“Estude por bons materiais, faça revisões, simulados e pratique a escrita. Não tenha medo de fazer provas da sua área de interesse, pois é a partir daí que você vai conseguir identificar os erros na preparação e vai poder corrigi-los. Não desista! Só não passa quem desiste!”
Confira nossa entrevista com Iuri Barbosa Gonçalves, aprovado em 3º lugar no concurso da Polícia Rodoviária Federal para o estado do Pará (provas objetiva e discursiva):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é
Iuri Barbosa Gonçalves: Sou formado em Ciências Náuticas (2° Oficial de Náutica). Tenho 24 anos e sou de Fortaleza – CE.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Porque a área Policial?
Iuri: Minha área de formação foi muito afetada por causa da situação econômica pela qual o país passa. Nesse cenário, muitas empresas têm seus navios afretados pela Petrobras (até mesmo as que não são subsidiárias desta).
Logo, devido a série de escândalos e a consequente queda das ações da Petrobras, muitos navios perderam o contrato, deixando diversas tripulações no stand-by ou até mesmo demitindo esses tripulantes. Portanto, acabou ficando muita gente com mais experiência de embarque disponível no mercado.
No primeiro semestre de 2016, quando eu estava começando o meu período de estágio embarcado (que é de um ano de embarque efetivo), comecei a me informar sobre as oportunidades no serviço público. Até então, não considerava fazer concurso, exceto específico que tem nessa área de navegação.
Descobri que no serviço público existem diversos cargos com remuneração atrativas (até mais interessantes do que a que eu teria como Oficial de Náutica) e com opções mais amplas de carreira, isso sem contar a estabilidade. Entretanto, só iniciei os estudos mesmo no final de setembro de 2017, após terminar o período de estágio.
A área Policial surgiu como uma grande oportunidade e sempre tive interesse por atividades mais operacionais. Na época em que iniciei, a ABIN estava com o concurso autorizado. Então decidi começar por esse para pegar uma base e testar metodologias de estudo.
Não logrei êxito nesse concurso. Entretanto, logo antes da prova da ABIN, saiu a autorização extra-oficial de 500 vagas para a PF e 500 vagas para a PRF. Daí decidi seguir nessa área.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Iuri: Apesar de ter tido a oportunidade de seguir na minha área de formação, optei por me dedicar inteiramente aos estudos para o concurso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Iuri: Após o concurso da ABIN, fiz uma análise dos erros que tinha cometido. Corrigi alguns deles e consegui passar para as próximas fases no concurso para Agente da Polícia Federal. Neste fiquei, segundo listagem extra-oficial, em algo em torno de 450°.
Na PF já estava me sentindo muito preparado, sabia que tinha montado um bom planejamento de estudo e estava no nível para brigar por uma das vagas. Mas acabei cometendo alguns erros no dia da prova, que me afastaram da classificação. Os erros que identifiquei foram os seguintes:
Para iniciar os estudos para a PRF, identifiquei esses erros finais e montei uma estratégia cirúrgica para os corrigir.
No pós-edital, estudei Português quase todos os dias e fiz cerca de 12 redações com correção. Também fiz simulados em quase todos os domingos no pós-edital.
Consegui fazer uma ótima prova de Português e tirei 19,69 pontos de 20 possíveis na redação. Quanto ao treino dos simulados, considerei o dia da prova como um simulado final, inclusive tirei a mesma pontuação que tinha feito no último simulado (103 pontos líquidos pós-recursos na objetiva). Dessa forma, consegui a aprovação na PRF, segundo listagem extra-oficial, em 15° lugar nacional, em 3° lugar para o estado do Pará.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Iuri: Fiquei feliz por ter acertado na minha estratégia dessa vez e ter cumprido quase tudo que tinha planejado. Entretanto, ainda há outras fases difíceis a serem superadas. Fases que exigem foco e preparação, pois muitos caem nessas etapas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Iuri: De maneira geral, não tenho uma vida social muito ativa. Então, adotar uma postura radical não foi nenhum sacrifício. Claro, mantive as atividades físicas (academia e corrida), que são fundamentais para uma boa produtividade no estudo, principalmente para a área policial.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Iuri: Sou solteiro, não tenho filhos e moro com meus pais. De maneira geral, não fui pressionado a fazer ou deixar de fazer algo. Sei que muitos concurseiros passam por pressões externas. Esse não foi o meu caso.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Iuri: Aí vai depender muito do caso. Vamos supor que uma pessoa que tenha como objetivo maior ser Auditor de Controle Externo do TCU (que é um concurso muito difícil, com uma grande quantidade de matérias e com poucas vagas), mas está passando por dificuldades financeiras e precisa de dinheiro para manter os estudos ou até mesmo uma pessoa que trabalha na iniciativa privada em jornadas de trabalho exaustivas e que sobre pouquíssimo tempo para estudar. Nesses casos, talvez seja interessante começar por um concurso mais simples, que o permita continuar os estudos com uma maior tranquilidade.
