“A aprovação chega para quem estuda. É uma jornada de força bruta, de resistência e cada um tem seu tempo. Os que se mantêm firmes, colhem os resultados!”
Confira nossa entrevista com Felipe Simões de Vasconcelos Abreu, aprovado em 6º lugar no concurso da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia para o cargo de Auditor Fiscal / área Administração Tributária (concurso em andamento):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Felipe Simões de Vasconcelos Abreu: Tenho 26 anos e sou Engenheiro Civil formado pela Federal da Bahia (dez/16), Sou nascido e moro em Salvador.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe: Só tomei essa decisão mais de um ano depois de formado. Nunca tinha pensado em estudar para concursos durante a minha graduação, mas depois de estagiar na área e trabalhar como engenheiro, vi que não era o caminho que queria seguir (nunca fui apaixonado pela carreira). A partir do momento que minha namorada começou a estudar para concursos (ela foi a grande incentivadora), conheci mais sobre esse mundo e vi que no setor público é possível conciliar uma carreira sólida com qualidade de vida e boas remunerações. Foi então que decidi me dedicar exclusivamente aos estudos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Felipe: Me dediquei inteiramente aos estudos desde o princípio. Larguei o trabalho para isso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Felipe: Fui aprovado no ISS Curitiba, fora das vagas, empatado em 18º lugar. Ainda estou aguardando o resultado do teste psicológico que foi exigido nesse concurso.
Fui aprovado na SEFAZ/BA, em 6º lugar para Administração Tributária, dentro das vagas. Mas ressalto que ainda não foram analisados os recursos da prova discursiva, logo, é possível que a minha colocação mude.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Felipe: Foi uma sensação de alívio e orgulho ao mesmo tempo. Demora um pouco para cair a ficha.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Felipe: No começo da preparação, eu substitui as horas que me dedicaria ao trabalho por horas de dedicação aos estudos. Começava a estudar às 08h e terminava às 18h. Mantive as noites livres para atividades físicas e para terminar um curso de Pós-graduação que estava fazendo. Também não estudava aos finais de semana.
Nesse período, considero que minha vida social foi normal: não deixei de frequentar aniversários de amigos e parentes nem fiquei trancado em casa, mas também não sou de sair muito.
No pós-edital da SEFAZ/BA (o concurso que eu queria), a abordagem mudou. Passei a começar mais cedo e terminar mais tarde durante o dia, bem como deixei duas noites livres durante a semana exclusivamente para resolver questões. Passei a estudar também nas manhãs de sábados e domingos. Não fiquei sem estudar nenhum dia de pós-edital, mesmo com uma carga horária bem desgastante. Não considero que isso seja sustentável ao longo prazo, só recomendo mesmo para a reta final.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Felipe: Não sou casado nem tenho filhos, mas namoro. Moro com minha mãe e meu padrasto, além de dois irmãos mais novos. No começo meus pais se surpreenderam com a notícia, pois sempre trabalharam no setor privado, mas deram total apoio na minha decisão.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Felipe: Depende. Se forem outros concursos de uma mesma área de atuação, como área fiscal, acho bastante válido. As matérias básicas não se alteram muito e é possível encaixar as específicas (legislações municiais, estaduais etc.) no ciclo de estudos.
Já concursos de outras áreas, não acho que valham a pena. Durante minha preparação prestei diversos concursos, inclusive de outras áreas, e só os que contribuíram positivamente foram os da área fiscal.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Felipe: Comecei a estudar em junho de 2018 para a Receita Federal, mas já tinha em mente que iria prestar os maiores concursos estaduais e municipais que tinham previsão de abrir. A partir da SEFAZ/GO, só estudei com editais publicados e assim que o edital da SEFAZ/BA saiu, em fevereiro/19, me dediquei exclusivamente a esse concurso.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Felipe: Estudei apenas por poucos meses sem edital na praça, logo quando comecei a preparação. Procurei iniciar com uma carga horária de estudos menor (30h brutas/semana), para ir me acostumando a estudar progressivamente. Aproveitei esse período para entender a fundo as matérias do ciclo básico da área fiscal (Constitucional, Administrativo, Tributário, Auditoria e Contabilidade). Considero que começar devagar e aumentar o ritmo progressivamente foi essencial para manter a disciplina.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Felipe: Antes de começar os estudos, tinha dúvidas se conseguiria me manter disciplinado (nunca tive o hábito de sentar e estudar). Nesse período eu estudava em um cursinho preparatório presencial pela manhã e em casa, pelo material do Estratégia, à tarde. A intenção era usar o cursinho para me forçar a acordar cedo e estudar, porém não recomendo, em hipótese alguma, que alguém faça algo parecido! Vi que o cursinho na verdade me atrasava, os professores e materiais não tinham a mesma qualidade do Estratégia, fora o tempo e dinheiro que perdia com deslocamento. Depois da prova da SEFAZ/GO, percebi que o melhor caminho era estudar em casa mesmo.
Nunca estudei por livros, porque considero que não são eficientes quando o assunto é concurso público. Meu tempo de estudo era dividido em PDF’s (o melhor material de preparação, mas o mais desgastante), videoaulas (menos eficiente, porém mais cômodo) e resolução de questões por um site específico (ideal para revisões). Estimo que 30% da minha preparação foi por videoaulas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Eu avisei que sairia do trabalho com 30 dias de antecedência, então aproveitei esse último mês para pesquisar na internet como e por onde estudar. Eventualmente conheci o Estratégia e acabei escolhendo-o pelos altos índices de aprovação.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Felipe: Para estudar todo o conteúdo não teve segredo: tempo e dedicação.
