A interpretação de textos faz parte da disciplina de Português, considerada o “Calcanhar de Aquiles” para grande parte dos concurseiros.
São diversos os motivos que levam o aluno a ter dificuldade nessa matéria: base frágil, problemas na fala e na escrita desde a infância, falta de costume em ler, pouca concentração nos textos longos, vocabulário pobre etc.
A interpretação de textos, dentre os temas tratados em Língua Portuguesa, pode ser considerada a mais difícil para ser estudada, pois está ligada a diversos assuntos ao mesmo tempo e também trata de textos desconhecidos pelos candidatos.
É diferente, portanto, de disciplinas que envolvem leis e conceitos aos quais é possível ter acesso antes da prova.
Além disso, saber interpretar é fundamental não só para a disciplina de Português, mas para todas as demais, porque o enunciado de qualquer questão exigirá que o candidato seja capaz de entender o que é pedido.
Acima de tudo, a ideia central para um bom desempenho na interpretação de textos é a inclusão de uma rotina recheada de métodos capazes de instigá-lo à leitura.
Antes de mais nada, considere praticar, no dia-a-dia, leituras variadas, por meio de revistas, jornais, livros, poemas, quadrinhos, pois não se sabe qual tipo a banca escolherá.
O foco principal, em um primeiro momento, é desenvolver o hábito da leitura mediante materiais que agradem e envolvam, independentemente do assunto.
Apesar disso, pesquise por bons conteúdos no sentido da qualidade textual, com coesão e coerência.
Outro ponto é a mudança da escrita nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens: use frases completas e bem escritas, sem abreviações e erros de ortografia.
Ao encontrar palavras novas, de imediato, explore os seus significados e tente aplicá-las no cotidiano. Palavras-cruzadas também são ótimas opções para ampliar o vocabulário.
O foco durante a leitura só se alcança com a prática, pois não é fácil esquecer do mundo ao redor e de todas as influências externas.
Durante a prova, você encontrará vários candidatos próximos uns dos outros, monitores andando e conversando, barulho de alimentos e garrafas etc. Por isso, qualquer distração poderá fazer o candidato perder toda a sua concentração e ele deve estar preparado.
Uma dica é praticar a leitura em ambientes mais agitados de vez em quando, para tentar absorver o conteúdo mesmo quando a situação não esteja favorável.
Aliás, como a leitura de um material desconhecido pede foco total, na hora da prova, procure responder as questões de interpretação de textos logo no início.
Ao ser apresentado ao texto, é aconselhada a realização da chamada Leitura Diagonal. Esta é uma forma rápida de entender o conteúdo de modo geral, em busca das partes mais úteis.
Deve ser feita com estratégia, pois não é uma simples leitura, uma vez que as ideias centrais deverão ser identificadas de plano. Tal técnica é muito útil para o primeiro contato com o enunciado.
Depois da leitura diagonal, procure otimizar o tempo, leia as alternativas e, em seguida, retorne para a leitura ativa, já pensando na resolução do problema.
A Leitura Ativa, por sua vez, é um processo com viés crítico, em que o leitor faz questionamentos, por meio de associações, anotações, bem como referências que levem para a ideia central do texto.
Durante a segunda leitura, feita com mais cuidado e atenção aos detalhes, é possível eliminar as alternativas que não fazem sentido. Consequentemente, as chances de acerto aumentarão.
Primeiro, grife e faça anotações. Não apenas na hora da prova, mas durante a leitura diária e aponte as palavras-chave. Se a frase estiver muito difícil de entender, passe para a ordem direta: sujeito + verbo + complemento.
Da mesma forma, leia todas as alternativas, até mesmo quando a opção considerada correta estiver logo no início, para não ser induzido ao erro ou cair em pegadinhas. Aponte os erros das demais assertivas e os corrija.
Logo, atenção com alternativas que podem estar corretas, mas o assunto tratado está além do contido no texto principal.
Da mesma forma, o contrário merece cuidado. Isto, porque as assertivas podem apresentar informações incompletas, ou seja, parecem verdadeiras, mas a falta de conteúdo torna a questão errada.
Por exemplo, se você precisar interpretar o texto e constar a frase “a aluna nunca assistia às aulas ” e a alternativa retirar a palavra “nunca”, todo o sentido da frase se alterará.
Por outro lado, extraia as informações escondidas. Elas são diferentes das acima, pois, mesmo não estando expressas, todos os elementos do texto apontam para a sua existência. Muito comuns quando o examinador pergunta qual foi a intenção do escritor com o texto.
Analisar, compreender e interpretar são ações diferentes e sucessivas.
Por meio da análise, busca-se a identificação do tipo do texto, o problema tratado, a ideia central, o significado das palavras etc.
Após, será possível compreender com recursos de linguagem, referências e familiaridades.
Por fim, a interpretação de texto, que consiste na conclusão de todo o conjunto dos elementos de acordo com a proposta.
Ter em mente o significado de verbos sempre presentes facilita a rápida compreensão do que se deseja na questão e agiliza na hora da interpretação dos textos. Então, segue uma lista para memorização:
Por fim, vale lembrar que as bancas examinadoras cobram a interpretação de textos de maneiras diferentes. A Fundação Carlos Chagas (FCC) é mais apegada aos detalhes e sempre coloca armadilhas para enganar o candidato, por isso exige muita atenção.
A Cespe/Cebraspe gosta de misturar conteúdos de ortografia e de gramática nas questões de interpretação de textos, método que também é usado pelo Instituto AOCP e pela Vunesp.
Por outro lado, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresenta todas as pegadinhas possíveis, com uma linha própria de interpretação, muitas vezes duvidosa, mas difícil de alteração por recurso, já que é algo “subjetivo”.
Portanto, a dica é montar cadernos de questões sempre da mesma banca para se adaptar ao seu estilo.
Faça questões com frequência, controle seu tempo de acordo com o tamanho dos textos e siga as dicas de interpretação. A melhora será a longo prazo, então não tenha medo de errar e não desanime se tiver que ficar mais tempo na questão até compreendê-la.
Uma boa interpretação de textos é muito útil não só para os concursos, mas também para a vida!
Como exemplos, temos notícias, contratos, leis, resoluções, portarias, bulas de remédios, mensagens em redes sociais, dentre outros sempre presentes em nosso cotidiano e que podem levar a erros sem volta se mal interpretados.
Pense nisso como mais um pontapé para colocar essas dicas de interpretação de textos em sua rotina!
Em resumo, para uma boa interpretação de textos treine muito todos os dias, aplique as dicas acima e evolua cada vez mais!
Se precisar de mais dicas, veja tudo sobre como estudar Português para concursos e prepare-se!
Espero ter te ajudado com estas dicas de interpretação de textos!
Um abraço,
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Excelentes dicas Heloísa, adorei!
Muito Grato, ELDER.