Classes gramaticais: Aprenda o emprego das preposições e dos pronomes, duas das classes das palavras da língua portuguesa e como utilizar essas classes da forma mais correta para se preparar melhor para o concurso do INSS previsto para 2022.
O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), antiga banca CESPE, trouxe no edital do INSS de 2022 para o cargo de Analista do Seguro Social, o conteúdo para a matéria “Língua Portuguesa”, a saber:
Portanto, observa-se que o Emprego das classes de palavras é um dos itens cobrados na prova de Técnico do Seguro Social previsto no edital do concurso para o INSS de 2022. Dentro desse tópico, as preposições e os pronomes são duas das classes gramaticais que podem aparecer no concurso do INSS da Cebraspe.
Assim, o presente artigo visa abordar de forma sintética as preposições e os pronomes para o concurso INSS de 2022.
Vale a pena conferir os outros artigos da série “classe das palavras”:
Edital 2022: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – Técnico do Seguro Social – Ensino Médio
As classes das palavras, também conhecidas como classes gramaticais, são as categorias nas quais as palavras são distribuídas de acordo com a sua natureza e função gramatical no contexto em que estão inseridas. Existem dez classes das palavras, a saber:
As definições e as características das classes das palavras são apresentadas de forma distintas por diferentes autores gramaticais; entretanto, pode-se diferenciar das classes pelas seguintes definições:
As preposições, assim como os pronomes, são uma das classes gramaticais com mais classificações que podem ser muito exigidas no próximo concurso do INSS.
Essa é uma classe de palavras ou locuções que ligam/relacionam duas outras palavras ou termos em um mesmo enunciado de modo a gerar um sentido entre eles. As preposições são palavras invariáveis.
Em diferentes contextos uma preposição tem diferentes significados como: assunto, autoria, causa, companhia, conteúdo, destino, distância, especialidade, finalidade, instrumento, lugar, matéria, meio, modo, oposição, origem, posse, preço, tempo.
Por exemplo:
“Eu estou em casa.” (preposição de lugar)
“O jogo começará em duas horas.” (preposição de tempo)
“Eu vou para São Paulo.” (preposição de destino)
“A candidata estuda para o concurso.” (preposição de finalidade)
As preposições são classificadas em: essenciais e acidentais.
Obs.: as locuções prepositivas são um grupo de palavras com função de preposição e são constituídas de um advérbio ou de uma locução adverbial seguido das preposições “a“, “com” ou “de“. Por exemplo: “a fim de“, “de acordo com“, “junto a“.
As preposições podem ser combinadas com outras palavras ou contraídas. A combinação ocorre quando não houver perda de elementos fonéticos, enquanto a contração ocorre quando há perda de fonemas. Nos dois casos, as preposições permanecem invariáveis e a outra palavra combinada ou contraída que está flexionada. Por exemplo:
Preposição DE
do = de (preposição) + o (artigo)
dela = de (preposição) + ela (pronome)
Preposição EM
no = em (preposição) + o (artigo)
neles = em (preposição) + eles (pronome)
Preposição A
à(s) = a (preposição) + a (artigo)
Os pronomes são uma das classes gramaticais com mais classificações, sendo um dos assuntos mais vistos nas provas de português da Cebraspe, podendo ser muito exigidos, assim como as preposições, no próximo concurso do INSS.
Os pronomes são palavras ou locuções que substituem o nome ou a que ele se refere com a função de representar ou acompanhar um substantivo e indicar posse e posições. Por exemplo:
“Meu professor ensina português. Ele conhece toda a matéria.“
Os pronomes têm duas grandes divisões de classificação. A primeira, remete-se à atuação dessas palavras em relação aos substantivos, isto é, a função gramatical dos pronomes. Dessa forma, os pronomes são classificados em: adjetivos e substantivos.
A segunda classificação dos pronomes remete-se à função dessas palavras. Assim, os pronomes também podem ser classificados em: pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e relativos.
Servem para indicar diretamente o sujeito ou o complemento da oração. Os pronomes pessoais são classificados em três grupos, a saber: pronomes pessoais do caso reto, pronomes pessoais do caso oblíquo (átono ou tônico) e pronomes pessoais de tratamento.
