área Fiscal para o TCM-SP. É uma boa opção?

TCM-SP

Olá pessoal, tudo bem? Eu espero que sim!

Tivemos, nos últimos anos, um período com uma boa quantidade de concursos na área fiscal. Só para se ter uma ideia, nos anos de 2018 a 2020 tivemos, apenas em âmbito estadual, os concursos: SEFAZ-GO, SEFAZ-SC, SEFAZ-BA, SEFAZ-RS, SEFAZ-DF e SEFAZ-AL.

Para aqueles que buscam manter sua preparação focada na área fiscal, os grandes certames em vista são: SEFAZ RR, SEFAZ ES, SEFAZ CE, SEFAZ PR, sem falar do concurso da Receita Federal.

Semelhantemente à área fiscal, isto é, alinhando uma boa remuneração a um trabalho altamente relevante para a sociedade, estão os concursos da área de controle.

Dentre as previsões para estes próximos anos na área de Controle temos: TCU, CGU, TCE SC, TCDF, TCE PI, TCE AM, TCE GO, TCE AL, TCE SE, TCE RR, além de excelentes oportunidades de âmbito municipal, como é o caso do TCM-SP que oferece remuneração inicial de até R$ 18.000,00.

É Interessante Migrar da área fiscal para o TCM-SP?

Com excelentes oportunidades nestas duas áreas, é esperado que o aluno apresente certa indecisão entre qual caminho seguir e, principalmente, se vale a pena transitar de uma área para outra.

Não é novidade para ninguém que o nível de competitividade nos certames está cada vez mais alto, com editais volumosos, provas com alto nível de dificuldade e notas de corte expressivas, dificultando ainda mais uma tomada de decisão.

O mais recomendado é que se mantenha o foco acima de tudo, ser persistente e apoiar-se em cima de bons materiais de revisão e bastantes exercícios. Contudo, ainda assim é comum que o aluno migre de uma área para outra, seja por afinidade, experiência, quantidade de vagas ofertadas ou até mesmo salário.

Apesar de ser um dos primeiros atributos a ser ponderado em uma tomada de decisão, a remuneração acaba se tornando insuficiente para uma escolha tão complexa. Percebe-se que a chave da aprovação está intrinsecamente relacionada a uma certa experiência na área e, principalmente, afinidade. Ou seja, alunos que estudam para aquilo que realmente gostam são mais resilientes no longo prazo.

Últimos Editais

Comparação edital TCM SP 2020 (Área: Agente de Fiscalização – Ciências Atuariais) vs. SEFAZ DF 2019 (Auditor-Fiscal)

Correlação SEFAZ-DF vs. TCM-SP

Pela análise apresentada, o aluno que planeja migrar da área fiscal para o TCM-SP terá certa facilidade, uma vez que a quantidade de assuntos cobrados é menor, e grande parte destes já fazem parte do escopo de quem estudou para outros concursos fiscais, inclusive.

Além disso, o edital TCM-SP é consideravelmente menor em termos de conteúdo em comparação com SEFAZ DF, facilitando ainda mais uma possível transição.

Em consequência deste fato, apesar de algumas disciplinas apresentarem baixa correlação, como é o caso de direito constitucional e direito penal, nota-se que praticamente tudo o que consta no edital do TCM-SP para estas matérias, também está presente no edital da SEFAZ-DF.

Em outras palavras, grande parte do que é abordado no edital do TCM-SP está também presente no edital SEFAZ-DF, reiterando que uma possível transição possa acontecer naturalmente. Em contrapartida, grande parte do conteúdo da SEFAZ-DF não é cobrado TCM-SP, motivo este da baixa correlação.

Planejamento e Transição

Uma vez optado pela transição, o próximo passo é planejar esta mudança. Variáveis importantes que devem ser mensuradas são:

  1. Conhecimento Prévio da Disciplina;
  2. Pontos Ofertados (Quantidade de Questões x Peso da Disciplina); e
  3. Quantidade de Assuntos abordados em cada Disciplina.

O equacionamento correto destas três variáveis é essencial para se planejar o tempo a ser alocado em cada matéria. Entretanto, é um erro muito comum entre os concurseiros ignorar disciplinas que ofertam pouca pontuação no certame. É um consenso que cada ponto é precioso, e a diferença entre aprovados e reprovados é, muitas vezes, até menor que 1 ponto.

Plano de Transição

Perceba que inicialmente existe um claro desequilíbrio entre conteúdos novos e conteúdos já anteriormente estudados. Destarte, se este desequilíbrio for mantido poderá resultar em um grande prejuízo na pontuação final.

Uma boa metodologia inicial se trata de uma homogeneização entre conteúdos inéditos e conteúdos já vistos. Assim, a ideia é priorizar apenas os novos conteúdos durante esta primeira fase.

Desse modo, é aconselhado até mesmo a divisão de uma mesma disciplina em 2 partes: conteúdos inéditos e conteúdos conhecidos.

Não é incomum que nesse momento o desempenho caia ligeiramente nos assuntos que o aluno deu menos atenção (conteúdos não inéditos). É neste momento que se deve fazer uso de resumos e mapas mentais, evitando que o conhecimento se desprenda da memória.

Neste ínterim, deve-se centralizar os esforços para: Contabilidade Pública, Administração, Tribunal de Contas e TCM-SP, além de conteúdos não antes vistos presentes nas outras disciplinas.

Segunda Fase

A próxima fase para migrar da área Fiscal para o TCM-SP é ter uma evolução global, isto é, de todas as disciplinas de forma equilibrada. Assim deve-se dar prioridade nas matérias que ofertam mais pontos, e um toque extra naquelas que o aluno apresenta desempenho inferior. Neste momento, os exercícios se tornam ainda mais relevantes na evolução do desempenho do aluno.

Conclusão

Como analisado, os editais de concursos Fiscais vêm cobrando uma carga teórica bastante extensa, e uma possível indefinição de datas para os próximos certames pode fazer com que certos alunos cogitem uma mudança de área.

A partir da análise apresentada, o aluno que se preparou para o Fisco do Distrito Federal terá poucos empecilhos para migrar da área fiscal para o TCM-SP. Como demonstrado, apensar de algumas disciplinas apresentarem baixa correlação, grande parte do que será cobrado no certame do TCM-SP já foi visto oportunamente na preparação para a SEFAZ-DF.

Não é aconselhável que o aluno fique mudando de foco a todo momento, mas uma vez feita a escolha, um bom começo é dividir seu planejamento em duas fases. Sendo que a primeira fase consiste em um nivelamento entre conteúdos inéditos e não inéditos, em uma tentativa de homogeneização do conhecimento.

Feito este nivelamento, é possível ter uma evolução conjunta de todas as disciplinas, sem deixar nenhum conteúdo para trás, nem mesmo aquelas matérias que ofertam pouca pontuação.

Lembre-se: a disciplina que muitas vezes o aluno deixa de estudar seja porque não gosta, ou tem dificuldade, ou por quaisquer motivos que sejam, tem uma grande chance de tirá-lo do jogo.

Forte Abraço

Leandro Ricardo M. Silveira


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