Saiba quais são os 3 principais vícios que atrapalham seus estudos para o INSS
Você já deve ter visto que o concurso para o INSS está se aproximando! Serão 1.000 vagas para o cargo de Técnico do Seguro Social, com remuneração inicial de R$ 5.447,79. Foi até mesmo publicada uma portaria que autoriza a redução, para dois meses, do prazo de antecedência mínima entre a publicação do edital e a realização da primeira prova no certame.
Para fazer uma boa preparação e ter chances de ser aprovado neste certame, o concurseiro deve se preocupar não somente em seu percentual de acertos das questões, mas deve também assegurar que não está cometendo nenhum erro grave capaz de prejudicar seu andamento nos estudos.
Embora esses dois aspectos estejam relacionados, fato é que ter alguns vícios nos estudos podem atrasar a escalada do seu rendimento ou até mesmo inviabilizar seu projeto de aprovação e essas são duas consequências que ninguém gostaria de enfrentar.
Estes vícios podem ser hábitos aos quais nos condicionamos, muitas vezes trazidos do estudo no colégio ou faculdade, que outrora eram eficazes, mas não encontram respaldo muito menos são recomendados na preparação para concursos públicos. Nessa linha, alguns desses hábitos podem atrapalhar a própria absorção dos conteúdos, enquanto que outros vão sabotar completamente seu aprendizado de alguma matéria.
Assim, como você pode imaginar, é fundamental que possamos nos desvencilhar desses hábitos o quanto antes a fim de atingir cada vez melhores resultados. Pensando nisso, reunimos neste artigo os principais vícios, cometidos pelos concurseiros das mais diversas áreas, que atrapalham os estudos e podem atrasar a vida do futuro concursado.
Esse vício é um clássico da preparação para concursos. O aluno começa a se deparar com dificuldades no aprendizado de determinada disciplina, não tem resultado satisfatório ao realizar baterias de questões e está cansado de ficar sem entender o conteúdo das aulas. Então o que ele faz? Como ele não consegue lidar com o desgosto e insatisfação de encarar aquela matéria, o aluno simplesmente passa a fugir da disciplina “como o diabo foge da cruz.”
Então entra em cena a sua técnica de evitação, de modo que toda vez que aquela disciplina que lhe oferece dificuldades aparece em seu ciclo de estudos, o aluno sorrateiramente pula a sua vez e parte para alguma outra disciplina que não lhe trará tanta dor de cabeça. Ora, se você apresenta dificuldade em uma matéria, a última coisa que você deve fazer é evitá-la ou cogitar tirá-la de seu ciclo de estudos.
Pelo contrário, se é uma matéria mais complexa que as demais, é o caso então de dedicar mais tempo e esforço para compreendê-la. Em outras palavras, se você tem dificuldades é sinal de que precisa estudar mais essa disciplina e não a evitar. Você nunca vai dominar uma matéria se continuar a evitá-la a todo custo e a empurrando para frente no seu ciclo de estudos.
Este vício é um daqueles casos de que falamos de hábitos trazidos do colégio ou faculdade. Muitas pessoas se acostumaram durante toda sua vida a estudar um conteúdo sempre munido de uma caneta e um papel para fazer anotações, como se fossem companheiros inseparáveis.
E essa técnica até que lhes trouxe algum sucesso, pois podem sentir que estão compreendendo o conteúdo, também aproveitam o ensejo para fazer um breve resumo e ainda têm a sensação de que conseguem fixar melhor as informações uma vez que estas são transcritas para o papel. É o cenário perfeito, correto? Errado!
Não é porque você “sente” que está aprendendo mais que estará sendo de fato mais eficiente nos estudos. Vejamos, um concurso da área fiscal ou de controle pode ter algo em torno de 15 disciplinas. Alguns PDFs de materiais mais robustos, como Direito Constitucional ou Direito Administrativo têm mais de 100 páginas.
Quanto tempo você vai levar até estudar todo o edital se precisar escrever tudo que lê enquanto estuda? Quando colocamos as coisas em perspectiva dessa maneira, apostar nesse vício realmente não parece uma boa ideia, concorda?
Escrever tudo que vê pela frente durante sua preparação para o INSS apenas vai atrasar seu avanço nas disciplinas e te deixar ainda com um amontoado de anotações avulsas que provavelmente nem você mesmo irá conferir depois.
