Olá, amigas e amigos concurseiros de todo o Brasil!
Eita eita que logo logo irá começar mais um grande êxodo RFB.
Sim. A RFB também é responsável por uma nova corrente migratória dentro do
nosso país.
Esses dias estive pensando com meu botões e fiquei imaginando
que o IBGE deveria ter um item a parte quando fosse analisar as estatísticas de
êxodo de pessoas dentro do nosso país: concurso da RFB. Já imaginou a grande
quantidade de gente que sai de um lugar para outro só em razão dos concursos do
Leão?
Dentro de alguns dias irá começar, para a grande maioria, um
dos piores (ou melhores, tudo é um ponto de vista) momentos dessa história de
ser aprovado em um concurso da RFB: deixar a terrinha e tudo que viveu nela
para trás e ir se aventurar em algum ponto do imenso mapa do nosso Brasil. Claro,
a maioria irá para as beiradas desse mapa. J
É chegada a hora de deixar a casa de mamãe, o aconchego da família,
os amigos do happy hour (se é que isso existe em vida de concurseiro ou é
apenas um palavrão), o quarto de tantas horas juntos (e velho companheiro de
estudos e solidão), as namoradas e os namorados, filhos, mulheres, cachorros,
padaria da esquina, casa do melhor amigo, biblioteca da cidade, e tudo mais que
o nosso cotidiano nos dava dia-a-dia. Muitos deles continuarão no mesmo lugar
que deixamos, mas com a diferença de que, por um bom tempo, só poderemos ver
quando visitarmos nossa casa deixada para trás.
Vai ser difícil a partida, mas é chegada a hora. É hora de
dar o último abraço, derramar algumas lágrimas (ou fazer derramar), é pegar a
estrada, avião ou, para alguns, até barcos. J Tudo em nome dessa instituição que espera todos de
braços abertos (para trabalhar, claro. Como falei, casa da mamãe ficou para
trás, a menos que você leve ela junto com você).
Fico só imaginando a mistura que diversas cidades irão
presenciar. Vai ser um tal de oxente e mainha misturado com bah e tchê, um uai
encravado num paia, baiano tomando mate e gaúcho comendo acarajé, acreano
deslumbrando o mar e carioca desembarcando em plena selva amazônica, pernambucano
arretado se lascando num frio de torar e paranaense procurando sombra até embaixo
de fio elétrico para fugir do calor.
Em todo lugar do Brasil vai ter gente de todo o Brasil chegando
para fazer morada, ainda que temporária. Vai ser, no nosso imenso mapa, um sobe
e desce de sotaques e culturas, de tradições e apego às raízes. Tem também os homens-tijolos,
que estão bem no Amapá ou no Paraná. Onde estiverem eles estão bem. Mas são exceções.
A maioria vai sentir saudade de casa, e isso é bom. E ruim também, ao menos por
um tempo.
Mas bom é saber que logo mais tem outro concurso, e outras
pessoas virão e irão, subindo e descendo o mapa com suas novas vidas, as novas
experiências de vida, as histórias que viveram nas antigas cidades e tudo mais
que a nova vida como servidor da RFB trouxer. E começar tudo novamente…subindo
ou descendo o mapa. Ou trocando de sala ou endereço.
Um grande abraço a todos os novos colegas da RFB e a todos
que ainda estão na luta pelo sonho. Acreditem em vocês.
Até a próxima! E tudo de bom.
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