Por outro lado, tem aquela pessoa que bateu na trave neste concurso da PRF e que só precisa aparar as arestas (foi o que aconteceu comigo na PF). Nesse caso, é interessante que essa pessoa busque outros concursos na área policial, com matérias similares, como a PCDF. Quem bateu na trave na PRF e quer ser policial mesmo, não só pode, como deve fazer o concurso da PCDF, que está para sair o edital e com uma grande quantidade de vagas.
Só não pode ser concurseiro metralhadora, que atira na área policial, depois vai para tribunal, depois vai para a área fiscal e por aí vai. Dessa forma, fica difícil construir um conhecimento consistente para subir ao topo da pirâmide na área almejada. Cada vez mais os candidatos estão se especializando em uma área que, assim, eleva o nível da disputa pela tão sonhada vaga.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Iuri: Iniciei minha preparação no final de setembro de 2017, para o concurso da ABIN (que aconteceu em março de 2018). Dei um intervalo de uma ou duas semanas e já iniciei a preparação para a Polícia Federal (que aconteceu a prova em setembro de 2018). Novamente, dei uma ou duas semanas após a prova e já iniciei a preparação para a PRF.
Entretanto, desviei um pouco o foco por causa das outras etapas (teste físico e exames médicos) do concurso da PF, que tomam um tempo. Durante o período entre a prova da PF e o edital da PRF, consegui tirar as diferenças entre o edital da PF e o edital de 2013 da PRF. Dessa forma, montei uma base em Legislação de Trânsito.
Ao sair o edital da PRF, já tinha realizado todos os exames médicos da PF, só faltava entregar no dia marcado. Logo, fiquei 100% livre para me dedicar ao certame.
Quanto ao tempo de estudo: para a ABIN fiz cerca de 1.300 horas líquidas (como era o primeiro concurso, muitas dessas mal aproveitadas. Mas faz parte do processo). Para a PF, foram cerca 720 horas líquidas e para a PRF somaram-se 730 horas (500 dessas no pós-edital). Ou seja, foram cerca de 2.750 horas líquidas em 1 ano e 4 meses.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Iuri: Sim. Para a ABIN, foram cerca de 4 meses sem edital. Para a PF, foram cerca de 3 meses. E, para a PRF, foram cerca de 2 meses. É normal perder o foco, às vezes. O que deve ser feito é resolver esse problema o mais rápido possível e voltar aos estudos. E, claro, estudar um pouco é melhor do que não estudar nada.
Por exemplo, quando dei uma desfocada durante o pré-edital da PRF, enquanto fazia os exames médicos da PF, tentei focar em bater Legislação de Trânsito, mesmo que não conseguisse cumprir as metas do meu planejamento de outras matérias. Depois do edital, foi foco total.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Iuri: Nunca estudei por livros doutrinários. Minha preparação foi predominantemente por PDFs. Peguei o pacote completo do Estratégia e o usei como base para os estudos. Fiz um curso de Português por videoaula, na velocidade 2X, e um curso de redação no qual recebia as instruções por videoaula também.
Entretanto, as marcações do material em PDF são as principais ferramentas, pois são delas que são resgatados os conhecimentos nas revisões periódicas. Fazer isso por videoaula é mais difícil, seria preciso fazer um resumo da aula, o que tomaria muito tempo.
Também é fundamental a assinatura de um site de questões, que vai possibilitar uma capacidade de resolução massiva de questões de forma mais rápida do que seria seria feita por material impresso – o que é muito importante na reta final para a prova. Resolvi mais de 12.000 questões Cespe (no estilo certo ou errado), no pós-edital da PRF.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Iuri: Tive o primeiro contato com o Estratégia quando estava buscando informações sobre concursos em 2016, principalmente por causa dos webinários realizados no Youtube (que ensinavam metodologias de estudo e conceitos de ciclos de estudo). Dei uma lida nas aulas demonstrativas do curso para a Receita Federal. A partir daí, tomei os cursos do Estratégia como material base, por ter uma teoria completa e trazer uma grande quantidade de questões resolvidas.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Iuri: O que vai consolidar o conhecimento são as questões e as revisões periódicas. Não tem jeito.
