Entenda quais são os erros mais comuns no pós-edital e trace estratégias para os superar!
João é de Brasília, tem 26 anos e se formou em direito faz 3 anos. Ele sempre foi um bom aluno. O seu maior interesse em concursos é na área de controle. O seu grande objetivo é ser auditor do TCU.
Ele fez os concursos do TCE/PA e TCE/RO em 2019. Por 1 (uma) questão não foi para a segunda fase nesse último certame.
Para alguns isso seria um motivo de conquista, mas a reprovação mexeu com o seu psicológico. Ele ficou mal e perdeu o ânimo nos estudos. Para não dizer que parou, ele fez a assinatura ilimitada do Estratégia no final de 2019, mas não conseguiu ser constante no estudo.
O edital do TCDF foi publicado em fevereiro de 2020. João está muito empolgado, mas sente um remorso por ter praticamente parado o estudo.
Ele está perdido em como se organizar para a volta dos estudos. Ele não sabe se lê novamente todas as aulas do pós-edital, se segue o planejamento das trilhas estratégias ou se estuda apenas por questões.
VOCÊ JÁ PASSOU POR ALGO PARECIDO??
Nesse artigo iremos analisar alguns dos erros mais comuns no pós-edital. Além disso, vamos comentar algumas estratégias para superar esses erros.
Idealmente, seria melhor se João não tivesse interrompido o estudo em 2019 em função de uma reprovação. Mas qual seria uma preparação ideal para ele?
Considero que o ideal consiste no estudo de todo o conteúdo das disciplinas núcleo-duro da sua área de preparação antes da publicação de um próximo concurso.
Para a área de controle, as seguintes disciplinas estão presentes em praticamente todos os concursos de Auditoria Governamental: Português, Direito Constitucional, Direito Administrativo, AFO, Contabilidade Pública, Auditoria, Contabilidade Geral e Controle Externo.
Além dessas, Raciocínio-Lógico, Economia e Administração Geral e Pública costumam estar presentes também em provas de Auditoria Governamental.
Caso João estivesse “voando” nessas disciplinas, ele poderia adaptar o seu estudo para o pós-edital do TCDF e se tornar competitivo para essa prova.
Entretanto, esse não é o caso de João. Na realidade, esse não é o caso de boa parte daqueles que estarão na lista dos aprovados.
O concurseiro não deve desanimar mesmo sem ter tido a preparação ideal no pré-edital. É possível passar por um momento de superação e tirar a diferença evitando os erros mais comuns no pós-edital.
O pós-edital é um dos momentos mais tensos para o estudante de concurso.
Se vale a máxima de que o estudo para concursos é uma maratona, o pós-edital é o tiro de 100 m da chegada.
Com a publicação do edital, a data e o conteúdo programático do concurso estão definidos. A sensação comum é de que não será possível “vencer” o edital. Essa percepção é compartilhada tanto pelo estudante iniciante como pelo avançado.
Abaixo coloco alguns dos erros mais comuns na preparação pós-edital, tanto pela minha experiência de aprovado, como pela minha experiência como coach para concursos públicos. A lista a seguir, certamente, não é exaustiva.
Um dos erros mais comuns no pós-edital é estudar o que mais se gosta ou, no outro extremo, estudar somente os assuntos mais complexos.
Por exemplo, João pode cometer um erro grave se estudar somente Direito Constitucional e Administrativo, por serem disciplinas que mais o apetecem.
Por outro lado, o estudo de temas mais complexos do edital, como alguns tópicos de Contabilidade Geral e Estatística podem levar João a “perder” muito tempo em assuntos mais complexos e de difícil resolução em uma prova para esse certame.
Muitos “gurus” de concursos pregam o seguinte: matéria estudada é matéria resumida e revisada. Será que isso vale sempre?
Pense comigo: depois da publicação do edital, João terá tempo hábil para resumir todos os assuntos do edital? Se João tentar resumir tudo o que estudar, ele certamente não conseguirá estudar boa parte do edital e dificilmente poderá fazer uma boa prova.
Um dos erros mais comuns no pós-edital é preocupar-se com fatores que estão fora do nosso controle.
Com a publicação do edital, somos tentados a elucubrar sobre a concorrência, a quantidade de candidatos inscritos, em saber toda a jurisprudência, decorar a lei seca, dentre outras coisas.
De fato, há muitos fatores que podem influenciar a aprovação, mas certamente há poucos elementos nos quais você pode, efetivamente, influenciar.
João tem-se deixado levar por pensamos como: “Será que vou passar? Quanto tempo de estudo eu preciso estudar para passar?”
Muitas vezes, o que está por trás dessa indagação é a lei do esforço mínimo: como não gosto de estudar, qual o mínimo de tempo que preciso para ser aprovado?
Entretanto, na fase pós-edital o que vale é a “lei da selva”: será aprovado quem for melhor na prova, aquele que conseguir se diferenciar da manada.
O raciocínio deve ser: qual é o meu máximo?? Como eu posso me superar??
O nosso organismo tende a homeostase. Ou seja, temos um instinto de sobrevivência que nos faz evitar mudanças bruscas. O medo de fracassar é um dos erros mais comuns no pós-edital negligenciado pelos candidatos.