No Quadro 1, abaixo, apresenta-se a relação entre os pronomes pessoais do caso reto e os pronomes pessoais do caso oblíquo tônicos e átonos:
Pessoa verbal | Caso reto | Caso oblíquo átono | Caso oblíquo tônico |
1ª pessoa do singular | eu | me | mim, comigo |
2ª pessoa do singular | tu | te | ti, contigo |
3ª pessoa do singular | ele, ela | lhe, o, a, se | si, consigo |
1ª pessoa do plural | nós | nos | conosco |
2ª pessoa do plural | vós | vos | convosco |
3ª pessoa do plural | eles, elas | lhes, os, as, se | si, consigo |
Obs.: numa oração, o pronome pessoal do caso reto “eu” sempre exerce a função de sujeito, enquanto o pronome pessoal do caso oblíquo tônico “mim” exerce a função de objeto indireto e, portanto, acompanhado de uma preposição. Dessa maneira, a palavra “mim” não deve ser utilizada para acompanhar verbos. Por exemplo:
“Eu reli o livro ontem.” (correto)
“Meu professor deu um livro para mim.” (correto)
“Meu professor deu um livro para mim ler.” (errado)
Os pronomes pessoais átonos do caso oblíquo ocorrem de forma adjacentes ao verbo, podendo se localizar em três posições em relação ao verbo: próclise, mesóclise e ênclise.
Exercem a função de sujeito, mas são utilizados em situações formais que exigem respeito em relação ao sujeito.
No Quadro 2, abaixo, apresenta-se a relação dos pronomes de tratamento:
Pronome | Abreviação | Uso |
Meritíssimo/Vossa Meritíssima | MM. | Juiz e juíza de Direito |
Senhor/Senhora | Sr./Sr.ª | Tratamento formal a qualquer pessoa |
Senhorita | Srt.ª | Mulher solteira |
Você | V. | Tratamento informal a qualquer pessoa |
Vossa Alteza | V. A. | Príncipe e princesa |
Vossa Eminência | V. Em.ª | Cardeal |
Vossa Excelência | V. Ex.ª | Presidente, ministro(a), embaixador(a), desembargador(a)… |
Vossa Magnificência | V. Mag.ª | Reitor(a) de universidade |
Vossa Majestade | V. M. | Rei e rainha |
Vossa Majestade Imperial | V. M. I. | Imperador(a) |
Vossa Onipotência | Não possui abreviação | Deus |
Vossa Paternidade | V. P. | Superiores da ordem religiosa |
Vossa Reverendíssima | V. Rev.ma | Sacerdotes e bispos |
Vossa Santidade | V. S. | Papa |
Vossa Senhoria | V. S.ª | Outras autoridades |
Obs.: alguns autores consideram os pronomes “você” e “vocês” como um pronome de tratamento por substituir, atualmente, na gramática as palavras “tu” e “vós“; enquanto outros acreditam que esse pronome deve ser classificado como pronome de tratamento a ser utilizado em situações informais.
Indicam a posse ou uma relação de afeto e estão sempre associados ao pronome pessoal. Por exemplo:
“Eu perdi meu caderno.“
“Minha irmã é inteligente.“
No Quadro 3, abaixo, apresenta-se a relação dos pronomes possessivos:
Pessoa verbal | Pronome possessivo |
1ª pessoa do singular (eu) | meu, minha, meus, minhas |
2ª pessoa do singular (tu) | teu, tua, teus, tuas |
3ª pessoa do singular (ele, ela) | seu, sua, seus, suas |
1ª pessoa do plural (nós) | nosso, nossa, nossos, nossas |
2ª pessoa do plural (vós) | vosso, vossa, vossos, vossas |
3ª pessoa do plural (eles, elas) | seu, sua, seus, suas |
Obs.: embora os pronomes “você” e “vocês” sejam considerados pronomes de tratamento, esses também podem ser vistos como a 2ª pessoa verbal do singular e do plural, respectivamente. Nesse caso, os pronomes possessivos associados às palavras “você” e “vocês” são os mesmos que “tu” e “vós”. Por exemplo:
“Quando tu saíres de casa, leve teu caderno.”
“Quando você sair de casa, leve seu caderno.”
Os pronomes demonstrativos são usados para indicar a localização de algo no espaço ou no tempo em relação a uma pessoa.