Não cheguei a fechar 100% do edital e nem indico (acredito que tenha estudado cerca de 90% do edital). Por outro lado, não se deve desprezar uma matéria por completo. Por exemplo, não estudei o tópico sobre Geografia Física porque observei a baixa incidência nas provas Cespe e, quando cai, só cai para concursos específicos para geógrafos. Imaginei que iria ser cobrado a parte de geopolítica mesmo, que já tinha estudado para a ABIN. Então, era só revisar.
Por sorte, não tenho grandes problemas em matérias estruturais, que são os conhecimentos e habilidades que deveriam ter sido desenvolvidos no ensino fundamental e médio (português, matemática e física). Essas tomam bem mais tempo para serem dominadas do que as matérias comuns de concurso como, por exemplo, os direitos. Portanto, esse foi um problemão a menos para me preocupar.
Eu estudava várias matérias ao mesmo tempo. Criava grupos de matérias para alternar nos dias. Algumas, levando em consideração o peso e a necessidade, como Legislação de Trânsito, eram estudadas todos os dias. Mas, em média, eram cerca de 5 matérias por dia.
Quanto aos resumos, evito-os ao máximo. Para a PF, cheguei a fazer resumo de contabilidade e o feedback foi muito positivo. Tomando isso como base, resolvi fazer resumos de todas as Resoluções do Contran e considero essa decisão como um erro na minha preparação.
Em determinada etapa do processo, no pós-edital, gosto de dividir cada matéria em tópicos (é, por exemplo, Atos Administrativos em Direito Administrativo) e faço listas de questões sobre aquele determinado tópico, para identificar exatamente os que estou com dificuldade. Por conseguinte, ao errar determinada questão, faço anotações em um caderno, o que acaba por se parecer com um resumo daquilo que costumo errar ou está confuso para mim.
Quanto aos exercícios, leituras e releituras: cada um desses tem o seu tempo e vai depender se está no pré ou pós-edital. Inicialmente, faço a leitura da aula e respondo as questões no final. No dia seguinte e após 7 dias, faço uma releitura das marcações e das questões que marquei como interessantes ou que errei. Após cerca de 45 dias, refaço a lista de questões da aula, identifico aquilo que não ficou consolidado e volto na teoria apenas nesse ponto. Isso é no pré-edital.
No pós-edital, a quantidade de revisões periódicas diminui, só faço a do dia seguinte e apenas das matérias novas. No caso do pós-edital da PRF, eu tentava rever toda a matéria do edital em 15 dias, de alguma forma (seja por listas de questões ou releitura do material marcado), e fazia um simulado no final desses 15 dias. A partir da 2° quinzena, também fazia um simulado após 7 dias, mesmo não tendo rodado a matéria toda novamente. Claro, matérias como Matemática e Física, que tenho facilidade, não dava pra fazer todo esse giro em 15 dias. Nesse caso, eu as estudei de forma contínua, fazendo algumas questões Cespe, por aula, de forma ordenada até a semana da prova.
No pré-edital, tentava fazer algo em torno de 8 horas líquidas, mas a média foi bem abaixo disso. No pós-edital da PRF, especificamente, estudei 500 horas líquidas (o que dá um pouco mais de 7,5 horas líquidas por dia). Mas se fizer uma média desde quando iniciei meus estudos para concurso, dá algo em torno de 5,5 horas líquidas por dia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Iuri: Como os conteúdos abordados em concurso não tem nenhuma semelhança com a minha área de formação, acabei tendo que estudar tudo do zero. Claro, ter uma boa base nas matérias como matemática e português facilita muito o caminho (mesmo levando em consideração que eu tive que dar uma atenção especial em português e redação para a PRF, após perder pontos preciosos na PF).