O medo de fracasso é uma espécie de autossabotagem pois há uma inclinação não consciente para a inação, de forma que o nosso subconsciente tenha um “argumento” para justificar o fracasso e a decepção.
Assim, o subconsciente de João o “protegeu” de uma nova decepção após a reprovação no concurso do TCE/RO em 2019 por meio de uma indução ao não esforço. Assim, uma próxima reprovação seria “justificada” pela “desculpa” do não comprometimento.
Para crescer é preciso agir, sair da zona de conforto. É preciso aprender com os próprios erros e buscar a superação!
Um erro comum no pós-edital é “esticar” o estudo ao final da noite, ou mesmo se perder com “tempo de lazer” em redes sociais ao longo do dia. Entretanto, o não aproveitamento do sono tem um efeito direto na retenção de conhecimento, pois algumas sinapses se formam apenas no descanso do sono.
Além disso, conhecemos o milenar ditado: “Mente sã, corpo são”. A alimentação equilibrada tem um papel importantíssimo em nossa regulação hormonal, além de proporcionar as condições para que tenhamos a aprendizagem e a retenção de conhecimento, além de aumentar a nossa disposição para estudar.
Não se preparar de forma adequada para a véspera de prova: um erro clássico em reprovações.
O mais relevante é chegar BEM no dia da prova. Por certo que você precisa ter estudado muito bem para isso, mas chegar cansado e não estar em condições de fazer o seu melhor pode levar por terra toda uma preparação bem feita.
Muitas vezes o dilema do aluno é: “Devo estudar na véspera da prova? E se cair justamente o que eu ainda não estudei??”.
O problema disso é não recuperar as energias necessárias para se fazer 5 horas de prova e, consequentemente, fazer uma prova com baixa concentração e errar aquilo que se sabia.
Dessa forma, podemos comprometer o nosso discernimento por falta de descanso na hora da prova.
Agora que vimos esses cinco erros mais comuns no pós-edital, vamos pensar em algumas estratégias para cada uma dessas situações.
O elemento mais importante no planejamento de estudo no pós-edital é definir as prioridades para a reta final.
Idealmente, João deve dominar todo o edital, pois, em tese, qualquer item do edital pode ser exigido.
Entretanto, as disciplinas não devem ter a mesma importância para cada candidato. João precisa se avaliar e identificar, para cada disciplina:
Ele deve estudar mais aquilo que possui o maior o potencial de lhe retornar pontos. Para isso, eu recomendo a realização de um simulado logo após a publicação do edital para que se verifique em quais disciplinas é possível ter um maior ganho de pontos.
A metodologia de estudo deve ser escolhida de forma individualizada. A opção de escolha entre a leitura, assistir uma aula (presencial ou videoaula), ou fazer uma maior bateria de questões deve ser analisada para cada caso concreto. Cada pessoa deve testar o que é mais efetivo para si.
Entretanto, há certos hábitos comuns no pós-edital para a maioria esmagadora dos aprovados. Um deles é o uso de questões de provas anteriores para direcionar a revisão.
Por meio da resolução de questões de provas anteriores, o aluno terá um estudo ativo e poderá ver com clareza os assuntos que precisa retomar a teoria e fazer revisões pontuais.
Sejamos diretos: o que está a seu alcance é muito menos do que você gostaria, mas é muito mais importante do que qualquer outro fator que tenha influência na sua aprovação.
João deve concentrar as suas energias para atingir o seu máximo de comprometimento e estudar da melhor maneira possível. Dessa forma, ele evitará um erro comum no pós-edital.
Podemos “medir” o nível de comprometimento de João pela sua quantidade de tempo de estudo líquido.
Por certo que é preciso ter qualidade, mas sem tempo efetivo de estudo não haverá progresso. Cada pessoa, com a sua realidade, deverá avaliar a sua disponibilidade.
A mentalidade não deve ser buscar o mínimo de esforço para a aprovação, mas sim o máximo possível, preocupando-se com o processo do estudo ao invés do resultado em si.
Para vencer uma maratona, é preciso, invariavelmente, dar o primeiro passo. O seu primeiro passo deve ser acreditar em si.
Isso não significa voluntarismo ou simplesmente um ter um pensamento positivo. De outro modo, João deve ter confiança na energia que colocou nos estudos e nos resultados que ele já alcançou em questões de provas anteriores.
A consciência de que você fez o seu melhor e obteve progresso no desempenho em questões anteriores são os fundamentos para a sua confiança na hora da prova.
O estudo pós-edital deve ser intenso, mas deve-se buscar um equilíbrio nessa reta final. Da mesma forma como em uma corrida de 100 m, não podemos correr de qualquer jeito.
Devemos ter consciência da importância do sono para a retenção de informação e da alimentação para dar sustentação ao organismo. Dessa forma, iremos evitar um dos erros mais comuns no pós-edital.
A estratégia de véspera de prova do João deve levar em consideração um raciocínio indagativo de “trás para frente”. Ou seja, ele deve pensar nas seguintes perguntas uma semana antes da prova:
Na sua opinião e experiência, quais são os maiores erros mais comuns no pós-edital?
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Forte abraço
Solino
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Professor, muito esclarecedor seu artigo, obrigado por compartilhar e mitigar falhas já conhecidas pela sua experiência.
Excelente artigo! Vamos com tudo e na direção certa!!!