O uso desse tipo de pronome depende da situação do assunto em relação ao locutor ou interlocutor. Assim, quando algo está próximo do locutor (emissor da mensagem), usam-se os seguintes pronomes: isto, este, esta, estes, estas. Ademais, quando algo está próximo do interlocutor (receptor da mensagem), usa-se: isso, esse, essa, esses, essas. Por fim, quando algo está longe tanto do locutor quanto do interlocutor, usa-se: aquilo, aquele, aquela, aqueles, aquelas. Por exemplo:
“Esta caneta na minha mão é azul.” (a caneta está próxima do locutor)
“Esse livro ao seu lado é de Português.” (o livro está próximo do interlocutor)
“Aquele caderno está rasgado.” (o caderno está longe do locutor e do interlocutor)
Embora pronomes sejam, em geral, palavras variáveis, os pronomes demonstrativos “isso“, “isto” e “aquilo” são invariáveis; portanto, não sofrem flexão de gênero ou número.
Apresentam-se os pronomes demonstrativos no Quadro 4, abaixo, dividindo-os entre variáveis e invariáveis:
Pessoa Verbal | Pronome demonstrativo variável | Pronome demonstrativo invariável |
1ª pessoa | este, esta, estes, estas | isto |
2ª pessoa | esse, essa, esses, essas | isso |
3ª pessoa | aquele, aquela, aqueles, aquelas | aquilo |
Os pronomes interrogativos são utilizados em frases interrogativas, ou seja, para fazer perguntas de maneira direta ou indireta.
Os pronomes interrogativos podem ser: variáveis ou invariáveis.
Obs.: não se deve confundir os pronomes interrogativos com os advérbios interrogativos. Os advérbios interrogativos são utilizados em perguntas que indicam lugar, tempo, modo ou causa, a saber: onde, quando, como, por que. Por exemplo: “Quando será a sua prova?”.
Os pronomes interrogativos são utilizados em perguntas que indicam como resposta um nome, ainda que esse seja implícito.
Servem para fazer referência à 3ª pessoa do discurso, referindo-se a substantivos de modo impreciso, vago, indefinido ou genérico.
Os pronomes indefinidos podem ser classificados como: variáveis ou invariáveis.
Obs.: Há pronomes substantivos que podem ser utilizados com valor de pronomes adjetivos e vice-versa. Por exemplo, o pronome indefinido substantivo “tudo” pode assumir a função de pronome indefinido adjetivo se acompanhado de “isso” ou “o mais”. Já os pronomes indefinidos adjetivos “algum“, “muito“, “outro“, “pouco” e “tanto” podem ser usados como pronomes indefinidos substantivos. Veja os exemplos a seguir:
“Tudo isso parece um sonho.”
“O aluno mudava de um livro para o outro.”
Os pronomes relativos são empregados para retomar/substituir um substantivo ou um pronome, na oração, referindo-se à uma palavra anunciada em uma oração anterior.
Assim como os pronomes interrogativos e os indefinidos, os relativos podem ser: variáveis ou invariáveis.
Em suma, o presente artigo teve o intuito de apresentar um resumo sobre as preposições e os pronomes que são duas das classes das palavras presentes na língua portuguesa e cobradas no concurso do INSS. Os pronomes estão entre os assuntos mais vistos nos concursos da Cebraspe.
Por outro lado, o primeiro e o segundo artigo desta série para o concurso do INSS de 2022 buscou apresentar informações sobre algumas das classes das palavras: adjetivos, advérbios, artigos, conjunções, interjeições e numerais. O próximo artigo terá foco nos substantivos e nos verbos.
Para o edital do INSS, é interessante que o(a) candidato(a) saiba identificar as classes gramaticais, as funções de cada classe apresentada neste artigo e, principalmente, as classificações e os empregos das preposições e dos pronomes, sabendo distinguir as funções e as categorias dessas classes. Dessa forma, o(a) candidato(a) poderá fazer o melhor emprego dessas classes gramaticais no concurso e o reconhecimento das funções das palavras em questões de interpretação de texto.
Por fim, cabe a leitura do edital do INSS lançado pela Cebraspe em 2022, bem como a inscrição nos cursos do Estratégia de português e outras disciplinas voltados para o concurso de 2022.
EDITAL INSS 2022:
https://cebraspe.org.br/concursos/inss_22
CONFIRA OS CURSOS DO ESTRATÉGIA:
CONFIRA OUTROS CONCURSOS:
CONFIRA OS CONCURSOS PREVISTOS PARA 2023:
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