Acredito que eu estava bem equilibrado em todas as matérias. Levando em consideração o peso e importância de determinado conteúdo, eu procurava balancear a carga horária e fazer adaptações durante o processo. Por exemplo: nos simulados percebi que estava perdendo muitas questões de Resoluções do Contran, então aumentei a carga horária que eu dedicava a esse conteúdo, para corrigir esse problema.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Iuri: Estressar-me durante a última semana foi um erro que cometi na PF. Logo, para a PRF, tentei levar de forma tranquila. Já entrei na semana sabendo o que tinha que fazer e reduzi um pouco a carga horária. Basicamente, revisei toda a parte de trânsito e fiz listas de questões de itens do edital que eu tinha identificado fraquezas durante o processo que, naquele momento, já estavam sanadas. Nos últimos dois dias, filtrei no TEC as questões aplicadas para concursos da área policial do Cespe, nos últimos dois anos e só.
Fui para Belém na sexta. Então foi um dia bem tranquilo para os estudos. No sábado, fui para a casa de um amigo de Belém, que também fez a prova e foi aprovado dentro das vagas. A gente ficou fazendo aquela revisão para desencargo de consciência. Foi mais um passatempo para diminuir a ansiedade.
É muito importante chegar 100% no dia da prova. O conhecimento para o concurso é construído durante meses, anos. Não adianta se matar nos últimos dias e perder questões por estar cansado. Depois de dezenas de milhares de questões resolvidas da banca, na hora da prova, muitas questões saem instintivamente, só por conhecer o estilo da banca. Então é muito importante estar com todo seu potencial.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Iuri: Fazer uma boa discursiva é fundamental. Ainda mais na PRF, que foram 20 pontos. Por ter a negligenciado na PF, dei a ela uma atenção especial no planejamento para a PRF.
No pós-edital, fiz cerca de 12 redações com correção e videoaulas orientadoras sobre os temas discorridos e outros aspectos estruturais peculiares da banca. Dessa forma, obtive 19,69 pontos no dia da prova.
Nesse aspecto, considero importante que o candidato conheça as peculiaridades da banca. Por exemplo: o Cespe, às vezes, pede que o candidato exponha a opinião sobre determinado tema, além dos tópicos enumerados. Então, deve-se atentar a esse pedido, fazendo uma pequena introdução, deixando claro sua opinião e já a conectando com o primeiro tópico pedido. Por outro lado, o Cespe pode querer apenas tópicos que exijam uma enumeração simples de exemplos com uma explicação rasa. Esse foi o caso da discursiva desta prova da PRF.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Iuri: Para o TAF, tento manter as atividades físicas mesmo durante o período de estudo para a prova escrita. Entretanto, faz alguns dias que estou parado, porque acabei pegando uma gripe e ainda estou me recuperando. Devo estar reiniciando os treinos nos próximos dias. Quanto às outras etapas: uma de cada vez.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Iuri: Foram diversos os erros, mas faz parte do processo. Um erro que cometia, no início, era planejar fazer mais do que conseguia. É importante fazer um planejamento que seja possível ser cumprido. No pós-edital da PRF, consegui fazer quase tudo que tinha planejado. Não fazer simulados, negligenciar português e redação também são erros que podem tirar a aprovação de quem já domina grande parte da matéria.
O meu maior acerto foi ter identificado essas dificuldades e procurado as corrigir de forma cirúrgica. Dessa maneira, transformei-as nos meus pontos fortes, que me garantiram uma boa pontuação neste certame.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Iuri: Sempre considerei que eventuais dúvidas e reprovações faziam parte do processo e era só seguir focado. Na ABIN, que foi o meu primeiro concurso, não me sentia preparado e sabia que precisaria de mais tempo. Já na PF, que foi meu segundo, tinha convicção que eu estava pronto para brigar por uma vaga e ainda sigo no certame como excedente. Por outro lado, na PRF, tinha certeza que iria passar e dentro das vagas. Foi uma evolução de confiança.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Iuri: A minha principal motivação foi o processo de aprendizagem em si. Sabia que estava fazendo algo que só dependia de mim.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Iuri: Para quem está iniciando os estudos, saiba que o caminho é longo e cada pessoa tem o seu tempo. Identifique suas fraquezas e trabalhe elas. Por exemplo, se você não teve um ensino básico de qualidade, reconheça isso e procure construir a base que falta nas linguagens (português e matemática), que são habilidades necessárias para que o restante dos conteúdos sejam assimilados da melhor forma.
Estude por bons materiais, faça revisões, simulados e pratique a escrita. Não tenha medo de fazer provas da sua área de interesse, pois é a partir daí que você vai conseguir identificar os erros na preparação e vai poder corrigi-los. Não desista! Só não passa quem desiste!
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Que depoimento show! Este rapaz mereceu a aprovação! Parabéns!