Portanto, seja bastante econômico com resumos ou até mesmo considere utilizar um resumo pronto e fazer suas anotações em cima deste material. Assim você consegue imprimir mais agilidade no estudo e não precisará se preocupar em ter de acondicionar e armazenar centenas de folhas de resumo.
Aqui o exagero repousa não na escrita, mas nos destaques do material. Os realces são uma importante ferramenta para destacar os pontos mais importantes da aula e assegurar que você irá revisitar aquele conteúdo no momento da revisão. Se você realçar tudo sem nenhum crivo ou critério, a consequência natural é que nada será de fato mais importante.
O vício do aluno está na ansiedade de querer realçar completamente tudo que vê no material, numa percepção equivocada de que irá fixar ou retomar em um outro momento tudo aquilo que está destacado. Devemos lembrar primeiramente que a revisão não costuma levar mais do que 15 ou 20 minutos em média, sendo assim destacar toda a aula fará com que você dobre os esforços de revisão e leve bem mais tempo que o necessário.
Se você costuma realçar tudo, provavelmente não vai dar atenção especial a nada na revisão. Por isso, seja pontual em seus realces. Destaque palavras-chaves, competências, prazos, condições e etc.
Uma excelente forma de evitar esse vício é utilizar a ferramenta da marcação dos aprovados, em que um concurseiro aprovado naquela área irá indicar quais são os pontos que merecem mais atenção na sua aula. Outra possibilidade, é fazer uma prévia de realces enquanto estuda o material, por exemplo, utilizando um lápis e, somente após realizar questões daquele assunto, fazer os realces definitivos.
A razão para isso é que uma ótima maneira para saber o que é mais importante é simplesmente resolver questões sobre aquele assunto. As questões vão indicar quais são os pontos mais cobrados, os tipos de cobrança de determinadas questões e a forma na qual o conhecimento do assunto é exigido do concurseiro. Veja o que é mais cobrado nas provas e comece a sentir o estilo da banca examinadora.
Um vício que pode atrapalhar seus estudos para o INSS, especialmente no que tange ao progresso no conteúdo, é o tal do perfeccionismo. Sempre há um concurseiro que espera estudar um PDF sobre um assunto que nunca viu antes e já alcançar elevados níveis de rendimento. E, para assegurar que isso aconteça, ele tenta esmiuçar a qualquer custo todos os detalhes do material, por menores que sejam, em sua busca incansável pela perfeição.
Ocorre que a fixação dos conteúdos, especialmente aqueles com os quais estamos tendo contato pela primeira vez, acontece de forma gradativa, como em camadas. Em outras palavras, ninguém irá compreender absolutamente todas as nuances de um assunto após uma mera sessão de estudos.
Por isso é preciso trabalhar a paciência e perceber que a compreensão é feita em camadas, após várias oportunidades de exposição àqueles assuntos. É por este motivo que há os turnos de estudo de revisão e de realização de baterias de questões. Tratam-se de outras oportunidades para você ter contato com o conteúdo, de modo que a fixação vem de forma natural pela repetição.
Quando admitimos essa premissa, já livramos dos nossos ombros o peso ilusório de atingir mais de 90% de acertos em um primeiro contato com o assunto e passamos a entender o aspecto de gradualidade nos estudos.
Vale pontuar que quanto mais você se prepara no período pré-edital, maior sua bagagem de conhecimentos e mais sujeito você fica à essas oportunidades de exposição aos conteúdos, consolidando ainda mais os assuntos em sua cabeça. Sendo assim, deixe o perfeccionismo de lado, aliando o estudo de qualidade ao progresso no conteúdo.
Então é isso, pessoal!
Muitas vezes o que precisamos, mais do que acertar mais questões, é desapegar de alguns vícios prejudiciais para a nossa preparação. Tirando esses vícios do caminho a sua jornada tem muito mais potencial de render bons frutos na forma de aprovações e boas classificações em concursos. Por isso, lembrando tudo que falamos, encare de frente as disciplinas que você tem dificuldade, seja econômico com os seus resumos, evitando escrever enquanto estuda, seja mais criterioso com seus destaques no material teórico e, por fim, deixe o perfeccionismo de lado.
Grande abraço e bons estudos.
Professor: Diogo Matias
Instagram: @oprimoconcursado
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