No período pré-edital, eu só estudava duas matérias por dia, uma por turno. Lia um ou dois PDF’s (a depender do tamanho) de cada matéria, grifava e resolvia todas as questões da aula. Depois assistia as videoaulas e, se sobrasse tempo, eu resolvia questões adicionais. Nessa fase eu já buscava fazer 40h brutas de estudo por semana, mas bater essa meta era exceção!
No período pós-edital da SEFAZ/BA, eu já tinha estudado todas as matérias do ciclo básico, então lia apenas os PDF’s do que ainda não tinha visto. Fiz revisões dos assuntos que considerava mais importante pelos grifos que fazia nas aulas e por questões. Também foquei bastante nos temas mais cobrados pela banca do concurso (FCC), com resoluções de baterias de questões específicas de cada um e li mais de vinte vezes a legislação tributária da Bahia cobrada no edital – pois era a matéria mais relevante do concurso. Nessa fase, minha meta era 55h brutas por semana e completei esse objetivo quase todas as semanas de pós-edital.
Nunca fiz resumos nem mapas mentais. Na minha visão, não trazem benefícios que compensem o tempo de elaboração. Também não usei um coach e nenhum método padrão de revisões. Gostava de ter o controle do que ia estudar cada dia.
Um ponto um pouco diferente na minha preparação: criei um grupo de Whatsapp comigo mesmo (basta criar um com outra pessoa e depois excluí-la) para escrever as respostas das dúvidas que tinha com mais frequência. É comum errar o mesmo assunto mais de uma vez, por isso, quando via que tinha dificuldade para me lembrar de determinado tema, escrevia no grupo as respostas ou dicas de memorização. Fica bem interessante depois de alguns comentários, porque você passa a ter um caderno de dúvidas que está sempre em mãos.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Felipe: Tive dificuldades com Contabilidade, Entender as convenções é complicado no começo e, principalmente, com Tecnologia da Informação. Sempre era minha pior matéria nas provas.
O que fiz para mitigar foi resolver mais questões dessas duas matérias, além de estuda-las no começo do dia, quando a mente está mais descansada.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Felipe: Na semana que antecedeu a prova eu já tinha batido o edital. Procurei resolver questões dos temas mais cobrados pela FCC nas principais matérias e assisti quase todos os vídeos que o Estratégia lançou como “Hora da Verdade SEFAZ/BA”. Eram revisões dos principais assuntos cobrados pela banca em várias matérias. Foi muito bom para lembrar de temas que já tinha visto há algum tempo.
Na véspera de todas as provas que eu fiz da área fiscal, eu assistia a revisão de véspera (ou parte dela) no canal do YouTube do Estratégia. Várias vezes os professores conseguiram acertar apostas de questões que seriam cobradas.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Felipe: Eu já tinha feito algumas redações até a minha prova, mas nunca nenhuma tinha sido corrigida. Como não sabia se meu desempenho era bom na parte escrita, comprei o pacote separado de correções de discursivas do Estratégia e escrevia os textos aos finais de semana. O conselho que eu posso dar é praticar e verificar seu desempenho. Acho bastante válido fazer um curso com correções.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Felipe: Vou listar os erros e acertos com base na minha experiência pessoal, não necessariamente vão se aplicar a todos os concurseiros. Cada um tem suas preferências.
ERROS:
– ter feito um cursinho preparatório presencial (fiquei 3 meses);
– não me dedicar 100% aos concursos públicos logo de cara (em 2018 ainda cheguei a participar de vários processos seletivos para trainee, que tomaram muito tempo de estudo);
– imprimir material para estudar (ler e marcar pelo computador é muito mais prático);
– fazer provas de concursos de outras áreas (fiz PF, técnico do MPU, AGU nível médio…);
– ler pouca lei “seca” (não vale a pena sair lendo todas as leis do edital, mas teria sido bom ter lido mais vezes a Constituição e o CTN pelo menos).
ACERTOS:
– fazer várias provas de concursos da área fiscal;
– assistir videoaulas intercaladas com leitura de PDF’s (é uma forma de estudo passiva, mas que te ajuda a seguir estudando por mais tempo);
– estudar para a banca do concurso (cada banca tem assuntos favoritos e abordagens diferentes, a FCC, em especial, é a mais previsível);
– estudar as matérias do ciclo básico com mais calma e revisando mais (ajudou a mantê-las na memória por mais tempo);
– iniciar a preparação com metas mais tranquilas e ir aumentando progressivamente (começar muito forte pode assustar…);
– aumentar o ritmo no pós-edital (é a reta final, agora o ritmo não precisa ser sustentável no longo prazo);
– fazer muitas questões.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Felipe: O mais difícil foi o dia a dia. Ter disciplina para estudar mesmo em dias ruins, com a mente cansada é muito difícil, porém necessário. Cheguei a pensar em desistir, é normal. Para seguir em frente lembrava dos motivos que me levaram a buscar uma carreira no setor público. O apoio de minha mãe e de minha namorada foi muito importante nessas horas.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Felipe: A principal motivação foi ingressar em uma carreira que me permitisse conciliar vida particular com profissional e que, ainda assim, fosse desafiadora. Remuneração e estabilidade também foram muito importantes.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Aconselharia que se informe ao máximo sobre o mundo dos concursos, antes mesmo de começar a estudar: qual concurso quer fazer? Tem previsão de sair? Há concursos similares? Aceitaria fazê-los? O que os aprovados no último concurso fizeram para passar? Quanto tempo estudaram em média? Que material utilizaram? Essas são informações importantes para que quem está iniciando possa se planejar.
Por fim, a aprovação chega para quem estuda. É uma jornada de força bruta, de resistência e cada um tem seu tempo, mas os que se mantêm firmes, colhem os resultados!
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: comunicacao@estrategiaconcursos.com.br
Abraços,
Thaís Mendes
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